Para Eliziane Gama, decisão é ‘grave’, ‘apequena’ o Exército e desrespeita as normas militares; Alessandro Vieira diz que sob o governo Bolsonaro há ‘politização das Forças Armadas e das polícias’ (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)
Os senadores Eliziane Gama (Cidadania-MA) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) criticaram a decisão do comando do Exército, anunciada nesta quinta-feira (03), de não punir o ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, em procedimento interno da Força para apurar se ele cometeu transgressão militar pela participação em ato político de apoio ao presidente Jair Bolsonaro em maio, no Rio de Janeiro.
“Politização das FA [Forças Armadas] e das polícias, negacionismo homicida, boçalidade e mentira como método de governo, pandemia descontrolada e fome. Os problemas do Brasil seguem aumentando, mas vamos manter o foco: SALVAR VIDAS e evitar que o desastre se repita. E ele tem nome: Jair Bolsonaro”, escreveu Alessandro Vieira, líder do partido no Senado, em seu perfil no Twitter.
Para Eliziane Gama, a decisão é ‘grave’, ‘apequena’ o Exército e desrespeita as normas militares.
“Ao não punir Pazuello, o Exército se apequena e ,mais, afronta a Constituição ao permitir a partidarização de um militar da ativa, algo vedado pela nossa Lei Maior. É um desrespeito. Forças Armadas devem defender o País e não governos”, postou a senadora em rede social.
O procedimento interno do Exército apurava a participação de Pazuello no ato de apoio a Bolsonaro no dia 23 de maio. Sem máscara, o general participou de um passeio de moto em apoio ao presidente. Ele subiu com Bolsonaro no carro de som usado como palanque e falou ao microfone, saudando os apoiadores.