Igualdade 23 quer ser reunir com o Tucanafro do PSDB para alinhamento de propostas da pauta negra

Coletivo decidiu que é importante agendar o encontro no ‘curto prazo’

Em reunião da coordenação com o núcleo do Paraná, nesta segunda-feira (13), o Coletivo Igualdade 23 decidiu que é importante agendar no curto prazo um encontro com representantes do Tucanafro, segmento do PSDB que defende a pauta negra.

Para os membros do Igualdade 23, o fato de Cidadania e PSDB estarem numa federação partidária requer que seus núcleos temáticos dialoguem para verificar a possibilidade de agendas conjuntas.

Durante o encontro, foi também mencionada a importância de um congresso nacional do Igualdade 23, especialmente para que os membros tenham a compreensão de qual é a identidade do núcleo a fim de servir de referência para atuação nos estados.

Incentivar e priorizar as eleições para os Conselhos Tutelares foi outra demanda considerada significativa para o Igualdade 23, uma vez que esses colegiados tem uma missão social que envolve várias situações, como a igualdade racial.

Outras diretrizes discutidas foram a agenda da futura conferência nacional de igualdade racial, que será definida pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e a participação em conselhos estaduais e municipais de igualdade racial. O núcleo paranaense representado por Cleber Sá e Luiz Lelis se propôs a fazer um levantamento de quantos conselhos existem no estado.

Articular as políticas de assistência social com o recorte racial como, por exemplo, no Bolsa Família, foi uma situação também considerada talvez até mesmo como pioneira ou pouco usual no país. Pautas como afro-empreendedorismo, respeito religioso, relações internacionais com países africanos também mereceram atenção dos presentes à reunião. (Assessoria Igualdade 23)

Igualdade 23 apoia a causa do ativista Mamadou Ba

Em nota pública (veja abaixo), a Coordenação Nacional do Coletivo Igualdade 23, do Cidadania, manifesta apoio à causa do ativista de direitos humanos luso senegalês, Mamadou Ba, acusado de difamação e calúnia por Mário Machado, ex-dirigente de uma organização neonazista e supremacista branca de Portugal.

NOTA PÚBLICA

A Coordenação Nacional do Coletivo Igualdade 23, do Cidadania, apoia publicamente a causa do ativista de direitos humanos luso senegalês Mamadou Ba.

Em uma jornada presencial no Rio de Janeiro em que priorizou contatos com militantes do Movimento Social Negro residentes nesse estado, Mamadou Ba explanou sobre o teor do processo movido contra ele por Mário Machado, conhecido como seguidor de ideias de supremacia branca.

De acordo com entrevista que concedeu a imprensa brasileira, Mamadou Ba considera que a perseguição contra ele em Portugal é reflexo da organização da extrema-direita, que constitui a terceira maior força no parlamento do país.

Mamadou Ba acredita que há também um movimento de retaliação por parte de policiais racistas e neonazistas. O trabalho do ativista, como intelectual e militante, foi denunciar as células desse grupo e a violência racista da polícia portuguesa contra os jovens negros, em especial os moradores de periferia.

O objetivo de Mamadou Ba é demonstrar em Portugal o quanto sensibilizou e quanta solidariedade obteve no Brasil para o seu pleito.

Por todas essas razões, o Igualdade 23 manifesta-se para fortalecer a corrente que vem sendo construída em prol de Mamadou Ba e espera que ele tenha sucesso no julgamento que está por acontecer em terras portuguesas.

Coordenação Nacional
Igualdade 23 – Cidadania”