Parlamentar do Cidadania registrou queixa-crime contra o líder do governo na Câmara Municipal de Nova Friburgo, Zezinho do Caminhão, por xingamentos e humilhações
A Secretaria Nacional de Mulheres do Cidadania divulgou nota nesta terça-feira (5) em repúdio às ofensas proferidas em reunião da Câmara Municipal de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, contra a vereadora do partido, Priscilla Pitta. A parlamentar registrou queixa-crime na segunda (4), na Delegacia de Atendimento à Mulher, contra Zezinho do Caminhão (Republicanos). Entre outros xingamentos e humilhações, o vereador, que é líder do governo na Casa, teria chamado a colega de “vagabunda”.
“Divergências jamais podem ser usadas como justificativa para cometer atos de violência política, especialmente contra mulheres. Não podemos admitir numa democracia qualquer agressão, ofensa, palavras de baixo calão e ameaças contra a atuação de uma parlamentar eleita. Esperamos que a Câmara dos Vereadores de Nova Friburgo e demais esferas competentes possam tomar atitudes condizentes com este tipo de situação para que não volte a acontecer”, diz a nota.
Priscilla Pitta vem contrariando interesses ao se posicionar por maior transparência nas ações envolvendo o hospital psiquiátrico Santa Lúcia, que está sob intervenção da Prefeitura Municipal de Nova Friburgo desde maio de 2021. Um dos projetos contestados pela vereadora criou uma série de cargos na instituição. Em vídeo postado em suas redes sociais, a parlamentar do Cidadania explica que estão substituindo pessoal técnico por pessoas que não têm experiência na área.
“Estou sendo perseguida porque estou incomodando. Não fui eleita pra ver as coisas erradas e ficar quieta. Não tinha mulher que batesse de frente e não abaixasse a cabeça. Eu não vou abaixar. Estão querendo colocar pessoas lá que não têm conhecimento de saúde mental. Não estão nomeando pessoas técnicas, mas os seus favoritos, um trem da alegria. Quem se dedicou a vida inteira está sendo jogado no lixo. Tem um ano de intervenção e não conseguiram fazer as coisas direito”, aponta.
A Mulheres 23 se solidariza, na nota, com Priscilla Pitta, a quem chama de “companheira querida” e “combativa”, e observa que “violência política de gênero é não só um crime contra a mulher, mas contra a sociedade”. “Lugar de mulher é na política e onde ela quiser!”, finaliza o texto, assinado por Juliet Matos, Tereza Vitale e Raquel Dias, coordenadoras do setorial do Cidadania.
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