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Cidadania faz Congresso em Coruripe com pré-candidato a Prefeito e chapa para vereadores

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O partido Cidadania 23 realizou, no último final de semana,o seu congresso municipal na cidade de Coruripe. Dessa forma, o partido torna-se definitivo e prepara-se para o pleito municipal com pré-candidato a Prefeito e chapa completa de pré-candidatos para a Câmara de vereadores na cidade.

O encontro aconteceu no Espaço SóLazer e contou com a presença do Secretário Nacional do Cidadania, Regis Cavalcante, e do secretário estadual do partido, advogado Antônio Carlos, além de lideranças das cidades de Arapiraca, Campo Grande e Feliz Deserto, que prestigiaram o acontecimento.

O Congresso escolheu por voto direto e aberto o novo Diretório Municipal e a Comissão Executiva do partido na principal cidade do litoral sul de Alagoas.

O Cidadania vai ser liderado pelo presidente Roberto Nunes e o vice, o empresário Marcos de Jesus. O partido está levando o debate da importância das cidades para o destino do País. E no centro dessa disputa política nas eleições municipais deste ano estão as contradições geradas pela chamada “modernização conservadora” e uma urbanização acelerada, que provocaram na esfera das cidades a mesma realidade social perversa e injusta que havia no campo.

Para o ex-deputado federal, Regis Cavalcante, esta eleição servirá para que a sociedade discuta a concentração de renda e a falta de políticas públicas eficientes e adequadas, sobretudo nos setores de transporte, habitação, educação, saúde e segurança. “Salta aos olhos, quando observamos nas ruas e praças, os altos índices de desemprego e a degradação dos padrões urbanos das grandes cidades e suas periferias, que são reflexos do agravamento das desigualdades e das injustiças sociais”, afirmou o secretário nacional do Cidadania para os congressistas.

Pré-candidatos

Em Coruripe, além da chapa composta de proponentes para Câmaras de Vereadores, foi apresentado o empresário Marcos de Jesus como pré-candidato a prefeitura de Coruripe.
O congresso, contou com a presença do vereador Iran Simões, pré-candidato a Prefeito de Feliz Deserto, que se fez acompanhar de José Sertanejo, Eraldo Rosa, Miriam e do presidente do diretório do partido em Feliz Deserto, José Carlos. De Arapiraca, Petrônio Avelino, representando Anderson Melo, presidente municipal do partido em Arapiraca. O presidente do partido em Campo Grande, vereador Eraldo Rosa, que é pré-candidato no município pelo Cidadania, também esteve no evento.

Marcos de Jesus encerrou o encontro agradecendo a presença de todos e declarou sua disposição para defender um programa de governo moderno e democrático para o município. Concluiu, afirmando que é oposição ao grupo político dos Beltrões que tornou-se uma dinastia conservadora na cidade.

Piauí: Edital de convocação extraordinária

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Nos termos do Estatuto Partidário e da legislação em vigor, ficam convocados, pelo presente Edital, todos os delegados municipais do Cidadania23 Piauí, para o CONGRESSO ESTADUAL EXTRAORDINÁRIO a ser realizado no dia 27 de abril de 2024, das 10h às 12h, no auditório do escritório contábil, Análise Contabilidade, localizado na rua Valença, n° 3453, bairro Tabuleta, Teresina (PI), ou remotamente, de forma virtual, através do
seguinte link: https://calendar.app.google/iys7vTTAyJTd2BeWN8 para deliberar sobre a seguinte pauta:

  1. Eleição do Diretório Estadual;
  2. Outros assuntos de interesse do partido.

Teresina, PI, 19 de Abril de 2024

Mario Rogério da Costa Soares

Presidente

Lira teme efeito Orloff ao deixar comando da Câmara

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NAS ENTRELINHAS

O presidente da Câmara se tornou uma espécie de engenheiro do caos no comando da Casa, em confronto com o presidente Lula, mas seu futuro é incerto

O retrato na parede é uma honraria concedida aos ex-presidentes da Câmara, mas a presença na galeria de honra é apenas o que restou do notável poder que o comando da Casa confere à cadeira de quem a ocupa. Foi dela que Ulysses Guimarães (PMDB), o grande líder da oposição ao regime militar, conduziu com pulso firme a Constituinte de 1987, que conferiu ao atual Congresso poderes parlamentaristas que rivalizam com a Presidência da República, desde o governo de transição democrática de José Sarney. Ulysses comandou a Casa por dois mandatos, de 1985 a 1989.

Entretanto, o poder de um presidente da Câmara é muito mais efêmero do que o do presidente da República, que governa por quatro anos e pode ser reeleito. Que o digam, em retrospectiva, Rodrigo Maia (2016-2017), Waldir Maranhão (2016), Eduardo Cunha (2015-2016), Henrique Eduardo Alves (2013-2015), Marco Maia (2011-2013), Michel Temer(2009-2010, 1999-2001 e 1997-1999), Arlindo Chinaglia (2007-2009), Aldo Rebelo (2005-2007), Severino Cavalcanti (2005), João Paulo Cunha (2003-2005), Efraim de Morais (2002-2003), Aécio Neves (2001-2002), Luiz Eduardo Magalhães (1995-1997), Inocêncio de Oliveira (1993-1995), Ibsen Pinheiro (1991-1993) e Paes de Andrade (1989-1991).

Toda vez que olha para seus pares no plenário e vê Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Aécio Neves (PSDB) nas suas cadeiras, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deve sentir um gostinho de vodca na garganta. A bebida nacional da Rússia, por causa do alto teor alcoólico (de 34% a 54%), também é muito consumida nos Estados Unidos e países do Leste Europeu, como Ucrânia e Polônia. E no Brasil, o nono consumidor do mundo, atrás do Reino Unido e à frente da Alemanha.

Por aqui, as marcas mais consumidas são Smirnoff e Orloff. A segunda é mais popular, por causa de uma grande campanha publicitária, lançada em 1985, para concorrer com a primeira, que tinha fama de não provocar ressaca. Nela, dois jovens idênticos se encontram num balcão de bar. Um deles pergunta: “Afinal, quem é você?”. Seu sósia responde: “Eu sou você amanhã”. Na propaganda de tevê, o significado original era que se poderia beber a Orloff sem se preocupar com o dia seguinte.

A expressão virou meme e passou a ser muito utilizada para toda sorte de comparações, inclusive por economistas que temiam os efeitos da hiperinflação no Brasil, comparando-os ao desastre econômico da Argentina. A vodca de milho tem um sabor mais neutro; a de trigo, adocicado e macio; e a de centeio arde. Quando Lira olha para Chinaglia e Aécio, cujo poder hoje é uma sombra do passado, Lira deveria sentir um sabor adocicado. De todos os ex-presidentes, são os que permanecem com mandato na Casa.

Alguns morreram tragicamente, como Ulysses e Luiz Eduardo, ou de morte morrida, como Paes de Andrade. A galeria dos que foram para o ostracismo é grande: Inocêncio, Efraim, Valdir Maranhão, Marco e Rodrigo Maia. Alguns foram até presos, como Eduardo Cunha, Eduardo Alves e João Paulo Cunha; Severino renunciou, para não ser cassado como Ibsen Pinheiro.

Teoria do caos

O futuro dos ex-presidentes da Câmara é destino. Alguns chegaram ao Senado, foram governadores e voltaram à Câmara, mas ninguém recuperou o mesmo poder de quando ocupara o cargo. Sem dúvida, quem se saiu melhor foi Michel Temer, que comandou a Casa por três mandatos, se tornou vice-presidente da República e assumiu a Presidência, com o impeachment de Dilma Rousseff.

Lira pretende fugir à regra. No momento, é uma espécie de engenheiro do caos no comando da Casa, em confronto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O fenômeno foi descrito pelo matemático e astrônomo francês Henri Poincaré (1854 – 1912), quando estudou a estabilidade do Sistema Solar.

Ao descrever como o Sol e Júpiter atuariam gravitacionalmente sobre uma massa infinitesimal, um asteroide, por exemplo, Poincaré descreveu órbitas que apresentavam grandes variações de comportamento a partir de pequenas variações iniciais: “É impressionante a complexidade desta figura, que eu nem mesmo tento desenhar. Nada é mais adequado para nos dar uma ideia da complicação do problema dos três corpos…”.

No começo da década de 1960, o meteorologista e matemático norte-americano Edward Lorenz percebeu que suas previsões sofriam alterações consideráveis quando ele alterava ou desconsiderava algumas casas decimais nos seus cálculos: “É como se o bater das asas de uma borboleta no Brasil causasse, tempos depois, um tornado no Texas”. Desde então, o chamado “efeito borboleta” virou a estrela da teoria do caos.

Os sistemas caóticos despertam grande interesse na comunidade científica. O chamado “pêndulo caótico”, um sistema formado por três imãs na base e um imã preso em um barbante, quando o pêndulo é balançado, nunca repete a trajetória anterior. Mas, em algum momento, irá parar na posição inicial. Existe ordem no caos. As finanças, a física, a engenharia, a biologia e até a filosofia recorrem à teoria do caos para fazer previsões probabilísticas. Certos políticos também. Talvez também seja o caso de Lula nesse confronto com Arthur Lira. (Correio Braziliense – 19/04/2024)

IMPRENSA HOJE

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Veja as manchetes dos principais jornais hoje (19/04/2024)

MANCHETES DA CAPA

O Globo

Sem articulação, governo tenta frear pautas que elevam gastos
Apostador não vai poder pagar ‘bets’ com cartão de crédito
Brasil perde quase meio trilhão com mercado ilícito
Gabriel Zucman – ‘Taxar super-ricos pode gerar US$ 250 bi’
Com ataques em alta, os deveres dos tutores de cães
Israel ataca Irã e tensão volta a crescer no Oriente Médio

O Estado de S. Paulo

Explosões no Irã fazem Teerã limitar voos e ativar defesa aérea
EUA vetam adesão de Estado palestino como membro da ONU
Covid-19 – Atraso para comprar doses deixa Estados sem vacina e adia çaões
Caso Musk mobiliza grupo de deputados trumpistas contra Supremo brasileiro
Cresce aposta em corte menor do juro em maio pelo Copom
Justiça suspende resolução do CFM que restringia o aborto legal
Conselho veta curso 100% online para formar professor

Folha de S. Paulo

STF reage a relatório dos EUA e defende decisões sobre o X
Bolsonaro usa caso Musk com combustível para ato no fim de semana
Campos Neto vê incertezas no cenário externo
Lula vai errar caso se reúna com Putin, diz Zelenski
Nova meta precisa de mais R$ 100 bi, afirma ex-Tesouro
Novo procurador de SP teme crime em cargos públicos
PF suspende agenda de passaporte pela internet
Movimento indígena exclui Lula de evento
Com doses a vencer, vacinação contra dengue é ampliada
Idoso foi levado 2 vezes a banco na véspera de morrer

Valor Econômico

Ações brasileiras têm queda bem maior do que as dos emergentes neste ano
Consumo e renda levam a alta de previsões para PIB no 1º tri e no ano
EMAE vai hoje a leilão com três propostas
Brasil perde R$ 453 bi com ações ilegais
Alta das frutas não aumenta lucro do produtor
Portaria dá poder a Padilha e alimenta crise com Congresso

Cidadania de Goiás se prepara para as eleições de 2024

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Em um encontro na quarta-feira (17), o Cidadania de Goiás deu o pontapé inicial para a disputa das eleições de 2024. Além de reorganizar a direção, a partido recebeu novos filiados. O evento contou com a presença do presidente nacional do Cidadania, Comte Bittencort.

Também participaram Hélio Lopes, presidente Municipal do PSDB de Anápolis, o deputado estadual e presidente estadual do PSDB de Goiás, Gustavo Sebba, o vereador do Cidadania em Anápolis, João da Luz, o presidente estadual do Cidadania-GO, Michel Roriz, e o professor Luís, presidente da Juventude Cidadania em Anápolis

No encontro houve a recomposição do Diretório Estadual e de dirigentes do partido em nível estadual e municipal.

Manaus: Nova pesquisa confirma Amom na liderança com 29,3%

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David Almeida tem 27,5%, Alberto Neto 9,1%, Roberto Cidade 9% e Marcelo Ramos 6,2%

Nova pesquisa divulgada nesta quinta-feira (18/4) pelo Instituto Pontual confirma que o deputado federal Amom Mandel (Cidadania) lidera a corrida pela Prefeitura de Manaus com 29,3% das intenções de voto, seguido pelo prefeito David Almeida (Avante) com 27,5%. Em terceiro lugar, empatados tecnicamente, estão o Capitão Alberto Neto (PL) com 9,1% e o deputado estadual Roberto Cidade (União Brasil) com 9%. Marcelo Ramos (PT) tem 6,2%, Maria do Carmo (NOVO) 2,3% e Wilker Barreto (PMN) aparece com 2% das intenções de votos.

Os eleitores que afirmaram que irão votar branco/nulo somam 7,4% e os indecisos representam 7,2%. A pesquisa foi realizada no período de 12 a 16 de abril e ouviu 1.066 eleitores de todas as zonas da cidade. A margem de erro é de 3% com intervalo de confiança 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o nº AM-09521/2024.

Rejeição

O prefeito David Almeida lidera em rejeição com 26,6% dos eleitores afirmando que não votariam no atual prefeito de forma alguma. Marcelo Ramos é rejeitado por 17,8% dos eleitores. Os demais apontados são: Amom Mandel com 10,1%; Maria do Carmo com 9,2% e Wilker Barreto com 8,3%. A menor rejeição é de Roberto Cidade com 5,3%. O segundo pré-candidato menos rejeitado é Alberto Neto com 5,8%.

Questionados sobre a decisão da escolha do candidato, 57,5% dos entrevistados responderam que estão decididos sobre em quem irão votar. Já 41,5% admitiram que podem mudar o voto, enquanto 1% dos entrevistados não souberam opinar.

Amom vence todos em segundo turno

O Instituto Pontual Pesquisas estudou diferentes cenários para um possível 2º turno para uma análise abrangente das possibilidades eleitorais.

Cenário A

Amom Mandel aparece com 49,2% e David Almeida com 40,3%. Os votos brancos e nulos são de 8,9%. Já os eleitores que não responderam ou não sabem representam 1,6%.

Cenário B

Amom Mandel aparece com 56,4% das intenções de votos, enquanto Alberto Neto tem 29,7%. Os votos brancos e nulos são de 11,5%. Já os eleitores que não responderam ou não sabem representam 2,4%.

Cenário C

Amom Mandel volta a aparecer com 58,8%, enquanto Roberto Cidade vem logo em seguida com 25,8%. Brancos e nulos são 12,7% e os que não responderam ou não sabem representam 2,7%.

Cenário D

O atual prefeito David Almeida aparece com 50,1% enquanto Alberto Neto tem 33,1%. Brancos e nulos são 14,9% e os que não responderam ou não sabem representam 1,9%.

Cenário E

Em um possível cenário de 2º turno entre os candidatos Roberto Cidade e David Almeida, o prefeito de Manaus tem maior vantagem. David Almeida aparece com 50,9% enquanto Roberto Cidade tem 29,3%. Brancos e nulos são 17,7% e os que não responderam ou não sabem representam 2,1%.

As pesquisas realizadas pela Pontual são supervisionadas pelo Professor Mestre Eric Barbosa, especialista em pesquisas de opinião pública e diretor do Instituto Pontual Pesquisas – empresa especializada em pesquisas de opinião pública, mercado e eleitoral, com atuação desde 2016 nos estados da Região Norte do país.

Comissão aprova projeto de Manente que amplia isenções para faculdades

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A isenção valerá desde que a instituição cumpra as regras da Lei Complementar 187/21, que regulamenta a certificação das entidades beneficentes.

A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (17) projeto de lei 4980/16 de autoria do deputado Alex Manente, que isenta as instituições universitárias que aderirem ao Programa Universidade para Todos (Prouni) da contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento.

A isenção valerá desde que a instituição cumpra as regras da Lei Complementar 187/21, que regulamenta a certificação das entidades beneficentes. Atualmente, as instituições do Prouni já possuem isenção de outros tributos, como o Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ).

O programa oferece bolsas de estudo universitárias, integrais e parciais (50% do valor da mensalidade), em cursos de instituições privadas. Alex Manente entende que o Prouni é o principal caminho para o Brasil alcançar melhores índices de escolarização no ensino superior e que a contribuição, que é de 20% sobre o total da folha de pagamentos, é bastante onerosa para as universidades que dependem, principalmente, do capital humano para sobreviverem, ou seja, dos professores.

“Acreditamos que, se desoneradas dessa contribuição, haverá uma oferta muito maior de bolsas de estudos para nossos jovens. Muitas outras universidades e faculdades que hoje não conseguem oferecer parte de suas vagas de forma gratuita, ao serem desoneradas dessa contribuição, poderão investir em bolsas de estudos ofertadas pelo Prouni”, ressaltou Manente.

O PL será enviado para as comissões de Educação; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

Convocação para reunião ordinária da Comissão Executiva Nacional – 27/04/2024

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Ofício 050/2024 – Cidadania/DN

Brasília, 18 de abril de 2024

Prezados(as) companheiros(as),

Por meio deste, estamos convocando os membros da Comissão Executiva Nacional para uma reunião ordinária, de acordo com o estabelecido no artigo 20, §5º, do nosso estatuto, online, no dia 27 de abril de 2024,  às 09 horas, para tratar dos seguintes pontos de pauta:

1 – .Análise de Conjuntura;

2 – .Aprovação do documento “Princípios, diretrizes e identidade partidária para as eleições municipais de 2024, elaborado pelo GT.

3 – Organização da federação nos estados e eleições municipais (relato dos coordenadores);

4 – Assuntos gerais.

A reunião será realizada por meio de link que será enviado aos membros da Executiva Nacional.

Sem mais para o momento e certos de contarmos com sua imprescindível presença, subscrevemo-nos,

Regis Cavalcante
Secretário Geral

Comte Bittencourt
Presidente

Ofício 050/2024 – Convocação para reunião da Executiva Nacional

050_2024 – Convocação para reunião da Executiva Nacional – 27_04_2024

Lula deve pôr as barbas de molho com o cenário mundial

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NAS ENTRELINHAS

Da mesma forma como o isolamento internacional se tornou um ponto fraco de Bolsonaro, a deriva diplomática de Lula abre espaços para a oposição

Num Palácio em que a cozinha governa, porque a área meio controla as atividades fins, o florentino Nicolau Maquiavel seria uma espécie de espírito de porco, a desafiar o coro dos contentes que cercam o príncipe, num momento em que o seu governo precisasse corrigir seu curso.

“De quanto pode a fortuna nas coisas humanas e de que modo se lhe deva servir” (Quantum fortuna in rebus humanis possit, et quomodo illis it occurrem dum), o 15º capítulo d’O Príncipe, foi escrito para separar a religião da política, numa época em que o Estado recebia forte influência da Igreja, mas trata é desse assunto.

À época, dizia-se que as coisas eram governadas pela fortuna e por Deus e que os homens não poderiam modificar o seu destino. É mais ou menos o que acontece com o governo Lula, cujo futuro parece predeterminado por velhas convicções ideológicas, o que é sempre uma forma distorcida de apreensão da realidade, tanto quanto a religião.

Na navegação, seja costeira, seja estimada ou astronômica, há uma diferença entre o rumo da agulha, aquele para o qual a proa do barco aponta, e o rumo verdadeiro, que só aparece quando se usa régua e compasso. O barco parece seguir numa determinada direção, mas está sendo desviado pela corrente. Caso nada seja feito, não chegará ao destino. O nome disso é deriva.

Antigamente, muitos se deixavam governar pela sorte e perdiam o poder. Até Maquiavel separar as responsabilidades: “Para que o nosso livre-arbítrio não seja extinto, julgo poder ser verdade que a sorte seja o árbitro da metade das nossas ações, mas que ainda nos deixe governar a outra metade, ou quase”.

Comparou a Fortuna aos rios torrenciais: “Quando se encolerizam, alagam as planícies, destroem as árvores e os edifícios, carregam terra de um lugar para outro; todos fogem diante dele, tudo cede ao seu ímpeto, sem poder opor-se em qualquer parte”. Quando fala da Fortuna, Maquiavel se refere às contingências que cercam um governante.

O príncipe que se apoia totalmente na sorte vai à ruína. Entretanto, observou Maquiavel, “isso não impedia que os homens, quando a época era de calma, tomassem providências com anteparos e diques, de modo que, crescendo depois, ou as águas corressem por um canal, ou o seu ímpeto não fosse tão desenfreado nem tão danoso”.

Desde a eleição de Lula, o cenário externo passou por grandes mudanças. A guerra da Ucrânia, de um lado, e a de Gaza, de outro, e os governos do Cone Sul, com destaque para a Venezuela e a Argentina, colocaram em xeque e estratégia de projeção de poder do Brasil na cena internacional como uma potência regional com papel decisivo. O mar de almirante virou um oceano proceloso, que ameaça levar ao naufrágio nossa excelente diplomacia.

Cenário externo

Ao trazer de volta para o debate político interno o lugar do Brasil no mundo, Lula abriu um flanco para a oposição até então inimaginável. Da mesma forma como o isolamento internacional se tornou um grande ponto fraco do governo Bolsonaro, a deriva diplomática de Lula começa a abrir espaços para a oposição, interna e externamente.

Nesse aspecto, o confronto entre o bilionário sul-africano Elon Musk, da Tesla, da Space X e do antigo Twitter, agora X, e o Supremo Tribunal Federal (STF) não deve ser subestimado, porque abriu espaço para a atuação ostensiva de lideranças ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro no exterior, com a narrativa de que vem sendo vítima de perseguição política. Lula e o ministro Alexandre de Moraes são retratados como protagonistas de uma trama autoritária, que busca sufocar a oposição e restringir a liberdade.

O ambiente econômico mundial, em meio à guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, também não oferece ao Brasil as possibilidades que se imaginava no governo. Mesmo nos países ricos, o problema fiscal é preocupante. O Conselho Europeu busca reconstruir reservas orçamentárias para a transição energética, a transformação digital e a defesa. Nos Estados Unidos, a inflação de 3,5% força o Federal Reserve (Fed), seu banco central, a manter sua política de juros.

Foi ruim a reação do mercado ao adiamento da meta fiscal de deficit zero para 2025. Era um segredo de polichinelo, a expansão de gastos do governo já apontava nessa direção. Mesmo assim, sinalizava responsabilidade fiscal da equipe econômica e dava credibilidade ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

As relações comerciais com a China e a Rússia, estratégicas para o agronegócio, não são o bastante para a expansão da nossa economia. O ambiente externo, a mudança na meta fiscal e, agora, o confronto entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o presidente Lula são complicadores que exigem uma estratégia de redução de danos do governo. Para piorar, a regulamentação da reforma tributária está encalhada, e surgem pautas conservadoras e diversionistas, como comissões de inquérito, que retiram o foco do parlamento daquilo que realmente é decisivo para o país crescer. O governo precisa se adaptar ao novo cenário externo e corrigir o seu rumo. (Correio Braziliense – 18/04/2024)

IMPRENSA HOJE

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Veja as manchetes dos principais jornais hoje (18/04/2024)

MANCHETES DA CAPA

O Globo

Governo negocia dar até 59% de desconto na multa de empresas punidas na Lava-Jato
FMI recomenda maior ‘esforço fiscal’ ao governo
Julgamento no CNJ reacende divisão de alas no STF sobre operação
Histórico bolsonarista pesou para queda de primo de Lira no Incra
José Guimarães: ‘Câmara é conservadora, não vamos brigar à toa’
‘A web não é terra de ninguém’, diz CEO do Google
Governo de SP manterá 18% da Sabesp e prevê redução de 1% a tarifa
Agenda do MEC entra em conflito com a da equipe econômica
Produtos para alimentação infantil têm mais açúcar em países pobres, diz estudo
Ações de empresa disparam após acordo para produzir similar do Ozempic
EUA retomam sanções após Venezuela barrar candidatos de oposição

O Estado de S. Paulo

PEC que amplia ganho de juiz avança; governo prevê gasto de R$ 42 bi
Em meio a embate entre Poderes, Moraes faz peregrinação pelo Congresso
‘Pautas-bomba’ avançam e Fazenda vê relação difícil com o Congresso
Câmara de SP aprova adesão da cidade à privatização
Menino de 7 anos é baleado na cabeça durane ação da PM
Mulher presa com idoso morto em banco é indiciada
EUA retomam sanções à Venezuela após vetos chavista a chapa de oposição

Folha de S. Paulo

Em meio a crise entre Poderes, Moraes vai de supresa ao Senado
Centrão avalia tirar Padilha do caminho das emendas parlamentares
Mudança no abono salarial pode gerar gasto de R$ 27,9 bi
Deputados dos EUA divulgam decisões do STF sobre o X
Cenário não é de intervenção no câmbio, diz Campos Neto
Governo Tarcísio vai usar IA para criar aula digital
Acionistas terão limite de votos em Sabesp privada
Menino de sete anos é ferido durante operação da PM em SP
Polícia do RJ apura se idoso foi levado morto a banco

Valor Econômico

Fusões e aquisições no setor de energia podem movimentar R$ 30 bi neste ano
Campos Neto se livra da amarra de novo corte de 0,5 ponto
Arcabouço não estabiliza dívida, projeta FMI
EUA deverão triplicar tarifa sobre alumínio e aço da China
Planalto age para conter crise com Lira
Privatização da Sabesp terá duas etapas