“O Brasil quer uma terceira candidatura. Já vivemos uma era de corrupção e esse governo é permeado de corrupção”, diz a senadora (Foto: Jéssica Marschner)
A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) saiu em defesa de uma candidatura de terceira via nas eleições deste ano para enfrentar a polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa presidencial de outubro.
“Acredito que precisamos unificar uma terceira candidatura, temos hoje várias candidaturas postas e temos que ter uma candidatura, até porque, em média 40% da população brasileira não quer nenhum candidato. É para essa parcela que temos que apresentar uma candidatura que unifique, o Brasil quer uma terceira candidatura. Já vivemos uma era de corrupção e esse governo é permeado de corrupção”, disse a senadora, nesta sexta-feira (21), durante entrevista ao Jornal da Fan, da rádio Fan FM (veja aqui e abaixo)
Jornal da Fan: Eliziane Gama diz acreditar na superação da polarização Bolsonaro x Lula
Nesta sexta-feira, 21, a senadora do Cidadania pelo Estado do Maranhão, Eliziane Gama, foi entrevistada no Jornal da Fan, da rádio Fan FM. Na ocasião ela falou sobre a necessidade de uma terceira candidatura para enfrentar Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula na disputa presidencial de 2022.
“Não há dúvida hoje que tanto o ex-presidente Lula quando o atual presidente da República são os dois maiores e mais competitivos candidatos que nós temos hoje, cada um com suas especificidades, mas não há dúvidas que precisamos reconhecer o tamanho deles. E se a eleição fosse hoje não há dúvida de que os dois estariam no segundo turno, mas a eleição não é hoje, ainda temos um caminho pela frente. Acredito que precisamos unificar uma terceira candidatura, temos hoje várias candidaturas postas e temos que ter uma candidatura, até porque, em média 40% da população brasileira não quer nenhum candidato. É para essa parcela que temos que apresentar uma candidatura que unifique, o Brasil quer uma terceira candidatura. Já vivemos uma era de corrupção e esse governo é permeado de corrupção”, pontuou a senadora.
Questionada sobre a religião dentro da política, a parlamentar afirmou que estão usando a religião para deixar de debater assuntos mais urgentes e que dispõem sobre a melhoria de vida dos cidadãos.
“A gente está vivendo no Brasil um momento que é muito preocupante, as pessoas largam de fazer debate daquilo que é central, como por exemplo combater o desemprego no Brasil, que a gente está aí com cerca de 14 milhões de desempregados, a inflação que é um problema muito grande. Deixar de debater, de fato, os problemas que são centrais para o Brasil, hoje a desigualdade no Brasil aumentou ainda mais. Se deixa muito o debate central em detrimento de outros, que, às vezes, é uma decisão muito individual de cada cidadão brasileiro”, enfatizou Eliziane.
E continuou: “nós estamos num estado laico e cada um tem a sua liberdade absoluta de ter ou não ter religião, ser católico, ser evangélico, de ser agnóstico, de ser ateu, seguir uma religião afro, ou seja, o brasileiro tem essa liberdade, que nós adquirimos ainda lá atrás nos anos 70, isso é uma conquista que precisamos considerar. Uma das grandes conquistas que nós tivemos na Reforma Protestante foi exatamente a separação entre Igreja e Estado”.
Ela finalizou dizendo que o presidente Jair Bolsonaro confunde os brasileiros e foge de suas responsabilidades. A senadora colocou o surgimento de um novo grupo de evangélicos.
“Hoje há uma tentativa de confusão entre alguns brasileiros, digo sem medo de errar, o próprio presidente da República puxa esse debate para fugir da sua responsabilidade central e o seu papel principal. Mas eu vejo que hoje também há um movimento evangélico progressista brasileiro que está acordando de forma mais intensa para isso e está denunciando”, finalizou Eliziane Gama.