IMPRENSA HOJE

Veja as manchetes e editoriais dos principais jornais (01/06/2023)

MANCHETES DA CAPA

O Globo

Crise política – Câmara aprova MP, após ultimato de Lira ao governo
Centro com vaga na Esplanada só dá 25% dos votos ao governo
No Senado, base e ministro dão apoio ao PL dos Agrotóxicos
Ex-GSI suprimiu avisos da Abin de relatório sobre 8 de janeiro
Henrique Capriles – ‘Se Lula é um democrata, não pode haver nuances’
STF impõe pena de oito anos de prisão a Collor por corrupção
Ofensiva do Google contra PL das Fake News teve 13 milhões de exibições
Baixa procura por vagas segura taxa de desemprego
Prazo para pagar outorga vence, e crise do Galeão segue sem desfecho
Jeff Machado: polícia pede prisão de dois suspeitos pela morte do ator
Influencers serão investigadas por vídeo com crianças negras

O Estado de S. Paulo

Mais da metade dos alunos do 2º ano não está alfabetizada, aponta o MEC
Governo libera emendas e Câmara aprova MP dos Ministérios
STF deve retomar julgamento do marco temporal na próxima semana
Collor é condenado a 8 anos e 10 meses de prisão em regime fechado
Desemprego cai a 8,5% em abril e há 9 milhões sem trabalho
Representante da ONU pede que Brasil incentive carro elétrico
Tatuzão chega à futura Estação Sesc-Pompeia do metrô
Câmara de SP dá primeiro aval à revisão do Plano Diretor
No Sudão, 60 crianças morrem em orfanato

Folha de S. Paulo

Câmara de SP aprova revisão do Plano Diretor em 1º turno
Lira expõe atrito, e Lula tenta conter crise por MP na Esplanada
Marco temporal trará segurança, afirma ruralista
STF fixa pena de Collor em oito anos e dez meses
Atuação diplomática de militares irrita Planalto
Janja diz sofrer misoginia todo dia e que não desistirá
BNDES retoma linha de crédito verde de R$ 30 bi
Venda de veículos novos cai 30% com espera por isenção
‘Tatuzão’ chega à futura estação Sesc Pompeia; Tarcísio anuncia mais seis paradas

Valor Econômico

Falências demoram em média 16 anos no país e devolvem pouco aos credores
Após crise, Câmara aprova MP que reestrutura Executivo
Hospitais passam a investir em faculdades de medicina
Supremo condena Collor a 8 anos e 10 meses de prisão

EDITORIAIS

O Globo

Agressão a jornalistas no Itamaraty exige mais que protesto contra Maduro

Truculência dos seguranças do ditador da Venezuela contou com apoio de profissionais brasileiros

Em qualquer democracia, é inaceitável que jornalistas sejam agredidos em pleno exercício da profissão. Pior ainda quando a agressão é cometida por agentes de um país estrangeiro em território nacional, em parceria com integrantes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Foi o que aconteceu na terça-feira no Palácio Itamaraty, em Brasília, durante entrevista do ditador venezuelano Nicolás Maduro. Entre as vítimas, a repórter Delis Ortiz, da TV Globo, levou um soco no peito.

“É lamentável que, após todos os casos de violência contra repórteres brasileiros que faziam a cobertura em Brasília nos últimos anos, um episódio semelhante se repita”, afirmou o presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Marcelo Rech. “Esperamos que os compromissos públicos de apurar as responsabilidades e evitar que tais agressões jamais ocorram novamente se tornem realidade daqui para a frente.” ANJ, Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) emitiram notas de repúdio contra o episódio.

No último ano do governo Jair Bolsonaro, as agressões físicas a jornalistas cresceram 38%, segundo pesquisa da Abert. Entre janeiro e dezembro de 2022, houve 47 episódios envolvendo 74 repórteres. Os alvos mais frequentes foram profissionais da televisão. Dois jornalistas foram mortos, o mais conhecido deles, Dom Phillips, assassinado na Amazônia. Com a derrota da extrema direita em outubro, muitos acharam que a hostilidade do público e de agentes de segurança contra a imprensa diminuiria. Por isso a surpresa com o comportamento dos seguranças brasileiros.

Dos que cercam o ditador Maduro não se esperava nada distinto. A Venezuela ocupa a 159ª posição entre os 180 países do ranking de liberdade de imprensa da organização Repórteres Sem Fronteira. Depois de assumir o poder em 2013, Maduro adotou postura ainda mais autoritária que Hugo Chávez diante do jornalismo profissional. Um jornalista chegou a ser preso durante entrevista com ele em 2019 no Palácio de Miraflores, sede do governo. Prisões arbitrárias são corriqueiras. Nesse capítulo, a Venezuela não está longe da Rússia de Vladimir Putin.

A promessa do governo brasileiro é “apurar responsabilidades”. Pela gravidade do ocorrido, é pouco. É urgente punição exemplar para os agressores. Não há imagens do momento da agressão, mas há várias testemunhas da truculência dos seguranças, capazes de apontar quem praticou os atos violentos. É preciso haver treinamento de todos os demais para evitar que tais cenas se repitam. Por fim, mas não menos importante, o governo Lula deveria pensar duas vezes antes de voltar a receber ditadores como o venezuelano em solo brasileiro.

O Estado de S. Paulo

Congresso mostra a Lula quem manda

Série de derrotas indica que o governo não entendeu sua condição minoritária e que o presidente ainda vive como se a distribuição das forças políticas fosse a mesma de 20 anos atrás

A surra que o governo de Lula da Silva vem tomando no Congresso, dia sim e outro também, é o corolário mais evidente da recalcitrância do presidente em querer governar o País como se tivesse contado com uma folgada margem de votos para impor uma agenda que não é, definitivamente, a agenda da ampla maioria dos cidadãos brasileiros.

Na noite do dia 30 passado, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei (PL) 490/2007, que define o marco temporal para a demarcação de terras indígenas, por 283 votos a 155. Esse placar é uma retumbante derrota política e moral para o governo. Política porque Lula definiu a proteção dos interesses dos indígenas como uma de suas prioridades, a ponto de criar um Ministério só para cuidar disso; e moral, porque esse mesmo governo não moveu um músculo para articular uma base de apoio a fim de evitar um vexame como esse. E não o fez, é bom enfatizar, porque Lula, como já dissemos nesta página, só se interessa pela proteção ambiental e pela qualidade de vida dos indígenas na exata medida de suas ambições eleitorais.

A votação do PL 490/2007 foi apenas mais um evento de uma semana desastrosa para o Palácio do Planalto no outro lado da Praça dos Três Poderes. Há poucos dias, a Câmara já havia alterado substancialmente a Medida Provisória (MP) 1.154/2023, que reorganiza o primeiro escalão do governo federal. Na mesma noite em que o marco temporal foi aprovado, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), adiou a votação da MP, aumentando dramaticamente o risco de caducidade. O próprio arcabouço fiscal, tido tanto por Lira como pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSB-MG), como um item da “pauta País”, não da “pauta governo”, foi aprovado em termos bem diferentes do que o governo gostaria.

E isso tudo com menos de seis meses de governo – o que obrigou Lula a convocar uma reunião de emergência com seus articuladores políticos para entender o que se passa. Nem precisava: o problema central do governo, ao que tudo indica, é que o presidente escolheu deliberadamente alhear-se da realidade irrefutável de que foi eleito para impedir a continuidade de Jair Bolsonaro na Presidência, e não para implementar a raivosa e inconsequente agenda petista.

Lula age como se tivesse vencido a eleição somente com votos de petistas e que, uma vez na Presidência, todas as forças políticas convergiriam naturalmente para o demiurgo – que ademais se considera injustiçado e que vê neste novo mandato uma espécie de indenização que o País lhe devia pelos 500 e tantos dias na cadeia. Trata-se de um equívoco de múltiplas dimensões, que pode comprometer todo o exercício de seu terceiro mandato presidencial.

O presidente, a quem sempre se atribuíram muitos predicados políticos, mostra espantoso amadorismo ao ignorar que o espectro ideológico majoritário da sociedade brasileira ainda se inclina para uma direita conservadora, como está refletido na composição do Congresso. O eleitorado, por margem muito estreita, repeliu Bolsonaro porque rechaça o extremismo bolsonarista, e não por morrer de amores por Lula.

Ademais, diferentemente do que acontecia duas décadas atrás, no primeiro mandato de Lula, o Congresso dispõe de instrumentos para fazer valer suas vontades muitas vezes à revelia do Executivo. Ou seja, o presidente deve ser ainda mais aberto ao diálogo e à negociação, aceitando o fato de que tem menos poder para ditar a agenda do País e que, por isso, deve se entender com as lideranças desse Congresso em que o governo é gritantemente minoritário.

Em certa medida, democracias funcionais rejeitam os extremos e obrigam os governantes a caminhar para o centro, a despeito da eventual virulência do discurso nas campanhas eleitorais. No Chile, por exemplo, o presidente esquerdista Gabriel Boric foi muito perspicaz ao direcionar seu governo para posições centristas, depois de ter malogrado na tentativa de reescrever a Constituição do país, entre outras ações, levando em consideração apenas os interesses das forças políticas que o conduziram ao poder. Lula é bem mais experiente que Boric, mas talvez tenha o que aprender com o jovem colega chileno.

Folha de S. Paulo

A escolha para o STF

Lula comprometerá credibilidade da alta corte se indicar ministro por lealdade

Embora frequentemente criticado, o sistema de escolha de ministros do Supremo Tribunal Federal —indicação do presidente da República, submetida ao Senado— não compromete necessariamente a independência da corte.

A melhor prova disso é o julgamento do chamado mensalão, em 2012. Embora o STF fosse à época composto majoritariamente por indicados por presidentes petistas, os magistrados condenaram figuras de relevo do partido, como José Dirceu e José Genoino.

Muito dessa atitude tem a ver com o princípio da vitaliciedade que se aplica ao cargo. Uma vez nomeados, ministros do Supremo só costumam deixar o posto por morte, aposentadoria compulsória aos 75 anos ou vontade própria.

Isso significa que já não precisam agradar a ninguém para conservar seus empregos —e estão livres para se manifestar e votar segundo suas convicções.

Não chega a ser surpresa, pois, que presidentes tenham passado a valorizar a lealdade nas indicações para a corte, buscando candidatos que, pela história pessoal que têm com o governante ou por características da personalidade, pareçam menos propensos a contrariar quem os pôs no cargo.

Esse parece ter sido um critério importante para a escolha, por Jair Bolsonaro (PL), de Nunes Marques e André Mendonça. Eles, de fato, têm se mostrado mais alinhados com preferências do ex-mandatário, embora seja impossível determinar se isso ocorre por proximidade de pensamento, que seria uma razão legítima, ou por proximidade pessoal, o que seria uma perversão do sistema.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já deu todos os sinais de que gostaria de aprofundar ainda mais essa tendência pouco republicana com a indicação de seu advogado pessoal, Cristiano Zanin Martins, para a vaga aberta na corte.

A escolha pode servir aos interesses individuais do presidente, mas será péssima para as instituições. No caso de Zanin, há ainda o agravante de que ele atuou em casos da Lava Jato, o que o impediria de julgar essas ações.

O STF, porém, já manobrou para que Zanin, caso seja confirmado, vá para a Primeira Turma, uma vez que os processos da operação se concentram na Segunda.

Indicações desse tipo acabam se voltando contra a credibilidade do Supremo —o mesmo acontece, aliás, quando ministros do tribunal frequentam convescotes promovidos pelo chefe do Executivo.

Igualmente importante, o Senado, que tem a incumbência de sabatinar e votar os nomes apontados pelo presidente da República, deveria fazer valer suas prerrogativas e garantir que tal processo deixe de ser uma mera formalidade.

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