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IMPRENSA HOJE

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Veja as manchetes dos principais jornais hoje (17/10/2024)

MANCHETES DA CAPA

O Globo

Em meio à crise, governo articula mudar regras das agências reguladoras
Nunes tem 45% das intenções de voto contra 33% de Boulos
Em BH, prefeito para ser fiel da balança na sucessão da Câmara
Fazenda busca alternativas para reduzir déficit, e bancos apoaiam plano de Haddad
Desordem ‘que é regra’ e se espalha
Fim do ‘sonho’ do horário de verão

O Estado de S. Paulo

Fazenda quer corte para manter arcabouço; Lula critica pressão
Roubo de armas de CACs triplica e temor é de desvios para o crime
Pesquisas bancadas pelos próprios institutos acendem alerta do TSE
Plano brasileiro de estatal espacial mira foguetes da SpaceX, de Musk
Governo descarta adoção do horário de verão neste ano
Justiça impõe prazo para Enel restabelecer energia elétrica em SP
Falta de imóveis ganha peso em eleição nos EUA

Folha de S. Paulo

Maioria dos pais apoia proibição de celulares nas escolas, diz Datafolha
Lula defende gastos em educação e saúde antes de agenda com banqueiros
Nunes marca 45% e Boulos tem 33%, aponta Quest
Candidato do PSOL acusa falta de transparência do Datafolha; instituto diz seguir requisitos
Falta de luz deve monopolizar debate Folha/UOL/RedeTV!
Estatal paga bônus de até R$ 73 mil a nomes ligados a Palocci e governo
Justiça paulista dá 24 horas para Enel restabelecer energia em SP
Criminosos sequestram nove ônibus para fazer barricada contra o Bope no Rio
2024 não terá horário de verão, decide gestão Lula
Guerra entre Israel e Hezbollah esvazia ‘cinturão brasileiro’ no leste do Líbano

Valor Econômico

Pagamento de dividendos aumenta quase 30% no ano e alcança R$ 222 bi
Grupo vai debater juro alto no ‘Conselhão’
Seguradora recorre a cientistas para entender o clima
Globo anuncia nova grade de olho no futuro
Nunes tem 45% e Boulos, 33%, segundo Quaest
CSN pode obter R$ 4,3 bi ao vender fatia de mineradora

Natal: Cidadania, Rede e PSB anunciam apoio a Natália Bonavides no 2º turno

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O Cidadania-RN, que esteve com Carlos Eduardo no primeiro turno das eleições municipais em Natal, realizou uma reunião nesta quarta-feira (16), em sua sede, para anunciar apoio à candidata Natália Bonavides no segundo turno. O encontro contou com a presença da governadora Fátima Bezerra e de importantes lideranças políticas, como membros da Rede Sustentabilidade e do PSB, que também declararam apoio à candidatura de Natália.

Durante o evento, Wober Júnior, presidente estadual do Cidadania, destacou a confiança na nova aliança. “No primeiro turno, estivemos ao lado de Carlos Eduardo, mas agora não temos dúvidas de que Natália Bonavides representa a melhor opção para Natal. Ela tem compromisso com a população e um projeto sólido para o futuro da cidade, e acreditamos que essa é a direção certa para o segundo turno”, afirmou Wober.

O apoio de diferentes legendas reforça a candidatura de Natália Bonavides na disputa, consolidando uma frente ampla para o segundo turno.

Rubens Bueno cobra de senador Davi Alcolumbre votação de projeto dos supersalários

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O ex-deputado federal Rubens Bueno (Cidadania-PR) voltou a cobrar nesta quarta-feira a votação, no Senado, do projeto que põe fim aos supersalários. A matéria está parada na Comissão de Constituição e Justiça, presidida pelo senador Davi Alcolumbre (União-AP), desde julho de 2021, quando foi aprovada na Câmara por unanimidade sob a relatoria de Bueno.

Alcolumbre é candidato a presidente do Senado. O governo federal necessita de recursos para fechar o caixa. A aprovação desse projeto daria, ao Planalto, um respiro de pelo menos R$ 4 bilhões ao ano. A cobrança pelo fim desse privilégio é feita também pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

“Queria saber o motivo do Senado ter engavetado esse projeto. Não tem cabimento. É uma proposta que ajusta o teto salarial do serviço público e acaba com a imoralidade dos penduricalhos, que fazem alguns poucos privilegiados receberem mais de 100 mil reais por mês dos cofres públicos. Isso é inadmissível, e precisamos barrar urgentemente. Basta o senador botar o projeto para votar na CCJ do Senado”, cobra Rubens Bueno, que ressalta também o trabalho do ex-deputado federal Benito Gama (PP-BA), que presidiu a comissão especial da Câmara que analisou o projeto.

O projeto (PLS 449/2016 – PL 6726/2016) foi aprovado pela Câmara no dia 13 de julho de 2021 e está parado na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado à espera de um relator. Segundo a PNAD Contínua, cerca de 0,23% dos servidores estatutários do Brasil têm rendimentos efetivos superiores ao teto do funcionalismo público (R$ 39,2 mil mensais), com um adicional médio de rendimento mensal de cerca de R$ 12.685,00. Considerando os cerca de 11 milhões de servidores (a PNADC subestima o número total), isso equivale, portanto, a aproximadamente 25,5 mil servidores com proventos acima do teto (0,23% x 11 milhões de servidores)

Desse modo, a massa de rendimentos acima do teto federal seria de R$ 3,8 bilhões por ano (25,5 mil servidores x 12 meses x R$ 12.685). A regulamentação do teto economizaria, portanto, esse volume de recursos para os cofres públicos.

“Grande parte dos ganhos acima do teto vem das chamadas verbas indenizatórias, um nome pomposo para o que, na verdade, são penduricalhos salariais criados para burlar a lei”, reforça Rubens Bueno.

Apagão desnuda São Paulo como uma “sociedade de risco”

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NAS ENTRELINHAS

Com a ultrapassagem da sociedade industrial, na qual era administrado e prejudicava os mais pobres, o risco é transversal a todas as classes sociais

Os sintomas já estavam em toda parte, os mais gritantes na Cracolândia, no centro de São Paulo, e na multidão de moradores de rua, na violência cotidiana nas periferias e no trânsito cada vez mais caótico, mas foi o apagão provocado pela tempestade deste fim de semana que tornou esse assunto um tema central no debate eleitoral de São Paulo: o risco de colapso urbano existe. Tanto que o prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, e o candidato de oposição, Guilherme Boulos (PSol), se digladiaram na tevê e trocaram acusações mútuas sobre as responsabilidades pelo colapso do sistema de distribuição de energia, que veio abaixo com as árvores derrubadas pelo vento.

Foi uma tempestade perfeita. De acordo com a Defesa Civil, as rajadas de vento chegaram aos 87 quilômetros por hora na estação meteorológica da Lapa e Vila Leopoldina, na zona oeste da cidade, na noite de sábado. O aeroporto de Congonhas teve as operações de pousos e decolagens suspensas das 19h53 às 20h12. O “evento extremo” numa cidade como São Paulo mostrou uma nova realidade: bairros como Morumbi, Butantã, Vila Maria, Pinheiros, Perdizes, Barra Funda e Bela Vista ficaram sem energia, não foi apenas a periferia. A mesma coisa aconteceu nas cidades da Grande São Paulo. Milhares de residências continua sem energia, os prejuízos econômicos são imensos.

São Paulo não está preparada para eventos extremos, tanto quando Porto Alegre durante as enchentes do Rio Grande Sul. A prefeitura não faz a poda de árvores (deve existir um contrato para isso a ser fiscalizado); a Enel, a distribuidora de energia, não tinha um plano de contingência e não fez os investimentos que deveria em infraestrutura (provavelmente seus transformadores, sobrecarregados, entraram em colapso); a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não cumpriu seu papel fiscalizador. O governo federal é responsável pela concessão. Trocando em miúdos, os cidadãos paulistas estão se dando conta de que a vivem numa “sociedade de risco”.

Esse conceito surgiu com a publicação do livro Risikogesellschaft, de Ulrich Beck, em 1986, alguns meses antes do acidente nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, que viria a dar dimensão factual ao texto. Mesmo assim, no Brasil, somente foi publicado 20 anos depois, sob o título Sociedade de risco: rumo a uma outra modernidade (Editora 34). A gravidade do que ocorreu àquela época na usina nuclear colocou em xeque a “guerra fria” entre os Estados Unidos e a antiga União Soviética e levou o líder comunista Mikhail Gorbatchov a pôr fim à corrida nuclear. Ganhou o Nobel da Paz de 1990.

O fenômeno se repetiu por ocasião do tsunami de 11 de março de 2011, no Japão, que sofreu sua maior catástrofe desde as bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki, em 1945. Um terremoto fortíssimo no Oceano Pacífico provocou um tsunami também devastador, contra o qual mesmo as sólidas defesas japonesas não tiveram chance. A fúria do mar, por sua vez, provocou um acidente nuclear na usina de Fukushima, 260 quilômetros ao norte de Tóquio. Mais de 18 mil pessoas foram mortas pelo tsunami, e o acidente em Fukushima forçou a retirada de 160 mil pessoas que moravam nas imediações.

Perda de controle

Na concepção de Beck, perigos são fabricados de forma industrial, exteriorizados economicamente, individualizados no plano jurídico, legitimados no plano das ciências exatas e minimizados no plano político. Seu ponto de partida é a modernização reflexiva: as consequências do desenvolvimento científico, industrial e tecnológico implicam riscos que não podem ser contidos espacial ou temporalmente. Mais ainda: como a riqueza, esses riscos são distribuídos socialmente. Na sociedade industrial, até poderiam ser administrados de acordo com as relações de poder.

Com a ultrapassagem da sociedade industrial, na qual os riscos eram administrados e, geralmente, prejudicavam os mais pobres, o risco é transversal a todas as classes sociais. A pandemia de covid-19 é um exemplo. Grosso modo, riscos são administrados de cima para baixo, de acordo com análises de cientistas e peritos, e administrados politicamente, de acordo com a posição econômica e social. Não é mais assim. O desenvolvimento científico e tecnológico perdeu o controle sobre os riscos ambientais, biológicos, químicos e nucleares. A percepção e a consciência dos riscos pelos cidadãos comuns, porém, não são irracionais ou desinformadas, mas produtos de processos complexos que definem o que é aceitável, o que é digno, o que está de acordo com as suas maneiras de ser, pensar e agir.

Ter uma cultura de risco implica possuir conhecimentos que permitem a prevenção de situações de risco e a autoproteção em caso de perigo. O risco está cada vez mais presente no nosso cotidiano. O que mais impressiona na crise atual de São Paulo é que o risco de uma ventania pôr em colapso a cidade era previsível desde o primeiro apagão provocado pela queda de árvores. (Correio Braziliense – 16/10/2024 – https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2024/10/6965675-analise-apagao-desnuda-sao-paulo-como-uma-sociedade-de-risco.html)

IMPRENSA HOJE

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Veja as manchetes dos principais jornais hoje (16/10/2024)

MANCHETES DA CAPA

O Globo

Brasil dobra número de médicos, mas disparidade regional persiste
Caixa reduz crédito para financiar imóvieis, e entrada será maior
Fazenda projeta corte de R$ 30 bi a R$ 50 bi com pacote a ser levado a Lula
Em atrito com potenciais ‘sucessores’, Bolsonaro marca terreno na direta por 2026
Valdemar Costa Neto – ‘É preciso trazer o centro ao PL para ganhar de Lula’
Nunes x Boulos: batalha nas urnas e na Justiça Eleitoral
Laudo médico falso afastou indecisos de Marçal na reta final, indica pesquisa
Contratos do laboratório PCS com o estado previam 1,7 milhão de exames
Mutirão de catarata no RN antes da eleição leva 8 a perder parte da visão
Retaliação ao Irã não deve mirar áreas nucleares e de petróleo
Crise humanitária se agrava em Gaza, e EUA pressionam Israel

O Estado de S. Paulo

Enel corto 16% da verba para investimento; reação a situações de emergência piorou
Lula recebe banqueiros no Planato para debater agenda econômica
Medidas de corte serão levadas a Lula após 2º turno, diz Tebet
Técnicos da Fazenda alertaram Haddad sobre risco de fraude no Auxílio Gás
Procuradores e advogados da União ganham R$ 1,1 bi em honorários
Caixa elevará valor da entrada para compra de imóveis
Fernanda Montenegro – Maior atriz do Brasil chega aos 95 ativa e influente
Maduro cometeu crimes contra a humanidade na eleição, indica ONU

Folha de S. Paulo

Incerteza fiscal lea governo a pagar maior juro da dívida pública
Enel contrata um terço dos eletricitas prometidos
Apagão em São Paulo muda campanhas e acirra embate entre Nunes e Boulos
Gestão Lula é alvo de ações sobre lista de bets regulares
Médico atribui falsos negativos de HIV a erros técnicos
Lula ora com evangélicos após sanção do Dia Nacional da Música Gospel
Voos de repatriação no Líbano têm luzes apagadas para camuflar avião
Sanidade de Trump entra na mira de democratas no fim da campanha

Valor Econômico

Com juro real elevado, fundo de pensão reduz fatia em ações para 10,4%, a mínima histórica
Lula e bancos vão discutir crédito, ‘bets’ e taxação de milionários
Dólar sobe 1,3% com exterior, a R$ 5,656, maior valor em 2 meses
Apagão entra na eleição e pressão contra Enel cresce
Como a Azzas lida com diferenças de cultura e gestão
Dívida global deve superar US$ 100 tri
Setor de papel e celulose sofre com queimadas

Alex Manente vai investir firme na educação em São Bernardo

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Candidato do Cidadania a prefeito de São Bernardo do Campo, o deputado federal Alex Manente tem compromisso com a Educação. Hoje, 15 de outubro, Dia do Professor, ele fez questão de reafirmar suas propostas sobre o tema.

“Valorizar o professor é um dos principais pilares da educação. Vamos garantir valorização, formação e os recursos que eles precisam para transformar vidas. Investir em educação é investir em um futuro melhor e para todos”, afirma Alex.

E os estudantes também estão nos planos de Alex. “Como prefeito, vou fazer o Passe Livre Estudantil para todos os estudantes de São Bernardo, sem restrição de linhas, dias da semana ou distância. Isso vai trazer uma economia de R$ 1600,00 para os nossos estudantes. É assim que precisa ser feito!”, garantiu.

SAIBA MAIS SOBRE AS PROPOSTAS DE ALEX MANENTE PARA A EDUCAÇÃO

Para nossos jovens, a elite política fracassou

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NAS ENTRELINHAS

Em grande parte, o desinteresse dos jovens pela escola é resultado da má qualidade do ensino, fenômeno que chegou às universidades federais, com altos índices de evasão

Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil é o segundo país em proporção de jovens entre 18 e 24 anos que não estudam nem trabalham, atrás apenas da África do Sul, num total de 37 países analisados. Os motivos desses jovens estarem sem estudar e sem trabalhar variam conforme a renda familiar, porém, se encontram nessa condição principalmente os mais pobres. Jovens que não estudam, não trabalham e nem procuram emprego majoritariamente moram nas periferias das cidades brasileiras.

A Subsecretaria de Estatísticas e Estudos do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego, avalia que dos 207 milhões de habitantes do Brasil, 17% são jovens de 14 a 24 anos, dos quais 5,2 milhões estão desempregados. Ou seja, são 55% das pessoas que procuram emprego e não acham, num universo de 9,4 milhões, dos quais 52% são mulheres e 66% são pretos e pardos. Aqueles que nem trabalham nem estudam e nem procuram emprego — os chamados nem-nem — somam 7,1 milhões, sendo que 60% são mulheres, a maioria com filhos pequenos, e 68% são pretos e pardos.

Cristovam Buarque, ex-governador do Distrito Federal e ex-reitor da Universidade de Brasília, em sua pregação incansável pela educação de qualidade para todos, atribui boa parte da desocupação dos jovens às distorções do nosso sistema de ensino. Uma delas é o fato de que damos mais importância ao ensino universitário do que à educação básica — isto é, os ensinos infantil, fundamental e médio. Diz que o Brasil só vai resolver o problema da desigualdade social quando o filho do pobre tiver uma escola tão boa quanto a do filho do rico, de preferência estudando juntos.

É mais ou menos consensual a conclusão de que, em grande parte, o desinteresse dos jovens pela escola é resultado da má qualidade do ensino, um fenômeno que agora também chegou às universidades, com altos índices de evasão. As mudanças tecnológicas e seus impactos no mercado de trabalho, com a precarização de muitas profissões e o surgimento de novas atividades profissionais ou oportunidades de negócios, ligados às redes sociais e novas tecnologias digitais, fazem com que o desinteresse pela escola cresça entre os jovens, inclusive os de classe média.

Diante disso, chega a ser patético o que está acontecendo com as universidades federais, que deveriam ser a vanguarda da educação voltada para esses novos tempos, com as aulas paralisadas por mais de 60 dias em razão de uma greve de professores e funcionários. Reivindica-se vantagens corporativas sem se dispor a discutir o papel que deveriam ocupar diante da nova realidade, para aumentar a qualidade do ensino, a produtividade científica e a integração às atividades econômicas à realidade social do país.

Fracasso político

Ninguém deve se surpreender: a ultrapassagem da sociedade industrial e sua estrutura de classes faz com que um número crescente de jovens deseje mudanças numa direção radicalmente inversa àquela que pautou a segunda metade do século passado. As utopias de esquerda já não têm o mesmo apelo. Na França, 36% dos jovens de 18 a 24 anos apoiam o Rally Nacional (RN), de Marine Le Pen, enquanto 31% apoiam o Partido da Liberdade (PVV), de Geert Wilders, nos Países Baixos.

Crises econômicas, como a de 2008 e a pandemia, podem ter colaborado para isso, mas é preciso buscar causas mais profundas da apatia e do desengajamento da juventude. O fracasso da escola diante das mudanças que ocorrem nas estruturas produtivas e nas formas de relacionamento social é uma delas. Se a escola e a democracia não oferecem um caminho para o futuro desejado, surgem outras vias atraentes.

O reacionarismo, que se baseia num passado imaginário, oferece soluções simplificadas e a velha ordem. No nosso caso, nada mais ultrapassado do que a escola cívico-militar, que acaba de ser adotada também pelo governo de São Paulo. Quando jovens não querem estudar, parte dos eleitores sonha com a volta da régua e da palmatória, além de outras formas de castigo para que os jovens rebeldes, lentos ou dispersivos garantam o futuro.

Jovens universitários norte-americanos e de outros países que protestam contra as ações de Israel em Gaza são uma esperança de que nem tudo está perdido. Mas será que também não estão com a cabeça no passado e, por isso, não representam a maioria? Nos Estados Unidos, um país de oportunidades e liberdade de escolhas, é um espanto a emergência da xenofobia contra os imigrantes e o supremacismo racial, que dão resiliência a Donald Trump, agora condenado por um tribunal de Nova York.

O novo estilo de vida oferecido aos jovens nas redes sociais é pautado pelo sucesso individual, via empreendedorismo, e na lei do mais forte. Nesse darwinismo social, somente sobreviverá quem se adaptar à nova realidade por esforço próprio. Num país como o Brasil, isso significa aprofundar nossas desigualdades sociais.

A ordem democrática em que vivemos é resultado do encontro de duas gerações: a que viveu o golpe militar de 1964 e aquela que protagonizou a democratização do país, liderada por políticos que construíram essa ponte — como Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, José Sarney, Leonel Brizola e Miguel Arraes. Entretanto, para os nossos jovens, a atual elite política fracassou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está no terceiro mandato, é sócio desse fracasso. Entretanto, ainda tem tempo para pensar fora da caixinha e apostar na educação. É a via de combate às desigualdades e ao obscurantismo. (Correio Braziliense – 15/10/2024 – https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2024/06/6869144-nas-entrelinhas-para-nossos-jovens-a-elite-politica-fracassou.html)

IMPRENSA HOJE

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Veja as manchetes dos principais jornais hoje (15/10/2024)

MANCHETES DA CAPA

O Globo

Crise tem jogo de empurra entre Enel, Aneel, governo e prefeitura, e 300 mil seguem sem luz
Apagão domina debate entre Nunes e Boulos
Fazenda quer convencer Lula a adotar pacote de corte de gastos após eleição
Resultados das urnas dão fôlego à ala do Nordeste na disputa interna do PT
Paes organiza chapa de oposição a Bacellar na sucessão da Alerj
Laboratório reduziu controle de exames por economia, diz funcionário preso
PCS recebeu R$ 21 milhões do governo estadual, quase a metade sem passar por licitação
ONU condena ataques de Israel e mantém forças de paz no sul do Líbano

O Estado de S. Paulo

Comércio e população de SP se mobilizam para cobrar Enel na Justiça por perdas
Pedidos de fim de contrato em outros Estados e no Chile
Apagão marca debate quente e com troca de acusações
Para baixar juro de crédito, governo mira em consignado a trabalhador
Trabalhadores terão de aprender a conviver com IA, dizem executivos
Prédios mais valorizados da Faria Lima têm poucos donos
Israel bombardeia região de maioria cristã no Líbano; mais de 20 morrem

Folha de S. Paulo

SP fica mais tempo sem luz que cidades italianas clientes da Enel
Paulistanos improvisam alimentação e tomam banho na cas de familiares
Fernando Haddad – Arcabouço fiscal não funciona sem limite de despesa
Caixa reduz crédito para financiamento de imóveis de até R$ 1,5 milhão
Horário de verão ainda divide brasileiros, apoio nunca foi tão baixo, diz Datafolha
Brasil patina na melhoria salarial de professores
Sócio de laboratório em caso de órgãos com HIV é preso
Moradores de Beirute se preparam para próximo bombardeio de Israel

Valor Econômico

Governo prepara pacote com medidas de revisão de gastos
Planalto avalia ação por dano moral coletivo contra Enel
Trio recebe Nobel por estudo sobre riqueza das nações
Fusões e aquisições crescem 56%
Agências reguladoras têm diretorias vagas
Novo presidente quer Firjan no debate nacional
Apagão foi o tema central de debate em SP

Luzias, saquaremas e camaleões na política brasileira

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NAS ENTRELINHAS

Não existe um projeto de modernização capaz de forjar um consenso político nacional e incorporar a grande massa da população. A massa crítica intelectual e empresarial para formular essa alternativa foi alijada da política

Um bom programa para um fim de semana com cara de poucos amigos é assistir ao clássico do cinema italiano O Leopardo (Il Gattopardo, 1963), estrelado por Burt Lancaster, Claudia Cardinale e Alain Delon, do diretor italiano Luchino Visconti (1906-1976). Com base na obra do siciliano Giuseppe Tomasi di Lampedusa (1896-1957), o filme retrata a decadência da aristocracia agrária da Sicília, no contexto da Segunda Guerra da Independência e Unificação da Itália (1859-1860), e está disponível na Netflix.

Ao resgatar memórias pessoais e seu idealizado e nostálgico passado aristocrático, Lampedusa expressa um ponto de vista conservador sobre o Risorgimento. Em 1860, Garibaldi luta no movimento de unificação da Itália. D. Fabrizio (Burt Lancaster) é um aristocrata que tenta manter o antigo modo de vida, apesar dos tempos de mudança. Para ele, a ascensão da burguesia é uma ameaça. Contudo, numa manobra astuta, combina o casamento do seu sobrinho Tancredi (Alain Delon) com Angélica (Claudia Cardinale), filha de um rico e influente administrador de propriedades. Fiel a seus valores, D. Fabrizio afirma: “A não ser que nos salvemos, dando-nos as mãos agora, eles nos submeterão à República. Para que as coisas permaneçam iguais, é preciso que tudo mude”.

Certas coisas no Brasil também mudam para continuar como estão. “Não há mais nada parecido com um saquarema do que um luzia no poder”, carimbou o político pernambucano Antônio Francisco de Paula Holanda Cavalcanti de Albuquerque ao definir a política partidária da elite brasileira no Segundo Reinado. Referia-se à atuação dos partidos Liberal (luzias) e Conservador (saquaremas) durante o Segundo Reinado. Saquarema é o nome do município fluminense onde o Visconde de Itaboraí tinha uma fazenda. Ali o grupo conservador se reunia com frequência. Luzia era uma referência à pequena cidade mineira de Santa Luzia, onde ocorreu a maior derrota dos liberais nas revoltas de 1842.

Saquaremas e luzias tinham a mesma origem social e muitos interesses comuns. Após o Golpe da Maioridade (1840), Dom Pedro II resolveu mediar as disputas entre ambos e exercer seu poder moderador. Em 1853, essa política atingiu seu auge, com a formação do “Ministério da Conciliação”, liderado por Honório Carneiro Leão, o Marquês de Paraná, que contou com a participação de conservadores e liberais, ainda que se digladiassem nas províncias. Esse ministério deu estabilidade política ao país e possibilitou avanços institucionais que seriam impossíveis num ambiente de ferrenha disputa pelo poder, mas também serviu para prolongar no tempo o regime de trabalho escravo.

Os saquaremas defendiam a centralização do poder; os luzias pregavam a monarquia federativa, opondo-se ao Poder Moderador e ao Senado vitalício, dominado pelos conservadores. Saquaremas dominaram o Segundo Reinado; luzias, a República Velha. Seus líderes pensaram o Brasil, em debates parlamentares, artigos de jornal, livros, brochuras, panfletos: Joaquim Nabuco, Rui Barbosa, Campos Salles, Alberto Torres, para citar alguns. O centro do debate era o papel do Estado no desenvolvimento e sua relação com a sociedade.

Metamorfose

Na história das nossas ideias políticas, centralização do poder (autoritarismo) e descentralização (liberalismo) são um tema central: idealistas orgânicos e idealistas utópicos; tradição ibérica/estamento burocrático versus liberalismo irrealizado; autoritarismo instrumental ou liberalismo doutrinário; iberistas e americanistas; idealistas orgânicos e idealistas constitucionais. E os camaleões?

São répteis da família Chamaeleonidae e incluem cerca de 195 espécies. Algumas são tão pequenas que medem apenas um centímetro, enquanto outras podem medir até 60cm. Cada espécie de camaleão tem suas cores e padrões. A mudança de cor é um meio de comunicação e não apenas de camuflagem. Gostam de viver em cima de árvores e ficam parados esperando suas presas, com sua grande língua protrátil e pegajosa, que pode atingir um metro de distância. Seus olhos movem-se de maneira independente, num ângulo de até 180 graus. Qualquer semelhança com os políticos transformistas do nosso Congresso, de todos os matizes, é mera coincidência.

No Brasil, hoje, não existe um projeto de modernização capaz de forjar um novo consenso político nacional e incorporar a grande massa da população. Estamos entre os modelos ultrapassados do neoliberalismo e do nacional desenvolvimentismo, a dicotomia que dramatizou a história recente da Argentina. A massa crítica intelectual e empresarial para formular essa alternativa foi alijada da política. A maioria dos parlamentares dedica-se à “transa” política, já não se orienta pelo bem comum, mas pelos negócios. Tem narrativas voltadas para suas bolhas nas redes sociais.

Mas, como sempre, nem tudo está perdido. As instituições democráticas são robustas. As eleições são livres e respeitadas. Nas disputas municipais, a polarização extremada foi derrotada. Os partidos de centro, pragmáticos, saíram fortalecidos. E o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, supostamente enfraquecido, também já disse que é uma “metamorfose ambulante”. O Centrão também tem seu valor para a sociedade. A velha “política de conciliação” manda um abraço. (Correio Braziliense – 13/10/2024 – https://blogs.correiobraziliense.com.br/azedo/nas-entrelinhas-luzias-saquaremas-e-camaleoes-na-politica-brasileira/)

IMPRENSA HOJE

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Veja as manchetes dos principais jornais hoje (14/10/2024)

MANCHETES DA CAPA

O Globo

Enel não cumpriu plano de contingência, dizem agências

O Estado de S. Paulo

Sob pressão, Enel aumentará efetivo no combate a apagão
Enel cortou funcionários e investimentos em 2023
Washington Olivetto/1951-2024 – Gênio publicitário, criou comerciais antológicos como o do ‘garato Bombril’
Fundo eleitoral paga R$ 55 milhões a candidatos com menos de 100 votos
Com Lula perto dos 80 anos, PT tem dificuldade para renovar lideranças
Na fronteira, floresce ‘mercado de aposentadoria para venezuelanos
Estados americanos acionam TikTok por vício em crianças
Com manobra inédita, foguete de Musk volta a local de partida
EUA decidem enviar a Israel sistema antimísseis e 100 soldados

Folha de S. Paulo

Apagão em SP completa dois dias, e Enel terá dois meses para explicar crise
Comerciantes e moradores calculam prejuízos após mais de 48 horas sem energia
Manuela Dias – Ficar falando mal do Brasil não é mais legal como era antigamente
Lula repete práticas de Bolsonaro em farra de doações
Falta de luz em SP é pressão para Nunes em debate
Boulos gasta R$ 6,2 milhões para ter eleitor na rua
Técnica de teste de HIV diz que foi usada como laranja
Publicitário Washington Olivetto morre aos 73
SpaceX tem sucesso em lançamento
ONU acusa Israel de invadir base no Líbano, EUA querem enviar solfados

Valor Econômico

Série de leilões tem potencial para contratar R$ 24,2 bilhões em obras
Governo quer evitar taxação abrupta de multinacionais
Morre aos 73 anos Washington Olivetto, criador de obras-primas da publicidade
Apagão atinge SP e pauta campanha
ANP suspende prazos para a Petrobras na Foz do Amazonas
Bancadas dos Estados na Câmara poderão mudar
Empresários defendem PL sobre mercado de carbono