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Prefeitura comandada pelo Cidadania faz o maior carnaval do ES

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A cidade comandada pelo Prefeito Paulo Cola, do partido Cidadania, realizou o maior carnaval do Estado do Espírito Santo em 2025. Nos últimos anos, a cidade vem se tornando referência em gestão e na promoção de eventos, gerando emprego, renda e fomentando a economia.

Piúma se tornou oficialmente a Capital Capixaba do Carnaval, consolidando-se como um dos destinos mais procurados do estado durante o período festivo. Segundo o Sindihotéis-ES, a cidade registrou 100% de ocupação hoteleira, comprovando o sucesso do evento e seu impacto positivo na economia local.

O município de Piúma vivenciou um dos melhores carnavais dos últimos 30 anos. A gestão municipal, alinhada com os servidores, se dedicou para organizar os eventos de forma que terminassem nos horários combinados e tudo ocorresse conforme programado. É o que afirmam o prefeito, os comerciantes e empresários.

Foto: Secretaria municipal de Cultura e Comunicação de Piuma-ES

Atrás do trio elétrico, a Polícia Militar acompanhava em viaturas, com ambulâncias prontas para prestar socorro a quem precisasse de atendimento médico. Ao lado da praia, a cavalaria reforçava a segurança, enquanto um carro-pipa refrescava a multidão. À frente, os foliões seguiam pela Avenida Beira-Mar em um só coro, numa sintonia bonita de se ver. No fim da tarde, o pôr do sol mais bonito do Brasil marcou as fotografias.

O Bloco do Mé, todos os dias, rasgou o centro da cidade com Berola e Zélia no comando. Com uma bateria afinada e sua tradicional vaquinha, o bloco arrastou todo mundo na mesma melodia.

Na Praça Dona Carmem, os shows contemplaram todos os estilos musicais, garantindo entretenimento para todos os gostos e consolidando, mais uma vez, Piúma como a verdadeira Capital Capixaba do Carnaval.

Com informações da Secretaria de Cultura e Comunicação de Piúma/ES

Vereador do Cidadania quer acabar com fio na cara e risco de acidentes

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_Até 4 metros é VAPO!” A Prefeitura pode e deve cortar!_

O vereador de Porto Alegre Marcos Filipi, do Cidadania, apresentou seu primeiro projeto autorizando a Prefeitura — ou quem ela delegar — a cortar fios soltos, excedentes, até 4 metros do solo. “Esses fios, além de causarem poluição visual, representam risco à segurança da população”, alerta o parlamentar.

Hoje, a Prefeitura faz mutirões e já recolheu mais de 80 toneladas de fios, mas esse problema está espalhado nos 93 bairros da cidade e precisa ser controlado! O projeto permite a contratação de empresas especializadas para reforçar o serviço.

Importante: os fios recolhidos ficarão sob posse da Prefeitura, que poderá vender esse material e arrecadar recursos que deverão ser revertidos em investimentos na zeladoria na cidade.

“Vale lembrar que iniciei e liderei esses mutirões quando fui secretário de Serviços Urbanos (2021/2024), junto com o Ministério Público, CEEE Equatorial e empresas de telefonia. Foi um movimento importante, mas sabemos que esse é um tema que exige avanços constantes. Esse projeto não é inconstitucional, porque não trata de telecomunicações nem de energia elétrica. Ele trata de urbanização, combate à poluição visual e, principalmente, traz mais segurança ao cidadão de Porto Alegre”, ressoltou o vereador Filipi.

J23 também é Cultura! Militante jovem do Paraná agita o Carnaval de Curitiba com o Bloco Púrpura em sua 7ª edição

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Foto: João Pedro Lisboa / Divulgação

Bloco LGBTI+ mais tradicional da cidade celebra a trajetória de uma das mais importantes militantes pelos direitos das pessoas trans no Brasil

Curitiba se prepara para mais uma edição do Bloco Púrpura, um dos maiores símbolos da diversidade no Carnaval da cidade. No dia 01 de março, a partir das 19h, a Rua Marechal Deodoro será tomada pela energia vibrante do bloco, que este ano homenageia Marcela Prado, uma das principais ativistas pelos direitos das pessoas trans no Brasil, e o produtor cultural do bloco é J23: Giovani Cosenza.

Marcela Prado foi uma militante fundamental para garantir alguns dos direitos aos quais a população trans tem acesso hoje. Entre suas contribuições, destaca-se sua atuação como conselheira municipal de saúde, membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB/PR e sua participação na fundação da Associação Nacional de Travestis e Transexuais, da qual foi uma das primeiras presidentes. Sua luta e legado continuam a inspirar as novas gerações de ativistas e artistas da comunidade LGBTI+.

Foto: João Pedro Lisboa / Divulgação

Para Giovanni Cosenza, produtor cultural e idealizador do Bloco Púrpura, a homenagem reafirma o compromisso do bloco com a memória e a luta das pessoas trans. “Marcela Prado foi uma guerreira incansável. Sua atuação abriu caminhos e garantiu conquistas que ainda hoje são essenciais para a comunidade trans. O Bloco Púrpura é, acima de tudo, um espaço de celebração da diversidade e de resistência. Lembrar Marcela é lembrar que a luta por direitos e dignidade precisa continuar.”

É a juventude fazendo acontecer o Carnaval, uma das manifestações culturais mais brasileiras, e principalmente inspirando respeito e diversidade. É um lembrete para todos nós de que é possível fazer a diferença hoje para projetar e construir um futuro com mais respeito à diversidade.

Sobre o Bloco Púrpura

Criado em 2019, o Bloco Púrpura se tornou um dos principais eventos do Carnaval de rua de Curitiba, com uma forte presença da comunidade LGBTI+. Além de ser um espaço de celebração, o Bloco busca valorizar profissionais da comunidade LGBTI+, mantendo parcerias com organizações como a Associação Paranaense da Parada da Diversidade (APPAD).

Serviço

Bloco Púrpura – Homenagem a Marcela Prado
Data: 01 de março
Horário do desfile: 19h (concentração a partir das 17h para quem deseja desfilar junto)
Local: Rua Marechal Deodoro, Centro de Curitiba
Entrada gratuita

Reunião do Diretório Nacional – 16/03/2025

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Ofício 002/2025 – Cidadania/DN

Brasília, 24 de fevereiro de 2025

Prezados(as) companheiros(as),

Nos termos do Art. 21, inciso IV, do Estatuto, estamos convocando os membros do Diretório Nacional para uma reunião presencial, no dia 16 de março de 2025, domingo, às 09 horas, no San Marco Hotel, situado no Setor Hoteleiro Sul, Quadra 05, Bloco C, Brasília (DF), para tratar da seguinte pauta:

  • Informes da Presidência;
  • Indicação da Executiva Nacional em relação à Federação com o PSDB;
  • Cenário do Cidadania nos 27 (vinte e sete) estados da Federação;
  • Aprovação do Calendário dos Congressos Municipais, Estaduais e Nacional; e
  • Assuntos Gerais

Para os membros do Diretório Nacional que não puderem comparecer à reunião, será disponibilizada a participação remota por meio do chat, cujo link será enviado posteriormente.

Sem mais para o momento e certos de contarmos com sua imprescindível presença, subscrevemo-nos,

Atenciosamente,

Regis Cavalcante
Secretário Geral

Comte Bittencourt
Presidente

Cidadania decide por ruptura política da federação com PSDB

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Reunião da Executiva Nacional: Foto: Vinícius Melo

Executiva Nacional aprovou hoje, por unanimidade, definição que irá ao Diretório Nacional

A Executiva Nacional do Cidadania decidiu, por unanimidade, não renovar a federação que mantém com o PSDB. O presidente nacional do partido, Comte Bittencourt, explicou que o Cidadania vai cumprir os prazos legais para a ruptura, mas “a partir de hoje, e espero que o Diretório Nacional referende essa decisão, o Cidadania começa a trabalhar sua estrutura, visando o próximo período político-eleitoral”.

Comte adiantou que a legenda “abrirá conversa com os partidos do nosso campo”. A decisão, tomada com ampla participação dos dirigentes nos estados e parlamentares, será submetida à avaliação do Diretório Nacional, que se reúne no dia 16 de março. O desenlace se daria de forma “respeitável e democrática”, conforme afirmou o presidente.

Os representantes do partido se revezaram criticando a federação, que teve como consequência uma preponderância do PSDB sobre o Cidadania, atrapalhando o crescimento deste e levando até mesmo à redução de sua representação nas câmaras municipais e no Congresso Nacional.

Reunião da Executiva das Mulheres tem planejamento, debates e emoção

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A reunião da Executiva Nacional das Mulheres do Cidadania, na tarde desta terça-feira (18), foi o encontro de mulheres que transformam suas realidades em diversos estados e municípios do país em busca de dias melhores para a população. De forma presencial ou virtual, a participação mostrou que o partido é um espaço de construção, como definiu a secretária Raquel Dias.

Além de assinarem uma carta-compromisso de que honrarão os princípios do Cidadania e trabalharão juntas para promover a participação feminina na política, as mulheres levaram para suas bases uma tarefa: ouvir as filiadas para elaborar um planejamento de ações. Para isso, precisarão levantar qual o evento mais adequado, o público-alvo a que ele se destina, a estratégia de engajamento e o custo. Todas essas informações servirão para nortear os trabalhos e também devem ser enviadas à Executiva Nacional das Mulheres.

Os desafios são inúmeros, mas a força que a união das mulheres do Cidadania emana cativa. E emociona. Foi assim com a homenagem a Tereza Vitale, que entrou para o partido em 1992, quando ele acabara de se tornar PPS, e continua lutando. “Nunca fiz essa história sozinha, sempre estive acompanhada de muitas mulheres para me dar cobertura. Hoje eu vim para aplaudir e saio emocionada”, disse.

O presidente nacional do Cidadania, Comte Bitencourt, disse que partido é movimento. “Construir não é fácil, mas se mantivermos a força dos nossos princípios, conseguiremos crescer”. Ele gostou de ver o Cidadania “pulsar” com a presença das mulheres na sede, em Brasília, e disse que se sentia feliz por ver a retomada “do convívio fraterno”. “Podemos ter pensamentos diferentes, mas nos relacionamos fraternalmente”.

Vereadora mais jovem de Sergipe, Beatriz Meneses disse que sabe da responsabilidade que tem para representar esses dois segmentos, as mulheres e a juventude, na Câmara Municipal de São Miguel do Aleixo.

O encontro desta terça-feira, o primeiro de que Beatriz participa, “foi muito proveitoso”. “Quando se é mulher e jovem é mais difícil e desafiador entrar na política, mas com coragem, determinação e fé, a gente mostra que podemos estar onde quisermos. Quero fazer a diferença para meu município”.

Exemplo de disposição foi dado ainda pela fala da ex-deputada estadual de Roraima Lenir Rodrigues sobre a aposta exitosa nos núcleos setoriais não só de mulheres, mas também de igualdade 23, LGBTQIAP+ e outros. “O partido é uma força viva”.

“Apoiar, acolher, conduzir, isso que fazemos hoje aqui é também o que temos que fazer nos nossos municípios, nos estados, desde a discussão na escola, no bairro”, ponderou Raquel. “Saímos mais fortalecidas”.

Em Macaé, prefeitura comandada pelo Cidadania realiza combate ao Aedes aegypti

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Dengue — Foto: Prefeitura Municipal de Macaé

Gerência de Vigilância Ambiental trabalha pela prevenção de doenças causadas pelo mosquito

Xô, dengue, chikungunya e zica vírus! Em Macaé (RJ), cidade administrada pelo prefeito Welberth Rezende, do Cidadania, agentes da Vigilância Ambiental estão realizando ações de combate a epidemias até o próximo dia 21. O foco é o mosquito Aedes aegypti, causador dessas doenças.

As ações, que ocorrem tanto na área urbana quanto na região serrana do município, incluem mutirões com visitas familiares para identificar focos do inseto, para a aplicação de larvicida e também para orientar os moradores para que façam a prevenção, evitando deixar acumular água em recipientes, o que favorece a proliferação do mosquito. O carro fumacê vem percorrendo os bairros desde o dia 18.

Os agentes estão trabalhando ainda em pesquisa entomológica, que é o estudo dos insetos, no Sana. Com esse trabalho, é possível estudar uma variedade de tópicos, incluindo a biologia, a ecologia e o comportamento e taxonomia de insetos. Nessa ação, elaboram estudos também sobre o papel dos insetos na transmissão de doenças, na agricultura e em outros ecossistemas.

*Com informações do site da prefeitura

Furor tarifário faz de Trump passageiro do passado

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Trump também ameaçou taxar em 100% os países do Brics — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul —, se quiserem “brincar com o dólar”

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou tarifas recíprocas a países que cobram taxas de importação de produtos americanos. Os memorandos assinados nesta quinta-feira, porém, são menos formais do que o “tarifaço” contra parceiros comerciais, entre os quais o Canadá, o México e o Brasil, cujo aço e alumínio passarão a pagar 25% de imposto para entrar no mercado norte-americano. Os principais alvos são países com os quais os EUA têm deficit na balança comercial — ou seja, gastam mais com importações do que recebem com exportações. Mas esse não é o caso do Brasil, que importa mais do que exporta.

Intitulado Plano Justo e Recíproco, o memorando protecionista de Trump é uma tentativa de fazer a roda da história voltar para trás. Parte da ideia de que os EUA estão sendo ultrapassados pela China por causa do livre-comércio e da globalização, dos quais a União Europeia e outros países, como os já citados, se beneficiaram muito mais. Entretanto, foram os norte-americanos que transferiram as fábricas para a China em busca de mão de obra mais barata. Não contavam com a possibilidade de os chineses ultrapassarem o estágio de produção de bens de consumo de baixa composição tecnológica e transitarem para a economia do conhecimento e da alta tecnologia.

O comunicado da Casa Branca também adverte a União Europeia, que pode virar marisco na disputa entre os EUA e a China. Trump se queixa de que os europeus exportam crustáceos e moluscos para os Estados Unidos, mas proíbem importações dos mariscos de 48 estados americanos. Além disso, impõem uma tarifa de 10% sobre carros importados, enquanto os EUA cobram apenas 2,5%.

Trump também ameaçou taxar em 100% os países do Brics — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul —, se quiserem “brincar com o dólar”. É que o grupo discute a possibilidade de criar uma moeda alternativa para suas trocas comerciais. Atualmente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva preside o Brics, cuja próxima reunião será no Brasil. Por óbvio, a volta do protecionismo norte-americano será o tema central do encontro. Depois do aço e do alumínio, o etanol brasileiro entrou na mira de Trump.

O “tarifaço” do presidente dos EUA pode causar uma guerra comercial de grande escala e desajustar a economia global, a começar pela inflação norte-americana. As tarifas aumentam o preço dos insumos básicos e espalham reajustes por toda a cadeia produtiva. O Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, terá dificuldade de atingir a meta de 2% de inflação. O índice de preços ao consumidor voltou para a casa dos 3% em janeiro, com alta mensal de 0,5%.

Os juros dos EUA já estão na faixa de 4,25% a 4,50%. Entretanto, isso atrai investidores e valoriza o dólar frente a outras moedas. O cenário pode afetar o Brasil, porque uma taxa mais alta faz os títulos públicos norte-americanos renderem mais. Isso atrai investidores, que levam recursos para os EUA. Por aqui, o dólar voltou a subir nesta quinta-feira.

Razões ideológicas

As tarifas recíprocas são taxas aplicadas entre países ou empresas de forma equivalente. O conceito envolve a aplicação de tarifas idênticas ou proporcionais entre as partes para garantir equilíbrio e evitar distorções competitivas. O protecionismo é uma estratégia recorrente na história dos EUA. No caso de Trump, parte de uma visão ideológica que mitifica o passado, como sintetiza o slogan Make America Great Again (“Torne a América grande novamente”). Desde o século XIX, o país oscilou entre políticas protecionistas e períodos de maior abertura comercial.

Em 1816, a primeira grande tarifa protecionista foi criada para barrar a concorrência britânica. A “Tarifa das Abominações” (1828), que sobretaxou todos os produtos europeus, favoreceu o Norte industrializado, porém prejudicou as exportações de algodão do Sul. Durante a Guerra Civil (1861-1865), a União manteve tarifas altas para financiar o Exército e proteger indústrias. A Tarifa McKinley, de 1890, também aumentou impostos sobre importações de forma generalizada, para incentivar a produção nacional. A Tarifa Dingley , sete anos depois, dobrou a aposta.

Somente em 1913, com a Tarifa Underwood, no governo Woodrow Wilson, houve uma abertura comercial. Entretanto, a Grande Depressão (1929) levou ao retorno do protecionismo. Mas o protecionismo extremo dos anos 1930, com a Tarifa Smoot-Hawley, para proteger empregos nos EUA, provocou retaliação de outros países, colapso do comércio global e agravamento da Grande Depressão. Após a guerra, os EUA deram uma guinada tarifária e lideraram a criação do GATT (Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio, 1947) para reduzir barreiras comerciais globais.

Nos anos 1980, o protecionismo estava de volta: o governo Reagan aplicou tarifas seletivas contra importações de eletrônicos e automóveis japoneses. O Acordo Nafta (1994), que criou uma zona de livre-comércio entre EUA, México e Canadá, era protecionista em relação aos demais países. Na crise do mercado imobiliário de 2008, também houve aumento de medidas protecionistas em setores estratégicos. No seu primeiro mandato, Trump (2017-2021) retomou um protecionismo agressivo, especialmente contra a China. Biden manteve algumas tarifas, mas busca equilibrar protecionismo com alianças internacionais. Nada se compara, porém, ao que está acontecendo agora. (Correio Braziliense – 14/02/2025 – https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2025/02/7060546-analise-furor-tarifario-faz-de-trump-passageiro-do-passado.html#google_vignette)

Cabeças no Congresso

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Crédito: Caio Gomez

Eliminar a vergonha de privilégios e vantagens que fazem a República democrática dar mais benefícios aos seus dirigentes do que o Império oferecia a sua nobreza

Tem se fortalecido a ideia de que política é comunicação sem necessidade de conteúdo. O governo federal mudou o encarregado de sua comunicação sem qualquer reflexão sobre a falta de propostas novas e de alianças amplas. Outro exemplo de mudar a imagem sem mudar a substância foi cobrir os parlamentares com bonés para mostrar que cada um deles tem cabeça. Não houve esforço para que o sentimento de que faltam cabeças no Congresso fosse mudado graças a debates de ideias sobre os graves problemas que o país enfrenta.

Daqui a um mês, estaremos completando quatro décadas de democracia, resultado das cabeças de centenas de parlamentares liderados por Ulysses Guimarães. Na época, não havia necessidade de usar bonés para passar o sentimento de que os parlamentares pensavam, articulavam, convergiam e mudavam o país. Graças àquelas cabeças no Congresso, o Brasil saiu pacificamente de 21 anos de ditadura, libertou os presos políticos, trouxe os exilados, acabou a censura, fez uma nova Constituição. Os atuais parlamentares precisam lembrar o que foi feito para transformar ditadura em democracia, e criar rede de proteção social com o SUS, o Bolsa-Escola/Bolsa Família/Auxílio Brasil/Bolsa Família, realizar dois impeachments, vencer o vício de inflação.

No lugar de bonés, as atuais cabeças que substituíram aquela geração precisam debater com o povo brasileiro quais foram as conquistas do país nestas quatro décadas e o que não fizemos neste período para construir um Brasil eficiente, justo, democrático, sustentável. Pensar no que ainda não fizemos e no que fazer nos próximos anos. Debater por que o Brasil continua preso à armadilha da renda média baixa, estagnada há décadas. Formular caminhos para aumentar nossa produtividade e colocar a renda per capita no padrão de países que nestes 40 anos nos ultrapassaram.

Enfrentar a guerra civil que conflagra nossas ruas, especialmente nas grandes metrópoles. Equacionar a questão militar para incorporar os militares no corpo das instituições democráticas, no lugar de deixá-los como um poder separado que faz tremer todos os oito presidentes civis. Parar a banalização da corrupção que a democracia aumentou, trazer ética à política e, com isso, dar credibilidade e respeito aos representantes eleitos. Quebrar a promiscuidade entre políticos, juízes, sindicalistas, empresários com seus interesses misturados.

Eliminar a vergonha de privilégios e vantagens que fazem a República democrática dar mais benefícios aos seus dirigentes do que o Império oferecia a sua nobreza. Abolir a apartação social que nos divide em condomínios e favelas, escolas senzala e escolas casa grande. Adotar uma estratégia de distribuição que nos tire a vergonha do título de campeões em concentração de renda. Entender o esgotamento do Estado e buscar formas de compor os setores público e estatal, o planejamento e o empreendedorismo, com responsabilidade fiscal.

Erradicar o analfabetismo que se mantém no mesmo nível de 1985, acima de 10 milhões de adultos, por causa do fracasso da democracia para promover a educação de nossas crianças com excelência e equidade. Formular estratégia para implantar sistema educacional com máxima qualidade e total equidade, independentemente da renda e do endereço da criança. Definir estratégias para a abolição da pobreza, determinando um prazo para que nossa população não mais dependa do assistencialismo por transferências de renda sob a forma de bolsas. Assegurar estabilidade jurídica, livrando o país do caos legislativo e judicial.

Em novembro, o Brasil vai sediar a COP30 em um momento crítico para a humanidade. As cabeças do Congresso precisam mostrar que, além de bonés por fora, usam o cérebro para retomar no Senado a Comissão do Futuro, manter a Comissão do Meio Ambiente ativa e concentrada na formulação de propostas do Brasil para o mundo. Pelos próximos nove meses, o parlamento deve estar presente no debate sobre sugestões e exemplos do Brasil para enfrentar os problemas mundiais. Debater o que devemos levar ao mundo para evitar as mudanças climáticas que ocorrem e serão agravadas. Tomar posição sobre a perda de credibilidade do Brasil no caso de decidirmos explorar petróleo na margem equatorial da Amazônia.

O Congresso precisa debater como, no atual cenário geopolítico-ecológico, devemos assumir a posição de pedaço do mundo com seus êxitos e fracassos e com uma democracia de parlamentares ativos. O Brasil precisa comemorar sua democracia fazendo-a avançar social e economicamente com sustentabilidade, sem ilusões marqueteiras. (Correio Braziliense – 12/02/202 – https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2025/02/7057451-artigo-cabecas-no-congresso.html)

Cristovam Buarque, Professor emérito da UnB (Universidade de Brasília)

Reunião das mulheres vai discutir desde associativismo feminino a marketing político

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Olhar feminino perpassa temas com foco diferenciado, dizem secretárias

A Executiva da Secretaria das Mulheres do Cidadania se reúne no próximo dia 18 para debater temas como associativismo feminino, marketing político, redes sociais, inteligência artificial e sustentabilidade do núcleo, entre outras pautas.

“Será uma reunião ampliada, para a qual convidamos mulheres líderes para compartilhar experiências, lutas, dores e alegrias de ser mulher”, diz a secretária Juliet Matos. Vereadoras eleitas recentemente também foram convidadas. A participação poderá ser presencial ou virtual. Essa opção híbrida possibilita alcançar mulheres nos diversos estados e municípios.

A secretária Raquel Dias enfatiza que a reunião objetiva “mover as células estaduais e municipais nesse momento pós-eleitoral para ouvir o que as eleitas têm a dizer”. A secretaria, diz ela, “quer ser o auxílio, o suporte para as mulheres que estão na política representando o partido”.

Segundo Raquel Dias, mulheres líderes em suas respectivas áreas de atuação vão otimizar a reunião da Executiva. “Essas lideranças vão ser as vozes para que o conteúdo técnico chegue até as mulheres, num processo de movimentação e qualificação de lideranças para disputar eleições como as que estão por vir em 2026”.

Também estarão na reunião mulheres que fazem parte da Executiva Nacional do partido. “Como a gente, como dirigentes, olha para o espaço de vivência das mulheres que perpassa tudo? Por exemplo, a violência está em toda parte, mas ela atinge de forma mais intensa as mulheres. Precisamos também contar com o engajamento dos homens para tornarmos o partido cada vez melhor”, diz Juliet.

Questões como fake news também estarão na pauta. “Também a discussão sobre marketing político é imprescindível para clarear questões como as linguagens adequadas às diferentes mídias”, observou. Ativismo e participação em movimentos sociais também serão discutidos na reunião das mulheres.

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