“Não temos sequer a integração de dados entre a Polícia Federal e o Exército Brasileiro”, diz senador (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)
O líder do Cidadania no Senado, Alessandro Vieira (SE), manifestou preocupação no plenário, nesta terça-feira (22), com as consequências que o acesso farto a armas de fogo pode gerar no País pelo projeto de lei (PL 3723/2019), que altera o Estatuto do Desarmamento e regula as atividades de colecionador, atirador esportivo e caçador (CAC). A matéria está na pauta de hoje (23) da Comissão de Constituição e Justiça e foi alvo de muitas polêmicas e debates em dezembro do ano passado.
Ao contrário do que argumentam os defensores da proposta, Alessandro Vieira disse que ‘não corresponde integralmente à verdade’ que o projeto não altera a situação do acesso às armas de fogo no Brasil.
“Pelo contrário, ele cristaliza uma situação de acesso farto a armas e munição e enfraquece os mecanismos de fiscalização e controle”, afirmou o parlamentar que é delegado de política e tem porte de arma.
Para Alessandro Vieira, é preciso compreender que o volume imenso de armas e de munições sem fiscalização adequada, com supressão da obrigatoriedade de marcação, gerou uma dificuldade para a segurança pública que vai ter consequências no futuro.
“Então o que defendo, e acho importante aprofundarmos, é que se garanta o direito daqueles que adquiriram as armas, que não tenham prejuízo financeiro, não é justo que isso aconteça, mas que se fortaleça os mecanismos de fiscalização e controle. Hoje, nós não temos sequer a integração de dados entre a Polícia Federal e o Exército Brasileiro”, lembrou o senador.