Igualdade 23 apoia a causa do ativista Mamadou Ba

Em nota pública (veja abaixo), a Coordenação Nacional do Coletivo Igualdade 23, do Cidadania, manifesta apoio à causa do ativista de direitos humanos luso senegalês, Mamadou Ba, acusado de difamação e calúnia por Mário Machado, ex-dirigente de uma organização neonazista e supremacista branca de Portugal.

NOTA PÚBLICA

A Coordenação Nacional do Coletivo Igualdade 23, do Cidadania, apoia publicamente a causa do ativista de direitos humanos luso senegalês Mamadou Ba.

Em uma jornada presencial no Rio de Janeiro em que priorizou contatos com militantes do Movimento Social Negro residentes nesse estado, Mamadou Ba explanou sobre o teor do processo movido contra ele por Mário Machado, conhecido como seguidor de ideias de supremacia branca.

De acordo com entrevista que concedeu a imprensa brasileira, Mamadou Ba considera que a perseguição contra ele em Portugal é reflexo da organização da extrema-direita, que constitui a terceira maior força no parlamento do país.

Mamadou Ba acredita que há também um movimento de retaliação por parte de policiais racistas e neonazistas. O trabalho do ativista, como intelectual e militante, foi denunciar as células desse grupo e a violência racista da polícia portuguesa contra os jovens negros, em especial os moradores de periferia.

O objetivo de Mamadou Ba é demonstrar em Portugal o quanto sensibilizou e quanta solidariedade obteve no Brasil para o seu pleito.

Por todas essas razões, o Igualdade 23 manifesta-se para fortalecer a corrente que vem sendo construída em prol de Mamadou Ba e espera que ele tenha sucesso no julgamento que está por acontecer em terras portuguesas.

Coordenação Nacional
Igualdade 23 – Cidadania”

Em nota, Igualdade 23 repudia ataques racistas contra Seu Jorge

Para a coordenação do coletivo, não há justificativa para as agressões ao cantor

A Coordenação do Coletivo Igualdade 23 do Cidadania divulgou nota pública (veja abaixo), nesta quarta-feira (19), na qual repudia ‘os ataques racistas contra o cantor Seu Jorge, em Porto Alegre (RS), ocorridos na última sexta-feira (14), durante um show do artista em clube da cidade.

“Ainda que fique provado, o que Seu Jorge nega, que a violência tenha sido desencadeada após manifestações político-partidárias, não há justificativa para os ataques”, diz trecho do texto.

A nota também chama atenção para o fato de o País já ter arcabouço jurídico para punir casos de racismo, e para que esse caso ‘sirva de incentivo ao combate ao racismo e violências correlatas, ocorram com qualquer pessoa e em qualquer lugar do Brasil’.

“O racismo à brasileira é persistente e desconhece reputações, condição social ou carismas

Os ataques racistas contra o cantor Seu Jorge em Porto Alegre ocorridos na última sexta-feira, 14, demonstram o quanto essa chaga social é persistente e incomodamente diversificada no país, ou seja, atinge pessoas de diversas classes socias, gente simples, de classe média e até personalidades de reconhecida reputação e carisma social como o caso do artista, cantor e ator, amado por muitos públicos.

Ainda que fique provado, o que Seu Jorge nega, que a violência tenha sido desencadeada após manifestações político-partidárias, não há justificativa para os ataques. Sabidamente, é bastante usual que ícones das artes se manifestem publicamente sobre suas preferências ideológicas, sem que isso legitime virulência por parte do público onde quer que seja.

Até aqui é animadora a reação da direção do Grêmio Náutico União, palco do triste episódio, que prometeu tomar todas as providências cabíveis para que o assunto não fique na impunidade nas estatísticas.

Apesar disso, gera suspeita a informação de que os administradores do local apagaram todas as fotos e vídeos que envolviam a apresentação do cantor.

Entra em cena a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, instituição a quem cabe as investigações via inquérito para apurar as denúncias de racismo contra Seu Jorge.

O que vem sendo veiculado é que parte do público ofendeu o cantor o comparando a um “macaco”, insulto acompanhado de imitações corporações, segundo testemunhas do ocorrido.

É instigante a propósito desse fato recordar que a primeira lei contra a discriminação racial brasileira, a Afonso Arinos, teve a tramitação e aprovação impulsionada pelo caso de racismo contra uma bailarina negra. Katherine Dunham, afro-americana, impedida de se hospedar em um hotel em São Paulo devido à sua cor de pele, em 1951.

Não esperamos que o desrespeito a essa estrela das artes, nesse caso um brasileiro, Seu Jorge, se traduza em nova legislação. Já temos suficiente arcabouço para punir casos assim. Clamamos que o imbróglio sirva de incentivo ao combate ao racismo e violências correlatas, ocorram com qualquer pessoa e em qualquer lugar do Brasil.

Coordenação do Coletivo Igualdade 23 do Cidadania

Igualdade de Minas Gerais luta pela defesa de vítima de racismo e homofobia

O Igualdade 23 de Minas Gerais lamenta o ocorrido com Graziele Campos, vítima de racismo e homofobia em suas redes sociais. O coordenador do núcleo no estado, Kennedy Vasconcelos, ao tomar conhecimento do caso, procurou ajudá-la para garantir proteção e justiça.

“Diante do que ela passou, com críticas referente à sua cor, e na tentativa de desqualificá-la como ser humano, como mulher, fizemos uma grande mobilização, envolvendo as mídias locais e do estado, e buscamos apoio jurídico e acompanhamento na delegacia”, conta Kennedy.

Segundo o coordenador, a ação também uniu movimentos de igualdade, mulheres e direitos humanos.

“Estamos cobrando a delegacia especializada em crimes cibernéticos e a delegacia da mulher para dar celeridade à apuração do caso e condenar o agressor. Ninguém cala uma voz preta.”

Movimento Negro Partidário apoia ação do Educafro contra Avel e XP por discriminação

Em nota divulgada nesta quarta-feira (25), o Movimento Negro Partidário (MNP), que congrega setoriais de igualdade de diversos partidos, entre eles o Cidadania, manifestou apoio à decisão da Educafro de acionar judicialmente as corretoras Avel e XP Investimentos por “flagrante atitude discriminatória” na contratação de colaboradores e funcionários.

As instituições se viram em meio a uma série de críticas após uma foto da equipe composta inteiramente de homens brancos viralizar nas redes sociais. Para o MNP, com a ação, o Judiciário poderá finalmente se posicionar sobre a não observância da diversidade nas contratações públicas e privadas.

O coletivo também reitera apoio ao Projeto de Lei  5875/2019, de autoria da deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC), que estabelece mecanismos de combate ao racismo estrutural.

Clique abaixo para a íntegra da nota: