Cidadania no Senado ‘fica mais forte’ com o ‘reforço extraordinário’ da parlamentar do Distrito Federal, dizem os senadores
Continue readingSenadora Leila Barros anuncia filiação ao Cidadania
Parlamentar se elegeu para representar o Distrito Federal em 2018, com mais de 467 mil votos (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)
Em comunicado à imprensa (veja abaixo), a senadora Leila Barros (DF) anunciou que vai se filiar ao Cidadania nos próximos dias. Ela formalizou nesta quarta-feira (04) a desfiliação do PSB, partido pelo qual se elegeu em 2018 para o Senado com mais de 467 mil votos.
“A nova legenda permitirá à senadora Leila desempenhar uma atividade mais eficaz e organizada no Senado Federal ao lado dos senadores Eliziane Gama e Alessandro Vieira”, diz trecho do texto.
“Comunicado à imprensa
A senadora Leila Barros formalizou, nesta quarta-feira (4), sua desfiliação do PSB. Embora reconheça a história e postura da sigla pela qual se elegeu em 2018, a parlamentar do Distrito Federal seguirá sua vida política no Cidadania.
A nova legenda permitirá à senadora Leila desempenhar uma atividade mais eficaz e organizada no Senado Federal ao lado dos senadores Eliziane Gama e Alessandro Vieira. A parlamentar manterá sua coerência, independência e postura de intransigente defesa dos interesses dos brasilienses e do povo brasileiro por justiça social, direitos humanos e de luta pela democracia, pelas liberdades, pela soberania nacional, pela urgente superação da pandemia e de suas consequências.
Leila agradece a acolhida dada pelo PSB, tanto a nível nacional quanto distrital, e ressalta que mal-entendidos e possíveis mágoas diante da sua decisão não a impedirão de continuar ao lado dos colegas da legenda nas lutas comuns. Os interesses e as aspirações do povo brasileiro e dos brasilienses devem sempre vir em primeiro lugar.
Assessoria de comunicação da senadora Leila Barros“
Sociólogo e cientista político, Bolívar Lamounier se filia ao Cidadania de São Paulo
O Cidadania ganhou nesta terça-feira (8) o reforço do sociólogo e cientista político Bolívar Lamounier. No ato de filiação do intelectual e político, em reunião virtual, ele destacou a “harmonia de pensamento” que sempre houve entre ele e o partido. E disse que foi levado a se filiar por uma “vontade pessoal de fazer e ajudar” em “um partido da liberdade, da democracia, do progresso e do bem-estrar, sem fanatismos e radicalismos, que está lutando contra os extremismos idiotas”.
Lamounier propôs uma atuação em duas frentes: “resistir no varejo”, coibindo ameaças democráticas em curso por parte do governo Bolsonaro, e “projetar no atacado”, pensando um projeto para o Brasil e uma reforma estrutural que livre o país do patrimonialismo.
“Sinto que o país está sendo levado por um caminho muito perigoso e preocupante. Vejo pessoas com 30 a 40 anos com medo de falar e agir. O clima está mudando para muito pior. Acho que temos de estar atentos e fortes, sem ter medo da morte. Temos de estar na trincheira e impedir que a democracia seja conspurcada e que essas ameaças diárias prosperem. Impedir o andamento dessa aventura cujo caráter nós conhecemos”, argumentou.
Na avaliação do sociólogo, a terrível conjuntura brasileira em meio a uma pandemia está levando muita gente a “se ocultar e procurar refúgio em algum lugar”. Para ele, o Cidadania pode ajudar a buscar as melhores cabeças nos partidos e na academia para voltar a pensar um projeto de país.
“Paramos de pensar no atacado. Somos um país pobre, profundamente miserável, grotescamente desprovido de Educação. O atacado é uma grande reforma estrutural. O Brasil ainda é um país patrimonialista, até mais do que no passado. Não podemos, por estarmos ameaçados por um governo desorientado e desnorteado, esquecer o atacado, a renovação, a reforma estrutural que significa acabar com a apropriação do público pelo privado, do Estado por alguns”, defendeu.
Para o presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, a chegada de Bolívar Lamounier vai ajudar o partido em seu processo de “aggiornamento” e será fundamental na construção de políticas públicas para superação dos problemas históricos do país e sua inserção na “realidade futura contemporânea”. “Não somos o Flamengo, mas nos colocamos em outro patamar”, brincou.
Na avaliação do presidente do diretório estadual do Cidadania em São Paulo, deputado federal Arnaldo Jardim, a filiação não é um evento paulista, mas de repercussão nacional pela história e pelo perfil formulador de Lamounier. “Somos entusiastas dos construtores de consenso, não dos gladiadores. Mais que um polo de oposição, um polo de formulação de políticas. Acolhemos com entusiasmo”, disse.
O vice-presidente nacional do partido, deputado federal Rubens Bueno (PR), destacou a “bela história” do sociólogo e seus escritos sobre administração pública de qualidade. E o líder na Câmara, deputado Alex Manente (SP), pontuou que é “fundamental termos quadros com esse nível e essa envergadura intelectual que podem colaborar conosco” e “construir projetos eficientes para o país”.