Para a senadora, o depoimento do general é importante porque ele comandou o chamado ‘Gabinete de Crise’ do governo federal para as ações de combate à pandemia de Covid-19 quando chefiava a Casa Civil (Foto: Reprodução/GloboNews)
Em entrevista ao jornal Em Ponto da GloboNews (veja aqui) nesta quarta-feira (04), a líder do bloco parlamentar Senado Independente, Eliziane Gama (Cidadania-MA), defendeu a convocação do ministro da Defesa, Braga Netto, para depor na CPI da Pandemia.
Para a senadora, o depoimento do general à comissão é importante porque ele comandou o chamado ‘Gabinete de Crise’ do governo federal para as ações de combate à pandemia de Covid-19.
“Ninguém está acima da lei e pau que bate em Chico, bate em Francisco. Não estamos chamando o ministro da Defesa, estamos chamando alguém que é ex-ministro da Casa Civil e que comandou na verdade um gabinete de enfrentamento da pandemia”, disse Eliziane Gama, ao considerar que a presença de Braga Netto é pertinente com as investigações da CPI.
“Não posso ouvir por que, não posso chamar por que, porque é ministro da Defesa. O que o exime? Qual a diferença entre um ministro da Defesa para um ex-ministro-chefe da Casa Civil?. Não há do ponto de vista da administração pública nenhuma diferença [que impeça a convocação]”, completou Eliziane Gama.
Segundo ela, o requerimento de convocação de Braga Netto foi retirado nesta terça-feira (03) pelo autor da proposta, senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), ‘por uma questão estratégica’ e já reapresentado ontem mesmo pelo parlamentar para ser votado pela CPI.
“Tem que ser convocado, tem que ser chamado. Ele precisa comparecer à comissão para nos municiar das informações que nós precisamos para ter um relatório conclusivo, em nome da Justiça. Ele aqui na CPI terá o amplo direito de fazer a sua defesa. Vamos estar muito atentos a isso [aprovação da convocação]”, afirmou Eliziane Gama.
Braga Netto, se a CPI aprovar a convocação, terá que responder, entre outras questões, a acusação de “inércia e negligência na coordenação do ‘Gabinete de Crise’ para articular e monitorar ações interministeriais de enfrentamento ao coronavírus”