CPI: Alessandro pede convocação de Wagner Rosário e diz que atuação política de ministro deve ser investigada

Chefe da CGU é suspeito de minimizar fraudes e irregularidades da Precisa Medicamentos, investigada pela CPI da Pandemia pela intermediação do negócio bilionário da vacina indiana Covaxin (Foto: Pedro França/Agência Senado)

O líder do Cidadania no Senado, Alessandro Vieira (SE), afirmou nesta quarta (01), na CPI da Pandemia, que é urgente a convocação do ministro Wagner Rosário, da CGU (Controladoria-Geral da União).  A CGU instaurou um PAR (processo administrativo de responsabilização) contra a Precisa Medicamentos, investigada pela CPI pela intermediação do negócio bilionário da vacina indiana Covaxin.

O procedimento aponta fraude e “comportamento inidôneo” por parte da Precisa, alvo central da comissão parlamentar de inquérito. A atuação da contralodoria, por meio de sua corregedoria, vai na contramão do discurso do ministro bolsonarista Wagner Rosário, que desde o início minimizou as fraudes e irregularidades. O requerimento de convocação, de autoria do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), foi aprovado no dia 10 de junho, faltando ser agendado pela CPI.

“É importante que o ministro traga informações sobre os vários fatos que a CGU apura. A CGU é uma instituição do Estado, seríssima, mas ele [Wagner Rosário] tem que explicar a conduta claramente politizada na gestão”, afirmou Alessandro Vieira.

“O Brasil enfrenta hoje um desafio muito grande na democracia que é a normalização do absurdo. Não é normal um ministro de Estado fazer como Wagner Rosário, que se sujeita a manifestações políticas [contradizendo o trabalho da CGU], ou como Onyx Lorenzoni, empunhando um documento falso, num discurso amalucado contra a CPI e o Congresso”, completou o senador.

Onyx, que atualmente ocupa o Ministério do Trabalho e Previdência, tentou, numa tumultuada coletiva no Palácio do Planalto, desqualificar o depoimento deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), em junho, quando denunciou a tentativa de compra da vacina Covaxin. Onyx, que à época chefiava a Secretaria-Geral da Presidência, negou irregularidades na negociação e disse que o documento apontado pelo deputado era falso. A CPI mostrou que não era. (Assessoria do parlamentar)

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