Na democracia, ninguém está acima da lei, seja “big tech”, torcedor, jornalista, internauta ou humorista. “E os parlamentares?” Nem eles.
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Marina Silva revelou muita serenidade ao lidar com as derrotas das agendas ambiental e indígena na Câmara, imposta pela maioria conservadora.
Continue readingLuiz Carlos Azedo: Oposição aposta na desagregação do governo Lula
Intervencionismo do governo na economia provoca um realinhamento de forças políticas, que já se reflete no Congresso e fortalece bolsonaristas.
Continue readingEditorial Reformistas: Lula pode isolar o Brasil no mundo democrático
Com suas recentes declarações na China, as quais colocam Rússia e Ucrânia no mesmo grau de responsabilidade pela guerra na Europa, Lula se esquece de que, ao invadir o seu vizinho, Vladimir Putin é um agressor a violar as fronteiras de um Estado soberano, membro da ONU, numa flagrante violação do Direito Internacional.
Setores políticos e da imprensa tratam as declarações do presidente do Brasil como mais um deslize de sua conhecida incontinência verbal. Se apenas fosse esse o caso, já seria preocupante, pois as declarações partem do mandatário do maior PIB da América Latina e da 12ª maior economia do mundo, com grave repercussões internacionais.
Porém, ao reiterar nos Emirados Árabes Unidos a narrativa que alinha o Brasil aos interesses de Pequim e de Moscou, Lula dá sinais de que está em curso uma política exterior com o objetivo de confrontar Estados Unidos e União Europeia, numa pueril e anacrônica retomada de uma “luta anti-imperialista” que ainda anima setores passadistas de esquerda.
No Twitter, o site Metrópoles revelou que o secretário das relações internacionais do PT, Romênio Pereira, representou o partido no “Forum de Combate ao imperialismo”, em 31 de março último, encontro que realizou-se em Moscou. No vídeo divulgado, o dirigente petista aparece tendo ao fundo um painel da Rússia Unida, o partido de Putin, num claro apoio polítio ao autocrata russo. Romênio Pereira é o mesmo que causou polêmica ao assinar nota em que celebra a suspeita reeleição do nicaraguense Daniel Ortega.
Lula e o PT não são ingênuos para não perceberem que os recentes acordos da China com a Rússia de Putin e o Irã do regime teocrático fundamentalista islâmico fazem parte de um projeto de hegemonia geopolítica, cujas bases não se assentam nos valores democráticos, no respeito ao direito internacional e aos direitos humanos.
O regime chinês não é uma alternativa socialista como um dia foi a antiga União Soviética, visto que o capitalismo de Estado na China está integrado ao capitalismo mundial e às grandes companhias transnacionais. Tão pouco o cleptocapitalismo dos oligarcas russos e o regime repressivo do Irã, que agora reprime as mulheres por usarem seus cabelos ao vento, representam alternativas progressistas para a Humanidade.
A recente autorização para atracação de navios de guerra do Irã é outro indicativo de que o governo petista está disposto a retomar as relações com seu outrora principal aliado no Oriente Medio ao tempo do líder Mahmoud Ahmadinejad, reiterando a visão da velha esquerda segundo a qual a “luta anti-imperialista” está acima da questão democrática, esta última sempre subestimada, como exemplifica o voto do PT contra o projeto da atual Constituição durante os trabalhos constituintes de 1988.
O Brasil não é Cuba, Nicarágua ou Venezuela, países economicamente irrelevantes para a economia mundial. Que o governo Lula tenha uma relação pragmática com a China está fora de discussão. Porém, atrelar o Brasil ao projeto geopolítico da potência asiática pode ter consequências desastrosas.
Uma delas é o isolamento do Brasil no Ocidente, cujos valores democráticos são compartilhados pela maioria da sociedade brasileira e das forças políticas democráticas do país.
Parceiros importantes como a União Europeia e Estados Unidos, nos quais predominam liberal-democratas, sociais-liberais e sociais-democratas, não assistirão passivamente o fortalecimento de uma política nacionalista e autoritária, hostil à comunidade internacional, e que põe em risco a paz e estabilidade política e econômica do mundo, cujas repercussões dramáticas já se verificam, como a inflação dos combustíveis e dos alimentos, em especial nos países de baixo nível de desenvolvimento.
Se o governo de Jair Bolsonaro transformou o Brasil em pária internacional ao alinhar ideologicamente nossa política externa a autocratas e populistas de direita, o governo Lula não deveria fazer o mesmo com o sinal trocado, submetendo o Itamaraty a um alinhamento automático com regimes autoritários de esquerda, com a ressalva de que o discurso nacionalista e imperial de Putin está mais próximo do fascismo, não por acaso bem relacionado com figuras como Jair Bolsonaro, Donald Trump e líderes da extrema-direita europeia.
Reafirmando seu inegociável compromisso com a democracia como valor universal, o Reformistas se sente na obrigação de alertar seus leitores do significado e das consequências nefastas de uma integração do Brasil ao eixo autoritário Pequim-Moscou-Teerã.
O Reformista reitera a sua convicção de que a melhor política externa para o Brasil continua sendo aquela inaugurada por José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, nos primórdios da nossa história republicana, de autonomia e independência, sem submissão aos interesses de qualquer outra nação ou bloco de países. (Editorial – Reformistas – 18/04/2023)
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