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Duplos atrasos

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Tecnologia nas escolas (Breno Rotatori/VEJA/VEJA)

Os erros: o uso de celulares nas escolas e a ignorância dos avanços

Em educação, o Brasil consegue ser duplamente atrasado: ao discutir tardiamente se o uso de celular deve ser tolerado como meio de comunicação dos alunos durante as aulas; e ao ignorar tardiamente a função dos aparelhos como ferramenta pedagógica. Há tempos já deveríamos ter proibido o uso como divertimento e já era tempo de estarmos incentivando o smartphone para facilitar o aprendizado. O celular em sala de aula tem provocado retrocesso no desempenho dos alunos, mas fechamos os olhos a essa prática; tanto quanto durante a epidemia de covid-19 relevamos o longo período das escolas fechadas; e há décadas fechamos os olhos às perdas decorrentes dos repetidos e longos períodos de greves de professores e demais servidores nas redes públicas de educação.

Da mesma forma, é prova de atraso a demora dos educadores em utilizar o celular como instrumento pedagógico, sob coordenação de professores, na evolução da tradicional e antiga prática da “aula teatral” — professor, lousa e alunos juntos — para a moderna “aula cinematográfica”, usando os muitos recursos de técnicas audiovisuais, de forma presencial ou remota. Devido ao conservadorismo técnico dos educadores, o Brasil continua atrasado na adoção das modernas ferramentas de educação, e devido ao conservadorismo político ainda não se prioriza educação. O celular, enfim, deve ser proibido como meio de comunicação e lazer na sala de aula e ser obrigatório como ferramenta de estudo, como ocorre em alguns países atentos ao problema e com sobejos bons resultados.

“É preciso sair da antiga e tradicional prática da ‘aula teatral’ para a ‘aula cinematográfica’ ”

Outro atraso duplo decorre da resistência ao uso de educação à distância pelos defensores do ensino presencial e da resistência dos defensores dessa modalidade de olho no olho ao uso de novas técnicas. Dito de outro modo: há um grupo exageradamente atrelado ao passado, de olhos fechados para as inovações. Insista-se: deve-se abrir caminho para que as “aulas teatrais”, que tanto sucesso fizeram, em outro momento histórico, possam agora ser transformadas em “aulas cinematográficas”, mais lúdicas e nem por isso menos educativas.

É impossível barrar a preferência e vantagens do ensino por meios remotos, mas a maior parte dos que defendem essa modalidade não percebe que ela exige uma nova linguagem, utilizando novos recursos tecnológicos. Em vez de exigir que as aulas utilizem as novas tecnologias, o MEC decidiu impedir o avanço do uso do ensino remoto, obrigando uma percentagem mínima de aula presencial em cada curso. É como se, há 100 anos, um ministério da cultura exigisse que o frequentador passasse uma hora no teatro para cada hora em sala de cinema. No outro lado, os defensores da modalidade remota querem cursos não presenciais apenas transmitindo as aulas tradicionais, teatrais. No passado, foi impossível barrar a arte dramática de evoluir do teatro para o cinema, mas para se justificar o cinema deixou de ser teatro e se fez uma nova arte. A educação à distância não deve ser apenas transmitida, ela requer uma nova pedagogia adaptada ao novo estilo. Mas temos preferido o duplo atraso: limitar o tempo em aula remota e não adaptar o remoto com o uso das novas tecnologias.

No lugar da busca de universalização e eficiência pedagógica, preferimos, de modo triste, os atrasos. (Veja – 18/10/2024 – https://veja.abril.com.br/coluna/cristovam-buarque/duplos-atrasos)

Depois da chuva, um olhar sobre São Paulo

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NAS ENTRELINHAS

O vendaval que provocou o colapso energético da capital paulista mexeu com os humores dos eleitores, mas não o suficiente para mudar os rumos da eleição

O último roteiro escrito por Akira Kurosawa não foi filmado pelo genial cineasta japonês, que já estava muito doente e morreu de um derrame, aos 88 anos, em 1998. Depois da chuva foi dirigido por Takashi Koizumi, seu assistente, por escolha do filho de Kurosawa. O diretor já havia trabalhado com Kurosawa em Kagemusha, a sombra de um samurai, Ran, Sonhos, Rapsódia em agosto e Madadayo.

O filme conta a história de Ihei Misawa (Akira Terao), um ronin (samurai errante) em busca de emprego, em meio ao dilema de lutar ou não lutar por dinheiro e obrigado a parar numa pequena hospedaria, porque as chuvas tornaram um rio intransponível. Serão dias de espera à beira da estrada, ao lado de pessoas muito pobres. São carregadores e artistas sem condições de sair para trabalhar, o que agrava a situação. Com o passar dos dias e as necessidades de sobrevivência, os conflitos aparecem. Revela-se o caráter de cada um.

A história é um drama humano bem característico de Kusosawa. O ronin se sensibiliza com os demais hóspedes: “Os pobres precisam se unir”, conclui, diante das desavenças que surgem. Quando a chuva passa, Misawa sai em busca de alimentos para um banquete, que muda os humores daquelas pessoas da água para o saquê, digamos assim. Em lugar das brigas e desconfianças, voltam a alegria e a empatia. Depois da chuva é um filme sobre a humanidade em tempos de crise, a partir de um microcosmo. Para alguns críticos, seu final é doce e romântico demais para uma história de samurais. Prefiro assim.

Pouco mudou

Lembrei-me do filme de Kurosawa a propósito das eleições para a Prefeitura de São Paulo. O vendaval que derrubou árvores e postes e provocou um colapso energético na capital paulista e nas cidades vizinhas, no último dia 11 de outubro, deixou milhares de casas sem energia e muitos moradores sem ter como trabalhar. O evento extremo mexeu com os humores da população em pleno processo eleitoral.

Mas não o suficiente para mudar radicalmente os rumos da disputa pela Prefeitura de São Paulo, no segundo turno, cuja votação será no próximo domingo. No Datafolha de quinta-feira passada, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) tinha 51% das intenções de voto, contra 33% do deputado federal Guilherme Boulos (PSol). Os números pouco mudaram em relação ao levantamento da semana anterior: 55% a 33%, com margem de erro de três pontos percentuais.

Ontem, por causa da chuva, Boulos cancelou dois eventos de campanha, um no Jardim Myrna e outro em São Mateus, nos quais estaria acompanhado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Optou-se por fazer uma gravação da campanha ainda pela manhã. O candidato do PSol pretende percorrer a cidade hoje para acompanhar os efeitos da chuva, que se tornaram o principal tema da campanha eleitoral nesta reta final.

Mais chuvas ocorrerão hoje, com rajadas de vento de até 40km/h na Represa Guarapiranga, segundo a plataforma WindGuru. Se alguém acha que a chuva pode ajudar a oposição, hoje atrapalha. Também há previsões de fortes ventos na quinta e na sexta-feira, com rajadas de até 55 km/h, às vésperas das eleições.

Mas é um erro apostar no quanto pior, melhor. Eleitoralmente, essa agenda já deu o que tinha que dar, a não ser que surja algum escândalo quanto aos contratos de poda de árvores da Prefeitura. Na terça-feira, nova pesquisa Datafolha será divulgada. A conferir.

Grande ABC e PCC

A situação do PT na região do Grande ABC, seu berço histórico, também é difícil. Na sexta-feira, Lula fez um rally nas cidades de Diadema, Mauá e São Caetano, para ajudar os candidatos petistas no segundo turno. É uma região estratégica para o partido, a começar por São Bernardo do Campo, domicílio eleitoral do presidente.

Em Diadema, Taka Yamaguchi (MDB) obteve 47%, contra 45% do atual prefeito José de Fillippi Júnior (PT), que foi tesoureiro da campanha de Lula em 2006 — voltou ao poder depois de 12 anos e agora tenta se reeleger. Depois de Diadema, Lula foi para Mauá, também na Região Metropolitana de São Paulo, participar de comício do prefeito Marcelo Oliveira (PT), candidato à reeleição, que está em melhor situação. Obteve 45% dos votos contra Átila Jacomussi (União Brasil), em segundo lugar, com 35% dos votos.

Em São Bernardo do Campo, cidade que foi o epicentro do movimento sindical liderado por Lula, o candidato do partido, Luiz Fernando Teixeira (PT), com 23% dos votos, amargou o terceiro lugar no primeiro turno. A disputa é entre Marcelo Lima (Podemos), com 49% de intenções de votos, e Alex Manente (Cidadania), com 39%, segundo pesquisa Real Data da TV Record.

É uma disputa feroz. Lima está proibido de entrar na Prefeitura por decisão judicial. É acusado por Manente de supostas ligações com políticos apoiados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), cada vez mais infiltrado nas prefeituras da região. (Correio Braziliense – 20/10/2024 – https://blogs.correiobraziliense.com.br/azedo/nas-entrelinhas-depois-da-chuva-um-olhar-sobre-sao-paulo/)

Na GloboNews, Rubens Bueno cobra votação de projeto que barra supersalários

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Vice-presidente nacional do Cidadania, o deputado federal Rubens Bueno participou na última sexta-feira (18) do Jornal do Globo News, edição da 18 horas. Na entrevista para os jornalistas Fernando Gabeira e Ana Flor, Rubens cobrou a aprovação do projeto que barra os supersalários no serviço público. A proposta, relatada por ele e aprovada por unanimidade na Câmara dos Deputados, está barrada no Senado por conveniências do presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Davi Alcolumbre (União-AP), e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Rubens fala, de peito aberto, o que querem esconder. Assista:

Diante do problema das apostas online, Any defende fortalecimento da educação financeira

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Os sites de apostas online, popularmente chamados de “bets”, que não possuem autorização governamental para operar, começaram a ser desativados. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) notificou diversas empresas, exigindo a interrupção das atividades das plataformas não licenciadas. Recentemente, um levantamento do Banco Central revelou que 5 milhões de beneficiários do Bolsa Família gastaram cerca de R$ 3 bilhões em apostas esportivas apenas no mês de agosto.

Para a deputada federal Any Ortiz (Cidadania-RS), esses dados revelam um problema sério: a vulnerabilidade financeira de muitos brasileiros, agravada pela falta de conhecimento sobre gestão financeira. “Em um país com baixo nível de alfabetização financeira e alto índice de endividamento familiar, é fundamental adotar medidas concretas para incentivar o pensamento crítico e o uso consciente do dinheiro”, afirmou a parlamentar.

Any Ortiz defende a inclusão do tema nas escolas como uma ferramenta essencial para preparar as futuras gerações a gerirem seus próprios recursos de maneira mais eficaz, evitando endividamento e comportamentos de risco, como apostas. Quando atuou como vereadora e deputada estadual, a parlamentar propôs leis que incorporaram a educação financeira ao currículo das escolas municipais e estaduais. Agora, como deputada federal, pretende levar o tema ao âmbito nacional, aprovando a mesma iniciativa na Câmara dos Deputados.

Além disso, Any Ortiz apresentou uma emenda à Medida Provisória que institui o Bolsa Família, propondo a obrigatoriedade da inserção de conteúdos de educação financeira para as famílias beneficiárias. “Incluir o tema no currículo básico capacita os cidadãos a compreenderem melhor o uso do dinheiro público, contribuindo para um olhar mais crítico e consciente sobre os impostos que pagam. Por isso, ensinar educação financeira desde cedo pode ser o primeiro passo para promover uma mudança significativa na realidade econômica e social brasileira”, avalia.

Morte do líder do Hamas pode acabar com a guerra

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NAS ENTRELINHAS

É difícil avaliar a situação política em Gaza. O Hamas não está em condições de fazer um acordo de paz; por tudo o que aconteceu, terá que se render ou lutar até a morte

O líder do Hamas Yahya Sinwar foi morto por acaso em Gaza, por tropas de Israel em treinamento, mas nenhum refém foi resgatado na operação. Sinwar assumiu a liderança do Hamas após o assassinato do líder político do grupo, Ismail Haniyeh, por um míssil israelense, em Teerã, em 31 de julho. Considerado o seu principal chefe militar, o líder palestino morto fora escolhido devido à sua grande popularidade em Gaza e pelo controle militar do grupo.

Morreu isolado militarmente. Na quarta-feira, uma unidade das Forças de Defesa de Israel estava em patrulha durante treinamento no sul de Gaza, quando os soldados israelenses se depararam com um pequeno grupo de combatentes. Os soldados não estavam na área para uma operação de assassinato, nem tinham informações prévias de que Sinwar estava no local. Atacaram o grupo e três militantes palestinos foram mortos.

Um drone flagrou Sinwar ferido, momentos antes de ser morto pelos soldados. Uma gravação de um dos militares envolvidos na operação descreve o episódio: quando o drone entrou no prédio demolido por um míssil, Sinwar, com o rosto coberto, tentou derrubar o artefato arremessando um objeto. Nesse momento, as tropas israelenses efetuaram mais disparos contra Sinwar, resultando em sua morte.

No prédio onde os terroristas foram eliminados, não havia sinais da presença de reféns, segundo as Forças de Defesa de Israel. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, comemorou o feito, mas disse que as operações militares em Gaza continuarão até que todos os reféns sejam libertados. O corpo de Sinwar foi identificado por meio da análise de seus registros dentários.

Considerado o mentor do massacre e das atrocidades de 7 de outubro, Sinwar era caçado deste estão. O ataque do Hamas causou 1.205 mortes — 251 pessoas foram sequestradas e levadas para a Faixa de Gaza. Quase um ano depois, 97 ainda estão em cativeiro, embora o Exército israelense considere 33 deles mortos. Na guerra com o Hamas, 41,4 mil palestinos foram mortos, a maioria idosos, mulheres e crianças. Não se sabe quantos soldados israelenses morreram em combate até agora.

Hamas acéfalo

Com a morte de Sinwar, o Hamas perdeu o principal dirigente político, chefe militar e líder popular, que havia sobrevivido aos duros golpes sofridos pela organização. Nos meios diplomáticos, o episódio é visto como uma oportunidade de fazer um acordo que encerre as operações militares e liberte os reféns. Porém, não se sabe quantos ainda estão vivos.

O presidente Joe Biden parabenizou Netanyahu pela morte de Sinwar, mas o secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, já revelou que a morte de Sinwar pode ser uma oportunidade para concluir esse acordo de paz e levar os reféns de volta para casa. Mas é preciso combinar com Netanyahu, que não aceita um cessar-fogo enquanto o Hamas não depuser as armas e se entregar à FDI.

Desde a libertação da prisão israelense, em 2013, Sinwar controlou a direção política e comandou os batalhões do Hamas em Gaza. Seu irmão, Mohammed, seu braço direito, ainda lidera grupos do Hamas no sul da Faixa de Gaza. Restam também dois líderes importantes: Khalil al-Hayya, vice de Sinwar, e Khaled Mashal, um dos fundadores do Hamas.

Conhecido como Abu Ibrahim, Sinwar nasceu em 1962 no campo de refugiados de Khan Younis, em Gaza. Seus pais eram de Ashkelon, mas tornaram-se refugiados depois do “al-Naqba” (“a catástrofe”), o deslocamento em massa de palestinos das suas casas ancestrais na Palestina durante a guerra que se seguiu à fundação de Israel, em 1948. Foi preso pela primeira vez por Israel em 1982, aos 19 anos, por “atividades islâmicas” e depois preso novamente, em 1985. Caiu nas graças do fundador do Hamas, o xeque Ahmed Yassin, que o escolheu para comandar a organização de segurança interna do grupo, a al-Majd, que punia quem desafiava a organização e executava suspeitos de traição. (Correio Braziliense – 18/10/2024 – https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2024/10/6967574-analise-morte-do-lider-do-hamas-pode-acabar-com-a-guerra.html)

IMPRENSA HOJE

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Veja as manchetes dos principais jornais hoje (18/10/2024)

MANCHETES DA CAPA

O Globo

Israel mata líder do Hamas, e Netanyahu diz que guerra segue até libertação dos reféns

O Estado de S. Paulo

Israel mata líder do Hamas mentor de atentado e projeta mais guerra
Governo quer tirar do Orçamento estatais dependentes do Tesouro
Nova tempestade é prevista; Enel diz que manterá operação reforçada
Projeto prevê socorro financeiro de R$ 4 bi para empresas aéras
PSB resite à pressão de Lula e delimita distância de Boulos
Cartão do Bolsa Família não poderá ser usado em bets
Avança proposta para adiar lei antidesmatamento da UE

Folha de S. Paulo

Nunes tem 51%, e Boulos, 33% a dez dias do segundo turno, diz Datafolha
Psolista diz que adversário fugiu, critica Tarcísio e exime Lula de apagão
Prefeito falta a debate e cita reunião prevista antes de confirma presença
Enel anuncia fim de crise equanto 36 mil imóveis continuavam sem energia em São Paulo
São Paulo deve ter temporal com ventos de 60 km/h
Lula vai indicar braço direito de Silveira para ANP
Israel afirma que líder do Hamas arquiteto do 7 de Outubro está morto
Sul do Líbano vira zona de guerra após ataques diários de Israel

Valor Econômico

Empresas do agronegócio e produtores rurais renegociam R$ 90 bi em dívidas
Líder do Hamas na Faixa de Gaza é morto por Israel
Inadimplência segue acima do pré-pandemia
SP monta operação para lidar com efeitos da chuva
‘PEGN’ apresenta as 100 Startups to Watch 2024
Uber estuda fazer oferta pela Expedia

São Bernardo: Em debate, Alex acua adversário e diz que ele está proibido de exercer cargo público

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Em um debate em que mostrou para a população de São Bernardo do Campo que está preparado para administrar a cidade, o candidato a prefeito pelo Cidadania, deputado federal Alex Manente, acuou seu adversário, o deputado cassado Marcelo Lima (Podemos), que não conseguiu responder a simples pergunta sobre sua condição jurídica de assumir o cargo de prefeito.

No segundo bloco do evento promovido pelo G1, Manente perguntou se Marcelo Lima tem uma medida cautelar contra ele que o impediria de ser secretário. “A Justiça não te permite de ser secretário, como você quer ser prefeito?”, disse o candidato do Cidadania. O adversário não respondeu nem que sim e nem que não, e tentou sair pela tangente numa clara demonstração de que tem muita coisa a esconder.

Manente se referia à Operação Lix, deflagrada em 2021, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo para apurar denúncias de fraudes em licitações, dispensa ilegal de certame e corrupção passiva e ativa em contratos, inclusive na Secretaria de Serviços Urbanos de São Bernardo do Campo quando Marcelo Lima era secretário da pasta.

Uma das medidas contra Lima foi a “suspensão do exercício das funções públicas” como secretário da pasta. Ele foi exonerado do cargo após decisão da Justiça de São Paulo a pedido do MP como medida cautelar e, desde então, tenta derrubar este impedimento. Em nota, o Ministério Público confirmou que “as medidas cautelares seguem vigentes”.

Saúde e Segurança

No debate, mediado pelo jornalista José Roberto Burnier, Manente também apresentou propostas sobre saúde, como a abertura de um hospital de urgência e emergência na cidade.

Nós vamos copiar um modelo que dá muito certo no Grande ABC que é o modelo de saúde de Santo André e de São Caetano”, explicou Manente citando o Poupatempo da Saúde para “zerar essa vergonha que é não atender as pessoas que precisam de saúde em São Bernardo”.

Na área de segurança pública, Manente disse que vai promover a implantação na cidade de um sistema completo de monitoramento, com câmeras e outros equipamentos, para prevenir crimes e identificar a ação de bandidos.

“Vamos administrar São Bernardo sem medo”, garantiu o candidato a prefeito pelo Cidadania.

“Nós vamos fazer um governo da inclusão, nós vamos fazer o governo das pessoas de bem, mais saúde digna, decente, um transporte com preço justo, uma educação de tempo integral para todas as crianças, para elas estarem preparadas para o futuro, gerar emprego de potencial para o futuro de São Bernardo. Vamos juntos para melhorar a vida das pessoas é 23, Alex Manente”.

Em Aracaju, chapa formada por Emília e Ricardo lidera com 57% das intenções de voto

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A vereadora Emília Corrêa (PL), que tem como candidato a vice o vereador Ricardo Marques (Cidadania), lidera a disputa pela prefeitura de Aracaju com 57% das intenções de voto, segundo pesquisa do instituto Futura Inteligência, encomendada pela empresa 100% Cidades, e divulgada na última segunda-feira (14). Se a eleição de segundo turno fosse hoje, a candidata seria eleita contra o advogado Luiz Roberto (PDT), que aparece com 36,5% das intenções de voto.

O total de votos brancos, nulos e não vota em ninguém é de 3,6% e dos que não sabem, não responderam e estão indecisos são 2,9%.

“Seguimos juntos por uma Aracaju mais justa e cheia de oportunidades. Recebemos tanto carinho e apoio que nos enchem de energia. Obrigado por sempre estarem com a gente nessa jornada! Unidos vamos garantir a mudança de Aracaju”, agradece Ricardo Marques.

A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como SE-06764/2024 e realizou 600 entrevistas pessoais entre os dias 9 e 10 de outubro. A margem de erro é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.

Na pesquisa espontânea, quando os nomes dos candidatos não são apresentados, Emília pontua com 52,7% das intenções de voto. O candidato do PDT soma 32,8%. Os que não sabem ou não responderam sobe para 9%.

O peso das alianças nas eleições de SP e BH

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Em São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) tem 45% de intenções de votos; em Belo Horizonte, o prefeito Fuad Noman (PSD) assumiu a liderança, com 46%

É muito cedo para concluir que estejam definidas as eleições em São Paulo e Belo Horizonte, as duas mais importantes capitais onde se realizam segundo turno. As pesquisas Quaest divulgadas nesta quarta-feira, pela TV Globo, porém, mostram que as políticas de alianças e a máquina administrativa das duas prefeituras vêm tendo peso decisivo nas disputas.

Na capital paulista, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) confirma as simulações do primeiro turno, com 45% de intenções de votos, enquanto Guilherme Boulos (PSol) tem 33%, uma diferença de 12 pontos percentuais. Na capital mineira, o prefeito Fuad Noman (PSD) assumiu a liderança, com 46%, e ultrapassou Bruno Engler (PL), que liderava a disputa e, agora, está com 37%. São nove pontos percentuais de diferença.

Chama a atenção o caráter das alianças de cada candidato. Em São Paulo, Boulos encabeça uma frente de esquerda e busca ampliar as alianças ao centro, com certa dificuldade, embora tenha recebido apoio de Tabata Amaral (PSB) e José Luiz Datena (PSDB). O candidato do PSol, apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo com a intensa participação de sua vice na campanha, a ex-prefeita Marta Suplicy (PT), não consegue superar a imagem de radical perante uma parcela do eleitorado decisiva para o pleito.

Ao contrário, Nunes, que tem o apoio do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do ex-presidente Jair Bolsonaro, conseguiu evitar que sua imagem de político tradicional, de centro-direita, fosse identificada com a extrema-direita, em grande parte devido à candidatura de Pablo Marçal (PRTB), assumidamente extremista. A pesquisa mostra que 74% dos eleitores de Marçal ficam com Nunes; Boulos, com 54% dos votos de Tabata. Um aspecto importante da disputa é a exploração do medo: 45% dos eleitores disseram que dá mais medo eleger Boulos, enquanto 32% têm esse sentimento em relação a Nunes.

Do ponto de vista das narrativas, a trajetória ideológica de Boulos, cuja liderança teve origem no movimento dos sem-teto, tornou-se um passivo eleitoral difícil de ser administrado. Ele precisa explicar como pretende resolver o problema da moradia popular sem ocupação. Historicamente, a formação de cortiços absorvia a população mais pobre nas zonas centrais; agora, com a especulação imobiliária e a verticalização da cidade, não mais. Morar na rua é a alternativa para quem vive de “bicos” no centro de São Paulo, não apenas para mendigos e dependentes químicos. A alternativa de Boulos fora ocupar prédios abandonados, principalmente públicos.

O apagão que fez São Paulo entrar em colapso trouxe para o centro do debate eleitoral a gestão da cidade, o que deu oportunidade a Boulos de impor uma agenda capaz de deslocar o eixo da disputa da questão ideológica para a administrativa. Entretanto, os desdobramentos da crise mostraram um problema mais complexo, com envolvimento das diversas esferas de poder, amortecendo o desgaste do prefeito. Embora não tenha nenhuma pergunta sobre o apagão, a pesquisa foi realizada entre 13 e 15 de outubro, ou seja, após o colapso da distribuição de energia, o que mostra que Nunes conseguiu gerenciar essa crise de imagem, até agora. Ainda há 20% de eleitores indecisos.

Virada à mineira

Em Belo Horizonte, segundo a pesquisa Quaest, o prefeito Fuad Noman virou a eleição do primeiro para o segundo turno e está na liderança, com 46%, enquanto Bruno Engler aparece em segundo lugar, com 37%. Há 33 % de eleitores indecisos. O deslocamento dos eleitores dos demais candidatos explica essa virada mineira.

Entre os eleitores de Mauro Tramonte (Republicanos), Fuad tem 52%, e Engler, 28%; entre os de Gabriel (MDB), Fuad tem 63%, e Engler, 29%. No caso de Duda Salabert (PDT), Fuad fatura 87%, e Engler, 5%. O que explica isso? Primeiro, Fuad não fez uma administração desastrosa para Belo Horizonte, faz uma campanha sem radicalismo e focada na gestão da cidade, até porque seu principal ativo eleitoral são as realizações administrativas; segundo, neste segundo turno, o prefeito ampliou suas alianças à esquerda, sem abandonar a ancoragem de candidato centrista, reforçada pelo apoio de Tramonte, do Republicanos, partido do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

Bruno Engler fez uma campanha ideológica, porém sem a agressividade de Marçal. Fundador do movimento Direita Minas, foi o deputado estadual mais votado em 2022, com uma agenda focada na segurança, na defesa da família e no combate à ideologia de gênero. Entretanto, não conseguiu ampliar suas alianças, mantendo-se como um candidato de extrema-direita, aliado de primeira hora do ex-presidente Jair Bolsonaro. A aliança de Gilberto Kassab, presidente do PSD, com o governador Tarcísio de Freitas bloqueou um eventual apoio de Tramonte ao candidato de Bolsonaro. (Correio Braziliense – 17/10/2024 – https://blogs.correiobraziliense.com.br/azedo/nas-entrelinhas-o-peso-das-aliancas-nas-eleicoes-de-sp-e-bh/)

IMPRENSA HOJE

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Veja as manchetes dos principais jornais hoje (17/10/2024)

MANCHETES DA CAPA

O Globo

Em meio à crise, governo articula mudar regras das agências reguladoras
Nunes tem 45% das intenções de voto contra 33% de Boulos
Em BH, prefeito para ser fiel da balança na sucessão da Câmara
Fazenda busca alternativas para reduzir déficit, e bancos apoaiam plano de Haddad
Desordem ‘que é regra’ e se espalha
Fim do ‘sonho’ do horário de verão

O Estado de S. Paulo

Fazenda quer corte para manter arcabouço; Lula critica pressão
Roubo de armas de CACs triplica e temor é de desvios para o crime
Pesquisas bancadas pelos próprios institutos acendem alerta do TSE
Plano brasileiro de estatal espacial mira foguetes da SpaceX, de Musk
Governo descarta adoção do horário de verão neste ano
Justiça impõe prazo para Enel restabelecer energia elétrica em SP
Falta de imóveis ganha peso em eleição nos EUA

Folha de S. Paulo

Maioria dos pais apoia proibição de celulares nas escolas, diz Datafolha
Lula defende gastos em educação e saúde antes de agenda com banqueiros
Nunes marca 45% e Boulos tem 33%, aponta Quest
Candidato do PSOL acusa falta de transparência do Datafolha; instituto diz seguir requisitos
Falta de luz deve monopolizar debate Folha/UOL/RedeTV!
Estatal paga bônus de até R$ 73 mil a nomes ligados a Palocci e governo
Justiça paulista dá 24 horas para Enel restabelecer energia em SP
Criminosos sequestram nove ônibus para fazer barricada contra o Bope no Rio
2024 não terá horário de verão, decide gestão Lula
Guerra entre Israel e Hezbollah esvazia ‘cinturão brasileiro’ no leste do Líbano

Valor Econômico

Pagamento de dividendos aumenta quase 30% no ano e alcança R$ 222 bi
Grupo vai debater juro alto no ‘Conselhão’
Seguradora recorre a cientistas para entender o clima
Globo anuncia nova grade de olho no futuro
Nunes tem 45% e Boulos, 33%, segundo Quaest
CSN pode obter R$ 4,3 bi ao vender fatia de mineradora