As boas práticas de enfrentamento ao problema são o tema deste ano da Campanha Mundial dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres (Foto: Reprodução/TV Senado)
Em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado, nesta segunda-feira (6), sobre as boas práticas no combate à violência contra a mulher, a senadora Leila Barros (Cidadania-DF) destacou que as essas iniciativas precisam ser divulgadas para incentivar novas experiências.
“As boas práticas têm que ser comunicadas o mais amplamente possível, para serem imitadas, no melhor sentido da palavra, e servirem de estímulo à inovação. E onde estão as boas práticas? Elas estão onde estão nosso coração, nossa empatia e nossa capacidade de pensar no serviço que prestamos uns aos outros em sociedade”, disse Leila Barros, que sugeriu e presidiu a audiência.
As boas práticas de enfrentamento ao problema são o tema deste ano da Campanha Mundial dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres. O início da campanha foi marcado por sessão solene do Congresso, em 25 de novembro.
O debate contou com a presença de Ilana Trombka, diretora-geral do Senado. Ela destacou o programa desenvolvido pela Casa, que prevê uma cota de 2% para a contratação, nos contratos de terceirização, de mulheres vítimas de violência familiar.
Segundo Ilana Trombka, 34 das 60 vagas disponíveis no Senado para a contratação de mulheres vítimas de violência estão preenchidas. Para a diretora-geral, a contratação de novas profissionais pode ser acelerada com programas de capacitação.
“Não conseguimos ainda contratar mulheres eletricistas, marceneiras, técnicas em ar condicionado ou em audiovisual. Isso mostra uma questão bastante cultural: as mulheres são normalmente direcionadas a um tipo de área. Por isso temos menos mulheres engenheiras: porque temos menos mulheres estimuladas a entrar nessas áreas”, avaliou.
Capacitação de profissionais
A major Renata Braz das Neves Cardoso é coordenadora-geral de Articulação Nacional de Combate à Violência contra as Mulheres do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Na audiência, ela destacou a necessidade de campanhas de capacitação para os profissionais de segurança pública que atuam no atendimento de mulheres vítimas de violência.
“São necessárias ações nas instituições, principalmente naquelas que são as primeiras a receber as mulheres vítimas de violência. Desenvolvemos a Operação Maria da Penha, para sensibilizar o atendimento do serviço 190 e para que mulheres em situação emergencial de emergência recebam essa primazia no atendimento”. (Com informações da Agência Senado)