Nota oficial
59 anos do golpe: sociedade não pode normalizar a extrema-direita
Dia 31 de março de 2023, 59 anos desde que a sombra do arbítrio baixou sobre o Brasil e instalou uma ditadura, que cerceou as liberdades, perseguiu, torturou e matou brasileiros já sob a custódia do Estado, afrontando os Direitos Humanos e a Constituição.
Graças à vitória do campo democrático, simbolizado na eleição de Lula em outubro de 2022, com o nosso apoio, voltamos a chamar o golpe militar pelo que sempre foi e deixamos de ressaltá-lo em Ordens do Dia das Forças Armadas, tal como já havia sido decretado desde o governo FHC.
Não houve revolução, mas a usurpação do poder civil pelos generais com apoio de parte da sociedade.
É preciso lembrar para não repetir e não corrermos o risco de naturalizar comportamentos e ações políticas que pretendem corroer os estamentos republicanos e democráticos para, conquistando o poder, mais uma vez golpear as instituições.
Ditadura nunca mais, seja a do militarismo de outrora ou a do neofascismo simbolizado por Bolsonaro e pela extrema direita à qual deu voz e voto no Brasil. Bolsonaro em momento algum naturalizou a imprensa livre e a liberdade de opinião no país.
Em memória dos que morreram durante aqueles 21 anos de feroz opressão, saudamos todos os democratas de hoje e de ontem nas pessoas dos militantes históricos do PCB, o antigo partidão, que deu origem ao PPS e ao Cidadania e foi um dos artífices da resistência democrática ao golpe de 1964.
Roberto Freire
Presidente Nacional do Cidadania