Senadora diz que impedir acesso ao sistema eletrônico configura ‘clara perseguição’ e tentativa de inibir o trabalho de Luís Roberto Miranda no Ministério da Saúde (Foto: Reprodução/GloboNews)
Em entrevista à GloboNews (veja aqui) neste domingo (27), a líder do bloco parlamentar Senado Independente, Eliziane Gama (Cidadania-MA), disse que a CPI da Pandemia vai pedir informações sobre o bloqueio do servidor Luís Ricardo Miranda do sistema eletrônico de informações do Ministério da Saúde.
O servidor da área de logística da pasta e seu irmão, o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF), denunciaram à CPI na última sexta-feira (25) pressões pela compra da vacina Covaxin. Eles também disseram que avisaram o presidente Jair Bolsonaro sobre irregularidades na aquisição do imunizante indiano, e que o chefe do Executivo apontou o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) como provável interessado no esquema.
“É muito grave porque você ouve ele na CPI e logo em seguida se tem essa possibilidade de obstrução dos trabalhos dele através desse bloqueio. Ele é um servidor de carreira e não pode ser demitido sem uma causa extremamente justificada, que não é o caso”, disse a senadora.
Caso ocorra a confirmação do bloqueio do Ministério da Saúde ao servidor, Eliziane Gama diz que isso configura ‘clara perseguição’ e tentativa de inibir seu trabalho na pasta.
“Então, vamos solicitar formalmente por meio de documentos da CPI a comprovação ou não desse bloqueio e, sendo comprovado, vamos encaminhar ao ministro da Saúde [um pedido de] providências”, disse a senadora.