Cidadania manifesta apoio irrestrito a técnicos e diretores da agência e condena leniência do Presidente da República – de férias no Guarujá – com as ameaças de morte aos servidores e com a saúde das crianças
Nota oficial
A Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal têm de abrir imediatamente investigação, no que couber, contra o presidente da República, Jair Bolsonaro, e contra o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, no mínimo, por prevaricação e incitação ao crime envolvendo a atuação deliberada de ambas as autoridades para atrasar a vacinação de crianças contra Covid-19.
No contexto da emergência da variante Ômicron, as crianças, o principal público não vacinado neste momento no Brasil, serão também as principais vítimas da pandemia em 2022 caso perdure a atitude criminosa da dupla infanticida. Criminosa também é a incitação de Bolsonaro e Queiroga às milícias digitais de ultradireita contra os servidores da Anvisa, que nada mais fizeram do que cumprir seu dever funcional.
Tinham também o dever moral de, seguindo a ciência e analisando os dados de segurança e eficácia, agir para proteger os pequenos cidadãos brasileiros, fazendo valer um direito que a Constituição a eles também assiste. E assim o fizeram. É triste que aqueles que deveriam dar o exemplo e que se dizem cristãos, em meio ao Natal, estejam, mais uma vez, agindo contra a família brasileira, seus filhos e netos.
Manifestamos apoio irrestrito ao corpo técnico da Anvisa e aos seus diretores. E condenamos a leniência criminosa e o menoscabo com que Bolsonaro – de férias no Guarujá, dançando funk em lanchas, enquanto o Brasil afunda – trata ameaças de morte a servidores públicos e a importância de imunizar e proteger as crianças com uma vacina já testada, aprovada e aplicada em dezenas de países.
Roberto Freire
Presidente Nacional do Cidadania