Ela decidiu se apresentar como alternativa moderada e garantir às eleitoras pobres, acossadas pela inflação, a saúde e a educação dos filhos (Foto: Reprodução/Veja)
A cúpula do MDB está animada com os resultados da série de pesquisas que mandou realizar no último mês sobre as chances de Simone Tebet, candidata presidencial da coalizão do partido com o PSDB e o Cidadania.
Há espaço, acredita-se, para que avance no eleitorado feminino (52% do total de votos). São as mulheres que sustentam a vantagem de Lula (cerca de 20 pontos à frente) sobre Jair Bolsonaro. Entre homens, se aproximam.
Pelas sondagens do partido, entre quinze e vinte de cada cem eleitoras de Lula o rejeitam, porém rejeitam muito mais Bolsonaro, e sem alternativa visível fazem uma opção preferencial pelo petista.
O problema de Bolsonaro é com as mulheres, foi detectado nas pesquisas durante a disputa de 2018 e foi potencializado na pandemia, pelo negacionismo e atitudes deploradas em relação às vítimas.
Tebet decidiu confrontá-lo na fase inicial da sua campanha de rua, prevista para a semana que vem. Planeja se apresentar como alternativa moderada, com respostas diretas a problemas mais aflitivos para a maioria de eleitoras pobres, acossadas pela inflação disseminada e que chefiam famílias: a garantia de saúde e de educação para os filhos.
Para a cúpula do MDB, sua candidatura representa a oportunidade de reconectar o partido com uma fração significativa do eleitorado que não se identifica com o dueto Lula-Bolsonaro. Pelas pesquisas encomendadas, esse segmento chega a 40% dos votos disponíveis.
Para Tebet, que conseguiu somar MDB, PSDB e Cidadania, será um novo e inédito teste de competência política.
(Veja – 22/06/2022)