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IMPRENSA HOJE

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Veja as manchetes dos principais jornais hoje (07/11/2024)

MANCHETES DA CAPA

O Globo

Vitória triunfal dá superpoderes a Trump e reconfigura agenda global

O Estado de S. Paulo

Trump volta com apoio popular e força no Congresso e Judiciário
Kamala felicita rival e pede a apoiadores que aceitem derrota
Casa Branca abre as portas às ambições política de Musk
Analistas veem cenário mais difícil para o Brasil
Copom eleva juros para 11,25%; nota cita ‘incerteza’ nos EUA
Desmate cai mais de 30% na Amazônia e tem 1ª queda no Cerrado em 5 anos
Exército baixa diretrizes para conter contaminação política
Criança de 4 anos morre em confronto entre PM e suspeitos
Sauber confirma Gabriel Bortoleto

Folha de S. Paulo

Trump é eleito em guinada à direita
Inflação pode piorar se novo presidente fizer o que diz
Republicanos avançam para controlar Congresso
BC intensifica alta de juros e eleva Selic em 0,5 ponto, a 11,25 ao ano
Enel consegue suspensão de R$ 349 milhões em multas
Menino de 4 anos é morto em ação da PM em Santos

Valor Econômico

Com superpoder, Trump volta à Presidência com agenda de nacionalismo e expansão fiscal
Os EUA querem o republicano de novo, sem ressalvas
Wall Street tem pregão de fortes ganhos
PPP de trens prevê R$ 13,3 bi de investimentos
Copom acelera ritmo e leva Selic a 11,25%
Um mosaico fatal para Kamala

Aprovado projeto de Carmen que reduz fila para tratamento de câncer do colo de útero e de mama

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A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados aprovou projeto (PL 1346/2022) da deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania-SC) que obriga os laboratórios privados de exames a notificar os casos confirmados de câncer de colo de útero e de mama. A medida visa dar suporte ao Sistema Único de Saúde (SUS) para que possa se preparar para receber as pacientes, já que grande parte das mulheres que realizam exames particulares acaba procurando tratamento na rede pública. A matéria será analisada agora pela Comissão de Constituição de Justiça.

“Essa é uma medida que vai ajudar a reduzir a fila para o tratamento do câncer e, com isso, aumentar consideravelmente a chance de cura completa. O Brasil possui uma alta incidência de câncer de colo de útero com risco estimado de 17 casos por 100.000 mulheres, sendo que sua incidência e mortalidade podem ser reduzidas por meio de programas de rastreamento efetivos”, ressalta Carmen Zanotto.

Além disso, o projeto também estabelece que seja informada nos Sistema de Informação disponibilizados pelo Ministério da Saúde no SUS a quantidade executada de exames citopatológicos para rastreio das lesões precursoras do câncer do colo uterino e de diagnóstico por imagem. As informações devem ser mantidas em sigilo.

O projeto surgiu de uma demanda da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), da Secretaria de Saúde de Florianópolis e da Secretaria de Desenvolvimento Social de Santa Catarina.

O câncer de colo de útero é uma lesão invasiva intrauterina ocasionada principalmente pelo HPV, o papilomavírus humano. Já o câncer de mama é uma doença ocasionada pela multiplicação desordenada de células anormais da mama. Esse tipo de câncer é o mais comum entre as mulheres no mundo. No Brasil, com exceção do câncer de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais incidente entre as mulheres do país e representa a primeira causa por mortes entre o gênero.

Atualmente o sistema de saúde privado não é obrigado a informar ao SUS a quantidade executada de mamografias de rastreamento e exames citopatológicos para rastreio das lesões precursoras do câncer do colo uterino. Bem como não é obrigado a realizar a notificação em casos confirmados de neoplasia maligna de colo uterino e de mama.

“Nesse sentido, a cobertura populacional, de fato, só pode ser aferida por meio de inquéritos que abranjam o conjunto da população feminina brasileira, e não apenas as mulheres que realizam os respectivos exames no sistema público. Com esse projeto de vamos tornar obrigatória essa notificação”, resume Carmen Zanotto.

Brasil terá que agir com mais pragmatismo após eleição de Trump, diz presidente do Cidadania

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A eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos vai exigir muito empenho da diplomacia brasileira e uma atuação pragmática do governo Lula nas relações com a Casa Branca. A avaliação foi feita na manhã desta quarta-feira pelo presidente nacional do Cidadania, Comte Bittencourt, que espera ponderação na relação entre os dois países.

“Será preciso muito pragmatismo principalmente na área das relações comerciais para garantir equilíbrio e evitar prejuízos em nossa balança comercial, já que os Estados Unidos são um grande destino de nossas exportações e Trump, durante a campanha, acenou diversas vezes que irá aumentar o protecionismo, o que pode acabar fechando portas do mercado americano para nossos produtos”, avaliou o presidente do Cidadania.

As exportações de manufaturas brasileiras para os Estados Unidos atingiram US$ 29,9 bilhões em 2023, superando com folga a União Europeia (US$ 23,5 bilhões) e o Mercosul (US$ 19,4 bilhões). De acordo com levantamento feito pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em parceria com a Amcham Brasil, 9,6 mil companhias brasileiras exportam para os Estados Unidos. Em 2023, as exportações brasileiras alcançaram US$ 339,67 bilhões, resultado inédito para o país, superando em 1,7% os números de 2022. Os principais parceiros comerciais do Brasil são China, EUA, União Europeia e Argentina.

Respeito ao resultado

Comte também ressaltou que faz parte da tradição do Cidadania, mesmo tendo preferência pela candidatura da democrata Kamala Harris, o respeito ao resultado das eleições, que se deram de maneira democrática. “Respeitamos o princípio da autodeterminação dos povos. Foi uma decisão soberana do povo americano que deu a Trump a vitória não só na disputa de delegados como no voto popular”, frisou o presidente do Cidadania.

Migrantes brasileiros

Para Comte Bittencourt, outro ponto que vai merecer atenção do governo brasileiro é a questão dos migrantes. “Cerca de 2 milhões de brasileiros vivem nos Estados e grande parte deles não tem visto definitivo. Trump prometeu a deportação em massa dos migrantes e, se essa medida for colocada em prática, o Brasil precisa estar atento para defender nossos cidadãos de eventuais abusos por parte do governo Trump”, alerta.

Segundo a Agência da ONU para as Migrações (OIM), em 2022 pelo menos 1.900.000 brasileiros viviam nos EUA, constituindo a maior comunidade brasileira no exterior. Esse número aumenta a cada ano, pois milhares de pessoas continuam emigrando para o país, nem sempre de forma regular.

Meio ambiente e crise climática

A diplomacia brasileira também deve estar atenta ao posicionamento do governo americano com relação ao meio ambiente e as ações dos Estados Unidos diante da crise climática que atinge nosso planeta.

“Já há uma expectativa de que Trump retire novamente o país do Acordo de Paris. Ele acredita que a atividade humana é apenas uma das causas das mudanças climáticas, não necessariamente o fator dominante. Durante seus quatro anos no cargo de presidente, Trump atacou e revogou mais de 125 regras destinadas a proteger o meio ambiente e reduzir as emissões que causam o aquecimento do planeta”, relembra Comte Bittencourt.

O presidente do Cidadania também vê com preocupação os reflexos da eleição de Trump no resultado da COP30, que terá Belém como sede em novembro de 2025. No encontro, os países deverão apresentar suas novas metas climáticas para 2035, visando, entre outros pontos, a redução dos gases de efeito-estufa.

O que Lula pode esperar dos EUA

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NAS ENTRELINHAS

Declarações de Lula em relação às eleições norte-americanas podem criar facilidades ou dificuldades adicionais ao relacionamento diplomático com os Estados Unidos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma aposta alta ao anunciar publicamente seu apoio à candidata democrata a presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, e apontar o ex-presidente Donald Trump como uma ameaça à democracia. Esse posicionamento foge à tradição diplomática brasileira de manter distância regulamentar das disputas de poder de outros países, mas não é a primeira vez que Lula fez isso. Fez aposta semelhante nas eleições da Argentina, onde apoiou o peronista Sergio Massa. Perdeu: foi eleito o ultraliberal Javier Milei.

Embora a crise com a Venezuela tenha aproximado as duas chancelarias, o Itamaraty agora corre atrás do prejuízo. A Argentina é o nosso terceiro parceiro comercial, o segundo da nossa indústria. Os Estados Unidos são o segundo mercado, sendo o primeiro para nossas exportações de manufaturados. Como na Argentina, as declarações de Lula em relação às eleições norte-americanas não influenciarão o resultado da eleição, mas podem criar facilidades ou dificuldades adicionais no relacionamento diplomático com os Estados Unidos, dependendo de quem ganhar. São dois cenários distintos.

Primeiro a dama, como se dizia antigamente. Kamala Harris tem compromissos com a questão ambiental, defende a redução de emissões de carbono e a transição energética para a chamada economia verde. Isso pode significar um aumento das pressões internacionais para preservação da Amazônia e outros biomas e, também, um fluxo maior de investimentos e mais cooperação na questão ambiental.

Outro ponto de convergência importante com Lula é a questão dos direitos humanos e as agendas relacionadas a igualdade de gêneros, proteção de minorias e direitos trabalhistas. Também há convergência quanto ao crescimento econômico e à responsabilidade social e ambiental das empresas norte-americanas. A agenda em relação à regulamentação das novas formas de trabalho e das redes sociais também pode impactar positivamente as relações com os EUA.

Harris pode incentivar a cooperação em saúde e desenvolvimento tecnológico. Pandemias, inovação em saúde pública e segurança digital são pontos importantes de contato, em benefício das pesquisas e da inovação. O desenvolvimento sustentável e o fortalecimento democrático aproximam Kamala e Lula, mas o Brasil precisará fortalecer seu compromisso com a democracia para estabelecer uma parceria firme e duradoura com a democrata.

Aliado de Bolsonaro

Os Estados Unidos veem a política externa brasileira de forma muito pragmática, porque existe uma tradição diplomática bastante conhecida, do Itamaraty, que administra os altos e baixos das relações com as grandes potências mundiais. Entretanto, a eventual eleição de Donald Trump pode impactar negativamente as relações entre o Brasil e os EUA.

Trump prioriza o protecionismo tributário, para proteger a economia e recuperar a indústria norte-americana, o que em alguns casos não tem a menor chance de dar certo. Quando era presidente, criou dificuldades para a importação do aço e do alumínio brasileiros, o que prejudicou nossas exportações. Isso pode correr novamente.

Quem mais ganharia no Brasil com a eleição de Trump é o ex-presidente Jair Bolsonaro, com quem o presidente dos EUA tem muita afinidade ideológica. Os partidários e seguidores do ex-presidente brasileiro ganhariam novo ânimo para tentar derrubar a inelegibilidade de Bolsonaro no Congresso.

Não esperem de Trump qualquer ajuda à preservação da Amazônia e transição energética, caso seja o vencedor. O ex-presidente norte-americano é assumido negacionista. No seu governo, os EUA saíram do Acordo de Paris. Haveria redução das pressões internacionais quanto à preservação da Amazônia, mas o preço disso seria a redução de investimentos e financiamentos em transição energética e controle ambiental.

As Forças Armadas brasileiras teriam muita dificuldade para desenvolver seus programas de modernização, porque a eleição de Trump representaria um recrudescimento das preocupações com a segurança e embargos a acordos comerciais com transferência tecnológica, em áreas como telecomunicações e segurança digital. O programa espacial brasileiro e a construção do submarino nuclear da Marinha brasileira enfrentariam mais dificuldades.

Lula governa num ambiente internacional muito diferente do que havia quando se elegeu. A vitória de Trump tornaria o ambiente externo ainda mais difícil para o governo brasileiro. Entretanto, a oposição ficaria como “pinto no lixo”, como diria José Bispo Clementino de Souza, o Jamelão, grande intérprete samba-enredo da escola de samba Mangueira e de Lupicínio Rodrigues. (Correio Braziliense – 06/11/2024 – https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2024/11/6981746-analise-o-que-lula-pode-esperar-dos-eua.html)

IMPRENSA HOJE

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Veja as manchetes dos principais jornais hoje (06/11/2024)

MANCHETES DA CAPA

O Globo

O dia seguinte – Eleição tem ‘legado’ de acirramento político nos EUA e impactos mundiais
Um intrincado desafio aos prognósticos
Câmara aprova novas regras para aplicação de emendas parlamentares
Cortes devem incluir normas mais rígidas de acesso ao BPC
Planos de saúde atingem recorde de usuários no país
Bruno Henrique é alvo da PF suspeito de manipular jogo do Brasileirão
Em meio a crise interna, Netanyahu demite ministro da Defesa de Israel

O Estado de S. Paulo

Embalado por voto rural, Trump supera desempenho de 2020
Eleito deve manter distância do Brasil
Selic deve subir hoje a 11,25%; mercado conta com mais altas
Câmara barra ‘impedimento técnico’ na execução de emendas
Bruno Henrique é alvo de operação da PF que investiga manipulação de jogo
Novos túneis na Vila Mariana são alvo de vizinhos e do MP
Netanhyahu alega quebra de confiança e demite chefe da Defesa

Folha de S. Paulo

Votação tranquila nos EUA não afasta apreensão pós-resultado
Câmara aprova projeto com regras para emendas após pressão do STF
Indústria recupera participação no BNDES sob Lula e ensaia superar agro
Ser ministra não estava no script, mas não fujo, diz Macaé Evaristo
Ministério discute plano para reaver celular roubado
Consumo de álcool mata 12 por hora no Brasil, diz estudo
Mulher é presa após protestar seminua contra regime do Irã

Valor Econômico

No comércio com o Brasil, efeitos diferentes
Polarização leva eleitores aos postos de votação
Ministérios resistem a corte de gastos
Venda de fatia minoritária torna-se alternativa a IPO
Redução de taxas na renda fixa encontra limite

A Democratização da Literatura no Brasil

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Matheus Rojja Fernandes *

A democratização da literatura no Brasil é uma questão central para o desenvolvimento educacional, social e cultural do País. Garantir o acesso a bibliotecas e livros nas instituições de ensino é mais do que apenas assegurar uma estrutura física; trata-se de uma questão de direitos fundamentais. Esse acesso é indispensável para a formação intelectual e cidadã, desempenhando um papel importante na resposta às desigualdades e na promoção de uma educação de qualidade, conforme estabelece a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Neste contexto, a correlação com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente o ODS 4, que visa garantir educação inclusiva e equitativa, e o ODS 10, que busca reduzir as desigualdades, é clara e urgente.

Os números sobre a presença de bibliotecas nas escolas públicas brasileiras são alarmantes. De acordo com o Censo Escolar de 2022, apenas 31% das escolas públicas possuem bibliotecas. Isso significa que mais de 18 milhões de estudantes, o que corresponde a 52% dos matriculados na rede pública, estudam em instituições sem esse recurso básico. A situação é ainda mais crítica na educação infantil, onde apenas 18% das escolas têm bibliotecas, expondo uma enorme lacuna que compromete o desenvolvimento cognitivo e social de milhões de crianças. Em um País de grandes desigualdades, esse déficit de acesso ao conhecimento e à leitura aprofunda ainda mais as disparidades socioeconômicas e regionais.

A ausência de bibliotecas nas instituições de ensino não é apenas um indicador de infraestrutura insuficiente, mas também uma violação direta à Lei n.º 12.244, sancionada em 2010, que previa a universalização das bibliotecas escolares até 2020, prazo que foi prorrogado em 2024, por meio da Lei n.º 14.837, para que seja efetivada no prazo máximo de vigência do Plano Nacional de Educação, aprovado pela Lei n.º 13.005, de 25 de junho de 2014. O não cumprimento desta norma mostra o quanto o País ainda falha em assegurar uma educação de qualidade e em oferecer condições mínimas para o desenvolvimento intelectual de seus estudantes. Além disso, o Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelece diretrizes para uma educação inclusiva e igualitária, reconhece a necessidade de ambientes escolares adequados para o pleno desenvolvimento do aprendizado — algo que claramente ainda está distante de ser alcançado.

A correlação entre o acesso à leitura e o desenvolvimento cognitivo, social e emocional é amplamente reconhecida. O hábito da leitura é fundamental para o desenvolvimento de habilidades essenciais como a criatividade, o pensamento crítico e a resolução de problemas. Além disso, em contextos de maior vulnerabilidade socioeconômica, a existência e utilização de bibliotecas escolares têm um impacto ainda mais significativo no desempenho escolar.

O acesso à literatura nas instituições de ensino, porém, vai além do aspecto educacional. Ele está intrinsecamente relacionado à redução das desigualdades, conforme preconizado pelo ODS 10, que busca diminuir as diferenças sociais e regionais. A disparidade entre estados brasileiros no que diz respeito à presença de bibliotecas nas escolas públicas é gritante. Enquanto em Minas Gerais 82% das escolas possuem bibliotecas, no Acre esse número cai para apenas 13%. Esse abismo regional evidencia a necessidade de políticas públicas que visem reduzir essas desigualdades, promovendo um acesso mais equitativo aos recursos educacionais e culturais em todas as regiões do País.

Uma solução eficaz para a democratização da leitura seria a implementação de auxílio financeiro específico para a aquisição de materiais de leitura. Essa iniciativa não apenas democratizaria o acesso ao conhecimento, como incentivaria o hábito da leitura em contextos onde a compra de livros ainda é inacessível para muitas famílias. Nesse sentido, essa proposta estaria em consonância com o ODS 1, que busca erradicar a pobreza, e o ODS 8, que defende o trabalho decente e o crescimento econômico, ao oferecer oportunidades educacionais que aumentariam as chances de inserção no mercado de trabalho.

Além disso, o acesso à literatura desempenha um papel fundamental na formação de valores humanos, como empatia e solidariedade. Obras literárias permitem que os leitores entrem em contato com histórias e realidades distintas, gerando reflexão e uma maior compreensão das diversidades sociais e culturais. A capacidade de se colocar no lugar do outro, estimulada pela leitura, é um dos pilares para a construção de uma sociedade mais justa e pacífica, como preconiza o ODS 16, que busca promover sociedades pacíficas e inclusivas.

Portanto, a democratização do acesso à literatura é uma ferramenta estratégica para a superação de desigualdades e para a construção de um Brasil mais equitativo e justo. A implementação de bibliotecas em todas as instituições de ensino, aliada a iniciativas que promovam a leitura, não é apenas uma medida necessária para cumprir a legislação vigente, mas um investimento de alto retorno para o futuro do País. Ao assegurar que todos os estudantes tenham acesso a livros e ao conhecimento, o Brasil estará não só caminhando em direção ao cumprimento da Agenda 2030, mas também preparando suas crianças, adolescentes e jovens para um futuro de oportunidades e inclusão social.

* Filiado ao Cidadania. Ex-Coordenador do Gabinete da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do Ministérios dos Direitos Humanos e da Cidadania (SNDCA/MDHC). Foi Secretário Parlamentar do Deputado Federal Rubens Bueno (Cidadania/PR).

Marcelo Aguiar é o novo diretor-geral da FAP e anuncia pilares de trabalho

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Ex-secretário de Educação do DF ocupará o posto até 2026. Balanço de gestão foi apresentado

Comunicação FAP

O ex-secretário de Educação do Distrito Federal Marcelo Aguiar foi eleito neste sábado (2/10) diretor-geral da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília e que é um órgão nacional de interlocução com o meio cultural e científico e de produção de análises sociais, políticas e culturais. Ele assumirá o novo posto no lugar do advogado e professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Marco Aurelio Marrafon, que foi eleito para a presidência do Conselho Curador da instituição. A FAP é vinculada ao Cidadania 23.

“Nossa gestão vai agir em três pilares: decisão coletiva, transparência na gestão e austeridade”, disse Aguiar, que cumprirá o mandato no período de 7 de novembro de 2024 a 6 de novembro de 2026 na diretoria-geral da FAP. “Vamos ser continuidade dessa gestão, tentar responder às expectativas criadas a partir do planejamento estratégico”, afirmou.

Veja, abaixo, vídeo da reunião:

Entre as primeiras ações previstas na gestão de Aguiar está a realização do curso de capacitação política para prefeitos, vices e vereadores, seminários políticos e celebração dos 40 anos da democratização do Brasil. O planejamento estratégico também inclui, entre outras ações, a realização de encontros de jovens lideranças e eventos temáticos.

Confira o planejamento estratégico Biênio 2025-2026

“A FAP está dando comprovação de amplitude em sua composição. Não somos fundação meramente partidária. Temos pessoas de diversos outros partidos políticos e até sem vinculação a partidos, intelectuais, artistas”, ressaltou Aguiar, que, em 1978, começou a ter contato com colegas do que hoje é o Cidadania 23.

Economista pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), Henrique Dau, que foi eleito novo tesoureiro da FAP, ressaltou a importância do trabalho conjunto na fundação e agradeceu a todos que participaram da gestão anterior. “Mesmo em condições difíceis, o trabalho foi muito bem-feito”, disse.

Balanço de gestão

Marrafon, por sua vez, apresentou o balanço do trabalho realizado por ele à frente da diretoria-geral da FAP. Apesar da política de austeridade, a fundação registrou uma grande conquista, com a aquisição da sua primeira sede própria, no Setor de Autarquias Sul (SAUS), na região central de Brasília.

Veja, abaixo, vídeo do balanço da gestão:

Marrafon, que ocupará a presidência do Conselho Curador da FAP no lugar de Luciano Rezende até novembro de 2026, destacou, entre as conquistas, o documento produzido em parceria com o Cidadania 23. “Elaboramos um documento com todas as diretrizes e principiologia de atuação do Cidadania enquanto partido radicalmente democrata e republicano. Foi um trabalho muito importante”, asseverou. “De maneira geral, todos os eixos do planejamento estratégico foram contemplados. Dentro daquilo que foi possível, agradeço muito a cada um”, acrescentou.

Rezende, que foi prefeito de Vitória (ES) por dois mandatos consecutivos, lembrou que os cursos de formação política foram realizados “com esforços voluntários de todo mundo”. Ele propôs uma moção de aplausos e reconhecimento ao trabalho de Marrafon, em conjunto com o agora ex-tesoureiro da FAP Raimundo Benoni e do diretor-executivo Luiz Carlos Azedo.

Kamala e Trump diante do “sonho americano”

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NAS ENTRELINHAS

Inteligência artificial, biotecnologia, robótica, internet das coisas e blockchain estão transformando profundamente a economia, a sociedade e até mesmo o conceito de humanidade

O mundo acompanha com grande expectativa as eleições presidenciais nos Estados Unidos, nas quais a vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Donald Trump chegam às urnas, nesta terça-feira, praticamente empatados nas médias nacionais. Há diferenças políticas abissais entre ambos. Harris, se vencer, será a primeira mulher a governar os Estados Unidos; Trump pode vir a ser o primeiro ex-presidente derrotado numa eleição a voltar ao poder. São eleições realmente atípicas.

O presidente Joe Biden desistiu de concorrer à reeleição para não perder para Trump, que havia derrotado quando pleiteava o segundo mandato. Com sua renúncia, Kamala foi aclamada candidata pelo Partido Democrata e recuperou o terreno perdido em poucas semanas. Sua pequena vantagem, porém, nesses últimos dias de campanha, está diminuindo. Para alguns analistas, Trump voltou a ser favorito na disputa. Só nos resta aguardar os resultados do pleito, que combina eleições diretas nos estados e um colégio eleitoral de delegados, que representa a federação e elege o presidente. Na maioria dos estados, quem ganha as eleições elege todos os delegados, não há proporcionalidade.

O sistema de apuração das eleições norte-americanas é arcaico, com votação em cédulas de papel e contagem manual em muitos lugares, o que provoca demora na proclamação dos resultados e acusações de fraude. Na eleição passada, Trump aproveitou-se disso para se proclamar vencedor e estimulou a tomada do Capitólio por seus partidários, para impedir a posse de Biden. Nesta eleição, já estimula controvérsias sobre a lisura das eleições, caso perca novamente. Chega-se ao dia de votação — também foi possível votar antecipadamente, pelo correio — com as pesquisas muito apertadas em sete estados considerados decisivos, entre os quais Pensilvânia, Michigan e Wisconsin.

O pano de fundo das eleições americanas são aceleradas transformações tecnológicas e sociais, o declínio do sonho americano e uma corrida mundial para reinventar o Estado, no contexto de ascensão da China como segunda potência mundial. Entre os intérpretes dessas mudanças, há um consenso de que as democracias ocidentais não estão conseguindo acompanhá-las.

A China e outros países da Ásia estão se modernizando rapidamente e põem em xeque a hegemonia norte-americana no Pacífico, para onde se deslocou o comercio mundial. A ineficiência e o tamanho excessivo do Estado moderno, a burocracia e os altos custos dos serviços públicos, as dificuldades enfrentadas para promover o crescimento econômico e manter o chamado “Estado de bem-estar social” tecem o cenário da ascensão de forças de extrema-direita e reacionárias no mundo.

Signo de incertezas

Inteligência artificial, biotecnologia, robótica, internet das coisas e “blockchain” (criptomoedas e compartilhamento de dados) estão transformando profundamente a economia, a sociedade e até mesmo o conceito de humanidade. As mudanças estão acontecendo de forma muito rápida e em escala global, com potencial de afetar toda a estrutura produtiva e o cotidiano das pessoas. Não se trata apenas de debater “o quê” e “como fazer”, mas também definir “quem somos”. Há incertezas e urgências para todos, as relações são mais voláteis e fluidas. Isso vale para os governos, as empresas e os indivíduos.

A integração de tecnologias, como internet das coisas (IoT), inteligência artificial e biotecnologia, está criando inovações disruptivas que têm o potencial de modificar radicalmente setores inteiros, desde saúde e agricultura até o transporte e a energia. A automação e a inteligência artificial têm o potencial de substituir muitos empregos tradicionais, ao mesmo tempo em que criam novas oportunidades e demandam novas habilidades.

Esse ambiente gera duas atitudes: tentar barrar as mudanças e resgatar um passado imaginário ou acompanhar o processo pela via da modernização forçada. Ambas convergem para formas de governo autoritárias. Educação e desenvolvimento de novas competências demandam tempo e regulamentação para preservar princípios éticos, como no caso da biotecnologia, garantir a liberdade e regulamentar a proteção de direitos dos indivíduos e o bem-estar social somente é possível na democracia. Nela, temas como privacidade e combate às desigualdades são essenciais.

O American Dream ou “Sonho Americano” sempre foi associado a prosperidade, liberdade e oportunidades iguais, que os Estados Unidos, bem ou mal, asseguraram desde a Independência. Entretanto, esse modo de vida americano está em declínio, devido às dificuldades de acesso à educação e à saúde, à volatilidade do mercado de trabalho, à crise habitacional e às restrições aos direitos e liberdades individuais. É nesse cenário, agravado pelo aquecimento global e eventos climáticos extremos, que Kamala e Trump se digladiam. A primeira aposta na democracia como a melhor forma para enfrentar os problemas; o segundo não esconde seu projeto “iliberal”. (Correio Braziliense – 05/11/2024 – https://blogs.correiobraziliense.com.br/azedo/kamala-e-trump-diante-do-sonho-americano/)

IMPRENSA HOJE

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Veja as manchetes dos principais jornais hoje (05/11/2024)

MANCHETES DA CAPA

O Globo

EUA escolhem entre Kamala e Trump na disputa mais imprevisível em décadas

O Estado de S. Paulo

Eleição sem favorito põe EUA e o mundo em encruzilhada
Concessão de BPC por via judicial triplica em três anos e dificulta ajuste
Proposta de regras para emendas eleva risco de corrupção, dizem entidades
Lentidão da Justiça favorece crime de ‘colarinho branco’, afirma Fachin
Roubos por falsos motoboys levam medo à região da Faria Lima

Folha de S. Paulo

EUA vão às urnas divididos e sob temor de contestação do resultado
Democrata defende imposto sobre fortunas, acesso ao aborto e apoio a Israel
Republicano promete taxar mais as importações e deportar imigrantes
Governo está pronto para anunciar pacote de corte de gastos, diz Haddad
Suspeito de mandar matar Bruno e Dom é indiciado
Se a esquerda for para o centro, será suicídio histórico, afirma Boulos
Ataque de Israel mata bebê brasileira de 1 ano no Líbano

Valor Econômico

Em cenário de incerteza, EUA escolhem presidente
Eleição não deve afetar negócios com o Brasil
Lula não anuncia cortes e reuniões prosseguem hoje
ANPD abre processo contra TikTok
Grupo de construtoras ganha leilão do 2º lote da PPP de escolas de SP

Projeto de Alex tipifica crime de sequestro internacional de filhos

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A Câmara analisa projeto (PL 135/24) do deputado Alex Manente (Cidadania-SP), que prevê prisão de 4 a 6 anos para pai, mãe ou responsável legal que levar criança ou adolescente ao exterior, com o objetivo de afastá-lo do convívio familiar. Segundo o autor da proposta, além de punir quem comete o delito, o texto fecha uma lacuna na legislação brasileira, que hoje não tipifica como crime o sequestro internacional de filhos.

Atualmente, segundo o Ministério da Justiça, há mais de 250 casos de subtração internacional de menores. O parlamentar avalia que o problema tem se agravado em parte devido ao aumento no número de divórcios, muitas vezes litigiosos.

O projeto de Alex Manente texto altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Aém de punir quem comete o delito valendo-se da guarda judicial, a proposta aumenta as chances de resgate da vítima levada para exterior.

Manente ressalta que o Brasil é signatário de duas convenções que estabelecem mecanismos para proteger crianças e adolescentes dessas práticas: a Convenção Interamericana sobre a Restituição Internacional de Menores e a Convenção de Haia sobre os Aspectos Civis da Subtração Internacional de Crianças.

“Mesmo assim, é possível ocorrer a subtração para países que não são signatários desses tratados”, lamenta Manente. “Isso dificulta a restituição do menor ao convívio familiar e causa sofrimento tanto para a vítima quanto para o genitor ou guardião privado da convivência familiar”, acrescenta.