“Não importa a coloração ideológica: ditaduras são ditaduras, pouco importa se de esquerda ou de direita e assim são reconhecidas pelo partido”
Em nota oficial divulgada nesta segunda-feira (12), o Cidadania se posiciona a favor da liberdade em Cuba. O texto assinado pelo presidente Nacional, Roberto Freire, em referência às manifestações de milhares de cubanos que ganharam as ruas neste fim de semana, diz que “nunca será tarde para os que têm sede de liberdade e cidadania” e que a pressão popular pode acelerar o processo de democratização na ilha.
“Não importa a coloração ideológica: ditaduras são ditaduras, pouco importa se de esquerda ou de direita e assim são reconhecidas pelo Cidadania, herdeiro do Partido Popular Socialista e do Partido Comunista Brasileiro. Fizemos o que Cuba não fez: reformulamos nosso programa com o início das reformas na União Soviética e o fim do socialismo real. E entendemos a democracia como um valor universal, o que, embora com sinalizações recentes de alguma abertura, ainda não aconteceu na ilha do partido único”, aponta a nota.
Leia abaixo:
Nota oficial
Cidadania a favor da liberdade: no Brasil e em Cuba
A liberdade está nas ruas. No Brasil e em Cuba. Aqui, para preservá-la. Em Cuba, para conquistá-la. Embora as situações sejam bastante distintas, há um sentimento comum de preservação da vida diante da pandemia, com a necessidade de acelerar o processo de vacinação. Uma vida que realize toda a sua potencialidade.
Em que pesem os brutais efeitos econômicos e humanitários do embargo a Cuba, inadmissível, uma vez que não cabe aos Estados Unidos o papel de polícia política e ideológica do mundo, é responsabilidade direta do regime cubano a existência ou não dos direitos mais básicos: liberdade individual, de organização e manifestação.
Não importa a coloração ideológica: ditaduras são ditaduras, pouco importa se de esquerda ou de direita e assim são reconhecidas pelo Cidadania, herdeiro do Partido Popular Socialista e do Partido Comunista Brasileiro. Fizemos o que Cuba não fez: reformulamos nosso programa com o início das reformas na União Soviética e o fim do socialismo real.
E entendemos a democracia como um valor universal, o que, embora com sinalizações recentes de alguma abertura, ainda não aconteceu na ilha do partido único. O povo nas ruas pode catalisar esse processo, que deveria ter ocorrido há quase 40 anos. Talvez seja tarde para o regime. Mas nunca será tarde para os que têm sede de liberdade e cidadania.
Roberto Freire
Presidente Nacional do Cidadania