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Raquel Dodge defende cooperação e legislação homogênea para combater crimes ambientais

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A procuradora-geral da República, Raquel Dodge defendeu a cooperação internacional e a adoção de uma legislação homogênea entre os países para o combate efetivo dos crimes ambientais na sessão especial do Senado, nesta quinta-feira (06), pelo Dia Mundial do Meio Ambiente. 

“Quantos rios precisarão morrer? Quantas vidas deverão estar extintas? Quanta gente poderá migrar até que o apelo seja efetivamente ouvido e todos assumam a defesa ambiental do planeta? Um dos maiores desafios do Ministério Público é garantir a efetiva responsabilização pelos crimes cometidos contra o meio ambiente. Como temos que atuar com base na legislação nacional, a punição é muitas vezes restrita, e a reparação local do dano nem sempre condiz com a dimensão do crime, o que prejudica o meio ambiente em solo doméstico e também além”, afirmou.

A sessão foi presidida pela líder do Cidadania na Casa, Eliziane Gama (MA), com a participação do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles; ministro do STJ, Herman Benjamin; procuradora-geral da República, Raquel ex-ministro do Meio Ambiente (2002), José Carlos Carvalho; astrofísica Lia Medeiros, ambientalistas, deputados, senadores e representantes diplomáticos. A programação faz parte do Junho Verde, mês dedicado às causas ambientalistas com vários debates sobre desenvolvimento sustentável. 

Código Florestal

Ministro do STJ Herman Benjamin

O governo federal pretende reeditar este mês uma medida provisória (MP 867/2018) que flexibilizava o Código Florestal e perdeu a validade na última segunda-feira (3). O texto prorrogava o prazo de adesão de produtores rurais ao Programa de Regularização Ambiental. Embora não tenha citado especificamente a reedição da MP, o ministro Herman Benjamin, defendeu a legislação ambiental em vigor.

“Ninguém nunca está totalmente satisfeito com a legislação que tem. Mas não podemos viver em processos permanentes de alteração. E mais ainda de processos permanentes de prolongamento do cumprimento de obrigações. Qualquer um dos bancos brasileiros não dá aos devedores um dia de prazo a mais para cobrar suas obrigações. Em casa, ensinamos nossos filhos que as obrigações devem ser cumpridas. Hoje, quem defende o enfraquecimento da legislação ambiental brasileira não defende o setor produtivo. Quem defende a flexibilização não está defendendo nem o futuro nem o presente do Brasil”, afirmou. (Com informações da Agência Senado)

Crédito Consignado: A pedido de Carmen Zanotto, Câmara debate assédio a idosos

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A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara realizará, na próxima quarta-feira (12), audiência pública para debater o assédio na concessão de empréstimos consignados a aposentados e pensionistas do INSS. A questão é tratada como violência financeira contra os idosos.

A deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania-SC) é um dos proponentes do debate, que será realizado em conjunto com a Comissão do Direito do Consumidor. A reunião será realizada às 14 horas  em plenário a ser definido.

Para a parlamentar, a Câmara dos Deputados precisa aprofundar o debate sobre o tema, que é um dos principais alvos das denúncias que são levadas à comissão.

“Esta Casa precisa desvendar este esquema que repassa informações privilegiadas ao sistema financeiro. Tudo indica que há vazamento de dados do INSS. O assédio começa muito antes de a pessoa receber a carta de concessão do benefício”, afirma a parlamentar, que é vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa.

O crédito consignado é um empréstimo em que as prestações são descontadas diretamente do salário ou do benefício de quem faz a contratação.

Convidados

A audiência pública contará com a participação de representantes do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec); do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social); Fenaban (Federação Nacional dos Bancos); Procuradoria de Justiça do Ministério Público do Rio Grande do Norte; da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público de Defesa dos Direitos dos Idosos e Pessoas com Deficiência (presença confirmada por vídeo conferência); da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro; Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal; da Crefisa; do BMG; do Banco PanAmericano; e do Agibank.

Eliziane Gama chama atenção para enfraquecimento da agenda ambiental do governo

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Ao presidir a sessão especial do Dia Mundial do Meio Ambiente no Senado nesta quinta-feira (06), a líder do Cidadania na Casa, Eliziane Gama (MA), fez uma reflexão na abertura da solenidade sobre a questão ambiental no País chamando a atenção para o enfraquecimento da agenda ambiental do governo Bolsonaro.

“Eu quero dizer a todos que temos, na verdade, a esperança de que este ato contribua para sensibilizar as nossas autoridades a entenderem que meio ambiente e economia podem andar de mãos dadas, e, mais do que isso, que um não sobrevive sem o outro. Se autoridades do Poder Executivo não se sensibilizarem, seguindo o caminho de não valorização da política ambiental, que o Congresso Nacional e o Poder Judiciário possam cumprir o seu papel constitucional, neste momento, no nosso País”, defendeu a senadora na presença do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, ambientalistas, parlamentares e integrantes do Ministério Público Federal e do Judiciário.

A líder do Cidadania citou as tragédias ambientais ocorridas em Brumadinho e Mariana, em Minas Gerais, e em reservas indígenas como alerta para barrar retrocessos na política ambiental governamental.

“Não temos muito a comemorar [em solenidades como essa], porque nos últimos dias nós não vimos nenhuma ação mais direta em relação à proteção da biodiversidade, em relação à questão da Amazônia, da proteção dos nossos rios que nascem na região e que são responsáveis, de forma fundamental, para irrigar as nossas lavouras”, disse, ao afirmar que a Amazônia é fundamental para o agronegócio de exportação, e que a região ficará asfixiada se for mantido o ritmo “em relação à questão das leis e também das políticas ambientais”.

Eliziane Gama lembrou que, antes de assumir a Presidência, Bolsonaro admitiu a possibilidade de acabar com o Ministério do Meio Ambiente.

“Lá atrás, quando houve a possibilidade de não termos o Ministério do Meio Ambiente, já foi um sinal do que poderíamos ter para frente em relação à questão ambiental. Como não dar um grito de alerta em relação ao que estamos vivendo? Um dos grandes orgulhos do povo brasileiro é a defesa do meio ambiente e das nossas riquezas naturais. Precisamos evitar retrocessos, mas não temos muito a comemorar porque nos últimos dias não vimos nenhuma ação mais direta em relação à proteção da biodiversidade, a questão da Amazônia e a proteção dos nossos rios”,  lamentou.

Unidades de conservação

A líder do Cidadania falou também sobre sua “grande preocupação” com o fim da criação de unidades de conservação e o cancelamento das atuais, chamando a atenção para a mudança de finalidade do Fundo Amazônica, de cerca de R$ 3,4 bilhões, que o governo pretende usar para indenizar, por exemplo, donos de propriedades privadas que viviam nestas áreas.

“A mudança de finalidade [do Fundo], no meu entendimento, [provoca] desestímulos a países que dão uma contribuição importante para o Brasil, a exemplo da Alemanha e também da Noruega”, afirmou.

Ibama e ICMBio

Eliziane Gama cobrou ainda um “olhar mais preciso” para o que representa o desmonte do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) na política ambiental brasileira.

“Quando a gente fala em relação às nossas mesas, nós temos hoje a liberação do uso de 169 agrotóxicos. Isso dá um impacto muito grande impacto na economia, inclusive em relação a essa questão do agronegócio de exportação”, disse ao referir-se a limitação de importação de produtos agrícolas por conta da preocupação com os agrotóxicos.

A senadora do Cidadania citou o legado deixado por Chico Mendes e Dorothy Stang, que pagaram com a própria vida a defesa do meio ambiente.

“Que essas mortes não possam ser em vão, mas que cada um de nós possa ter essa compreensão de ser reprodutor dessa esperança por onde nós estivermos. Que possamos levar essa lição e essa expectativa de esperança de dias melhores para o nosso País”, disse.

Ao encerrar o discurso, Eliziane Gama defendeu a união de forças em defesa do meio ambiente no País.

“Ancorados na nossa Constituição Federal, eu espero que, a partir do princípio de que todos têm direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado, o bem uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, em cima dessa premissa constitucional, nós possamos unir forças – nós e o Ministro do Meio Ambiente, aqui presente, que tem um papel fundamental nessa política nacional – e sair daqui com pactuações e com marcos para um novo momento do nosso Brasil, reconhecida internacionalmente pela nossa riqueza ambiental e pelas nossas riquezas naturais”, disse.

Trânsito: Projeto do governo é “liberou geral contra a vida”, diz Rubens Bueno

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O deputado federal Rubens Bueno (Cidadania-PR) classificou nesta quinta-feira (06) de proposta do “liberou geral contra a vida” o projeto do governo federal que altera o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), acaba com diversas punições para motoristas infratores e enfraquece medidas que salvam vidas nas estradas.

Entre as mudanças previstas estão a dispensa do exame toxicológico para motoristas e o fim de multas para os condutores que deixem de usar cadeirinhas para crianças em veículos e trafeguem em rodovias durante o dia sem o farol ligado. O projeto também aumenta de 20 para 40 o número de pontos para a suspensão da carteira de habilitação.

“De repente vem agora um projeto do liberou geral. Esse liberou geral é contra a vida e nós não podemos de forma alguma concordar com isso. Eu nunca vi tamanho absurdo. É um incentivo a morte, a violência e para aqueles que cometem crimes. Hoje, 50% dos leitos do SUS são ocupados por vítimas de acidentes de trânsito no Brasil. Elas também ocupam 60% das UTIs. Não é possível que agora se retire da legislação aquilo que ajuda a reduzir o número de vítimas no trânsito. Esse projeto vai aumentar o banho de sangue, a carnificina nas estradas do país”, disse o deputado durante debate entre parlamentares na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

Rubens Bueno, que já anunciou que vai apresentar uma série de emendas para mudar o projeto, chamou a atenção para os reflexos do fim da obrigatoriedade do exame toxicológico para motoristas profissionais. Citando artigo publicado pelo jornalista Ascânio Seleme no jornal “O Globo”, o deputado lembrou que os veículos pesados representam apenas 4% da frota nacional e, no entanto, são responsáveis por 38% dos acidentes nas estradas e 53% dos acidentes com vítimas fatais.

“Pesquisas mostram que cerca de 30% dos caminhoneiros usam drogas estimulantes para conseguir dirigir durante longos percursos. Isso sem dúvida é a causa de muitos acidentes. A exigência do exame veio justamente para reverter esse quadro e agora vem o governo e quer acabar com uma regra que aprovamos em 2017 e que já mostrou que salva vidas. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, no primeiro ano após a aprovação da lei houve uma queda de 38% nos acidentes nas rodovias federais. Será que o governo acha isso ruim?”, questionou o parlamentar.

Na avaliação de Rubens Bueno, medidas que garantem maior segurança no trânsito não podem ser enfraquecidas e a tendência é que o Congresso “retire do projeto todos os absurdos”.

Indústria apresenta ligeira recuperação, mas registra aumento do desemprego e queda salarial

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A produção industrial brasileira apresentou uma ligeira recuperação de 1,8% entre 2016 e 2017, alcançando neste ano valor bruto de R$ 2,7 trilhões e faturamento bruto de R$ 3,9 trilhões. Os dados (veja aqui) foram divulgados nesta quarta-feira (6) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na  PIA Empresa (Pesquisa Industrial Anual Empresa 2017).

Os números do setor, mais uma vez, mostram a incapacidade da gestão lulopetista de alavancar a economia e gerar de empregos. Segundo a pesquisa, entre 2014 e 2017, a indústria cortou 1,1 milhão de postos de trabalho e reduziu os salários das vagas remanescentes em 14,7% durante a pior crise financeira brasileira sob o governo Dilma Rousseff. A pesquisa revelou ainda que a receita das indústrias caíram 7,7% quando comparado o mesmo período.

Recuperação

Para a gerente da pesquisa, Synthia Santana, em entrevista à Agência Brasil, disse que o pequeno crescimento do setor se dá principalmente pelo fato da base de comparação – com os anos anteriores – ser muito baixa.

“A gente vem de um contexto de baixo crescimento no País. Os principais resultados da pesquisa mostram leve recuperação no setor industrial entre 2016 e 2017. Em termos de faturamento das empresas, comparando 2016 com 2017, aumentou em 1,8%. Na verdade, houve um contexto geral de crescimento na economia em 2017. Não foi um crescimento tão grande, mas como em 2015 e 2016 foram anos muito ruins, aí a base de comparação é muito baixa”, disse.

Regiões

Os dados apontaram que entre 2008 e 2017 das 27 unidades da Federação, em 16 as atividades de produção alimentícia apareceram em primeiro lugar no ranking com destaque para a região Centro-Oeste com o incremento da indústria de papel e celulose. No Nordeste também houve crescimento da industrial de papel e celulose. No Maranhão e Pernambuco chamou atenção para o crescimento do setor de petróleo e fabricação de veículos automotores.

No Sul, Santa Catarina teve destaque com a indústria têxtil. Já o Sudeste foi responsável por 58% da transformação industrial em todo o País em 2017, mantendo-se, mais uma vez, líder na produção industrial brasileira. (Com informações do IBGE e agência de notícias)

Dia do Meio Ambiente: Veja ao vivo a sessão especial do Senado

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Em sessão especial (veja aqui e abaixo) nesta quinta-feira (6), os senadores comemoram o Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho. A líder do Cidadania na Casa, Eliziane Gama (MA), vai representar o partido na sessão especial. Ela é membro da Comissão de A Comissão de Meio Ambiente, que aprovou ontem (5) um Projeto de Resolução do Senado (PRS 52/2019) que cria a campanha Junho Verde.

Ao longo deste mês, haverá ainda uma série de atividades do programa Junho Verde, que inclui a iluminação do prédio do Senado e audiências públicas.

https://www.youtube.com/watch?v=Q7FRVLWl2aw

Meio Ambiente: Montes Claros (MG) inaugura parque ecológico em espaço urbano

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A cidade de Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, inaugurou nesta quarta-feira (05), Dia Mundial do Meio Ambiente, o Parque Ambiental Cândido Canela, localizado no Bairro Canelas (veja abaixo).

Humberto Souto (esq.)

Governado pelo prefeito Humberto Souto, do Cidadania, o município tornou-se uma das cidades mineiras com mais áreas verdes dentro do espaço urbano.

Souto disse que a prefeitura investe na criação de áreas verdes em busca da melhoria de qualidade de vida da população, oferecendo opção para que os moradores possam fazer caminhadas e outros exercícios físicos, já que o Parque Cândido Canela receberá também uma quadra poliesportiva e uma academia ao ar livre.

“Apesar das dificuldades iniciais, estamos realizando obras por todas regiões da cidade. Sempre sonhei em ser prefeito, para atender às necessidades da população. Agora este sonho está se tornando realidade. Por isso, vamos continuar juntos, realizando um bom trabalho”, destacou Humberto Souto, lembrando que é preciso ter otimismo, disposição e entusiasmo para fazer com que as obras avancem e atendam os interesses coletivos.

Montes Claros recebe novo parque ecológico no Dia Mundial do Meio Ambiente

Município do Norte de Minas se tornou uma das cidades mineiras com mais áreas verdes dentro do espaço urbano

Luiz Ribeiro – Estado de Minas

Montes Claros, no Norte de Minas tornou-se uma das cidades mineiras com mais áreas verdes dentro do espaço urbano. Nesta quarta-feira, Dia Mundial do Meio Ambiente, foi inaugurado o Parque Ambiental Cândido Canela, localizado no Bairro Canelas, fundo do terminal rodoviário.

Este é o quinto parque ecológico instalado na cidade. Antes, o município já contava com outros quatro parques municipais: Milton Prates, Mangueiras, Sapucaia, Sagarana e o Parque Estadual da Lapa Grande. Este último, administrado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), conta com 15.320 hectares, situado a cinco quilômetros da área urbana.

O secretário municipal de Meio Ambiente, Paulo Ribeiro, disse que a Prefeitura prepara a instalação de mais três áreas verdes: o Parque Belvedere, que abriga a antiga Lagoa dos Portugueses, entre os bairros Camilo Prates e Belvedere; o Parque Antônio Jorge (Mangues), entre os bairros Park Residencial Sul e José Corrêa Machado e uma outra área de preservação que será criada junto ao novo Distrito Industrial, na Estrada da Produção, em parceria com a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig).

O secretário municipal de Meio Ambiente, Paulo Ribeiro, disse que a Prefeitura prepara a instalação de mais três áreas verdes: o Parque Belvedere, que abriga a antiga Lagoa dos Portugueses, entre os bairros Camilo Prates e Belvedere; o Parque Antônio Jorge (Mangues), entre os bairros Park Residencial Sul e José Corrêa Machado e uma outra área de preservação que será criada junto ao novo Distrito Industrial, na Estrada da Produção, em parceria com a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig).

“Hoje, se considerarmos o Parque da Lapa Grande, podemos dizer que Montes Claros, em breve, terá uma extensão de áreas verdes maior do que a de Curitiba”, afirmou o secretário Paulo Ribeiro. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONG), a Capital Paranaense conta com índice área verde por habitante cinco vezes maior do que o recomendável, que é de 12 metros quadrados por morador.

O Parque Cândido Canela inaugurado nesta quarta-feira tem área de 19 mil metros quadrados, que foi toda cercada e conta com pista de caminhada e esculturas, confeccionadas por artistas plásticos da cidade. A área verde foi instalada em um local que era frequentado por usuários de drogas e vândalos.

As obras de urbanização do imóvel contaram com a atuação de oito detentos inseridos no projeto social “Além das Prisões”. Eles contam com remissão de pena – redução de um dia de reclusão para cada três dias trabalhados.

O prefeito de Montes Claros, Humberto Souto (PPS), destacou que a Municipalidade investe na criação de áreas verdes em busca da melhoria de qualidade de vida da população, oferecendo opção para que os moradores possam fazer caminhadas e outros exercícios físicos. Nesse sentido, o Parque Cândido Canela receberá também uma quadra poliesportiva e uma academia ao ar livre.

Água desperdiçada no País chega a mais de 6,5 bilhões de metros cúbicos

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O volume de água que é perdida no sistema de abastecimento vem crescendo no Brasil e chega a mais de 6,5 bilhões de metros cúbicos por ano, segundo estudo divulgado nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Trata Brasil e a consultoria GO Associados. A quantidade de água é equivalente a quase sete vezes o volume útil do Sistema Cantareira, principal manancial que abastece a Grande São Paulo. Em termos percentuais, significa que 38,3% da água tratada foi desperdiçada antes de chegar aos destinatários finais.

Em algumas partes do País, o problema é ainda mais crítico. O percentual de perdas na Região Norte chega a 55,14%. Em Roraima, a cada 100 litros fornecidos pelas companhias de abastecimento, apenas 25 litros chegam aos clientes. No Amazonas, o percentual de perdas é de 69% e no Amapá, de 66%. No Nordeste, 46,25% da água é desperdiçada. No Maranhão, o percentual chega a 60% e em Pernambuco, a 52%. Em São Paulo e no Paraná, é de 35%.

Para efeitos de comparação, o estudo destaca que na Dinamarca o índice de perdas é de 6,9%; nos Estados Unidos, de 10,3%, e na Coreia do Sul, de 16,3%. O Brasil apresenta resultados piores do que outros países latino-americanos, como o México, que desperdiça 24,1% da água tratada, o Equador, 31,1%, e o Peru, 35,6%.

Prejuízo crescente

As perdas de água também vêm tendo um ligeiro crescimento nos últimos anos. Os dados de 2015 apontavam para um índice de 36,7%, em 2016 ficou em 38,1% e em 2017, últimos números disponíveis e que embasam a pesquisa do Trata Brasil, chegou a 38,3%. Em valores, o total perdido pelas companhias distribuidoras fica em R$ 11,4 bilhões ao ano.

Alguns estados e regiões, no entanto, apresentam resultados muito melhores do que a média nacional. Em Goiás, as perdas ficam em 26%, e no Rio de Janeiro em 31%. Em Santos, no litoral paulista, o índice de perdas é de apenas 14,32%, em Limeira, no interior de São Paulo, de 18,62%, e em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, de 19,38%.

Falta de investimento

Para o sócio da GO Associados Pedro Scazfuca, o cenário demonstra um desinteresse em fazer investimentos que reduzam o desperdício nos sistemas de abastecimento. “Há uma falta de esforço para reduzir as perdas. Não tem sido feito o investimento necessário. A tendência natural de um sistema de abastecimento de água é aumentar as perdas, porque a estrutura vai ficando mais velha, sujeita a maior desperdício”, disse.

As cidades que conseguem os melhores resultados são aquelas que, segundo o especialista, focam não só na melhoria da estrutura de distribuição, como também no combate a fraudes e ligações clandestinas. “As perdas comerciais são muito representativas para as empresas do ponto de vista de receita. Reduzir as fraudes, melhorar a leitura dos hidrômetros, tudo isso contribui para a redução de perdas”.

Controle

O presidente da Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo), Hélio de Castro, avalia que uma melhoria no controle dos sistemas pode indicar que as perdas são ainda maiores. “A tendência é que os indicadores piorem”, ressaltou, ao lembrar que o Sistema Nacional de Informações de Saneamento, usado como base do estudo, é elaborado a partir de informações repassadas pelas pelas próprias empresas de distribuição de água.

O ex-presidente da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) Gesner Oliveira, avalia que nos locais onde há grandes perdas, o retorno dos investimentos para reduzir o desperdício tende a recompensar as companhias. “Você cair de 68% para 48% é relativamente fácil e os retornos são elevados”, disse. Em sistemas onde as perdas são menores, o esforço das empresas, segundo ele, tem que ser maior. (Agência Brasil)

Congresso Nacional derruba quatro vetos presidenciais

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Os últimos quatro vetos que ainda trancam a pauta deverão ser analisados na terça-feira (11), em sessão marcada para as 14 horas. A partir daí, deputados e senadores poderão votar o projeto (PLN 4/19) que autoriza o governo a quitar, por meio de operações de crédito, despesas correntes de R$ 248,9 bilhões

O plenário do Congresso Nacional rejeitou, nesta quarta-feira (5), itens vetados de três medidas provisórias aprovadas no Parlamento, assim como restituiu o veto total ao Projeto de Lei Complementar (PLP) 500/18, que permite a readmissão das empresas excluídas do Simples Nacional em janeiro de 2018. As matérias serão incorporadas às respectivas leis, e o PLP será publicado como nova norma.

De autoria do ex-deputado e atual senador Jorginho Mello (PL-SC), o projeto prevê um prazo de 30 dias para as empresas pedirem a volta a esse regime unificado de tributação diferenciada após adesão ao Programa Especial de Regularização Tributária das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pert-SN), instituído pela Lei Complementar 162/18.

Essa lei de parcelamento surgiu em razão da derrubada de outro veto presidencial total ao Projeto de Lei Complementar (PLP) 171/15, em abril do ano passado.

As empresas que aderirem ao Pert-SN terão redução nos juros e na multa pelo não pagamento dos impostos, além de prazo para pagar de até 175 meses, com prestações mínimas de R$ 300.

Cooperativas

Outro veto derrubado pelos parlamentares recuperou dispositivos do projeto de lei de conversão da Medida Provisória 842/18, convertida na Lei 13.606/18.

Um dos itens que serão incorporados à lei autoriza a União a conceder desconto de até R$ 12 mil por operação às cooperativas de crédito rural, centrais ou singulares, no âmbito do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar).

O benefício valerá para os casos em que a cooperativa pagou a dívida ao banco, mas não recebeu dos mutuários, lançando mão de recursos próprios ou contabilizando o pagamento como prejuízo.

Poderão ser enquadradas nesse perdão as operações contratadas até 30 de junho de 2008 e que estavam inadimplentes em 22 de novembro de 2011.

Desse mesmo projeto de lei de conversão, os parlamentares rejeitaram veto a trechos autorizando a adoção de novos parâmetros para liquidação de dívidas ou parcelamento de saldo devedor após a concessão de descontos no âmbito do Programa de Cooperação Nipo-brasileira para o Desenvolvimento dos Cerrados (Prodecer – Fase 3).

Os mutuários pagarão juros anuais de 3,5% e terão carência para começar a pagar até 2021 e terminar em 2030.

Fundos constitucionais

Outra autorização restabelecida pelo Parlamento é para a União pagar a diferença de juros entre a TFC (Taxa de Juros dos Fundos Constitucionais), calculada segundo os parâmetros da Lei 13.682/18, oriunda da MP 812/17, e as taxas praticadas pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) nas operações de financiamento de infraestrutura nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Assim, o BNDES, que normalmente empresta com taxas maiores, receberá a diferença da União se emprestar com as taxas menores dos fundos constitucionais.

Suspensão de imposto

Por fim, uma regra restabelecida que não depende de iniciativa discricionária da União é a que permite às montadoras contarem com suspensão de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) em um caso específico de importação.

O dispositivo oriundo da MP 843/18, que será reincluído na Lei 13.755/18, viabiliza a suspensão do tributo quando as montadoras importarem peças e componentes por encomenda ou por sua conta e ordem, usando-se de empresas especializadas em importação e não de estrutura própria.

A regra valerá para chassis, carroçarias, acessórios, partes e peças, matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem.

A suspensão é usada quando a empresa incorpora esses objetos no processo produtivo para exportação de outro bem.

Vetos pendentes

Quatro vetos que ainda trancam a pauta ficaram pendentes de análise. Eles serão votados pelo painel eletrônico na terça-feira (11), em sessão marcada para as 14 horas.

A partir daí, deputados e senadores poderão se dedicar à votação do projeto em que o Executivo pede autorização do Congresso Nacional para quitar, por meio de operações de crédito, despesas correntes de R$ 248,9 bilhões (PLN 4/19). O texto, que ainda está na Comissão Mista de Orçamento, é prioridade para o governo, pois depende do crédito suplementar para cobrir gastos com benefícios previdenciários (como pensões e aposentadorias), Bolsa Família, BPC (Benefício de Prestação Continuada) e Plano Safra, entre outros itens.

Carros híbridos

Sobre os vetos pendentes de votação, um deles, referente ao projeto de lei de conversão da Medida Provisória 843/18, é o que barrou a isenção de IPI e de IOF na compra de carros híbridos ou elétricos por parte de taxistas e pessoas com deficiência.

Aposentado com aids

Será votado também o veto total ao Projeto de Lei 10159/18, do Senado, que dispensa de reavaliação pericial a pessoa com HIV/aids aposentada por invalidez.

Atualmente, a Lei de Benefícios da Previdência Social (8.213/91) permite que o segurado aposentado por invalidez seja convocado para avaliação das condições que motivaram a aposentadoria, concedida judicial ou administrativamente.

Fundações de apoio

Um dos itens do veto parcial ao texto da Medida Provisória 851/18 pretende permitir que as fundações de apoio de universidades públicas e de centros de pesquisa possam gerir os novos fundos patrimoniais criados pela MP, convertida na Lei 13.800/19. Esses fundos poderão ser abastecidos com recursos privados para projetos específicos.

O argumento do Executivo para vetar o item é que essas fundações “podem possuir interesses conflitantes, comprometendo a segregação de funções entre as diferentes organizações que podem gerir ou se beneficiar dos fundos patrimoniais”.

Atualmente, elas ajudam as instituições de ensino e pesquisa com recursos próprios das universidades vindos de outras fontes que não a orçamentária.

Combate ao terrorismo

Em relação à Lei 13.810/19, os parlamentares precisam analisar veto ao Projeto de Lei 10.431/18. O texto vetado determina ao Executivo a adoção de procedimento célere, sigiloso e preferencial para internalizar resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas com sanções acerca de bens que financiam o terrorismo e pessoas envolvidas nesse tipo de crime.

Para o governo, o trecho vetado é contraditório a outro da mesma lei que prevê a execução imediata dessas resoluções. (Agência Câmara Notícias)

William Waak: A arrancada de Bolsonaro

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O mundo político preocupado em encontrar uma ampla saída para a crise desistiu de imaginar que a relação entre os Poderes possa ser fundamentalmente distinta da atual. O presidente Jair Bolsonaro oscila entre tapas e beijos no trato com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, postura difícil de se chamar de “conduta tática” (se é que existe um objetivo estratégico). É simplesmente ao sabor dos acasos quase diários da política cotidiana.

Portanto, de baixa previsibilidade. Ocorre que é o nó político que precisa ser desatado quando se pensa em qualquer questão fundamental: gastos públicos, reforma tributária, insegurança jurídica. Goste-se ou não das escolhas consolidadas nas urnas em outubro, é obrigatório reconhecer que a onda disruptiva tornou ainda mais precário o funcionamento de um sistema de governo que opõe um chefe do Executivo muito forte a um Legislativo cheio de prerrogativas, mas fracionado e com partidos políticos que, em sua maioria, nem merecem esse nome. Receita para um desgaste permanente, de parte a parte.

Em outras palavras, a transformação empurrada em boa parte pelo lavajatismo, e seu esforço em estabelecer um controle externo ao sistema político, agravou o fator de crise “estrutural” das instâncias que se mostram há muito tempo incapazes de lidar com questões como a fiscal – para falar apenas do problema mais agudo de curtíssimo prazo. O fenômeno é de amplo alcance e transcende os nomes de Jair e Rodrigo (e de Toffoli também). Daí a forte desconfiança (total descrédito talvez fosse a melhor expressão) com que foi recebido o tal “pacto entre Poderes”. Fatores de longo e curto prazos combinaram-se para a atual tempestade perfeita.

Essa tempestade se caracteriza pela imensa dificuldade percebida em “arrancar” em alguma direção – e não é por falta de diagnóstico ou de palavras. O ministro da Economia, Paulo Guedes, foi apenas o último a dizer, na Câmara, na terça-feira, que a economia está estagnada há muito tempo, que, sem reformas (além da Previdência), o País não cresce, que a jovem força de trabalho precisa de emprego e aumento de produtividade. E que ele preferia um novo pacto federativo, descentralizador.

O problema é a percepção de que pouco acontece nessa direção. Talvez voluntariamente Guedes expresse uma noção que se amplia nas elites. O de que o nó político é muito mais do que o “toma lá, dá cá” nas relações entre Executivo e Legislativo, nas quais se concentra o já monótono noticiário político de cada dez minutos. Que a corrupção é um problema importante, mas nem sequer o pior. Que a insegurança jurídica, além dos problemas velhos do Judiciário, vem também de decisões políticas do Supremo. E que no público em geral, descrente das instituições (inclusive imprensa), cresce uma raivosa impaciência em relação a “tudo”.

Jair Bolsonaro pode achar que essa raiva lhe favorece no ímpeto declarado de romper o nó político. Por ele entendido até aqui na acepção mais reduzida, a do “toma lá, da cá”. Conscientemente ou não, é formidável o dilema no qual o presidente se colocou: respeitar e ao mesmo tempo desprezar as regras do “sistema” político – que está falido na sua acepção mais ampla. Se ele acha que o dilema tem saída, ainda não deixou exatamente claro com quais meios, além dos apelos à sua base fiel. Nesta semana, quando atravessou a Esplanada e foi ao Congresso, foi falar de pontos na carteira de motorista. Enquanto a “arrancada” da estagnação política e econômica sugerida pelos eventos de 2018 está se fazendo esperar. (O Estado de S. Paulo – 06/06/2019)