Cidadania pede, ainda, que a família da vítima seja protegida e que a comunidade internacional acompanhe a investigação, diante da suspeita de que a milícia tenha relação com o crime brutal
O Igualdade 23, setorial do partido Cidadania, cobra das autoridades do Rio de Janeiro a célere investigação e a prisão preventiva, para evitar que continuem a oferecer risco à sociedade, do gerente do quiosque na Barra da Tijuca, que ao lado de uma verdadeira gangue de amigos covardes, assassinou brutalmente o congolês Moïse Kabamgabe.
Além do ódio racial e da xenofobia como qualificadores do homicídio doloso, os seis espancaram e torturaram Moïse por longos 15 minutos, nos quais foi amarrado e asfixiado, segundo a família. Tudo para evitar que a vítima cobrasse o pagamento legítimo por dias trabalhados no quiosque de um de seus agressores.
A barbárie incluiu o uso de madeiras e taco de beisebol. Motivo torpe, meio cruel, impossibilidade de defesa. É preciso tirar essa gangue de assassinos de circulação imediatamente. Sujeitos capazes de tais práticas depravadas são potencialmente perigosos para o conjunto dos cariocas, mormente para a população negra e para os imigrantes que residem na capital fluminense.
Diante das suspeitas de envolvimento da milícia no crime, seja pelo fato de os criminosos integrarem esses grupos paramilitares, seja por sua ligação com o comércio à beira-mar na Barra da Tijuca, o Igualdade 23 pede, ainda, proteção à família de Kabamgabe e especial atenção da comunidade internacional, principalmente dos organismos ligados à ONU e aos direitos humanos, ao trabalho de investigação.
Coordenação Igualdade 23
Roberto Freire
Presidente Nacional do Cidadania