Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da Davati, afirmou ter recebido pedido de propina de US$ 1 por dose do imunizante da AstraZena em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde (Foto: Reprodução/Agência Senado)
O líder do Cidadania no Senado, Alessandro Vieira (SE) apresentou pedido de convocação do representante da empresa Davati Medical Supply, Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que relatou ao jornal ‘Folha de S. Paulo’ ter recebido um pedido de propina para venda de vacinas. Para o senador, a denúncia é gravíssima e que precisa ser apurada.
“Brasileiros morrendo de Covid e bandidos atrás de vantagens ilícitas. Precisamos apurar tudo. A CPI segue avançando”, afirmou o senador na rede social.
Segundo reportagem do jornal, Dominguetti Pereira afirmou que recebeu pedido de propina de US$ 1 por dose em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde. A proposta teria partido do diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, durante um jantar no dia 25 de fevereiro.
Roberto Dias foi indicado ao cargo pelo líder do governo de Jair Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). Sua nomeação ocorreu em 8 de janeiro de 2019, na gestão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM).
A empresa Davati buscou a pasta para negociar 400 milhões de doses da vacina Astrazeneca com uma proposta de US$ 3,5 por unidade, e depois disso passou o valor passou a US$ 15,5.
Sessão secreta
O senador Alessandro Vieira também protocolou requerimento pedindo uma sessão secreta como deputado federal Luís Eduardo Miranda (DEM-DF). Ele relatou à revista Crusoé que, em reunião realizada com o líder Ricardo Barros e Silvio Assis, conhecido lobista de Brasília, teria recebido oferta de propina para não criar obstáculos aos negócios da Covaxin. (Assessoria do parlamentar)