IMPRENSA HOJE

Veja as manchetes e editoriais dos principais jornais (25/04/2023)

MANCHETES DA CAPA

O Globo

Crise dos planos de saúde se agrava e pressiona preços
Impasse em CPI envolve governo, Lira e Pacheco
PL das Fake News punirá incitação à violência em escolas
Castro e Paes cobram urgência da União por solução para Galeão
Indígenas vão a Brasília por demarcação
Número de psicólogos em escolas corresponde a 0,05% dos estudantes
Vacina bivalente contra a Covid é liberada para todos acima de 18 anos
‘Só lembro de acordar no outro hospital sem o braço’
Estrangeiros fogem, e ONU vê risco de ‘catástrofe’ no Sudão

O Estado de S. Paulo

Câmara acelera PEC que anistia partidos por irregularidades nas eleições
Plano federal prevê revisão frequente das políticas de benefício fiscal
Vacina bivalente é liberada para maiores de 18 anos
Município de São Paulo reduz pela metade o déficit previdenciário
USP busca saída para ‘elefante branco’
Ricardo Nunes desiste de meta de redução de mortes no trânsito
Dez brasileiros fogem do Sudão em ônibus de time
Novo presidente da CNBB – Arcebispo de Porto Alegre, d. Jaime é alinhado ao papa

Folha de S. Paulo

Lula negocia acelerar repasses extras para fidelizar Congresso
Grupo de Lira quer manter urgência de PL das Fake News
Torres alega piora no estado de saúde; PF adia depoimento
Pacto de Itaipu faz 50 anos com dívida quitada e debate de preço
Investidores estrangeiros mudam e adotam cautela
Bolsonaro teve rara fineza de não sujar meu Camões, diz Chico Buarque ao receber prêmio literário
Vacina bivalente contra Covid-19 é liberada a adultos
SP tem 1º trimestre com mais mortes no trânsito desde 2016
Publicidade ganha mais espaço no Ibirapuera após concessão

Valor Econômico

Em meio a cenário adverso, startups recorrem a dívida
Haddad tenta evitar perda de receitas no STJ
CPMI gera corrida por indicações
Bilionário tcheco quer investir € 1,1 bi no Casino
Rio procura solução para o Galeão
CDI bate fundos multimercados no ano
Teto para juros no cartão excluirá milhões, diz Nubank

EDITORIAIS

O Globo

Câmara precisa imprimir urgência ao PL das Fake News

Não há mais tempo a perder com debates quando está em jogo a sobrevivência da democracia

Está na pauta da Câmara a votação do regime de urgência para a apreciação do Projeto de Lei (PL) das Fake News, aprovado no Senado em 2020. É fundamental que os deputados sigam adiante com o plano de votar o requerimento amanhã e levar o PL à apreciação do plenário ainda nesta semana. Os eventos do 8 de Janeiro e os ataques recentes em escolas deixaram claro que é preciso agir com presteza. O Brasil não pode permitir que as redes sociais continuem a ser usinas de desinformação e violência.

A última versão do PL apresentada pelo relator, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), está madura e incorpora os dispositivos da legislação mais moderna sobre o tema, em particular a europeia. É esperado que as plataformas digitais façam pressão para adiar a votação, mas os deputados precisam resistir. Devem evitar repetir o erro cometido ao não aprovar o PL antes das eleições do ano passado, abrindo caminho ao golpismo que se sucedeu.

Por mais que possa haver margem para críticas pontuais, na essência o PL das Fake News promove duas mudanças essenciais. Primeiro, torna as plataformas corresponsáveis pelos conteúdos que veicularem, acabando com a imunidade que hoje usufruem e estabelecendo o “dever de cuidado” pelo que circular em suas redes (ao mesmo tempo, cria regras sensatas de moderação e governança para preservar a liberdade de expressão). Segundo, sob inspiração da lei australiana, prevê que remunerem os criadores de conteúdos jornalísticos que fizerem circular.

Embora não reconheçam isso, as plataformas digitais funcionam como empresas de comunicação, que faturam com a venda de publicidade, veiculada em conteúdos produzidos por terceiros. Essa relação de parasitismo é a principal responsável pela crise que acometeu as empresas que produzem jornalismo profissional. Ao defender a manutenção desse estado de coisas, as plataformas desviam do ponto central: a preservação da democracia.

O jornalismo profissional é a principal arma da sociedade para se informar de modo fidedigno. Ao deixar de pagar pelos conteúdos, as plataformas enfraquecem a capacidade da imprensa de exercer essa tarefa intransferível. Gigantes digitais como Meta (dona de Facebook, Instagram e WhatsApp) ou Alphabet (controladora de Google e YouTube) não substituíram o jornalismo profissional nem eliminaram sua necessidade. Ao contrário, além de enfraquecê-lo com o parasitismo, criaram modelos de negócios que incentivam desinformação e discurso de ódio.

Produzir jornalismo de qualidade exige pessoal qualificado e editores treinados para trabalhar em nome do interesse público. Investigações envolvem encontros pessoais, viagens e o investimento em várias áreas do conhecimento, nos prazos exíguos ditados pela necessidade dos cidadãos. Todo conteúdo exige checagem exaustiva e apuro técnico. Tudo isso custa caro.

Os projetos montados pelas plataformas para atenuar o parasitismo se revelaram insuficientes. A timidez desses esforços é a melhor prova de que, enquanto a legislação for generosa com elas, nada mudará. Com poderio financeiro e alcance global, elas têm fugido de qualquer discussão minimamente justa para pagar pelo conteúdo jornalístico que circula nas redes. No jargão dos economistas, trata-se de uma falha de mercado que não será corrigida sem uma regulação rigorosa, como a do PL. Não há mais tempo a perder para aprová-lo.

O Estado de S. Paulo

Sem Bolsonaro, não haveria 8 de Janeiro

CPMI do 8/1 tem tudo para ser uma grande confusão. Mas que os bolsonaristas não se enganem: falar daqueles eventos é expor a incontornável responsabilidade de Bolsonaro

Prevê-se para amanhã a leitura do pedido de instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os atos do 8 de Janeiro. É preciso reconhecer: apesar da resistência do governo federal, poucas situações da vida nacional mereceram de forma tão cristalina a instauração de uma comissão de investigação por parte do Congresso como os eventos golpistas em Brasília do início do ano. O Poder Legislativo não podia ignorar tal barbárie cometida contra o Estado Democrático de Direito.

Ao mesmo tempo, poucas vezes na história nacional foi tão nítido o risco de uma CPMI ser convertida, mesmo antes de instaurada, no exato oposto de sua finalidade constitucional. Há indícios abundantes de que, em vez de investigar, apurar e esclarecer, o objetivo da comissão é não apenas confundir e dificultar o conhecimento dos fatos e das respectivas responsabilidades, mas reescrever a história.

Diante dessa manobra gestada por alguns parlamentares, torna-se necessário relembrar o óbvio. O 8 de Janeiro não é um caso sobre o qual faltam provas ou que os fatos sejam pouco conhecidos. Na verdade, há excesso de provas. Ao longo de anos, o País assistiu à trajetória de enfrentamento do bolsonarismo contra as instituições democráticas – de forma muito concreta, contra a Justiça Eleitoral –, alimentando a resistência a todo e qualquer resultado das urnas que lhe fosse desfavorável e criando as condições políticas e sociais para uma ruptura institucional.

Após o segundo turno das eleições de 2022, mais um passo de desestabilização democrática e de desordem republicana foi dado com acampamentos em todo o País pedindo intervenção militar e a manutenção de Jair Bolsonaro no poder. Não foi mero gesto tresloucado de alguns apoiadores mais exaltados. Basta ver que lideranças importantes do bolsonarismo atuaram para qualificar as manifestações golpistas, muitas delas em áreas militares, de exercício legítimo da liberdade de expressão.

Eis o fato que a CPMI do 8 de Janeiro não pode negar. Os lamentáveis eventos do segundo domingo deste ano não foram fruto de geração espontânea, tampouco se enquadram em meros atos de vandalismo. A cada novo elemento probatório – seja uma gravação das câmeras de segurança do Palácio do Planalto, um vídeo postado nas redes sociais pelos manifestantes, uma minuta de golpe na casa do último ministro da Justiça do governo Bolsonaro ou uma notícia de atuação aparelhada da Polícia Rodoviária Federal (PRF) –, torna-se mais nítida a digital do bolsonarismo.

Sem Jair Bolsonaro, não haveria 8 de Janeiro. É impossível narrar os fatos relacionados à tomada das sedes dos Três Poderes sem incluir o ex-presidente que, em toda sua carreira política, atacou a ordem democrática da Constituição de 1988 e defendeu a ditadura militar. Nesse sentido, o trabalho investigativo do Congresso pode não apenas ajudar a explicitar o inegável protagonismo de Jair Bolsonaro no curso de eventos que culminaram no 8 de Janeiro – ele se valeu até de uma reunião com embaixadores para criar condições para o golpe –, mas também colher novos elementos que sirvam para a devida responsabilização no âmbito da Justiça penal.

Essa é a grande cegueira dos parlamentares bolsonaristas. Acham que vão controlar o desenrolar dos trabalhos da comissão de inquérito tal como controlam as versões delirantes disseminadas por suas redes sociais. A CPMI do 8 de Janeiro, que nasce um tanto desacreditada, pode ser ocasião para o Congresso, em respeito à sua própria história e existência, expor a farsa bolsonarista e ajudar a identificar os envolvidos na intentona golpista. Afinal, sabe-se como uma CPI começa, mas não como ela termina.

Como já se criticou neste espaço, o governo de Lula da Silva tratou equivocadamente várias vezes o 8 de Janeiro, utilizando-o como pretexto seja para não enfrentar os problemas nacionais, seja para aprofundar divisões na sociedade. O bolsonarismo, no entanto, vai além. Insiste em usar o próprio crime em benefício político. Que os fatos venham a público e escancarem a sem-vergonhice.

Folha de S. Paulo

O recuo de Lula

Ante europeus, presidente tenta ser mais equilibrado sobre a Guerra da Ucrânia

Não é segredo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenha obsessão narcísica com a construção de sua persona, em particular no cenário internacional.

Líder como poucos outros na história brasileira, ele viu seu prestígio interno, indicado por mais 80% de aprovação no fim de seu segundo mandato, enfraquecer-se.

Vieram a debacle econômica e o impedimento de sua sucessora, a associação quase imediata do petismo a atos de corrupção e, por fim, a prisão. Mesmo a volta por cima com vitórias judiciais, a saída da cadeia e a eleição em 2022 não devolveram a Lula todo o seu lustro.

O petista bateu Jair Bolsonaro (PL) por mero 1,8 ponto percentual, enfrenta rejeição similar a do antecessor e forte oposição potencial.

Para o público externo, contudo, Lula parecia manter-se mais ou menos intocado. Produto de uma história de vida única, ampliada por um marketing eficaz, sua figura seguia encantando plateias, em especial na Europa.

Isso até aqui. Noves fora a ausência de projeto estratégico do governo, atitudes do mandatário causaram estranhamento, inclusive porque ele dispunha de temas favoráveis para explorar, como o clima.

A aproximação com a China, algo explicável pelas expressivas relações comerciais, veio embalada por declarações antiamericanas típicas do esquerdismo regional.

Provocados, os EUA morderam, com críticas, e assopraram, com a promessa de decuplicar o dinheiro para o Fundo Amazônia. Mas o cerne da questão, o lado que Lula escolherá, segue incerto.

Idealmente, não deveria ser necessário optar. Entretanto essa é uma decisão difícil diante das pressões de um mundo no qual as disputas entre o Ocidente e seus oponentes embutem até um confronto real, na Ucrânia.

Exemplo claro disso é o recuo tático do presidente na questão ucraniana. Desde a campanha eleitoral, ele insiste na tese de que tanto os governos de Kiev quanto de Moscou são culpados. Diplomaticamente, a tese é inglória —foi Vladimir Putin quem puxou o gatilho.

Lula também sugeriu que a Ucrânia deveria ceder território, enviou seu mentor internacional Celso Amorim a Moscou e recebeu o chanceler russo, Serguei Lavrov.

Foi criticado de Washington a Kiev. Agora, iniciando em Portugal um giro entre os países ricos, nega ter defendido o que defendeu, buscando voltar ao ponto em que apenas sugeria a criação de um “clube da paz” de países neutros.

Como em 2010, quando tentou mediar um acordo nuclear no Irã, Lula meteu os pés entre a mãos. Tem a oportunidade de se corrigir e até de ganhar um lugar na fotografia em 2023, mas precisa saber que não será o mais destacado.

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