A Secretaria Estadual de Mulheres M23 de Santa Catarina promoveu, neste domingo (8), encontro e atos em quatro cidades do estado em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Em Navegantes e Tubarão houve um café da tarde com palestra e confraternização, assim como a apresentação das pré candidatas.
Em Itajaí e Florianópolis a M23 foi até a praça mais movimentada dos respectivos municípios e fizeram panfletagem parabenizando pelo dia e convidando as mulheres a conhecerem o Cidadania. Em municípios como Macieira, Blumenau e Balneário Camboriú os eventos ocorrerão dentro do mês de março.
Os atos foram coordenados e fomentados pela Secretaria Estadual que forneceu o material, assim como mobilizou e incentivou as mulheres e os dirigentes municipais a promoveram atos e encontros.
Para uma das secretárias estaduais, Talien Stofelli Assis, que esteve a frente da mobilização “é imprescindível mobilizações como essas para reforçarmos a importância do papel social das Mulheres. Temos sim que comemorar as conquistas até aqui, mas é preciso reforçar que a nossa luta por igualdade é constante”. (Com informações da Secretaria Estadual de Mulheres M23-SC)
A FAP (Fundação Astrojildo Pereira), vinculada ao Cidadania, lança nesta sexta-feira (17), em Manaus, o livro “Encontro de Sonhos – História do PCB ao PPS no Amazonas”, de José Maria Gomes Monteiro.
O lançamento será realizado às 19h, na Galeria do Largo São Sebastião, 290, em Manaus.
O documento apresentado pela Secretaria Nacional de Mulheres e referendado em encontro propõe, dentre outros pontos, a criação desses órgãos nos municípios e estados com objetivo de combater a violência.
O objetivo do encontro, em Brasília, é fortalecer a atuação da secretarias estaduais, debater estratégias para atrair novas filiadas e formar quadros para disputar as eleições municipais do próximo ano.
A Secretaria Nacional de Mulheres do Cidadania realizará nesta sexta-feira (20) e sábado (21), em Brasília, o I Encontro de Secretárias Estaduais M23 (veja abaixo a programação), no Hotel San Marco. O objetivo é fortalecer as secretarias estaduais do núcleo para o novo momento político do Cidadania, debater estratégias para atrair novas filiadas e discutir os preparativos para a participação das mulheres do partido nas eleições municipais do próximo ano.
Segundo a secretária e dirigente do partido, Raquel Dias, o encontro faz parte de uma programação pré-estabelecida voltada para o planejamento estratégico das secretarias do M23 em todo o País.
“O encontro integra uma estratégia de fortalecimento dos agrupamentos das secretarias estaduais no sentido de preparar essas dirigentes para atrair novas filiadas. O objetivo é promover o encontro presencial entre as bases do M23 para elas se conhecerem, se comprometerem com o partido, trocarem experiências e dúvidas, e também entenderem esse novo momento político por qual passamos. É um momento de organização, estruturação e fortalecimento”, disse a coordenadora.
Debates
Raquel Dias adiantou que os debates do encontro serão dos mais variados possíveis, com a discussão de temas como a organização política e a legislação eleitoral.
“Os debates vão desde a apresentação dos organismos das Secretarias como ferramentas de organização política, passando pela legislação eleitoral vigente e indo até a gestão de boas práticas internas. Falaremos sobre a formação pré-eleitoral para essas secretárias. Será um momento bastante rico no qual as mulheres do M23 serão preparadas, não só para multiplicar o que for debatido em seus municípios, como também fazer a utilização do conhecimento adquirido para ajudar no fomento de novas candidaturas femininas, e auxiliar as direções locais na formação das chapas para 2020”, destacou.
Eleições
A dirigente falou ainda ao Portal de Notícias do Cidadania sobre os preparativos do M23 para a disputa eleitoral das mulheres do partido. Ela afirmou que a Secretaria Nacional de Mulheres tem realizado pesquisas internas de disputas anteriores para traçar um plano de ação realista, com o intuito de eleger o maior número possível de candidatas femininas.
“Temos sequenciado uma série de planejamentos estratégicos. Passa por pesquisas realizadas por nós que falam sobre os últimos momentos eleitorais das mulheres no PPS, agora Cidadania. Além disso, uma profunda avaliação para a implementação do fundo especial de campanha e dos 30% do recorte do fundo [partidário] voltado para as mulheres. Além disso, estamos preparando as nossas Secretarias para implementar a campanha de filiação que estaremos lançando, ainda nesse ano, para atrair quadros competitivos e garantir qualidade na recepção dessas novas pessoas”, afirmou.
PROGRAMAÇÃO
I Encontro de Secretárias Estaduais M23
De 20 e 21 de setembro de 2019
Local: Hotel San Marco -Brasília/DF
Dia 20/09
9h
Credenciamento
9h15
Formação da Mesa de Abertura
As cinco secretárias e as representantes do Igualdade, do Diversidade e Juventude para a saudação inicial
9h40
1. M23 uma história de luta e ação
Tereza Vitale
2. As Secretarias M23 como espaço de poder
Raquel Dias
Debate
10h15
Apresentação do balanço de cada M23 estadual
Elissa Felipe – Balanço dos dados gerais
Secretárias Estaduais – Apresentação de balanço
13h
Almoço
14h30
1. A comunicação como ferramenta de estratégias de organização
Juliet Matos
Lairson Geisel
Debate
2. Comunicação externa e mobilização
Juliet Matos
Lairson Geisel
Debate
15h30
Intervalo para café
15h45
Boas práticas de gestão interna
Francisco Almeida
Debate
17h – Legislação Eleitoral, direitos e deveres específicos das mulheres nas campanhas
No encerramento do 1º Encontro de Mulheres Jovens do Cidadania neste domingo (30), em Brasília, o núcleo de Mulheres M23 celebrou um acordo de cooperação (veja aqui) com o coletivo de juventude J23 por dois anos. O termo foi assinado pelas dirigentes Juliet Matos, secretária nacional do M23 e Indaiá Pacheco, da J23.
Raquel Dias (esq.), secretária do M23
Segundo Raquel Dias, organizadora do evento, integrante do M23 e do Igualdade 23, o acordo faz parte da estratégia de ação da Secretaria Nacional de Mulheres para o empoderamento feminino.
A dirigente disse que o desafio do acordo é dar voz às mulheres por meio de candidaturas femininas na eleição municipal de 2020, e fazer com que as participantes do encontro conquistem mais mulheres para a luta contra o preconceito e a consolidação de direitos.
“Queremos fazer valer o acordo para que de fato ele saia do papel e nos ajude a reforçar enquanto grupo social”, disse Raquel, ao agradecer a presença de representantes de mulheres jovens do partido de 15 estados no encontro.
Experiência Parlamentar
Integrantes do M23 durante o encontro
A deputada estadual do partido em Sergipe, Kitty Lima, e as vereadoras Jéssica Serra (Terra Roxa-PR) e Loreny Caetano Roberto (Taubaté-SP) falaram no encontro de suas experiências na política da atividade parlamentar. Elas relataram as participantes do encontro, em uma roda de conversar, suas experiências com a campanha eleitoral e as dificuldades partidárias e legais para o exercício do mandato: preconceito, discriminação e machismo.
A secretária do M23, Tereza Vitale, disse que o núcleo está atento a questão do machismo nas instâncias partidárias e que o combate a essa prática dever ser enfrentadas por todas as mulheres do partido. “Nossa luta [contra o machismo] se dá no coletivo: uma fortalecerá a outra”, afirmou.
Redes e fake news
A última roda de conversa do evento foi sobre redes sociais e fake news, com o coordenador de Comunicação do Cidadania, Lairson Giesel, e a secretária do M23, Juliet Matos.
Encontro foi encerrado neste domingo
Lairson abordou as mídias sociais e deu exemplos de como usá-las de forma responsável. Ele também defendeu que a tecnologia deve ser utilizada como ferramenta para combater a desinformação nas redes sociais.
A fake news sobre os fatos de grande repercussão foi um dos temas abordados por Juliet. A dirigente chamou atenção para necessidade que se tem de prestar atenção aos grupos que propagam notícias falsas. Para ela, é preciso cada vez mais criar redes para denunciar fake news.
Poesia
O encontro foi encerrado pelo Slam – DéF com a apresentação de poesias de temática feminina. No sábado (29), o grupo também se exibiu em um “batalha de poesias” entre as integrantes.
A exploração sexual de crianças e adolescentes e a saúde da mulher foram temas de relatos e debates neste domingo (30) no segundo dia do 1º Encontro de Mulheres Jovens Cidadania, em Brasília (veja aqui). Os assuntos foram abordados pelo ex-deputado federal Arnaldo Jordy (Cidadania-PA) e pela especialista em saúde coletiva, Jane Neves, militante do partido.
Relator da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes) da Assembleia do Pará e presidente da CPI do Tráfico de Pessoas no Brasil da Câmara dos Deputados, Jordy abordou a questão legal no País para coibir e também prevenir esse tipo de crime.
Arnaldo Jordy
Ele falou sobre o atraso do Brasil na questão da legislação, das dificuldades da denúncia de quem abusa sexualmente de crianças e adolescentes, da “cultura de desvalorização das vítimas” e dos avanços conquistados com o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
Segundo Jordy, durante a CPI da Exploração Sexual de Criança e Adolescentes, encerrada em 2009, o número de notificações na época era de 600 mil casos, mas ele acredita em sub-notificações desse tipo de crime no País.
“O ECA melhorou a tipificação penal [deste tipo de abuso], mas a impunidade ainda é grande”, afirmou, ao destacar a importância dos Conselhos Tutelares para combater o crime.
Para avançar na luta contra o abuso sexual de crianças e adolescentes no País, Jordy considerou ser preciso “quebrar o ciclo da impunidade”, estruturar o Estado para o enfrentamento dessa violência e a prevenção.
“É necessário dar consciência à sociedade da complexidade do problema para que ele deixe de ser tabu”, disse ao sugerir que a questão da orientação sexual seja tratada nas escolas de forma equilibrada, sem excessos e de forma não erotizada.
Saúde da mulher
Jane Neves
“A mulher tem direito da viver livre de morte evitável [como a violência, o aborto, o tratamento degradante e a negligência médica]”, disse Jane Neves, ao reforçar que o acesso à saúde é um direito das mulheres brasileiras garantido na Constituição.
A especialista destacou a importância do pacto de direitos econômicos e sociais das mulheres presentes na Carta de Otawa e a criação do SUS (Sistema Único de Saúde).
“O SUS é nosso e defendido pela sociedade civil”, ressaltou Jane, ao lembrar do sanitarista Sérgio Arouca, que foi filiado ao PCB (Partido Comunista Brasileiro) – sucessor do PPS e hoje Cidadania -, na construção do SUS, que mudou a forma do tratamento na saúde pública.
Para ela, a rede de atenção primária na saúde pública brasileira é fundamental “para que nenhuma mulher morra porque engravidou”.
Jane também falou as participantes do protagonismo e conscientização das mulheres, da questão do feminismo, da transição tecnológica e do envelhecimento da população.
O 1º Encontro de Mulheres Jovens do Cidadania foi aberto neste sábado (29), em Brasília, com a participação de representantes femininas do partido de 15 estados. Promovido pelo núcleo de Mulheres do partido M23, o evento dá sequência a estratégia de formação política das militantes para o empoderamento feminino na luta contra à violência e à discriminação no Brasil.
A mesa de abertura do encontro contou com a participação do presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire; da deputada estadual do partido em Sergipe, Kitty Lima; das vereadoras Jéssica Serra (Terra Roxa-PR), presidente da Câmara Municipal; Loreny Caetano Roberto (Taubaté-SP), 2ª vice-presidente da Câmara; Juliet Matos, Secretária Nacional do M23; e de Indaiá Pacheco, do núcleo de Mulheres e da Juventude 23.
Ao fazer a saudação , Raquel Dias (Igualdade 23 e M23), uma das organizadoras do encontro, falou sobre a “política inclusiva” da Secretaria de Mulheres de dividir recursos do núcleo com as “facetas femininas” dos demais agrupamentos do partido, como o Juventude 23, Igualdade 23 e Diversidade 23.
Encontro de Mulheres Jovens em Brasília
“As mulheres do Igualdade estiveram aqui na semana passada [no 1º Encontro de Mulheres Negras], as mulheres da J23 estão presentes nesta mesa”, reforçou.
Segundo ela, a estratégia da Secretaria de Mulheres é transformar sua “plataforma geral em plataforma inclusiva”.
“[É ]ouvir as especifidades das mulheres e permitir que as políticas públicas defendidas por nós, mulheres do Cidadania, sejam de inclusão de todas faces e desafios do que é ser mulher nesse País”, disse, ao explicar que ao final do encontro será celebrado um acordo de cooperação entre J23 e M23.
Roberto Freire lembrou que a vitória e conquista de qualquer movimento só acontecem quando ganham a sociedade. “Enquanto ele ficar só entre nós, ele se perde”, provocou, lembrando que o partido (PPS-PCB) foi o primeiro a discutir o aborto.
Mulheres do Parlamento
Deputada estadual Kitty Lima
A secretária nacional do M23, Tereza Vitale, destacou a importância da presença das mulheres no Parlamento. Ela disse que o encontro dá continuidade a formação política do grupo feminino do partido para a conquista de direitos e busca de espaços na política para o empoderamento das mulheres.
Após a abertura, as mulheres participaram de dinâmica de grupo e assistiram ao vídeo “Agradeça a uma feminista”. A programação do dia foi encerrada pelo grupo Slam – DéF, de Brasília, com uma “batalha de poesias”. O Slam – DéF também se apresentou no início dos trabalhos com poesias de temática feminina.
Participam do encontro representantes do Cidadania do Pará, Paraná, Amazonas, Espírito Santo, Maranhão, São Paulo, Sergipe, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e Distrito Federal.
Saúde e redes sociais
O 1º Encontro de Mulheres Jovens prossegue neste domingo (29) com relato do ex-deputado federal Arnaldo Jordy (Cidadania-PA) sobre os resultados da CPI do Tráfico de Pessoas no Brasil, roda de conversa sobre a saúde da mulher e o uso das mídias sociais com responsabilidade.
Livro de pré-candidatos do Cidadania-ES será aberto neste sábado (29) em evento na Câmara de Vitória
O Diretório Estadual do Cidadania do Espírito Santo realizará, neste sábado (29), às 9 horas, na Câmara Municipal de Vitória, o primeiro encontro estadual de 2019. O evento tratará, dentre outros assuntos, da abertura do livro de pré-candidaturas para as eleições municipais do ano que vem.
O encontro também tem como objetivo analisar o cenário político, tanto local quanto nacional, e discutir a importância do processo eleitoral do próximo ano. Segundo o presidente da legenda no estado, Fabrício Gandini, a discussão é pertinente já que o próximo pleito será diferente dos anteriores devido a aprovação da PEC 33/2017, que proíbe a realização de coligações partidárias em eleições para deputados e vereadores a partir do próximo ano.
Durante o evento, será lançado ainda o livro Myrthes Bevilacqua, biografia da primeira deputada federal do Espírito Santo.
O núcleo de Mulheres do Cidadania (M23) realiza no próximo fim de semana, em Brasília, o 1º Encontro de Mulheres Jovens do partido (veja abaixo a programação). O evento será no hotel San Marco (Setor Hoteleiro Sul), com início às 10h no sábado (29) e às 9h30 no domingo (30). O encontro será transmitido ao vivo pela internet.
O evento vai abordar temas como a saúde da mulher, dados relacionados à pedofilia e a correta utilização das redes sociais. Para a organizadora do evento, Raquel Dias, o encontro tem o objetivo de debater os desafios da mulher jovem no Brasil e a convergência das pautas feministas e da juventude.
A abertura contará com a presença do presidente do partido, Roberto Freire; da deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF); do ex-deputado federal, Arnaldo Jordy (Cidadania-PA), da representante do Igualdade 23, Indaiá Pacheco; e da secretária nacional do M23, Juliet Matos.
PROGRAMAÇÃO
I ENCONTRO DE MULHERES JOVENS DO CIDADANIA M23
DIA 29/06
10h-12h – Credenciamento
14h – Abertura APRESENTAÇÃO DE POEMA COM TEMA FEMINISTA SlaméDF
14h15 – Formação da Mesa de Abertura SAUDAÇÕES Roberto Freire Presidente Nacional do Cidadania 23 Paula Belmonte Deputada Federal (DF) Arnaldo Jordy Ex-Deputado Federal (PA) Indaiá Pacheco Juventude 23 Juliet Matos Secretária Nacional M23
15h – Relato NÚMEROS E CASOS SOBRE PEDOFILIA Arnaldo Jordy Ex-Deputado Federal. Presidente da CPI do Tráfico de Pessoas no Brasil e da CPI da Exploração Sexual de Crianças e adolescentes
16h30 – Rodas de Conversa SAÚDE da MULHER Jane Neves Mestra em Saúde Coletiva. Rede Fulanas, Coletivo ABAYOMI, NUPIR23 Provocadora: Raquel Dias
20h – Jantar APRESENTAÇÃO CULTURAL Batalha de SlaméDF (batalha de poemas)
DIA 30/06
9h30 – Dinâmica CÍRCULO FEMININO Elissa Felipe Juliet Matos
10h30 – Video: AGRADEÇA a uma feminista RODA DE CONVERSA Provocação: Tereza Vitale BATALHA DE EXPERIÊNCIAS – Loreny (vereadora SP), Kitti (deputada estadual SE), Jessica (vereadora PR).
11h45 – Apresentação do Livro MYRTES BEVILACQUA. MEMÓRIAS EM FRAGMENTOS Elissa Felipe Secretária Nacional M23 Tereza Vitale Secretária Nacional M23
12h – Almoço
14h – Roda de Conversa MÍDIAS SOCIAIS. COMO USÁ-LAS COM RESPONSABILIDADE Juliet Matos Secretária Nacional M23 Lairson Geisel Diretório Nacional Cidadania23 Mediadora: Raquel Dias
15h – Momento cultural: SlaméDF
16h – Assinatura do Acordo de Cooperação Juventude23 e Mulheres23
17h – Fechamento Elissa Felipe Juliet Matos Raquel Dias Tereza Vitale
O 1º Encontro de Mulheres Indígenas e Negras celebrou, no encerramento de encontro neste domingo (23), em Brasília, um Acordo de Mútua Cooperação (veja aqui) entre os coletivos das Mulheres 23 e o Igualdade 23. A parceria visa cooperação técnica e política entre as duas instâncias partidárias para a execução de programas de trabalho, projetos, atividades e eventos de interesses recíprocos. O documento foi assinado pela Coordenadora Executiva do Igualdade 23, Jullyana Vieira de Sousa, e a secretária nacional de Mulheres do Cidadania, Raquel Dias.
No evento também foram debatidos temas como empreendedorismo, formulação de políticas públicas e elaboração de legislação específicas. O encontro inédito começou no sábado (22) e discutiu a participação feminina da política (veja aqui), com apresentação de dança, exibição de documentários e roda de conversa com as participantes.
A idealizadora do encontro e fundadora do Igualdade 23, Raquel Dias, destacou que o Acordo servirá como uma ferramenta para ser utilizada pelas participantes do evento em seus estados e municípios.
“Apresentamos um acordo que será uma ferramenta para serem utilizadas pelas mulheres alvo desse encontro em seus estados. O documento estabelece que a cada dois anos realizaremos encontros como esse. Elas terão um ano para que essas mulheres participantes possam se evidenciar em suas cidades atraindo mais pessoas para o partido e o movimento político. O Igualdade, que agrega os segmentos dos negros e indígenas, formulará um planejamento baseado nas conversas que aqui tivemos. Começamos aqui”, afirmou.
Especificidades
A organizadora do evento e secretária do Mulheres 23, Tereza Vitale, afirmou que o encontro “superou as expectativas” e possibilitou o entendimento das dificuldades enfrentadas pelas mulheres negras e indígenas no País.
“Empoderamento de todas”
“Apesar de todos os problemas que tivemos, valeu muito a pena. Ouvimos coisas inacreditáveis. Algo que nós, brancos, não temos condições de ouvir em lugar nenhum. Trouxeram as suas culturas para perto da gente. Com esse encontro, o Mulheres 23 está mais bem preparado para lidar com as políticas públicas voltadas para mulheres negras e indígenas. Temos que entender que as mulheres não são as mesmas. Cada grupo e etnia possuem especificidades. Temos que conhecê-las para trabalhar em prol do empoderamento de todas elas. Isso significa dar condições para que elas possam lutar junto das suas comunidades”, disse.
Segundo a dirigente, as participantes agora serão “encorajas em verbalizar em suas regiões tudo o que foi debatido no encontro” e disse que o Mulheres 23 apoiará, com mais enfase, iniciativas das mulheres negras e indígenas do Cidadania.
“Essas mulheres vão levar para os seus estados e municípios tudo o que foi conversado aqui. Nós estamos fazendo um pacto entre o Mulheres 23 e essas mulheres. Somos um organismo com mais tempo de existência e por esse motivo iremos apoiar a volta dessas mulheres para os seus espaços, para que possam contribuir com o partido. O Cidadania precisa de todos, mas é preciso um olhar especial para essa parcela da sociedade”, defendeu.
Indígenas na política
Para dirigente partidária e principal representante indígena do partido, há 11 anos no PPS – hoje Cidadania -, e defensora dos direitos indígenas, Silvana Terena, o evento possibilitou o acumulo de experiências e trocas de cultura com mulheres indígenas de outras etnias e negras.
“Inédito e histórico”
“Eu acredito que esse primeiro encontro vai ficar na nossa história. Estou há 11 anos no partido e ele me empoderou muito como mulher e indígena no meu estado [Mato Grosso do Sul]. Antigamente os povos indígenas não compreendiam porque as pessoas brigavam tanto por um partido político, mas hoje é diferente. Quando ingressei o partido me agregou muitas coisas dentro da minha própria militância. Se você tem na sua comunidade o voto, consegue conquistar espaço de poder e decisão, e para as mulheres indígenas isso não é diferente. Esse primeiro encontro é inédito e histórico. Saímos daqui com uma bagagem de experiência e trocas de cultura aperfeiçoando tudo que acumulamos ao longo da vida. Levaremos e compartilharemos em nossas regiões essa bagagem”, disse a integrante da etnia Terena.
Passo importante
Já para Raquel Dias, ao falar das mulheres negras, avaliou que o encontro representa um passo importante por possibilitar a compreensão do cotidiano da comunidade negra feminina.
“Compreender o cotidiano de luta”
“Um passo importante e fundamental [o encontro]. Nos possibilitou visualizar as questões relacionadas as especificidades de luta dessas mulheres. Podemos irmanar experiências com o Mulheres 23 para que tudo que foi debatido seja levado para as suas comunidades. Por meio das representações que tivemos nesse encontro poderemos estabelecer novas demandas, novas pautas e novos momentos. Agora desejamos que elas repassem tudo que foi construído aqui para que possamos atrais mais mulheres para a causa e o partido. Elas agora possuem a força e munição necessárias para reproduzirem a essência desse encontro nos diretórios municipais e estaduais do Cidadania e produzir, dentro dessas especificidades, pautas em seu poder local”, avaliou.
O Cidadania, por meio do núcleo de Mulheres do partido M23, iniciou neste sábado (22), em Brasília, o 1º Encontro de Mulheres Negras e Indígenas. O evento (veja abaixo a programação deste domingo) tem como objetivo debater as especificidades das mulheres negras e indígenas, assim como as dificuldades enfrentadas no cotidiano e as politicas públicas voltadas para esse público.
Na abertura, as participantes assistiram a apresentação de maculelê do grupo Suelen Saboia. Com a formação da mesa, a deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF), representando a bancada do partido no Congresso Nacional, afirmou a importância da participação das mulheres na política. A parlamentar elogiou a iniciativa do Mulheres 23 em proporcionar um debate mais aprofundado sobre as problemas enfrentadas pelas mulheres negras e indígenas no País. Paulo Belmonte ressaltou ainda a importância da união de todas as mulheres para ocupar, cada vez mais, os espaços de poder.
A deputada estadual do Cidadania de Roraima, Lenir Rodrigues, que também compôs a mesa de abertura, destacou a importância do evento e lembrou que as pautas femininas são diferentes de acordo com a realidade vivenciada. A parlamentar, que tem uma longa história em defesa dos povos indígenas, afirmou que o encontro norteará o partido na criação de um posicionamento político voltado ao público do encontro.
Como representante das mulheres indígenas na mesa, Silvana Terena destacou que cada vez mais mulheres indígenas participam da política. Porém, Silvana lamentou o fato das autoridades públicas ainda ignorarem a mulher indígena com políticas públicas. Ela elogiou o partido e ressaltou que a legenda é aberta para todos os segmentos da sociedade e, principalmente, democrática. Também participou da mesa a Coordenadora Executiva do Igualdade 23, Jullyana Vieira de Sousa.
Autonomia financeira
Após a abertura, Janete Lili, da etnia Terena, fez uma apresentação sobre a autonomia financeira das mulheres indígenas. Ela falou sobre as dificuldades enfrentadas em uma sociedade machista e destacou a força das mulheres Terena. Segundo Janete, umas das principais formas da mulher conseguir autonomia é por meio da educação.
“A mulher indígena precisa ser forte. Ela consegue superar os problemas, pois não existem problemas que não possam ser resolvidos. Hoje, o estudo é prioridade das mulheres Terena. A saída é por meio do ensino”, disse.
Descoberta de vida
Seguindo a programação, a dirigente do Cidadania e integrante do Igualdade 23, Raquel Dias, falou sobre o preconceito da sociedade brasileira em relação aos negros. Segundo ela, a mulher negra é forçada ao que ela classificou de “embraquecimento”. Para Raquel Dias, diariamente a mulher negra é forçada a perder sua identidade.
PROGRAMAÇÃO
O encontro prossegue neste domingo (23) às 9h com apresentação de documentários, palestras e rodas de conversa. Ao final do encontro será assinado um Acordo de Cooperação entre as instâncias Igualdade 23 e Mulheres 23. Veja abaixo a programação.
1º Encontro de Mulheres Negras e Indígenas do Cidadania
Dia 23/06
9h – Documentários
1. UMA LEI PARA TODAS Provocação: Silvana Terena
2. A dona do terreiro Provocação: Jô Abreu e Yalorixá e Griôt, Mãe Joana Bastos Mediadora: Elissa Felipe
10h30 – Troca de Saberes
1. ARTE NEGRA COM EMPODERAMENTO JUVENIL Suelen Saboia
2. O GRAFISMO E ETNODESIGN Benilda Kadiweu
3.ECONOMIA CRIATIVA SOL ( Solisangela Montes) Mediadora: Raquel Dias
11h- Apresentação do vídeo: Agradeça a uma feminista
Apresentação do livro: Myrtes Bevilacqua. Memórias em Fragmentos
Elissa Felipe Secretária Nacional M23
Tereza Vitale Secretária Nacional M23
12h30 – Almoço
14 – Roda de Conversa
VIOLÊNCIA: OS NÚMEROS E CAUSAS QUE FALAM SOBRE SER MULHER INDÍGENA E SOBRE SER MULHER NEGRA
Juliet Matos Secretária nacional M23
Márcia Ledesma Secretária Nacional M23
15h- Apresentação Cultural
POESIA NA LÍNGUA KADIWEU Benilda Kadiweu
16h – Assinatura de Acordo de Cooperação
Igualdade 23 (Juliana) e Mulheres 23 (Raquel Dias)
17h – Encerramento
Elissa Felipe Juliet Matos Marcia Ledesma Raquel Dias Tereza Vitale
Transmissão
Para aqueles que não assistiram a transmissão ao vivo e queiram rever o encontro pode acessar o canal do Cidadania no Youtube (aqui).
O 1º Encontro de Mulheres Negras e Indígenas do Cidadania começa neste sábado (22), às 14h, e termina no domingo (23), em Brasília. O objetivo do encontro é debater as dificuldades e experiências enfrentadas por essa parcela da sociedade. Veja aqui o evento ao vivo.
A Secretaria Nacional de Mulheres do Cidadania realiza, nos dias 22 e 23 de junho, em Brasília, o 1º Encontro de Mulheres Negras e Indígenas. O evento será realizado no hotel San Marco (Setor Hoteleiro Sul ), com início às 14h no sábado (22) e às 9h no domingo (23). O encontro será transmitido ao vivo pela internet.
Segundo a coordenadora do coletivo e dirigente partidária, Raquel Dias, o encontro debaterá as especificidades das mulheres negras e indígenas como as dificuldades enfrentadas por esse público e as políticas públicas adotadas para atender essa parcela da sociedade.
Raquel Dias, dirigente do Cidadania
“No dia 25 de julho de 1992 a ONU criou o Dia Internacional das Mulheres Negras, Latino-americanas e Caribenhas. Essas mulheres não se viam representadas nos movimentos feministas daquele período. Queremos saber quais são as lutas que as mulheres indígenas travam pela terra, e luta que as mulheres negras travam pela vida, já que os números sociais são de grandes mazelas. Queremos identificar ainda qual a contribuição econômica dessas mulheres para o País. É isso que queremos discutir nesse encontro”, disse.