Na visita ao Núcleo de Tecnologias Estratégicas em Saúde, candidata defende apoio à inovação, irrigação, proteção ambiental e geração de empregos (Foto: Divulgação)
A candidata a presidente da coligação Brasil para Todos (MDB, Cidadania, PSDB e Podemos), Simone Tebet (MDB), fez campanha, nesta terça-feira (13), em Campina Grande, no agreste da Paraíba.
Segunda cidade mais populosa do Estado, com aproximadamente 412 mil habitantes, Campina Grande é referência para o Nordeste por qualidades como desenvolvimento industrial, estrutura educacional, centros de capacitação, cultura popular e um polo tecnológico que é referência nacional. Simone usou as virtudes de Campina Grande como exemplo do que ela quer para o Nordeste.
A candidata visitou o Nutes (Núcleo de Tecnologias Estratégicas em Saúde) da UEPB (Universidade Estadual da Paraíba) e, depois, fez uma caminhada bastante animada pelas ruas do bairro Monte Castelo, sempre ao lado de Pedro Cunha Lima, deputado federal e candidato do PSDB ao governo da Paraíba.
Nutes
Coordenado pelo professor Misael Morais, o Nutes é um centro de excelência em inovação, especializado em pesquisa e transferência de tecnologias que depois são incorporadas nos sistemas de saúde, como o SUS: atividades nas áreas de engenharia clínica, validação de softwares embarcados em equipamentos médicos, design e manipulação de imagens médicas.
“Ciência, tecnologia e inovação formam a grande indústria do conhecimento. É o que salvará os empregos tão necessários para a população brasileira. Não pode haver contingenciamento para essas áreas. No nosso governo, nenhum centavo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações será contingenciado. Ele tem que ir para onde mais precisa. É preciso colocar mais dinheiro no Nordeste para que a região possa, por meio de suas potencialidades, gerar riqueza para seus habitantes”, afirmou, depois de conhecer o núcleo e o trabalho pelo Nutes.
Coletiva à imprensa
Na entrevista coletiva à imprensa, Simone também foi perguntada sobre o tema inovação.
“Inovação é o grande problema da indústria brasileira, que entra com 60% do investimento, cabendo ao governo a fatia de 40%. Temos que inverter esta ampulheta porque é isso o que garante competitividade para as indústrias. Não há crescimento sustentável, não há emprego de qualidade sem uma indústria forte. A indústria brasileira não consegue competir com os produtos internacionais porque ela desembolsa grande parte em inovação. Por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, faremos parcerias com universidades e entidades privadas para apoiar as indústrias. É assim que vamos gerar emprego e renda para a população brasileira”, disse.
Sobre o potencial do Nordeste, para além do setor turístico, a candidata defendeu ‘um olhar especial para regiões mais pobres’.
“É importante entender que o interior do Brasil tem muito a oferecer ao Brasil. O Nordeste tem grandes potencialidades. Precisamos é de vontade política, de ajuda do governo federal, para poder fazer com que essas potencialidades regionais, pois cada estado tem a sua particularidade, possam frutificar sob a forma de emprego e renda para a população do Nordeste brasileiro. Eu também sou do interior do Brasil. É preciso, com equidade, distribuir o dinheiro federal. O que não pode é uma região tão rica quanto o Nordeste ter os piores índices de desenvolvimento humano. Isso é falta de vontade política. Aqui nós temos condições de gerar energia solar e eólica. O parque tecnológico aqui de Campina Grande que pode ser referência. Nós temos o turismo, não só o turismo do litoral, nós temos o turismo religioso, temos a festa de são João, que é uma referência mundial. Então é isso: um olhar especial para as regiões mais pobres”, defendeu
Perguntada a respeito do problema da estiagem como entrave para o desenvolvimento pleno do Nordeste, Simone defendeu a irrigação para alavancar a agricultura familiar.
“É preciso concluir a transposição do rio São Francisco, com todos os cuidados ambientais. Economia verde é fundamental. Temos de apostar na irrigação, principalmente para as iniciativas de agricultura familiar. Construir cisternas. Meu pai, como ministro da Integração Nacional, investiu muito em cisternas aqui no Nordeste e eu acompanho isso há algum tempo. Água não pode faltar”, disse.
Simone também respondeu pergunta sobre a Amazônia.
“É preciso entender também que se não preservarmos a Amazônia nós não vamos ter chuva. Não existirá transposição de rio e irrigação que vá dar conta do recado. A Amazônia precisa de proteção e desmatamento ilegal zero, sem se desfazer de quem mora lá. É possível integrar lavoura, pecuária e floresta em pé. É possível garantir sustentabilidade e emprego por meio de ações como pecuária intensiva e não extensiva e extrativismo. Esse bioma é fundamental por garantir umidade para o Brasil todo”, disse. (Assessoria de imprensa da candidatura)