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Depois de Gaza, Israel bombardeia Beirute

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NAS ENTRELINHAS

Netanyahu acredita que o Hezbollah está sem capacidade de reação, desde a explosão dos pagers e walkie-talkies de militantes da organização por Israel

O Ministério da Saúde do Líbano disse que 492 pessoas morreram e 1.645 ficaram feridas nesta segunda-feira (23), depois de Israel lançar um ataque aéreo amplo no país. Pouco antes, as Forças de Defesa de Israel haviam alertado a população civil para que se afastasse “imediatamente” de supostas posições e depósitos de armas do grupo extremista Hezbollah. A narrativa do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu é de que os ataques miram os comandantes e militantes do grupos e bases de misseis em residências civis, muito semelhante à adotada em Gaza, onde os bombardeios não levaram em conta seus efeitos colaterais e mataram milhares de idosos, mulheres e crianças.

Pela manhã, Israel atacou regiões do Sul e do Leste do Líbano. Mais tarde, voltou a bombardear Beirute, a capital, que já havia sido alvo de um grande ataque na sexta-feira (20). Cerca de 1.300 alvos do grupo foram atacados, segundo os militares israelenses, a maioria em residências e prédios residenciais. De acordo com as Forças de Defesa de Israel (FDI), “grande número” de integrantes do Hezbollah foram mortos no Líbano nesta segunda. Um dos comandantes do alto escalão do Hezbollah, Ali Karaki, era o alvo do bombardeio israelense em Beirute. Segundo o Hezbollah, o dirigente está vivo, em local seguro.

A operação israelense segue o padrão das ações adotadas contra o Hamas em Gaza, que era completamente destruída antes de iniciar operações por terra. O Exército israelense promoveu intensos bombardeios sobre o que seria “a infraestrutura de combate que o Hezbollah vem construindo nos últimos 20 anos“. Há pânico e fuga em massa do Líbano. Segundo o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, dezenas de milhares de foguetes do Hezbollah foram destruídos no sul do Líbano e no Vale do Bekaa, no Leste.

Jatos israelenses bombardearam intensamente o Vale do Bekaa, no Nordeste do Líbano, considerado um reduto do Hezbollah. Os militares deram um prazo de duas horas para que os moradores deixassem suas casas. “Prometi que mudaríamos o equilíbrio de segurança, o equilíbrio de poder ao norte [de Israel] — é exatamente isso que estamos fazendo”, disse Netanyahu, deixando no ar a iminência de uma nova invasão.

O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, chamou os ataques de um “plano destrutivo que visa arrasar vilas e cidades libanesas”. Mikati disse que as ações de Israel marcam “uma guerra de extermínio em todos os sentidos da palavra”. Desde a semana passada, mais de 100 mil libaneses tiveram que deixar suas casas por causa dos ataques israelenses, sem expectativa imediata de poderem retornar.

Muitas famílias brasileiras moram no Líbano, somam 12 mil cidadãos. O Itamaraty já trabalha para evacuá-las, dado o contexto de ataques aéreos de Israel ao país. O Brasil tem experiência de retirada de brasileiros do Líbano, na última invasão foram 3 mil, mas agora a situação é mais difícil. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é considerado “persona non grata” pelo governo de Israel, deve fazer duras críticas a Netanyahu no seu na abertura da Assembleia Geral da ONU, hoje.

Sem acordo

A tensão também atinge a comunidade libanesa no Brasil, que soma 12 milhões de pessoas, maior do que a população do Líbano, 4,5 milhões no Líbano. O êxodo de libanês deve aumentar e um dos países de referência para os refugiados é o Brasil, porque têm familiares aqui. Essa situação colabora para aumentar o antissemitismo no Brasil, uma vez que grande parte da comunidade judaica apoia os ataques de Israel, incondicionalmente, porque o Hezbollah é aliado do Hamas e ataca Israel sistematicamente.

A tensão com o Irã, financiador do Hezbollah e do Hamas, aumentou. O presidente Masoud Pezeshkian acusou Israel de tentar criar um conflito mais amplo e que disse que até agora o Irã considerou os apelos do Ocidente para que não retaliasse Israel, para não prejudicar os esforços de paz em Gaza. Desde a revolução islâmica de 1979, o Irã é o maior e mais poderoso inimigo de Israel, com uma narrativa que prega sua destruição e legitima a escalada patrocinada por Netanyahu.

Os ataques aéreos de Israel ao Hezbollah miram as bases de mísseis de longo alcance. Segundo Israel, estariam em casas particulares. Circula nas redes um vídeo com efeitos gráficos que simula como seriam as bases de mísseis destruídas pelos bombardeios em áreas residenciais. Estrategistas avaliam que Israel se preparou para uma grande ação contra o Hezbollah, para garantir a volta de 50 mil israelenses que estão fora de casa no Sul de Israel.

Netanyahu acredita que o Hezbollah está sem capacidade de reação, desde a explosão dos pagers e walkie-talkies de militantes da organização pelos serviços de inteligência de Israel e que agora seria a oportunidade de mudar o quadro estratégico nas colinas e cidades de ambos os lados da fronteira entre Israel e Líbano. O conflito Israel-Hezbollah existe há décadas, mas se intensificou após o ataque do Hamas em 7 de outubro do ano passado, com disparos sistemáticos de foguetes contra Israel. Entretanto, não houve uma escalada, como agora.

A única maneira de resolver o conflito é um acordo de paz em Gaza, uma exigência do Hezbollah que Israel não aceita. Entretanto, a proposta de paz dos Estados Unidos não é aceita por nenhum dos lados. O Hezbollah, como o Hamas, também é um partido político. Tem até cadeiras no parlamento do Líbano, cuja estabilidade política depende da paz. (Correio Braziliense – 24/09/2024)

IMPRENSA HOJE

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Veja as manchetes dos principais jornais hoje (24/09/2024)

MANCHETES DA CAPA

O Globo

Ataque de Israel mata centenas de desabriga milhares no Líbano
Juíza manda prender Gusttavo Lima, supeito de ajudar esquema de lavagem em jogos virtuais
Marçal fala de rejeição, cena em ambulânci e segurança: ‘Não sou light’
Outro debate termina em agressão após provacação de Marçal
Por apelo eleitoral, candidatos adotam discurso antivacina
Vacina que protege bebê de vírus respiratório chega ao país
INSS vai acabar com carência no consignado
Deputado estadual é denunciado por homicídio
Botafogo vive disparada de assaltos e furtos de celular

O Estado de S. Paulo

Maior ataque de Israel ao Hezbollah desde 2006 muda guerra de patamar
Portaria federal vai impor diretrizes para uso da força pelas polícias
Justiça de PE decreta prisão do cantor Gusttavo Lima em operação contra bets
IBGE vive crise interna com embate entre servidores e presidente do órgão
Debate termina com expulsão de Marçal; assessor de Nunes leva soco
Geraldo Alckmin -‘Não há nada pior para questão fiscal do que juros altos’
Fazenda fala em voltar ao STF para usar ‘dinheiro esquecido’
Justiça manda Aneel transferir Amazonas Energia para Âmbar

Folha de S. Paulo

Ataque de Israel ao Líbano mata ao menos 492; Hezbollah revida
Multados pelo Ibama colocam R$ 8,4 mi nas eleições 2024
Ações contra fogo foram insuficientes, diz ministra Marina
Justiça de PE decreta prisão do cantor Gusttavo Lima
Vítima de estupro na USP fez denúncia em maio e aguarda medidas da instituição
SP vai dar desconto de até 50% em dívida de IPVA

Valor Econômico

Crise escala e novos ataques de Israel matam quase 500 pessoas no Líbano
Incerteza fiscal leva juro futuro a atingir a máxima do ano
Presidente de arbitragem entre J&F e PE renuncia
Fomento a novos negócios vira tema das eleições
Em discurso na ONU, Lula falará sobre crise climática e guerras
Leilão da Rota dos Cristais deverá ser disputado por quatro grupos

Eder Dalben mantém a liderança em pesquisa à Prefeitura de Sumaré

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Levantamento divulgado pelo Instituto Vox Brasil Opinião e Pesquisas mostra Eder Dalben (Cidadania), liderando a corrida para a Prefeitura de Sumaré-SP com 32,1% dos votos, seguido por Henrique do Paraíso (Republicanos), que tem 27,8%.  William Souza (PT) aparece com  25,7%, seguido de Toninho Mineiro (Mobiliza), com 5,8%, e Ana Cléia (Rede), com 1,8%.

Nenhum dos candidatos, brancos e nulos somam 2,3%. Não sabe ou não respondeu são 4,5%.

Henrique do Paraíso é o mais rejeitado a prefeito de Sumaré com 24,5%, seguido de Willian Souza que tem 21,4%, aponta pesquisa. Veja abaixo:

Em relação à rejeição de voto para prefeito:

HENRIQUE DO PARAÍSO: 24,5%

WILLIAN SOUZA: 21,4%

TONINHO MINEIRO: 14,7%

EDER DALBEN: 13,2%

ANA CLÉIA: 12,4%

PODERIA VOTAR EM TODOS: 8,3%

NÃO SABE/NÃO RESPONDEU: 5,5%

Também foi perguntado aos entrevistados o que eles acham do governo do atual prefeito Luiz Dalben (PSD) em Sumaré. Confira abaixo:

O(a) SR(a) APROVA OU DESAPROVA A GESTÃO DO ATUAL PREFEITO LUIZ DALBEN?

APROVA: 62,4%

DESAPROVA: 23,2%

NÃO SABE/NÃO OPINOU: 14,4%

A pesquisa foi realizada segundo as regras determinadas pelo Tribunal Superior Eleitoral entre os dias 18/09/2024 a 19/09/2024, com margem de erro 4 pontos para mais ou menos. O nível de confiança é de 95%.

Foram 604 pessoas entrevistadas em diferentes regiões da cidade. O registro é SP – 04544/2024.

Democracia na América

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As nações democráticas de todo o mundo, entre as quais a nossa, não podem dispensar a presença renovada dos Estados Unidos nas suas fileiras

Tão imperfeita quanto qualquer outra, e com certeza a mais assediada internamente, a democracia norte-americana hoje constitui um privilegiado observatório debruçado sobre o drama das sociedades abertas. Não há mais o sentimento de excepcionalismo de outros tempos nem a retórica dos que celebravam orgulhosamente a invicta “cidade no alto da colina”. À direita, políticos conservadores e até muito conservadores, como Ronald Reagan, deram lugar a outros cuja visão sombria enxerga um país cercado de bárbaros. E a simples presença deles ameaçaria substituir a população autóctone racialmente pura ou, no mínimo, envenenarlhe o sangue.

Para os reacionários de novo tipo, a cidade na colina, antes gloriosamente inexpugnável, agora se vê também ameaçada por “inimigos internos” que tomaram de assalto as instituições e configuraram um singular “Estado profundo”. Aliás, os tentáculos desse Estado invisível aos não iniciados já teriam se espalhado pela sociedade civil, contaminando as artes, as profissões liberais, a política e a imprensa independente. Toda essa linguagem evoca medos e paranoias dos piores regimes do século passado, e não por acaso o termo “fascismo” voltou a ser empregado até por gente insuspeita de inclinação à esquerda.

No entanto, o grosseiro espírito nativista e o apregoado antielitismo convidam-nos antes a descrever o fenômeno como uma espécie de “nacional-populismo” destes tumultuados tempos hipermodernos, sem menosprezar outras tentativas de ajustar palavras e coisas. O fato é que tal nacionalismo populista, oposto ao já passado cosmopolitismo “globalista”, requer o homem forte e o respectivo culto. O “globalismo” de outrora guardava o ingênuo otimismo pelo qual, universalizadas em marcha batida as relações econômicas, mais cedo ou mais tarde a institucionalidade democrática sobreviria como num passe de mágica. O nativismo de agora, particularista e bélico, navega sob o signo da redução da democracia ao seu elemento plebiscitário. Daí a apologia do strongman e o aplauso à sua impaciência com freios e contrapesos da dimensão liberal da democracia.

Democracia iliberal, precisamente, foi o singular nome de batismo dado ao tipo de regime cuja implantação se pretende como resposta aos sobressaltos da época. Nascida em 2014, a fórmula é de autoria do político húngaro Viktor Orbán, tornado surpreendentemente um dos estrategistas da direita populista no xadrez internacional. Convenhamos que, sem desrespeitar as excepcionais tradições da mítica Mitteleuropa, de que faz parte saliente a Hungria, só num mundo de ponta-cabeça alguém como Orbán pode estar presente com destaque inusitado na fala do ex-presidente Donald Trump, como esteve durante o recente debate com a vice-presidente Kamala Harris. De fato, paradoxos à parte, Orbán é a óbvia inspiração de Trump para sua giornata particolarissima, o grande dia de ditador que imagina para si.

O observatório norte-americano, dizíamos, é um ponto avançado em relação à Europa e mesmo ao Brasil. Lá um dos dois grandes partidos nacionais cruzou, com Trump, a linha que separa a disputa constitucionalmente regulada e o desafio aberto à transmissão pacífica de poder – e o que se sabe é que Trump só aceitará uma eventual segunda derrota se, a seu critério, a competição for justa. A transgressão da fronteira constitucional tornou-se possível quando o Partido Republicano perdeu propriamente a sua característica de partido político para se transformar num movimento populista de massas reunido em torno de um culto.

Essa metamorfose, segundo Steven Levitsky e Daniel Ziblatt, requer uma teoria, e a teoria dos autores é que, no fundo, o Grand Old Party entrincheirou-se na defesa encarniçada de um contingente demográfico prestes a se tornar minoritário. Brancos, cristãos e conservadores do meio rural compõem um núcleo muito coeso, mas com reduzida capacidade expansiva, o que, de resto, explica as muitas derrotas no voto popular nas eleições presidenciais desde 1992. E instituições anacrônicas, como o Colégio Eleitoral, admitem ainda assim uma “tirania da minoria”, o que congela todo e qualquer impulso de mudança dos republicanos e há décadas interrompe a obra comum de aperfeiçoamento incessante da democracia.

O insight de Levitsky e Ziblatt, aqui sintetizado de modo extremo, tem o condão de deixar por ora nas mãos de democratas, independentes e republicanos never trumpers a indispensável tarefa de regeneração institucional, para não mencionar as fraturas sociais que se abriram desde a afirmação da reaganomics e sua sombra longa e incômoda. É bom voltar a ouvir falar de uma América do Norte que valoriza o trabalho, a cultura e as classes médias, e que se recusa a entrar para o heterogêneo, mas ameaçador, clube das autocracias. As nações democráticas de todo o mundo, entre as quais a nossa, não podem dispensar a presença renovada dos Estados Unidos nas suas fileiras. Se porventura tal não ocorrer, o horizonte global – e brasileiro – será o de uma luta defensiva ainda mais dura, prolongada e imprevisível. (O Estado de S. Paulo – 22/09/2024 – https://www.estadao.com.br/opiniao/luiz-sergio-henriques/democracia-na-america/)

“A infância é nossa”

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Que tal tratar a educação como se fez na defesa do petróleo?

Na discussão da Lei Áurea, em 1888, houve quem defendesse a ideia de abolir a escravidão em cada município que desejasse replicar o feito da cidade hoje chamada de Redenção, no Ceará, em 1884 — e não de modo nacional. Se essa ideia tivesse prevalecido, a escravidão provavelmente teria sobrevivido por décadas. Felizmente, o Império tratou a questão com um olhar para todo o país, de modo equânime. Na educação, porém, a República trata o país como soma de municípios, cada um cuidando de suas crianças de acordo com a vontade de prefeitos e a disponibilidade de recursos. Essa divisão deixou nossa educação entre as piores do mundo e certamente a mais desigual.

Os políticos e muitos educadores recomendam que a má qualidade e a desigualdade na educação de base sejam enfrentadas copiando, nos municípios que desejarem e tiverem recursos, as boas e ainda modestas experiências locais. Em 135 anos de República, nenhum presidente assumiu responsabilidade com a educação de base, sempre deixada para cada família e cada alcaide, desiguais na renda e na vontade política local, sem estratégia de longo prazo nem recursos federais. Quando se trata de vacina, energia, aeroportos, estradas, universidades e formação profissional, o Brasil é a unidade e os municípios são as partes. Quando se trata do ensino fundamental, a unidade tem sido o município. O Ministério da Educação cuida apenas do ensino superior e de raríssimas escolas federais.

Para nossas escolas terem a qualidade das melhores do mundo, seria preciso rever a visão da infância partida pelas unidades municipais. O caminho: tratar a infância como patrimônio nacional e principal vetor do progresso, substituindo as escolas municipais por escolas com padrão federal em todo o território nacional.

Há quase 100 anos, a campanha O Petróleo É Nosso tratou o recurso energético como nacional. Nunca houve o lema “A infância é nossa” para cuidar das crianças onde elas vivem. É ideia recusada por políticos e educadores tanto quanto foi a abolição ao longo de mais de 350 anos, desde o início do tráfico de escravos.

Não se aceita debater a ideia de nacionalização da responsabilidade com nossas crianças nem a consequente federalização da educação, livrando-a dos limites de renda da família e dos constrangimentos municipais. Argumenta-se que o Brasil é grande e diverso, na mesma lógica dos abolicionistas municipalistas em 1888. Esses, até com mais razão, porque economicamente a escravidão era mais necessária em alguns do que em outros municípios, mas a deseducação de cada criança gera um prejuízo nacional, não importa a cidade onde viva.

Um estudo de 2011 feito pelo Senado estimou que as escolas federais — técnicas, colégios militares, institutos de aplicação, Colégio Pedro II — colocariam a educação do Brasil entre as quinze melhores do mundo. A federalização da educação não se faria por um ato ou lei, mas por uma estratégia pela qual o governo federal espalharia as escolas, assumindo paulatinamente a responsabilidade sobre os sistemas municipais, até construir-se um sistema escolar nacional, com descentralização gerencial e liberdade pedagógica, mas com um padrão federal de qualidade.

O primeiro passo dessa estratégia, reafirme-se com insistência, é o Brasil gritar “A infância é nossa” e tratar nossas crianças como há quase 100 anos tratamos o petróleo. (Veja – 21/09/2024 – https://veja.abril.com.br/coluna/cristovam-buarque/a-infancia-e-nossa)

São Bernardo avança. Apoios a Alex Manente crescem a cada dia

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São Bernardo é o berço do PT. E terá como prefeito Alex Manente, do Cidadania. A campanha dele cresce a cada dia. No último fim de semana uma grande caminhada mobilizou a cidade.

E não é por menos. Alex tem propostas para São Bernardo.

“Um programa de governo é mais do que um conjunto de promessas. Para nós trata-se de compromissos assumidos com a população de nossa cidade. Nesse sentido, os compromissos abaixo elencados estão em linha com o que acreditamos ser fundamental neste momento para a nossa cidade”, garantiu.

É também o resultado das contribuições trazidas pela população ao longo de vários meses, através de inúmeras reuniões realizadas com todos os segmentos de nossa sociedade. “Além disso, agrega todas as falas que pude ter diretamente com a população durante as minhas visitas aos bairros de nossa cidade. Em mais de 20 anos de vida pública, como vereador, deputado estadual e federal, percorri toda a cidade, sempre mantendo contato direto com a população e com a sociedade organizada”, relembra.

CONFIRA AS PROPOSTAS DE ALEX.

IMPRENSA HOJE

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Veja as manchetes dos principais jornais hoje (23/09/2024)

MANCHETES DA CAPA

O Globo

Israel e Hezbollah acirram ataques, e ONU vê ‘iminente catástrofe’ na região
Mercado aquecido anima indústria para Black Friday e Natal
Na ONU, Lula cobra recursos contra aquecimento global
População de idosos cresce e quer Rio mais acesível
Programa orienta empresas sobre menopausa no trabalho
União e PL têm mais candidatos bem nas pesquisas nas capitais
Rock in Rio se despede já de olho no futuro
Campeãs Brasileiras – No campo, nas barras, na pista e na quadra

O Estado de S. Paulo

Governo Lula recorre a fundos para driblar o arcabouço e subir gasto
Apostas online, ‘novo crack’ que desafia jogadores e o poder público
Comissionados – Regra de corte de cargos é descumprida para agradar ao Centrão
Migrantes usam Cumbica como rota clandestina para os EUA
Como pacote anticrime acabou com lixões em Pernambuco
Hezbollah amplia alcance de ataques contra Israel com foguetes e drones

Folha de S. Paulo

Soluções para a energia vão além do horário de verão e estão atrasadas
PGR ataca emendas em sintonia com governo e Supremo
Lula diz que metas da ONU caminham a ‘fracasso coletivo’
Incertezas e risco fiscal impedem a queda do dólar
Governo federal lança ofensiva contra fogo, recebe cobranças e dá munição à oposição
Anna Lembke – Sociedade exalta vício em trabalho, mas rejeita outras dependências
Casarões com piscina contrastam com desolação de mata reduzida a cinzas no interor de SP

Valor Econômico

Fundos imobiliários crescem e atraem novos perfis
Produtividade do trabalho perde ímpeto e mostra quedas
Indústrias de soja investem R$ 5,7 bilhões em fábricas
Lula critica falta de vigor da ONU em Nova York
Imigração desafia candidatos em Boa Vista
‘É preciso correr atrás do que lhe interessa’
Shows ao vivo devem arrecadar US$ 174 milhões

Amorim faz o que pode para atalhar o Itamaraty

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NAS ENTRELINHAS

Existe uma larga distância entre as relações internacionais do PT e os interesses nacionais. A política externa brasileira não está desligada da política interna

O ex-chanceler Celso Amorim, assessor especial da Presidência da República e principal articulador do governo brasileiro junto ao regime autoritário da Venezuela, em entrevista ao Valor Econômico, declarou que o Brasil não pretende romper laços com o governo de Nicolás Maduro, apesar dos impasses no processo eleitoral do país vizinho.

“O Brasil não vai romper relações com a Venezuela. Relações são com o Estado”, disse. Na mesma entrevista, reconheceu o fracasso dos esforços diplomáticos do Itamaraty para que o ditador venezuelano aceitasse a vitória da oposição e disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não vai à posse de Maduro.

Como se sabe, as eleições venezuelanas foram fraudadas, as atas das mesas eleitorais exigidas pela oposição e os governos do Brasil, da Colômbia e do México nunca apareceram, a oposição foi a continua sendo duramente reprimida e o candidato oposicionista, Edmundo Gonzáles, foi obrigado a assinar uma declaração aceitando o resultado proclamado pela Justiça eleitoral para poder deixar o país e se asilar na Espanha.

A entrevista de Amorim não tem sabor de derrota, mas de vitória. Ao contrário do Itamaraty, o ex-chanceler sempre apostou numa acomodação com a Venezuela e o reconhecimento do governo de Maduro, por motivos que não têm uma explicação plausível, pelas consequências negativas para a imagem do governo numa questão-chave: a centralidade da democracia na sua política.

A atuação de Amorim como mediador e a nota divulgada pela cúpula do PT logo após a eleição, na qual o partido reconheceu a vitória de Maduro, agora parecem jogo combinado. Deixaram Lula numa saia justa. O ex-chanceler ocupa um cargo na Presidência que já foi exercido com mais discrição por Marco Aurélio Garcia, o grande artífice das relações internacionais de Lula com os partidos de esquerda da América Latina e a social-democracia europeia.

Amorim atalha sistematicamente o “low profile” ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, nas questões mais sensíveis para o Itamaraty, como a crise na Venezuela, a guerra em Gaza, as relações com a Rússia e as imposições chinesas na ampliação dos BRICS. O problema é que isso cria cada vez mais constrangimentos para Lula no mundo Ocidental e mais dificuldades diplomáticas para o Brasil, como na questão na nova lei sobre desmatamento na União Europeia e, também, no seu acordo com Mercosul.

Existe uma larga distância entre as relações internacionais do PT e os interesses nacionais, além do fato de que a política externa brasileira não está desligada da política interna. Nesse aspecto, as entrevistas de Amorim e as declarações improvisadas de Lula, em certos momentos, deixam o governo numa situação difícil perante a opinião pública brasileira. É nessas horas que a experiência e a habilidade da nossa diplomacia deveriam ter mais protagonismo.

Ditadura

Amorim não classifica a situação venezuelana como uma ditadura, embora o rei esteja nu. “Eu prefiro não fazer adjetivos”, disse na entrevista, a propósito de Maduro. É improvável que Amorim não soubesse das gestões do ex-presidente do governo da Espanha José Luiz Zapatero (PSOE) com Maduro para que Gonzáles pudesse sair da embaixada espanhola em Caracas.

O preço para o candidato de oposição foi assinar a desmoralizante declaração na qual reconoció y acató — pero no compartió — la decisión del Tribunal Supremo que convalidaba la victoria electoral de Nicolás Maduro el 28 de julio e negou ter sido coaccionado ni por el gobierno de España ni por el embajador español en Venezuela.

Ao justificar sua decisão, em entrevista à agência Reuters, Gonzáles disse que optou pela liberdade, em vez da clandestinidade, como fez a líder oposicionista María Corina Machado, que permanece na Venezuela e apoiou a decisão de Gonzales: “A sua vida estava em perigo e as crescentes ameaças, intimações, mandados de prisão e mesmo as tentativas de chantagem e coação a que foi sujeito demonstram que o regime não tem escrúpulos nem limites na sua obsessão em silenciá-lo e tentar subjugá-lo”, declarou a oposicionista no X.

Ao explicar a decisão de sair do país, Gonzáles disse que “teria que estar em liberdade para poder fazer o que está fazendo, transmitindo ao mundo o que está se passando na Venezuela e fazendo contatos com dirigentes mundiais”.

Voltando à entrevista ao Valor, Amorim atropela o Itamaraty em todos os temas sensíveis, como as queimadas na Amazônia, a guerra na Ucrânia e o conflito no Oriente Médio. Ao destacar a importância da multipolaridade nas relações internacionais, enfatiza a parceria estratégica com a China, que está transformando o BRICS num grande bloco econômico do Sul Astral em disputa com o Ocidente.

O Brasil negligencia as relações com os Estados Unidos, quando se analisa a reestruturação e a regionalização das cadeias de valor do comercio mundial. As prioridades são outras. Na quarta-feira passada, Lula conversou por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin. Na pauta, a guerra na Ucrânia e a cúpula do BRICS, que acontecerá na Rússia em outubro. (Correio Braziliense – 22/09/2024)

Antes do fogo, Amon Mandel destinou recursos para combate aos incêndios

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Candidato a prefeito de Manaus pelo Cidadania, o deputado federal Amon Mandel foi um dos poucos parlamentares a destinar, antes da emergência climática, recursos de suas emendas para o combate aos incêndios florestais. Defensor da prevenção, ele defende mais investimentos nessa área.

“Nosso mandato foi o único a destinar emendas pro combate ao fogo, ainda no ano passado. Também temos as propostas mais completas para trabalhar a solução desse problema quando chegarmos à Prefeitura de Manaus. A gestão da nossa cidade precisa estar comprometida com a população”, afirma o candidato.

Amon, que tem o plano de governo mais completo entre todos os candidatos a prefeito do país, com 622 páginas, explica porque quer governar Manaus. “Coragem para trabalhar e transformar a nossa cidade é o que eu tenho de sobra. Escolhi os melhores especialistas para trabalharem ao meu lado, porque somos apaixonados por Manaus e sabemos o que podemos mudar”, ressalta.

Polarização naufraga no Triângulo das Bermudas

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NAS ENTRELINHAS

A disputa pelas prefeituras pode se encerrar no primeiro turno em 13 capitais: Rio de Janeiro, Salvador, Boa Vista, Florianópolis, João Pessoa, Macapá, Maceió, Palmas, Porto Velho, Recife, São Luís, Teresina e Vitória

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) se manteve na liderança da disputa eleitoral em São Paulo (9,32 milhões de eleitores), com 27% de intenções de votos, em empate técnico com Guilherme Boulos (PSol), com 26%. Pablo Marçal (PRTB) permanece na terceira posição, mas fora do empate técnico, com 19%, segundo pesquisa Datafolha divulgada ontem. No Rio de Janeiro (5,09 milhões), o prefeito Eduardo Paes (PSD) manteve-se na liderança absoluta, com 59% de intenções de votos, enquanto Alexandre Ramagem (PL) está com 17%.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Jair Bolsonaro emitiram sinais trocados em suas principais bases eleitorais. O primeiro, aposta num candidato de esquerda em São Paulo, Boulos, e num de centro no Rio, o prefeito Eduardo Paes. O segundo, num candidato de extrema direita no Rio, Ramagem, e um candidato de centro em São Paulo — Nunes.

Em Belo Horizonte (1,99 milhões), o deputado estadual e apresentador de tevê Mauro Tramonte (Republicanos) continua na liderança, com 28%, enquanto o prefeito Fuad Noman (PSD), candidato à reeleição, e o deputado estadual Bruno Engler (PL), apoiado por Bolsonaro, estão com 18% de intenções de votos. Nas três capitais do chamado Triângulo das Bermudas — São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais —, considerando-se a pesquisa do Datafolha, a polarização entre petistas e bolsonaristas está sendo mitigada pelas alianças e o comportamento dos eleitores. Ou seja, naufraga.

Se consideramos a situação de Salvador (1,96 milhões de eleitores), o fenômeno se repete. Candidato a reeleição, o prefeito Bruno Reis (União Brasil) está com 55% das intenções de voto, enquanto o vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior (MDB), tem 22%, na pesquisa Real Time Big Data, divulgada na semana passada. Como Eduardo Paes, pode vencer no primeiro turno.

Entretanto, no quinto colégio eleitoral do país, Fortaleza (1,76 milhões), a disputa está acirrada entre os candidatos André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT), empatados com 23% das intenções de voto. É a capital mais importante onde a polarização existe. Pela margem de erro — de três pontos percentuais, para mais ou para menos —, também há empate técnico com o candidato Capitão Wagner (União Brasil), que contabiliza 20%, segundo pesquisa Real Time Big Data/Record, divulgada na quarta-feira.

Em 13 capitais, a 16 dias do pleito, a disputa pelas prefeituras pode se encerrar no primeiro turno. Além do Rio de Janeiro, com a eleição de Paes, e de Salvador, com Reis, estão nessa situação Boa Vista, com Arthur Henrique (MDB); Florianópolis, com Topázio Neto (PSD); João Pessoa, com Cícero Lucena (PP); Macapá, com Dr. Furlan (MDB); Maceió, com JHC (PL); Palmas, com Janad Valcari (PL); Porto Velho, com Mariana Carvalho (União Brasil); Recife, com João Campos (PSB); São Luís, com Eduardo Braide (PSD); Teresina, com Sílvio Mendes (União Brasil); e Vitória, com Lorenzo Pazolini (Republicanos).

Reta final

Esse cenário pode sofrer alterações, principalmente nas grandes cidades. O peso das redes sociais nas eleições está sendo mitigado pelos efeitos das políticas de alianças, das estruturas administrativas e pela propaganda gratuita de rádio e tevê, que mudou de formato, com inserções muito semelhantes aos comerciais. Entretanto, na reta final, depois da aterrissagem dos candidatos — alguns ficaram perdidos no espaço quando acabou a pré-campanha —, a disputa deixa de ser uma “guerra de posições” na sociedade civil para se tornar uma “guerra de movimento”, com a entrada em cena da grande massa de eleitores. É quando a eleição passa a ser o assunto das conversas de família, do ônibus ou da fila do caixa de supermercado.

Muitas pesquisas capturaram os efeitos da exposição dos candidatos nas redes e na mídia tradicional. No caso de São Paulo, mostram que a maior exposição no rádio e na tevê beneficiou Ricardo Nunes, que conta com 65% do tempo nos meios. Guilherme Boulos, porém, tem grande resiliência e pode se beneficiar dessa transição de “posições” para “movimento”, por causa da militância de esquerda.

Pablo Marçal, com frágil estrutura partidária e baixíssima exposição nos meios de comunicação tradicionais, teve um crescimento meteórico ao chegar “causando” nas redes sociais. Parecia ser o candidato do “movimento”. Mas seu estilo “lacrador” virou um feitiço contra o feiticeiro, ao transpor para um debate ao vivo na tevê sua linguagem agressiva do mundo virtual, o que acabou resultando na cadeirada que levou do apresentador José Luiz Datena (PSDB), que faturou o episódio ocorrido nos estúdios da TV Cultura.

A maioria dos prefeitos com bons níveis de aprovação e baixa rejeição, como os que podem se eleger no primeiro turno, deixou de lado a retórica da polarização. Prefere disputar os votos de eleitores de Lula e de Bolsonaro, simultaneamente. Nessas eleições, os prefeitos de 26 capitais do Brasil têm uma média de aprovação de 60%, segundo o Ipsos Public. Destaque para o de Macapá, Dr. Furlan, com 86% de intenções de votos. (Correio Braziliense – 20/09/2024 – https://blogs.correiobraziliense.com.br/azedo/nas-entrelinhas-polarizacao-naufraga-no-triangulo-das-bermudas/)