“A tática [do presidente] é para confundir o povo e desviar o foco das investigações e da CPI [da Pandemia]. Quem deve, teme”, diz a senadora (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
A líder do bloco parlamentar Senado Independente, Eliziane Gama (Cidadania-MA), repudiou a tese de imunidade de rebanho defendida pelo presidente Jair Bolsonaro com o pedido ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, de um parecer ‘visando a desobrigar o uso de máscara por parte daqueles que foram vacinados ou que já foram contaminados’ pela Covid-19.
A senadora ressalta que é comprovada a possibilidade de reinfecção para pessoas que já contraíram a doença, e cobra de Queiroga uma posição firme contra o pedido do presidente.
“É claro que o presidente sabe que uma pessoa que foi infectada não está imune e que apenas a vacinação da maior parte da população trará segurança aos brasileiros. Pergunta que eu gostaria de ter feito para o ministro Queiroga: qual é o limite do senhor Queiroga entre a honra e um pedido de demissão?”, questionou a senadora na rede social
Desde que assumiu o Ministério da Saúde, Queiroga, que é médico, frequentemente defende o uso de máscara e o distanciamento social.
“A tática [de Bolsonaro] é para confundir o povo e desviar o foco das investigações e da CPI [da Pandemia]. Quem deve, teme”, afirma Eliziane Gama.
Também chamada de imunidade de grupo e imunidade coletiva, a imunidade de rebanho consiste em atingir um ponto em que há uma quantidade suficiente de pessoas imunes ao vírus, interrompendo a transmissão comunitária.