“Fica claro que esses grupos criminosos já estão dentro da política”, afirmou a senadora (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
A líder do bloco parlamentar Senado Independente, Eliziane Gama (Cidadania-MA), disse que ‘são graves’ as informações do ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel à CPI da Pandemia, nesta quarta-feira (16), sobre o estímulo de milícias do estado a carreatas contra medidas de isolamento social e a reabertura do comércio promovidas por essas organizações durante a pandemia no ano passado.
Ao ser questionado pela senadora a respeito do ‘comportamento’ de ‘milícias’ neste período, Witzel disse ser ‘bem provável que, nas carreatas, eles estivessem envolvidos’, o que segundo o ex-governador teria motivado ações do Ministério Público estadual para proibir essas manifestações.
“Fica claro que esses grupos criminosos já estão dentro da política”, disse a senadora na rede social, ao defender que a CPI apure as ações da milícia no Rio contra as medidas sanitárias decretadas pelo governo local.
Eliziane Gama perguntou em seguida se os grupos contrários ao isolamento e ao fechamento do comércio para conter a contaminação da Covid-19 são ligados ao movimento negacionista ou a milicianos.
“Se os milicianos participavam ou não, para que nós possamos saber, era preciso ter fotografado as pessoas que participaram das carreatas. Eram muitas carreatas”, respondeu Witzel, alegando ‘muita dificuldade de investigar os milicianos’.
A parlamentar então pediu se o ex-governador poderia enviar à CPI ‘algum elemento’ que relacionasse o poder das milícias com o Poder Legislativo do Rio, diante de homenagens a pessoas acusadas de integrarem esses grupos no estado, mas Witzel disse que ‘quem tem essas informações é a Polícia Civil”.