Senadora explica que verba foi comprometida para aquisição da vacina indiana e que embora não tenha havido pagamento, o governo comprometeu R$ 1,6 bilhão em empenho (Foto: Reprodução/CNN)
Em entrevista à CNN nesta sexta-feira (25), a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), integrante da bancada feminina no Senado, disse que apesar de não ter havido pagamento pela vacina indiana Covaxin pelo governo federal, houve empenho — em que a verba está comprometida para determinada finalidade. Além disso, a senadora afirmou que as informações que foram obtidas na CPI da Pandemia até o momento são muito “sérias e graves” e “claramente percebemos indícios de corrupção” (assista o vídeo aqui).
“Num primeiro momento da CPI nós vimos negligência do governo na aquisição de vacinas. Acabamos fazendo solicitações de informações, inclusive junto com o Ministério Público Federal, como quebra de sigilo, e começamos a ver claramente casos de corrupção com um volume significativo, algo em torno de um pouco mais de R$ 1,6 bilhão para adquirir vacinas que estavam, inclusive, com preço mais acima das demais vacinas”, disse Eliziane Gama.
“Quando o presidente diz que não recebeu nenhuma vacina e que não houve pagamento, houve empenho. O empenho é uma fase muito importante do ponto de vista financeiro na administração pública. O empenho é claramente a materialização de que está assegurado para aquele determinado pagamento”, completou.
A senadora disse ainda que a comissão solicitará mais documentos como provas de supostas irregularidades ao deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e ao servidor do Ministério da Saúde e irmão do parlamentar, Luis Ricardo Fernandes Miranda. Os irmãos vão prestar depoimento à CPI na tarde de hoje. Eles são responsáveis por apontarem possíveis irregularidades do governo federal na compra da vacina indiana Covaxin.
“O depoimento dos irmãos será muito importante porque também vamos solicitar documentações que vão respaldar e nos dar muito mais elementos a esse fato que é muito grave, no meu entendimento”, avaliou Eliziane Gama. (Da CNN, em São Paulo)