No dia 2 de outubro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) promoveu uma audiência pública que reuniu diversos representantes de segmentos importantes da sociedade para discutir a questão das cotas para indígenas no Fundo Partidário e no tempo de rádio e TV. A iniciativa visou abordar a possibilidade de estender aos povos indígenas o mesmo entendimento já firmado em relação à promoção da participação feminina e negra na política.
A representante do partido Cidadania, Irina Storni, membro da Executiva Nacional, esteve presente no evento, desempenhando um papel fundamental na discussão desse tema relevante. A audiência contou com a presença de diversos órgãos e instituições, incluindo a Procuradoria-Geral Eleitoral, a Ordem dos Advogados do Brasil, partidos políticos, os Ministérios dos Povos Indígenas, da Igualdade Racial, dos Direitos Humanos e da Cidadania, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil.
A audiência foi convocada pelo ministro Nunes Marques, relator de uma consulta apresentada pela deputada federal Célia Xakriabá (PSOL–MG). A consulta questiona a Corte sobre a possibilidade de aplicar a mesma lógica de distribuição proporcional de recursos do Fundo Partidário, do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) e do tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV para as candidaturas indígenas, considerando o contexto histórico de exclusão desses povos e sua sub-representatividade política.
É importante destacar que o Cidadania23 se tornou o primeiro partido a ter uma direção inteiramente indígena no Acre, demonstrando seu compromisso com a representatividade e proteção dos povos indígenas. A participação ativa na audiência reforça a importância de garantir igualdade de oportunidades e voz política a todas as parcelas da população, incluindo os povos originários, que há muito tempo lutam por reconhecimento e justiça.
A discussão sobre cotas para indígenas no Fundo Partidário e no tempo de rádio e TV é um passo significativo em direção à inclusão e à equidade na política brasileira, refletindo a importância de considerar as especificidades e desafios enfrentados pelos povos indígenas na busca por uma representação mais justa e igualitária.