“Há questões fundamentais envolvidas que precisam ser esclarecidas”, avalia parlamentar sobre revelações da imprensa a respeito do ministro da Economia
Continue readingAlessandro Vieira quer Guedes em comissão do Senado para explicar offshore em paraíso fiscal
Para o senador, é importante ainda saber se o ministro da Economia tem ‘outras empresas ou investimentos similares’ em instituições financeiras no exterior (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)
O líder do Cidadania no Senado, Alessandro Vieira (SE), protocolou requerimento para convocar o ministro da Economia, Paulo Guedes, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, para explicar ‘as razões e circunstâncias’ de manter uma offshore no exterior. No pedido, o senador aponta a existência da offshore Dreadnoughts International, nas Ilhas Virgens Britânicas, como foi amplamente noticiado pela imprensa no fim de semana.
Mas a solicitação de Alessandro Vieira vai além, querendo saber se Guedes possui ‘outras empresas ou investimentos similares’ em instituições financeiras no exterior. O requerimento deve ser votado nesta terça-feira (5) pela comissão.
O pedido de convocação de Guedes reconhece que a abertura de uma offshore não é por si só ilegal, a não ser que se trate de um servidor público de alto escalão, como os ministros de Estado, proibidos pela legislação de manter aplicações financeiras, no Brasil ou no exterior, ‘passíveis de ser afetadas por política governamental, aquela sobre a qual a autoridade pública tenha informações privilegiadas’.
‘Apesar do evidente conflito de interesses em potencia’, diz o texto, o ministro, responsável por toda política econômica do País, ‘conscientemente decidiu manter a offshore, com volume vultoso de aplicações em dólares, moeda que oscila justamente por decisões do Ministério da Economia’. (Assessoria do parlamentar)
Eliziane Gama defende convocação de Braga Netto para depor na CPI
Senadora diz que comissão ‘precisa desvendar qual o foi papel do general na gestão da pandemia’
Continue readingAlessandro Vieira pede convocação de filho de Bolsonaro para explicar ligação com lobista da Precisa
Marconny Albernaz de Faria é apontado como um dos intermediários da Precisa Medicamentos e por ter ajudado o Renan Bolsonaro na abertura de empresa de eventos (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
O líder do Cidadania no Senado, Alessandro Vieira (SE) apresentou um requerimento para convocar Jair Renan, filho do presidente Jair Bolsonaro, à CPI da Pandemia. Segundo o senador, o objetivo é colher depoimento do filho 04 do presidente sobre seus vínculos com o lobista do lobista Marconny Albernaz de Faria.
“Apresentei requerimento para convocar o senhor Jair Renan, para que ele possa dar pessoalmente um alô para a CPI e preste esclarecimentos sobre seus vínculos com o lobista Marconny Faria e supostas ameaças a parlamentares. A lei vale para todos”, postou o senador na rede social.
Ao ser questionado por Alessandro Vieira durante depoimento à CPI na última quarta-feira (15), Marconny confirmou que conhece Renan Bolsonaro e que chegou a comemorar aniversário em um camarote que pertencia ao filho do presidente Bolsonaro, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.
A confirmação foi obtida após o senador insistir em saber sobre a atividade profissional do depoente e a razão de, nas mensagens de telefone obtidas pela comissão parlamentar de inquérito, ele ser identificado como alguém que possivelmente “desataria o nó da contratação” nos processos licitatório para aquisição de testes de Covid-19.
Marconny é apontado pela CPI como um dos intermediários da Precisa Medicamentos, empresa investigada pela comissão por suspeita de irregularidades no contrato de aquisição da vacina indiana Covaxin
A empresa Bolsonaro Jr. Eventos e Mídia, de propriedade de Renan Bolsonaro, foi aberta com o auxílio do lobista Marconny.
CPI aprova requerimento de Alessandro Vieira para convocação de Ana Cristina, ex-mulher de Bolsonaro
Ana Cristina teria, a pedido de lobista da Precisa Medicamentos, tentado interferir na escolha do chefe da Defensoria Pública da União (Foto: Pedro França/Agência Senado)
A CPI da Pandemia aprovou nesta quarta (15) a convocação de Ana Cristina Siqueira Valle, segunda mulher do presidente Jair Bolsonaro, a partir do requerimento apresentado pelo líder do Cidadania no Senado, Alessandro Vieira (SE). O pedido foi aprovado quase ao final do depoimento do empresário Marconny Ribeiro, apontado como suposto lobista da Precisa Medicamentos, quando Alessandro Vieira pressionou para que a convocação fosse colocada de novo em votação.
Com apenas um membro da tropa de choque do governo presente, o senador Marcos Rogério (DEM-RO) foi o único voto contrário. Ana Cristina é mãe de Jair Renan, filho 04 do presidente Jair Bolsonaro.
Foram justamente mensagens trocadas, pelo celular, entre Marconny e Ana Cristina, obtidas em quebra de sigilo pela CPI, que confirmam que ela atuou para beneficiar Marconny. Ana Cristina teria, a pedido de Marconny, tentado interferir na escolha do chefe da Defensoria Pública da União. A ex-mulher do presidente e mãe de Jair Renan se mudaram em agosto da para uma mansão em Brasília. Marconny ajudou o filho 04 do presidente a criar sua empresa.
“Como se sabe, Marconny Faria atuou como lobista da empresa Precisa Medicamentos, investigada pela CPI da Pandemia em razão de irregularidades na negociação de compra da vacina Covaxin, de modo que a sua relação próxima com a ex-esposa do presidente Bolsonaro deve ser amplamente esclarecida, com vistas a examinar potencial atuação ilícita de ambos no contexto da pandemia”, afirmou o senador Alessandro Vieira.
Antes do reuerimento ser aprovado, o parlamentar pressionou os colegas a não mais retardar a convocação.
“Nesse momento, a CPI precisa decidir – e temos tempo pra isso – se vai apurar efetivamente os desdobramentos dessa situação ou se vai parar por aí, e pagar o preço político por isso. Esse preço não vai ser meu”, disse Alessandro Vieira.
‘Cara de pau e oportunista’
O líder do Cidadania chamou Marconny Faria de ‘cara de pau e oportunista’. Ele afirmou que o depoente participou de negociatas junto ao governo e, depois de subir em carro de som para pedir o fim da corrupção, agora não tem coragem para revelar os nomes dos envolvidos no esquema de corrupção para a compra da vacina indiana Covaxin.
Ao ser questionado por Alessandro Vieira, Marconny confirmou que conhece Renan Bolsonaro e que chegou a comemorar aniversário em um camarote que pertencia ao filho do presidente Bolsonaro, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.
A confirmação foi obtida após o senador insistir em saber sobre a atividade profissional do depoente e a razão de, nas mensagens de telefone obtidas pela CPI, ele ser identificado como alguém que possivelmente “desataria o nó da contratação” nos processos licitatório para aquisição de testes de Covid-19. (Com informações da assessoria do parlamentar e Agência Senado)
CPI: Alessandro Vieira quer convocação de Ana Cristina Valle, ex-mulher Bolsonaro
Diálogos de investigação do Ministério Público Federal no Pará indicam que a pedido de lobista Ana Cristina teria exercido influência em processo de escolha de defensor público (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)
O líder do Cidadania no Senado, Alessandro Vieira (SE), protocolou um requerimento, dirigido ao presidente da CPI da Pandemia, Omar Aziz (PSD-AM), propondo a convocação de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro. O senador argumenta que diálogos apontam a possível atuação de Ana Cristina na intermediação de interesses de lobistas diante de autoridades públicas.
Mensagens eletrônicas extraídas de um celular, em posse da CPI, de acordo com o requerimento, indicam que a pedido do lobista Marconny Faria, a ex-mulher do presidente da República entrou em contato com o Palácio do Planalto para “exercer influência” no processo de escolha do Defensor Público-Geral Federal junto a Jorge Carvalho, então ministro da Secretaria Geral da Presidência e atual ministro do TCU (Tribunal de Contas da União).
Marconny Faria atuou como lobista da empresa Precisa Medicamentos, uma das principais investigadas pela CPI, envolvida na tumultuada negociação de compra da vacina Covaxin. As mensagens tiveram origem em material sigiloso enviado pelo Ministério Público Federal no Pará, parte de uma investigação sobre desvios de recursos públicos em órgão ligado ao Ministério da Saúde.
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Continue readingCPI da Pandemia: Eliziane Gama defende convocação de Braga Netto
Para a senadora, o depoimento do general é importante porque ele comandou o chamado ‘Gabinete de Crise’ do governo federal para as ações de combate à pandemia de Covid-19 quando chefiava a Casa Civil (Foto: Reprodução/GloboNews)
Em entrevista ao jornal Em Ponto da GloboNews (veja aqui) nesta quarta-feira (04), a líder do bloco parlamentar Senado Independente, Eliziane Gama (Cidadania-MA), defendeu a convocação do ministro da Defesa, Braga Netto, para depor na CPI da Pandemia.
Para a senadora, o depoimento do general à comissão é importante porque ele comandou o chamado ‘Gabinete de Crise’ do governo federal para as ações de combate à pandemia de Covid-19.
“Ninguém está acima da lei e pau que bate em Chico, bate em Francisco. Não estamos chamando o ministro da Defesa, estamos chamando alguém que é ex-ministro da Casa Civil e que comandou na verdade um gabinete de enfrentamento da pandemia”, disse Eliziane Gama, ao considerar que a presença de Braga Netto é pertinente com as investigações da CPI.
“Não posso ouvir por que, não posso chamar por que, porque é ministro da Defesa. O que o exime? Qual a diferença entre um ministro da Defesa para um ex-ministro-chefe da Casa Civil?. Não há do ponto de vista da administração pública nenhuma diferença [que impeça a convocação]”, completou Eliziane Gama.
Segundo ela, o requerimento de convocação de Braga Netto foi retirado nesta terça-feira (03) pelo autor da proposta, senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), ‘por uma questão estratégica’ e já reapresentado ontem mesmo pelo parlamentar para ser votado pela CPI.
“Tem que ser convocado, tem que ser chamado. Ele precisa comparecer à comissão para nos municiar das informações que nós precisamos para ter um relatório conclusivo, em nome da Justiça. Ele aqui na CPI terá o amplo direito de fazer a sua defesa. Vamos estar muito atentos a isso [aprovação da convocação]”, afirmou Eliziane Gama.
Braga Netto, se a CPI aprovar a convocação, terá que responder, entre outras questões, a acusação de “inércia e negligência na coordenação do ‘Gabinete de Crise’ para articular e monitorar ações interministeriais de enfrentamento ao coronavírus”
Alessandro Vieira insiste na convocação Braga Netto na CPI da Pandemia
Senador justifica convocação porque o então ministro da Casa Civil coordenava as ações de vários ministérios por meio do Gabinete de Crise que deveria atuar no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus (Foto: Pedro França/Agência Senado)
O líder do Cidadania no Senado, Alessandro Vieira (SE), protocolou nesta terça-feira (03) novo requerimento de convocação do general e ministro da Defesa Braga Netto, ex-titular da Casa Civil da Presidência da República, para depor na CPI da Pandemia.
“Não se pode sequer conjecturar a hipótese de deixar de convocar determinado cidadão apenas por pertencer às Forças Armadas (…), mormente quando desempenha tarefas no campo eminentemente civil”, diz o texto do requerimento.
Segundo o presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres, Braga Netto teria convocado e conduzido encontro, no ano passado, em que foi discutida a edição de um decreto presidencial para mudar a bula da cloroquina.
O objetivo, segundo Alessandro Vieira, é deixar claro no pedido que o então ministro da Casa Civil coordenava as ações de vários ministérios que deveriam atuar no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.
“Se esse cidadão não precisa ser ouvido numa CPI que investiga ações e omissões do governo federal, tenho dúvida de quem precisa”, disse o parlamentar.
Braga Netto, se a CPI aceitar a convocação, terá que responder, entre outras questões, a acusação de “inércia e negligência na coordenação de Gabinete de Crise para articular e monitorar ações interministeriais de enfrentamento ao coronavírus”. (Com informações da assessoria do parlamentar)
Eliziane Gama pede convocação de representante da Davati para confrontar acusação a Luís Miranda
O parlamentar e seu irmão, Luís Ricardo Miranda, são autores de denúncia de corrupção na compra da vacina indiana Covaxin pelo governo federal (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
A líder do bloco parlamentar Senado Independente, Eliziane Gama (Cidadania-MA), defendeu nesta quinta-feira (01) que a CPI da Pandemia convoque imediatamente Cristiano Alberto Carvalho, CEO da Davati Medical Supply no Brasil.
A parlamentar quer que ele confirme ou não ser o autor de áudio que foi mostrado à comissão por Luiz Paulo Dominguetti que envolve o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) em negociação de vacinas com a Davati Medical Supply.
O parlamentar e seu irmão, Luís Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, são autores de denúncia de corrupção na compra da vacina indiana Covaxin pelo governo federal.
“O representante da Davati no Brasil, senhor Cristiano, já negou a acusação contra Luís Miranda. Mas é fundamental que ele preste depoimento para confrontar as versões. Há indícios de que [o depoimento] foi plantado ”, afirmou Eliziane Gama.
“Em nenhum momento se falou em vacina no áudio. Vamos aguardar a perícia para ver quem mentiu”, postou a senadora no Twitter.
A senadora estranhou ainda alvoroço da parte de senadores da base governista em defesa de Dominguetti após a apresentação do áudio.
Propina no Ministério da Saúde
Ao ser indagado por Eliziane Gama, Dominguetti – um cabo da PM de Minas Gerais e vendedor de vacinas nas horas vagas – voltou a afirmar que o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, cobrou propina de US$ 1 por dose para fechar um contrato por 400 milhões de doses da AstraZeneca.
Ele confessou que a negociata foi feita na presença do “Coronel Blanco”, o então o diretor-substituto do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, o tenente-coronel da reserva Marcelo Blanco da Costa, dispensado da função nesta quarta-feira (30). Dominguetti foi além dizendo ainda à CPI que esteve com o coronel Elson Franco, na época secretário-executivo do Ministério da Saúde.
‘A mando de quem?’
Para a senadora do Cidadania, com a confissão de Dominguetti, os trabalhos da CPI precisam se aprofundar mais ainda para descobrir os principais interessados na compra do imunizante que é envasado no Brasil pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
“Dominguetti confirmou que Roberto Dias pediu propina de um dólar vacina. A mando de quem? A CPI já descobriu ligações de Wizard para o dono da Precisa. A pergunta que não quer se calar: por que tanta gente que nem do governo era negociava com empresas?”, questionou Eliziane Gama.