Para Eliziane Gama, proposta da Câmara que já era ruim ‘prejudicava o Nordeste e encarecia a energia’; ‘inconstitucional na forma e imoral no conteúdo’, diz Alessandro Vieira (Foto Marcos Oliveira/Agência Senado)
A bancada do Cidadania no Senado se posicionou, nesta quinta-feira (17), contra a aprovação da Medida Provisória da privatização da Eletrobras (MP 1.031/2021), que está a menos de uma semana de perder a validade e enfrenta resistências da maioria dos parlamentares. O relatório da MP apresentado pelo senador Marcos Rogério (DEM-RO), já com três versões, só foi conhecido pelos senadores no final da tarde desta quarta-feira (16).
“É profundamente lamentável. Estamos tratando de forma superficial um assunto complexo, com impactos relevantes na vida das pessoas e na economia brasileira. É tratoraço mesmo”, afirmou o líder do partido na Casa, Alessandro Vieira (SE).
“Inconstitucional na forma e imoral no conteúdo. Escândalo é pouco”, completou parlamentar, com base em definição da senadora Simone Tebet (MDB-MS) sobre a proposta.
Para a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), o relator da MP ‘teve o dom de multiplicar os jabutis’, temas alheios à proposta original.
“O texto da Câmara que já era ruim, que prejudicava o Nordeste e encarecia a energia, ficou ainda pior. O relator reforça a obrigação de contratação de energias sujas. Não há como votar favorável ao projeto”, postou a parlamentar na rede social.
Em linhas gerais, o relatório da MP ‘exige que empregados demitidos da estatal sejam realocados em outras estatais, prorroga subsídios para a geração de energia térmica a carvão, garante uma indenização milionária ao Piauí pela venda de sua distribuidora e acelera a migração dos consumidores para o mercado de livre de energia’.