Ivanildo Gonçalves da Silva garantiu direito de não comparecer à CPI da Pandemia nesta terça-feira (31) para prestar esclarecimentos sobre saque de cerca de R$ R$ 4,7 milhões da VTCLog, empresa que presta serviço ao Ministério da Saúde (Foto: Reprodução/GloboNews)
O líder do Cidadania no Senado, Alessandro Vieira (SE), classificou de ‘atípico’ e ‘inusitado’ o habeas corpus concedido pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Kássio Nunes Marques, que garantiu ao motoboy Ivanildo Gonçalves da Silva o direito de não comparecer à CPI da Pandemia para prestar depoimento nesta terça-feira (31).
Em entrevista ao jornal ‘Em Ponto’, da GloboNews (veja aqui), o senador disse que Ivanildo – apontado em relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) pela movimentação de cerca de R$ R$ 4,7 milhões da VTCLog, empresa que presta serviço de armazenagem e distribuição de medicamentos para o Ministério da Saúde – ‘contratou uma banca de advocacia que atende ou atendeu’ Fabrício Queiroz e Adriano da Nobrega.
“Ele não é investigado, apenas uma testemunha que iria relatar onde pegou e para quem entregou recursos, e recebe esse habeas corpus inusitado de Kássio Marques”, disse Alessandro Vieira, ao informar que a CPI recorreria do despacho do ministro.
A liminar de Kássio Marque considerou que não há correspondência entre os fatos investigados pela CPI e as informações que serviram de base para a convocação de Ivanildo.
O relatório do Coaf indica ainda que, ao todo, a VTClog teria movimentado ‘de forma suspeita’ R$ 117 milhões nos últimos dois anos.
Pré-candidatura
Ao ser questionado pela jornalista Julia Dualibi sobre críticas de parlamentares aliados do Palácio do Planalto em reação ao anuncio de sua pré-candidatura à Presidência da República em 2022, Alessandro Vieira disse que não poderia se preocupar com a opinião de quem defende o governo.
“Tenho que me preocupar mais com o que a sociedade demanda para possíveis candidatos. Existem bandeiras que não estão na mesa daqueles que já estão discutindo isso. Combate à corrupção, programa sério para redução da miséria que hoje ataca fortemente a população. É nesse espaço que eu tento fazer um debate, ainda no início e no começo de conversa. Respeito às opiniões, mas o mais importante é ouvir a população”, disse o senador.