Corte de recursos ocorreu logo após o 2º turno da eleição, no dia 30 de outubro, em que o presidente Jair Bolsonaro saiu derrotado (Foto: Reprodução/Internet)
“Honestamente, nunca imaginei que eu teria que vir aqui usar os microfones do Senado Federal para fazer um pedido a este governo de algo que é muito elementar”, reagiu a líder do Cidadania e da Bancada Feminina da Casa, Eliziane Gama (MA), ao corte de recursos da operação Carro-Pipa, programa do governo federal que leva água potável às famílias no semiárido nordestino há mais de 20 anos.
“Não imaginava que o governo federal ia cortar recursos do programa para as famílias da Região Nordeste. Isso não é nem uma questão política, é uma questão humana”, afirmou a parlamentar maranhense diante da informação contida em planilha do Exército Brasileiro, que coordena a operação, de que 1,6 milhão de pessoas que teriam direito ao abastecimento em novembro, em oito estados do Nordeste, estarão prejudicadas por falta de verba.
O corte de recursos ocorreu logo após o segundo turno da eleição, no dia 30 de outubro, em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) saiu derrotado do pleito. A operação Carro-Pipa é financiada com recursos do Exército Brasileiro em parceria com o MDR (Ministério do Desenvolvimento Regional).
“Eu queria fazer um apelo ao presidente que está ainda no exercício do mandato, para que retomasse esse programa. São crianças, são adolescentes, são famílias que precisam desse programa. Então, eu queria deixar aqui esse apelo, pedindo encarecidamente”, reforçou Eliziane Gama.
Em documento do dia 14, assinado pelo coronel Paulo Francisco Matheus de Oliveira, o Exército informa que “o recebimento parcial de recursos financeiros para atender a execução do serviço será somente para até o dia 15 de novembro corrente”. Pela regra do programa, cada família tem direito a 20 litros de água por dia a cada integrante assistido.
“A pessoa responsável pela operação é quem ainda está no exercício do mandato, mas que vai, já, já, sair, que é o presidente Bolsonaro. Fica aqui o nosso apelo”, insistiu Eliziane Gama.