‘Mulher não tem medo de grito’, diz Eliziane Gama; ‘comportamento machista’, afirma Leila Barros; ‘cortina de fumaça’, aponta Alessandro Veira sobre a ‘confusão’ provocada por Wagner Rosário na CPI da Pandemia (foto: Reprodução/Agência Senado)
Os senadores Leila Barros (Cidadania-DF), Eliziane Gama (Cidadania-MA) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) reagiram na rede social ao ataque do ministro da CGU (Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário, que chamou a senadora Simone Tebet (MDB-MS) de “descontrolada” durante reunião da CPI da Pandemia nesta terça-feira (21).
“Meu total apoio a Simone Tebet [MDB-MS], que com trabalho bem feito , acurácia e precisão no interrogatório demonstrou a omissão do ministro da CGU, Wagner do Rosário. Confrontado e descontrolado, o ministro partiu para intimidação e machismo. Mulher não tem medo de grito”, postou Eliziane Gama no Twitter.
Rosário fez a declaração após Tebet ter criticado a atitude do ministro em relação ao presidente Jair Bolsonaro e ao processo de aquisição pelo governo federal da vacina Covaxin.
“É inadmissível o desrespeito por parte do ministro da CGU, que chamou a senadora Simone Tebet [MDB-MS] de “descontrolada” em plena CPI da Covid. Por que sempre somos nós mulheres as “descontroladas”? Não podemos tolerar mais esse comportamento machista seja no Senado Federal, no Congresso Nacional ou em qualquer outra circunstância”, afirmou a senadora Leila Barros.
A fala de Rosário gerou tumulto entre os senadores, e o ministro deixou a sessão. Logo depois, o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), converteu a condição do ministro de testemunha para a de investigado pela comissão.
“Para lembrar: a cartinha [do presidente da República] não foi a única contribuição de Temer para Bolsonaro. O CGU Wagner Rosário é herança do governo Temer, como também parecem ser algumas das figuras e esquemas identificados pela CPI. A confusão de hoje na comissão é mais uma cortina de fumaça. Não vai adiantar”, escreveu Alessandro Vieira na rede social.