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Federação PSDB-Cidadania no Rio debate estratégias para as eleições 2024

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Assim como ocorre em todo o Brasil, o Cidadania do Rio de Janeiro se organiza para buscar um ótimo desempenho em 2024.

Diretório Estadual se reuniu virtualmente nesta segunda-feira (08/07) para avaliar a Federação com o PSDB fluminense e debater estratégias para as eleições municipais de 2024.

O Diretório também deliberou sobre a utilização dos recursos do Fundo Eleitoral, de acordo com a legislação.

O partido acredita que pode dobrar o número de prefeitos e vereadores este ano.

A Europa começa a respirar novamente

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A Democracia dá sinais claros de resistência no Velho Continente.

Tudo começou pela Itália. No segundo turno das eleições municipais, o Partido Democrático (PD) venceu em cinco importantes cidades do país. Depois, tocou a vez da Inglaterra, onde o Partido Trabalhista deu uma verdadeira surra eleitoral no Partido Conservador. Agora, na França, com o Campo Democrático derrotando as forças reacionárias e, mesmo neofascistas, incrustadas no movimento pilotado por Marine Le Pen. Esse Campo Democrático é formado, na França, pela Nova Frente Popular e pelos seguidores centristas do atual presidente Macron. Caberá a ele decidir a formação do próximo Governo francês.

A Europa parece respirar aliviada. Em todo caso, é preciso ter um olho na Alemanha. Neste país, um partido de extrema-direita, muitas vezes um eufemismo para movimentos de características neonazistas, obteve a segunda colocação nas últimas eleições.

Essas eleições refletem uma série de mudanças que se operam nos países europeus. De um lado, temos uma revolução tecnológica, como que materializada pela robotização, pela automação e pela inteligência artificial. Eis o que mexe com o mundo do trabalho, alterando até mesmo o cotidiano das pessoas. Além disso, temos as mutações no plano étnico, com as migrações das últimas décadas mudando por vezes substancialmente o perfil das sociedades europeias. Isso para não aludirmos às transformações ocorridas no espaço nacional europeu, transformações essas que desembocaram na formação da União Europeia (UE), em 1992. É muita mudança em um curto espaço de tempo.

O nacionalismo fascistóide ou de extrema-direita explorou esse estado de coisas. É necessário que as forças da Democracia que obtiveram expressivas vitórias nessas últimas semanas trabalhem para além da conjuntura eleitoral ou mesmo da formação de um governo democrático amplo (extremamente necessário, diga-se de passagem).

Em outras palavras, convém atacar de frente os problemas estruturais presentes em suas sociedades. Afinal, a conjuntura nada mais é do que a própria estrutura em movimento.

Pois somente assim o perigo neofascista será totalmente afastado. Nesse sentido, a experiência que um país como a França começa a viver desde já poderá se apresentar como um verdadeiro laboratório político da Democracia contemporânea.

Cidadania presta contas do fundo partidário. Confira como foi aplicado!

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O Cidadania recebeu por meio do fundo partidário R$ 9.248.336,76 nos últimos seis meses. Em mais uma prestação de contas, o partido informa onde esse dinheiro foi investido.

Na tabela abaixo, é possível observar que, desse total, R$ 1.017.841,10 foram descontados de multas diversas do Tribunal Superior Eleitoral. Mesmo assim, houve espaço para um repasse de R$ 1.764.987,65 para a Fundação Astrojildo Pereira (FAP), R$ 1.731.300,00 para os diretórios estaduais e R$ 441.246,91 para o Fundo Mulher,

Restou, para a Executiva Nacional, a execução de R$ 4.907.403,06. Dinheiro esse aplicado na administração e no processo de fortalecimento e divulgação do partido.

CONFIRA as contas do partido.

IMPRENSA HOJE

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Veja as manchetes dos principais jornais hoje (08/07/2024)

MANCHETES DA CAPA

O Globo

Vitória da esquerda deixa cenário indefinido na França
Tabata cobra PSDB por acordo e ameaça retirar apoio em outras capitais
Divergências entre BC e Fazenda impedem livre escolha de vale-refeição
Governador do Amapá – ‘Quem disse que queremos ser santuário?’
No Brasil, Milei ignora Lula e saúda Bolsonaro
Lei Seca tem 59 motoristas flagrados 10 vezes ou mais
Universidades federais mais novas sofrem sem recursos
SUS demora para liberar remédios para câncer de mama
Basque conquista vaga olímpica

O Estado de S. Paulo

Esquerda surpreende e derrota extrema direita na França, com apoio do centro
São Paulo tem 13 das 20 cidades com melhor qualidade de vida
Durante 7 anos, Alerj gastou R$ 500 milhões em penduricalhos
Reforma tributária divide esferas de julgamentos e gera preocupção
Sem citar Lula, Javier Milei diz que Bolsonaro é ‘vítima de perseguição’
Alexandre, o Grande, pivô de uma briga identitária

Folha de S. Paulo

Esquerda e Macron barram direita radical na França
Casos de furto e roubo sobem em bairros da periferia de SP
Paul Freston – Governo precisa de bilíngues para falar com os evangélicos
Deputados usam ‘emendas Pix’ em caixas de parentes
Contaminação por mercúrio afeta saúde de mulheres e crinaçs Munduruku
Diplomaciais de Argentina e Brasil têm atrito silencioso
No Brasil, Melei poupa Lula e discursa contra o socialismo
Ao invés do que diz Lula, fundos apostam no real
CEO ganha até 1.100 vezes mais que equipe

Valor Econômico

Emissão de debêntures trava mesmo com novas regras
Em reviravolta, esquerda barra extrema direita na França
Combate à poluição plástica
Oferta elevada impulsiona o consumo de carne bovina
Uso da poupança traz riscos para inflação
Defasagem se mantém no preço dos combustíveis
Alívio no câmbio deve ser limitado

Progressistas, liberais, conservadores e as “mentes naufragadas”

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NAS ENTRELINHAS

A nostalgia do passado é um fenômeno muito amplo, que afeta a extrema direita e a extrema-esquerda, os fundamentalistas cristãos e os marxistas ortodoxos

O professor Mark Lilla é especialista em história intelectual, principalmente do pensamento político e religioso do Ocidente. Desde 2007, leciona Humanidades na Universidade de Columbia e colabora, regularmente, para o “New York Review of Books” e o “New York Times”. É autor, entre outros livros, de “A mente imprudente – Os intelectuais na atividade política”, que traz um perfil de pensadores que fecharam os olhos ao autoritarismo, à brutalidade e ao terrorismo de Estado; e “A mente naufragada – Sobre o espírito reacionário”, que apresenta o reacionário não como um conservador, mas como uma figura tão radical e moderna quanto o revolucionário.

Em 2016, Lilla criticou duramente o Partido Democrata ao analisar a vitória de Donald Trump, na qual questionou a fixação democrata pela questão da diversidade, pois o partido tornara-se um mero porta-voz dos grupos minoritários que não conversavam entre si. Na época, destacou que Bill Clinton e Barack Obama fizeram bons governos, mas isso não bastou para responder aos anseios e inquietações da maioria dos eleitores norte-americanos, diante de um processo inexorável de mudanças que gera muitas incertezas sobre o futuro individual.

É aí que os progressistas, focados nos direitos das minorias, e os liberais, cujas bandeiras já não dão respostas aos novos problemas, cederam espaço para o saudosismo de um passado imaginário. É um fenômeno que aparece com muita força na Europa e na América Latina. Aqui no Brasil, também. Hoje, por exemplo, teremos um grande encontro da extrema direita em Balneário Camboriú (SC), com a presença do presidente da Argentina, Jair Milei, e do ex-presidente Jair Bolsonaro. Lilla examina esse fenômeno desde a eleição de Trump.

Há dois tipos de política identitária: a defesa de direitos de afrodescendentes, mulheres e gays, que lutam por igualdade, cidadania, solidariedade e reparação histórica; e, desde os anos de 1980, a política obcecada pela identidade pessoal e o sucesso individual, na qual cada um se diferencia dos outros.

A primeira dizia “somos todos iguais e queremos ser tratados com igualdade”, ressalta Lilla. “Já essa segunda política identitária se baseia na afirmação da diferença e na exigência de respeito à singularidade. Ninguém pode falar em nome de ninguém. Isso jogou as pessoas umas contra as outras”, destaca. Foi aí que a extrema-direita apostou suas fichas.

Na crítica aos democratas, Lilla sugeriu que a esquerda deixasse de lado o liberalismo identitário e buscasse a unidade na especificidade das minorias. Foi mais ou menos o que levou o atual presidente norte-americano Joe Biden à apertada vitória contra Trump, anos atrás. Sua reeleição, porém, agora está ameaçada pelo próprio derrotado.

A política norte-americana trafega numa montanha russa. A economia vai bem, mas sua narrativa e desempenho pessoal ainda não convenceram a maioria. Hoje, a maioria só se interessa pelo que os afeta pessoalmente e não vê a necessidade de se engajar numa luta comum com outras pessoas, para melhorar de vida. A maioria dos jovens, por exemplo, já não se interessa por quase tudo – política, economia, raça, classes sociais – como antes acontecia.

Nostalgias políticas

A nostalgia do passado é um fenômeno muito amplo, que afeta a extrema direita e a extrema esquerda, os fundamentalistas cristãos e os marxistas ortodoxos. Lilla chama esse tipo de visão de “mente naufragada” porque subverte a ideia de que o tempo é como um rio cujas águas não voltam atrás. Segundo Lilla, houve um desastre no tempo, uma ruptura na história, que deixou as pessoas à margem, enquanto o tempo continuou passando. “Eles acham que não fazem mais parte do que acontece. E essa mentalidade está moldando grande parte de nossa política: uma sensação de deslocamento, de deslocamento histórico acrescentando a outros tipos de deslocamento: econômico, político e cultural”. A política passa a sensação de que algo deu muito errado no tempo.

Vem desse naufrágio o pensamento reacionário. Estudou-se muito as revoluções, mas pouco a Reação, cuja origem como conceito político também é a Revolução Francesa. Karl Marx, por exemplo, em sua vasta obra, somente dedicou uma delas ao fenômeno: O 18 Brumário de Luís Bonaparte. Isso explica um pouco a dificuldade que a esquerda tem de compreender o que está acontecendo. Não consegue distinguir o pensamento conservador do reacionário, o que ajuda a extrema direita a capturar o centro. São maneiras diferentes de encarar a história. O conservador clássico acha que a história e a sociedade têm prioridade sobre o indivíduo.

Para um liberal, indivíduos têm direitos que prevalecem sobre a tradição ou as reivindicações da sociedade, e essas reivindicações são limitadas por nossos direitos. Os conservadores acreditam no oposto. Entretanto, para eles é importante manter uma continuidade histórica, o que significa não haver uma ruptura radical, mas também reconhecer que as coisas sempre mudam e devem mudar. Então um conservador é mais flexível do que um reacionário e às vezes até mais flexível do que um liberal. Jogá-los nos braços do reacionarismo talvez seja hoje o maior erro da esquerda, não só a brasileira.

Inclusive os reacionários modernos podem ser “revolucionários” no sentido de que querem voltar a um passado idealizado, no nosso caso, o regime militar, ou criar um futuro igual ao passado, a ordem “iliberal” da ditadura da maioria. Desde a Revolução Francesa, o “revolucionário” é movido pela esperança. Segundo Lilla, acredita que o futuro vai ser melhor do que o presente e que ainda não nos tornamos o que devemos ser. Já o reacionário acredita que não somos mais o que somos, nossa verdadeira natureza ficou no passado idealizado. (Correio Braziliense – 07/07/2024)

Cristovam assume comando do Cidadania no Distrito Federal

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O ex-senador Cristovam Buarque foi eleito, por unanimidade, no último sábado (6), presidente do Cidadania no Distrito Federal. Com experiência reconhecida nacionalmente como parlamentar, ministro da Educação e tendo governado Brasília, seu comando no partido certamente vai trazer um crescimento significativo para o Cidadania.

Cristovam assume a presidência que era ocupada por Marcelo Aguiar, que ficou com a vice-presidência da sigla. Em entrevista ao Jornal de Brasília, o ex-senador disse que seu trabalho, agora, será redirecionar o partido no Distrito Federal para a esquerda, espectro político que originou a sigla.

O mandato será de dois anos, até que seja realizado novo Congresso do partido.

Cristovam também é vice-presidente nacional do Cidadania.

Carne bovina e frango ficarão de fora da cesta básica

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NAS ENTRELINHAS

Hoje, estão isentos de impostos federais (como IPI, PIS e Cofins), mas a maioria dos estados, no entanto, cobra o ICMS sobre esses produtos, ou seja, a proteína animal

Promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a picanha do fim de semana pode ficar mais longe da mesa da maioria dos brasileiros, após a regulamentação da reforma tributária. Hoje, a picanha custa em média R$ 59 o quilo nos supermercados. Nem a carne de segunda, o suíno, o frango e o peixe, na proposta dos relatores da reforma, farão parte da lista de produtos da cesta básica com alíquota zero de tributos. Será uma derrota dos consumidores de mais baixa renda. Músculo, rabo, bucho, mocotó, pé de porco, pescoço de galinha, a tilápia, tudo isso pagará imposto igual ao da picanha.

O relatório do projeto de lei complementar (PLP 68/2024), que regulamenta a reforma tributária, foi apresentado, nesta quinta-feira, pelo grupo de trabalho da Câmara que analisou a proposta original do governo. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), pretende votar a regulamentação na próxima semana. O grupo de trabalho apresentou o relatório e manteve a proteína animal com uma isenção de 60%, como originalmente havia sido encaminhada pelo governo.

Na terça-feira, Lula defendeu a inclusão da carne na cesta básica: “Eu acho que temos que fazer diferenciação. Você tem vários tipos de carne, tem carne chique, de primeiríssima qualidade, que o cara que consome pode pagar um impostozinho. Agora, você tem outro tipo de carne, que é a carne que o povo consome. Frango, por exemplo, não precisa ter imposto. Frango faz parte do dia a dia do povo brasileiro, ovo faz parte do dia a dia. Uma carne, sabe, um músculo, um acém, coxão mole, tudo isso pode ser evitado”.

A argumentação de Lula não colou, os técnicos dizem que é impossível fiscalizar o corte da carne, que a diferença entre a picanha e o coxão seria apenas a forma de cortar. O grupo de trabalho também argumentou que a medida traria impactos na alíquota de referência do IVA, que é 26,5%. O peso dos impostos sobre as carnes, de uma forma geral, está em 12,7% atualmente (considerando o ICMS estadual e, também, resíduos tributários, ou seja, impostos sobre impostos).

Com a tributação parcial instituída pela reforma tributária, que cobrará impostos não cumulativos, a área econômica avalia que o peso desses tributos cairá para 10,6%. A solução proposta pelo grupo de trabalho seria criar o cashback para a população de baixa renda receber o imposto de volta. O povo nem sabe o que é isso. A burocracia seria muito maior do que a da fila dos aeroportos, quando se recebe de volta parte dos impostos cobrados, mas é melhor que nada. Segundo o deputado Cláudio Cajado, nunca houve tarifa zero. A carne bovina e a de frango continuariam na cesta básica com taxação parcial (alíquota de 40% do total).

Hoje, a carne bovina e o frango estão isentos de impostos federais (como IPI, PIS e Cofins), mas a maioria dos estados, no entanto, cobra o ICMS sobre esses produtos. Esses tributos serão substituídos, nos próximos anos, pelo IBS e pela CBS, impostos sobre o valor agregado dos estados, municípios e da União. Por isso, a regra está sendo rediscutida. Pela proposta de emenda à Constituição (PEC), cinco tributos serão substituídos por dois Impostos sobre Valor Agregado (IVAs) — com legislação única, sendo um gerenciado pela União e outro com gestão compartilhada entre estados e municípios.

Armas mais baratas

São a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), com gestão federal, que unificará IPI, PIS e Cofins; e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), com gestão compartilhada com estados e municípios, que unificará ICMS (estadual) e ISS (municipal). Além da CBS federal e do IBS estadual e municipal, será cobrado um imposto seletivo (sobre produtos nocivos à saúde) e um IPI sobre produtos produzidos pela Zona Franca de Manaus, mas fora da região com benefício fiscal.

Pela reforma tributária, cada empresa pagará somente o valor que lhe couber na produção, obtendo crédito pelos insumos utilizados. Para manter a atual carga tributária, considerada elevada, todos os impostos somariam cerca de 26,5%, o que já é uma das maiores do mundo. Quando um segmento é diretamente beneficiado pela redução dos impostos, para a conta fechar, a diferença repercute na alíquota geral.

Absorventes, tampões higiênicos e coletores menstruais foram beneficiados com a tarifa zero; Bets e os carros elétricos foram incluídos no Imposto Seletivo, o “imposto do pecado”, ao lado do cigarro, bebidas (com taxação proporcional ao teor alcoólico), iates e lanchas. Entretanto, os caminhões elétricos ficaram de fora. As armas também foram excluídas do imposto especial. Hoje, a alíquota do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) das armas de fogo é equivalente a 55%, as munições têm taxação de 25%. Com a reforma, esses produtos serão taxados de acordo com a alíquota geral, estimada em 26,5%.

“Armas foi um debate que tivemos na emenda constitucional. A gente ia constitucionalizar o imposto seletivo nas armas, mas nós (governo) perdemos”, destacou o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), relator da reforma, ao apresentar as propostas. O petista, porém, não descartou a elevação do imposto sobre armamentos por meio de emenda em plenário. Com mais de 300 páginas, o relatório foi negociado pelo grupo de trabalho com a equipe econômica e os grupos empresariais envolvidos, mas a Câmara ainda pode fazer mudanças na próxima semana. O Senado dará a palavra final, porque a tramitação começou por lá e terá que voltar para aprovação dos senadores. (Correio Braziliense – 05/07/2024)

IMPRENSA HOJE

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Veja as manchetes dos principais jornais hoje (05/07/2024)

MANCHETES DA CAPA

O Globo

PF indicia Bolsonaro por desvio de joias da Presidência
Carros elétrico e bets pagarão ‘imposto do pecado’; carnes ficam fora da lista de isentos
Após cortes ‘na direção certa’, analistas ligam alerta para quadro fiscal a médio prazo
Novo mercado – Bolsa do Rio aposta na concorrência
Simon Johnson – ‘Regulação de IA não é reprimir a inovação’
Trabalhistas voltam ao poder no Reino Unido após 14 anos

O Estado de S. Paulo

Bolsonaro e 11 aliados são indiciados por desvio de joais
Operação no Rio contra fraude sobre covid-19
Proposta inclui carro elétrico no ‘imposto do pecado’; cesta fica sem carne
Lula recria comissão sobre mortos e desaparecidos
CNJ vê gasto anual de R$ 6 bi com lei do fim da saidinha
Esquerda britânica volta ao poder após 14 anos, com um moderado

Folha de S. Paulo

Bolsonaro é indiciado pela PF no caso da venda das joais
Policiais cumprem novos mandados sobre fraude em cartão de vacina
Carro elétrico e bets entram no ‘imposto do pecado’
Corte de R$ 25,9 bi do governo não é suficiente, dizem economistas
Pix poderá ser feito por aproximação, afirma BC
Alagoas de Lira terá 1/3 de emendas de comissão
PM ganha folga se levar usuário de droga a internação
Bairro de ex-CEO da Americanas tem imóvel de R$ 7,8 mi
Canoas abre cidade provisória para desabrigados
Em lavada, trabalhistas elegem premiê britânico

Valor Econômico

Massa de renda das classes A e B cresce mais, com mercado de trabalho forte e juro alto
Relatório da tributária só inclui pontos consensuais
PF indicia Bolsonaro e outros 11 no caso das joias
Dólar cai de novo, com alívio do risco fiscal
Trabalhistas devem vencer por ampla maioria
Fundos de investimentos captam R$ 159 bi

Cai regra que impedia participação em eleição se um dos partidos da federação estivesse com contas pendentes

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Caiu a regra que exigia que todos os partidos de uma Federação estivessem com contas regulares no município para que pudessem disputar as eleições!

A decisão partiu do Ministro André Mendonça, Relator da ADI 7620, do PV, do PCdoB, do PT, PSDB, CIDADANIA, PSOL e REDE, que deferiu a “a medida cautelar, ad referendum do plenário, para suspender, com efeitos ex nunc, a eficácia do § 1º-A do art. 2º da Resolução TSE nº 23.609/2019, incluído pela Resolução TSE nº 23.675/2021”.

O que isso significa?
Significa que não é mais necessário que todos partidos estejam com suas contas regularizadas no município para que a federação possa disputar as eleições!

Como era?
A regra dizia, por exemplo, que se em um município o Cidadania estivesse com suas contas regularizadas na justiça eleitoral e o PSDB não estivesse (ou vice-versa), por estarem federados, os dois partidos ficavam impedidos de participar das eleições.

O que mudou?
Agora, mesmo que um dos partidos esteja com contas pendentes, o outro partido da federação não fica mais impedido. A restrição será apenas para o partido que estiver com a pendência.

Campos Neto entra em férias, e o dólar despenca

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NAS ENTRELINHAS

As férias de Campos Neto e a reunião de Lula com Haddad deixaram os investidores de orelha em pé, temiam a intervenção do BC no mercado de câmbio

Bastou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, entrar em férias e o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, assumir seu lugar, interinamente, para o dólar despencar. Ex-braço direito do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Galípolo assumiu a chefia do BC por indicação de Campos Neto. O dólar encerrou a sessão desta quarta-feira em queda de 1,71%, de volta aos R$ 5,56. Galípolo é o mais cotado para a sucessão de Campos Neto, em dezembro, por indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O dólar chegou a bater os R$ 5,70 durante a tarde de terça-feira, o maior patamar em dois anos e meio, alta atribuída à cautela do mercado com as recentes críticas de Lula ao BC e a Campos Neto.

As providenciais férias de Campos Neto favoreceram a queda do dólar, mas a moderação do presidente Lula no lançamento do Plano Safra também: enalteceu a competência e a importância do agronegócio e disse que tem compromisso com o equilíbrio fiscal. Sinais positivos de controle da inflação nos Estados Unidos ainda contribuíram para alterar os humores dos mercados.

Nos bastidores do mercado financeiro, as férias de Campos Neto e a reunião de Lula com Haddad, nesta quarta-feira, deixaram os investidores de orelha em pé, temiam uma intervenção forte do Banco Central no mercado de câmbio, sob comando de Galípolo. As reuniões entre Lula e o ministro Haddad, de fato, estão servindo para desanuviar um pouco o mercado. Oficialmente, o Palácio do Planalto disse que o encontro tratou apenas do “tema fiscal”, mas o mercado acredita que medidas para tentar conter o avanço do dólar também foram cogitadas.

A especulação com o dólar começou quando Campos Neto afirmou que não iria intervir no câmbio e considerava a alta resultado de um movimento natural de ajuste do mercado às conjunturas internacionais e expectativas sobre a economia brasileira. Ao fazer isso, num momento de crescimento das incertezas com relação ao juro americano e às críticas dos economistas à política fiscal do governo, deu a senha aos operadores das mesas de câmbio do mercado (bancos, corretoras, especuladores e gestores de recursos) de que o câmbio não tinha mais xerife.

Ou seja, poderiam especular à vontade. Não haveria risco de punição ou perda pela entrada do Banco Central no mercado para administrar os exageros na volatilidade criada pela ação dos especuladores. O presidente do BC, muito ligado ao ex-ministro da Economia Paulo Guedes e ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Tem vasta experiência como operador no câmbio.

O mercado de câmbio no Brasil é flutuante, ou seja, a cotação do dólar flutua de acordo com o fluxo de entrada e saída de dólares no Brasil, por conta do comércio exterior (superavit positivos e batentes recordes) e investimentos estrangeiros (também positivo, exceto Bolsa). Se está positivo, a razão para as altas diárias são motivadas por compras sem fundamento econômico, ou seja, a ação especulativa, que chegou a ser apontada pelo presidente Lula na queda de braços com Campos.

Mesa de câmbio

Sem a vigilância da mesa de câmbio do BC, que tem, entre outras funções, coibir os exageros, a especulação com o câmbio passa a ser o melhor negócio do país, ainda mais com a taxa de juros atual. Ganha quem compra títulos do governo e ganha ainda mais quem compra e vende dólar forçando as altas. Nesta quarta-feira, já se falava em subir a taxa de juros por causa da alta do dólar. Se o câmbio sobe e o juro sobe, o mercado entra em estado disfuncional.

É falsa a tese de que não adianta o BC entrar no mercado de câmbio, pois seria enxugar gelo. O argumento de que US$ 350 bi em reservas seriam volatilizados rapidamente não tem o menor cabimento. Se o BC avisar que vai vender US$ 500 mi em swaps, simples aviso, o câmbio volta a cair e causará grandes prejuízos a quem apostar na alta. Essa correção, por si só, conteria a onda de especulação do mercado.

Juros nos EUA, cenário fiscal e declarações de Lula, sim, mexeram com o dólar, mas o Banco Central deveria ter entrado no mercado. Nesta quarta-feira, o dólar acumulou queda de 0,36% na semana; recuo de 0,36% no mês; porém, a alta é de 14,75% no ano. O real está entre as moedas que mais se desvalorizaram. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acredita que o câmbio vai “se acomodar” nos próximos dias. Ele evitou comentar se o Banco Central deveria ajudar o governo a conter a desvalorização do real neste ano, uma das maiores do mundo, mas isso não é coisa que se fale antes de fazer.

No final da cerimônia de lançamento do Plano Safra Agricultura Familiar, Lula disse que “responsabilidade fiscal é compromisso” e que governo “não joga dinheiro fora”. Dessa vez, Lula não mencionou o Banco Central, a alta do dólar ou o patamar da taxa de juros. Campos Neto volta do período de férias antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que ocorre em 30 e 31 de julho. O colegiado é responsável por fixar a taxa básica de juros (Selic), atualmente em 10,5% ao ano. (Correio Braziliense – 04/07/2024)