Lamento em meu nome e do Cidadania a morte do grande poeta brasileiro Thiago de Mello, a quem conheci e com quem convivi desde nosso encontro na casa do amigo em comum, Marcelo Cerqueira, dia em que vi nascer o poema “Clara”, em homenagem à filha do anfitrião.
Thiago havia recém retornado do exílio, imposto por uma ditadura que abominava a luz e a inteligência, como o fazem os hoje saudosistas do arbítrio. O poeta nos deixa aos 95 anos, mas sua obra permanecerá imortal.
Faz escuro nesse Brasil dos estertores do bolsonarismo, não tanto quanto na época em que essas linhas foram escritas, mas todos precisamos cantar. Cantar a vida e a liberdade, que será, em breve, suprimida do pântano enganoso das bocas.
Que possamos como nos Estatutos do Homem, estabelecer o reinado permanente da justiça e da claridade e abrir as janelas da democracia para o verde onde cresce a esperança. Todas as homenagens a esse ilustre amazonense e grande nome da cultura nacional. E nossos sentimentos aos familiares.
Roberto Freire
Presidente Nacional do Cidadania