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Em reunião com bancada federal, Comte discute futuro do partido

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A bancada federal do Cidadania se reuniu nesta quarta-feira (27), em Brasília, com o presidente nacional do partido, Comte Bittencourt, para traçar alguma metas e estratégias para o próximo ano. Participaram do encontro o líder na Câmara, Alex Manente (SP), o deputado Amom Mandel (AM) e as deputadas Carmen Zanotto (SC) e Any Ortiz (RS).

“Na reunião conversamos muito sobre a conjuntura política e econômica do país, resultado das eleições municipais e o futuro do Cidadania”, disse Comte Bittencourt.

Alex Manente repudia fala capacitista do ministro do STJ Antonio Saldanha sobre TEA

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O deputado federal Alex Manente (Cidadania-SP) repudiou as declarações do ministro Antonio Saldanha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), classificando o Transtorno do Espectro Autista (TEA) como um “problema”. As falas ocorreram na última sexta-feira (22), no Fórum Nacional do Judiciário para a Saúde, em São Paulo.

Saldanha também afirmou que método ABA (Análise do Comportamento Aplicada), usado no tratamento de pessoas com TEA, são “passeios na floresta”. O magistrado afirmou ainda que “para os pais, é uma tranquilidade saber que o seu filho, que tem um problema, vai ficar de 6 a 8 horas por dia em uma clínica especializada, passeando na floresta. Mas isso custa”.

“A fala do ministro é um grande absurdo. Uma falta de empatia, respeito e dignidade com todas as famílias atípicas e com as pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Nós repudiamos esta fala, pois vivemos em um momento de inclusão em que a sociedade precisa cada vez mais reconhecer a importância de incluir e inserir as pessoas com TEA em nossa sociedade. Falas como essa só fazem o Brasil retroagir”, criticou Alex Manente.

Em Conceição de Macabu, Valmir Lessa investe na revitalização urbana

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Reeleito prefeito de Conceição de Macabu-RJ com 63,81% dos votos válidos, Valmir Lessa (Cidadania) continua de mangas arregaçadas e dando continuidade a obras para a melhoria da infraestrutura da cidade. Por meio da Secretaria Municipal de Obras, a prefeitura concluiu nos últimos dias o trabalho de recapeamento e pintura de faixas de sinalização em diversas vias do município.

A ação é parte do programa de revitalização urbana, reforçando o compromisso da gestão com a segurança viária e a qualidade de vida da população.

Além de trazer mais segurança ao trânsito, a pintura de faixas desempenha um papel fundamental na organização do tráfego, facilitando a circulação de veículos e pedestres. Faixas bem demarcadas também contribuem para a redução de acidentes, sobretudo em áreas com maior movimento, como cruzamentos e proximidades de escolas e unidades de saúde.

A medida ainda reflete positivamente na estética da cidade. Com as ruas recapeadas e a sinalização revitalizada, Conceição de Macabu ganha um aspecto mais moderno e acolhedor, o que também valoriza o ambiente urbano e fortalece o orgulho dos moradores pelo município.

Indiciamento de Bolsonaro catapulta Caiado

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Maurenilson Freire

NAS ENTRELINHAS

Além do presidente Lula, quem muito se beneficia eleitoralmente da situação de Bolsonaro é o governador de Goiás, pré-candidato a presidente da República em 2026

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está irremediavelmente fora das eleições presidenciais de 2026. Ao ser indiciado pela Polícia Federal como líder da organização criminosa que planejou um golpe de Estado para mantê-lo no poder, após a derrota nas eleições de 2022, a estratégia que vinha sendo implementada pelo PL para aprovar uma anistia aos participantes do 8 de janeiro de 2023 e, no embalo, reverter a inelegibilidade de Bolsonaro, não tem chance de dar certo.

Bolsonaro está sendo abandonado pelos aliados, inclusive os que apoiou nas últimas eleições, como o prefeito Ricardo Nunes (MDB-SP), que tomou distância regulamentar do ex-presidente já no dia em que foi anunciado o resultado das eleições. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (PR), que chegou a classificar o indiciamento como “carente de provas” e argumentar que Bolsonaro respeitou o resultado da eleição, na mesma entrevista, espertamente, fez a ressalva de que as investigações deveriam ser conduzidas com “responsabilidade e foco na verdade dos fatos”.

A situação de Bolsonaro se complicou ainda mais após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pelo inquérito, ter quebrado o sigilo do relatório da PF. O ex-presidente e mais 36 pessoas foram indiciados por três crimes: tentativa de golpe de Estado, abolição do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. Segundo a PF, o golpe planejado por Bolsonaro só não se concretizou por “circunstâncias alheias à sua vontade”.

A PF garante ter provas de que Bolsonaro “planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa que objetivava a concretização de um golpe de Estado e da abolição do Estado Democrático de Direito”. A PF também acusa Bolsonaro de ter conhecimento do plano elaborado por militares do seu círculo de colaboradores para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e Moraes.

Segundo as investigações da PF, que realizou uma operação na semana passada na qual foram presos cinco militares envolvidos na preparação do assassinato, entre os quais um general, as evidências colhidas indicam que Jair Bolsonaro tinha pleno conhecimento do planejamento operacional (Punhal Verde e Amarelo), bem como das ações clandestinas praticadas sob o codinome “Copa 2022”, o plano para sequestrar Moraes. São os registros de entrada e saída de visitantes do Palácio do Alvorada, conteúdo de diálogos entre interlocutores de seu núcleo próximo, análise de ERBs (antenas de telefonia celular), datas e locais de reuniões.

Os generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto, ambos ex-ministros de Bolsonaro, também acusados no inquérito, negam participação nos fatos, e seus advogados já pediram vista do processo, o que foi concedido por Moraes. Estão no vértice do organograma da tentativa de golpe montado pelos investigadores. Mas é o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e braço direito de Bolsonaro, que fez um acordo de delação premiada no inquérito, o personagem capaz de complicar ainda mais a vida de Bolsonaro.

Eleições presidenciais

Seu depoimento continua em sigilo, porque as investigações continuam. Durante dois anos de apurações, a PF obteve provas por meio da quebra de sigilos telemático, telefônico, bancário, fiscal, colaboração premiada, buscas e apreensões, entre outras medidas autorizadas pelo Poder Judiciário. Haveria uma divisão de tarefas, agrupadas pela PF em seis núcleos: o de desinformação e ataques ao sistema eleitoral; o responsável por incitar militares a aderirem ao golpe de Estado; o núcleo jurídico; o operacional de apoio às ações golpistas; o núcleo de inteligência paralela; e o de oficiais de alta patente. Mauro Cid teria participação em pelo menos três deles, ou seja, sabia de quase tudo. Por isso, sua delação foi mantida, mesmo tendo ocultado inicialmente a existência do plano para matar Lula, Alckmin e Moraes.

Além do presidente Lula, quem muito se beneficia da situação de Bolsonaro, em termos eleitorais, é o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União-GO), pré-candidato a presidente da República em 2026. Caiado é remanescente da disputa eleitoral de 1989, a primeira eleição direta para a Presidência depois da redemocratização, na qual foi eleito o presidente Fernando Collor de Mello, numa disputa com Lula no segundo turno. Bem avaliado pelos eleitores goianos, Caiado protagonizou uma disputa eleitoral com Bolsonaro nas eleições da capital goiana, na qual seu candidato Sandro Mabel, seu aliado histórico, se elegeu prefeito, contra Fred Rodrigues (PL), um aliado do ex-presidente.

Caiado despontou na política como jovem integrante da União Democrática Ruralista (UDR), que ainda hoje reúne lideranças do agronegócio. Hoje, é uma pedra no sapato de Bolsonaro, que pretende se lançar candidato mesmo estando inelegível, com objetivo de manter suas bases mobilizadas e, caso não consiga recuperar a elegibilidade, apoiar seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL), deputado federal por São Paulo. Quem se finge de morto é Tarcísio de Freitas, que nega a intenção de ser candidato em 2026, mas pode também mudar de ideia, se receber o apoio de Bolsonaro, caso Lula esteja muito enfraquecido. (Correio Braziliense – 27/11/2024 – https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2024/11/6997863-analise-indiciamento-de-bolsonaro-catapulta-caiado.html)

IMPRENSA HOJE

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Veja as manchetes dos principais jornais hoje (27/11/2024)

MANCHETES DA CAPA

O Globo

PF diz que Bolsonaro planejou, atuou e teve domínio de plano para golpe

O Estado de S. Paulo

PF conclui que Bolsonaro ‘planejou, atuou e teve domínio’ do golpe
Ação contra o PCC prende ex-chefe de segurança de Tarcísio
Policial civil negociou fintech com Corinthians
PF prende lobista e mira magistrados de MT em apuração de venda de sentenças
STJ e TST aprovam bônus para juízes após penduricalho travar no Senado
CEO do Carrefour se retrata, mas não aplaca insatisfação no Congresso
Inflação sobe 0,62% em outubro e pressiona BC a elevar juros
Novo prédio do Masp será aberto em março com mostra de Monet
Israel faz acordo para encerrar ataques ao Hezbollah no Líbano
Canadá, México e China reagem a ameaça de tarifaço de Trump

Folha de S. Paulo

Bolsonaro planejou, atuou e teve domínio de plano golpista, diz PF
Após negar acusações, Bolsonaro republica post com risadas
Lula não sobe a rampa, diz plano apreendido com assessor de Braga Netto
PF afirma que ex-presidente viajou aos EUA para evitar prisão e esperar o 8/1
PF prende lobista em caso de suposta venda de sentença no STJ
Carrefour se desculpa, e frigoríficos começam a suspender boicote
Gilmar Mendes derruba suspensão de escolas civíco-militares em SP
Governo de Israel aprova cessar-fogo com Hezbollah

Valor Econômico

Investimento privado em infraestrutura deve somar R$ 372 bi nos próximos 5 anos
PEC de deputados prevê corte de R$ 1 tri em dez anos
Carrefour se retrata, mas não cita retomada nas compras de carne
Investidor mais cauteloso não desanima startups
IPCA-15 tem alta de 4,77% em 12 meses
Bolsonaro ‘planejou e atuou’ na trama golpista, diz PF

Comte se reúne com Alckmin e debate conjunturas política, econômica e climática

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O vice-presidente da República Geraldo Alckmin (PSB) recebeu na tarde desta terça-feira (26/11) o presidente nacional do Cidadania, Comte Bittencourt. No encontro eles debateram as conjunturas política, econômica, e a questão climática, tema que o Brasil destacou durante o encontro do G20, que aconteceu neste mês no Rio de Janeiro.

Na conversa, abordaram os desafios que o Brasil tem para avançar ainda mais no rumo do desenvolvimento sustentável, com a geração de renda e novos postos de trabalho.

Alckmin também destacou sua relação fraterna e histórica com o Cidadania e lembrou das diversas eleições em que recebeu o apoio do partido.

Alex Manente participa de Congresso Internacional de Direito Financeiro no TCE-MG

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O deputado federal Alex Manente (Cidadania-SP) participou na última segunda-feira (25/11) do III Congresso Internacional de Direito Financeiro e Cidadania, no Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG). O objetivo do evento foi ampliar o estudo do Direito Público, envolvendo, sobretudo, o Direito Financeiro e Constitucional em suas relações com a cidadania e o ideal democrático. A realização do evento foi fruto de parceria entre a Universidade de São Paulo – USP, Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, Tribunal de Contas do Estado de São Paulo – TCESP, Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais – TCEMG, Instituto Rui Barbosa – IRB, Instituto de Direito Financeiro – IDFin e Fundação Arcada.

Alex Manente falou sobre a Lei Complementar 208/2024, relatada por ele, que prevê que a operação de venda da dívida ao setor privado será considerada operação de venda definitiva de patrimônio público e não uma operação de crédito. O parlamentar afirmou que a proposta dá à União, aos estados e aos municípios capacidade de investimento sem gerar ou aumentar imposto, além de fazer com que o poder público tenha capacidade de investimento com valores recebíveis que não foram pagos. “Entes e subentes têm algo em torno de R$ 5 trilhões a receber. Esse dinheiro é dificilmente recuperado pelo modelo que existe atualmente”, explicou.

Participaram do evento o Presidente do TCE-MG e Diretor de Relações Institucionais do IRB, Conselheiro Gilberto Diniz; o Presidente do IRB, Conselheiro Edilberto Pontes; a Conselheira do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Vice-Presidente de Desenvolvimento e Políticas Públicas do IRB, Cristiana de Castro Moraes; o Desembargador Federal do Tribunal Regional Federal (TRF) da 6ª Região, Flávio Boson Gambogi; o Corregedor do Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM-SP) e Diretor de Ensino, Pesquisa e Extensão do IRB, Conselheiro Ricardo Torres; o Presidente de honra do IDFin, Régis Fernandes de Oliveira; o Advogado-Geral Adjunto do Estado de Minas Gerais, Fábio Murilio Nazar; e o Professor Titular da Universidade de Minas Gerais, Onofre Batista.

Eleangela Cervilha é eleita secretária das Mulheres do Cidadania no Paraná

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Aos 43 anos, a carioca de nascimento e curitibana de coração, Eleangela Cervilha foi eleita por unanimidade secretária geral das Mulheres do Cidadania Paraná (M23-PR). Ela que já foi candidata a deputada federal em 2022 e a vereadora em 2024. Agora assume este novo desafio. Casada com Guilherme e mãe da Eleonora, Eleangela é formada em Relações Internacionais e com mestrado na Universidade de León, na Espanha.

Segundo Eleangela Cervilha, “o maior desafio será incorporar mais mulheres ao Cidadania para que possamos estar preparadas para as próximas eleições. Precisamos aumentar a participação da mulher na política paranaense para estarmos cada vez mais presentes na elaboração das políticas públicas do nosso estado”.

Para conquistar este objetivo, Eleangela conta com o apoio do presidente estadual do Cidadania, ex-deputado federal Rubens Bueno e das demais lideranças. “Estou empolgada e acredito que junto com toda nossa equipe vamos revitalizar nosso quadro feminino, capacitando e preparando-as para os próximos pleitos”, destacou.

Arrogância do Carrefour lembra a ‘guerra da lagosta’

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O presidente Lula da Silva precisa tomar cuidado para não embarcar numa espécie de “guerra do filé mignon”, por causa das declarações do presidente mundial do grupo Carrefour

Foi em 1955 que tudo começou. O empresário americano Davis Morgan se estabeleceu em Fortaleza e incentivou a captura de lagosta nas praias do Ceará com fins comerciais, atividade que se espalhou pelo litoral do Brasil, particularmente do Nordeste. Foi uma revolução na indústria de pesca e na vida dos pescadores de Caponga (Cascavel-CE), Morro Branco (Beberibe-CE) e Aracati (CE). A pesca era artesanal, porém, havia um grande mercado a explorar: a lagosta era uma iguaria da alta gastronomia, principalmente a francesa.

Morgan seria o pivô de uma crise entre o Brasil e a França, oito anos depois, porque os franceses resolveram dispensar os intermediários e vir pescar as lagostas na costa brasileira. Era um momento delicado da vida mundial, pautada pela Guerra Fria entre o Ocidente e a antiga União Soviética. Desde a campanha “O petróleo nosso”, havia um forte movimento nacionalista no Brasil.

Diante da presença de franceses na costa brasileira, o governo resolveu mobilizar a Marinha para impedi-los de pescar. A chamada “guerra da lagosta”, entre fevereiro e março de 1963, irrompeu um mês depois do plebiscito que acabou com o parlamentarismo (1961-1963) e restabeleceu o presidencialismo no Brasil. O presidente João Goulart precisava demonstrar força e coesão militar.

Era a fome com a vontade de comer, porque a França também vivia um momento delicado. Havia perdido suas colônias na África. As lagostas ao largo do Senegal, da Guiné e da Mauritânia estavam à beira da extinção. A saída foi buscar os crustáceos no Atlântico Sul. Os franceses ainda sobretaxaram a comercialização de lagostas importadas do Brasil, com um aumento de 35% nos impostos. Ao mesmo tempo, requereram permissão para três barcos (Gotte, Lopnk Ael e La Tramontaine) pesquisarem as reservas lagosteiras do Nordeste.

O governo autorizou a prospecção, mas não a pesca, o que não impediu que os lagosteiros franceses “invadissem” o litoral brasileiro. Alguns barcos eram verdadeiras indústrias flutuantes: além de frigoríficos, tinham viveiros onde a lagosta era mantida viva. A reação do presidente Goulart foi mobilizar a Marinha e a Aeronáutica para patrulhar a costa. Em 1962, em 2 de janeiro, a corveta Ipiranga apresou o pesqueiro Cassiopée, a cerca de 10 milhas da costa.

Pouco tempo depois, a corveta Purus avistou dois pesqueiros (Françoise Christine e Lonk Ael) próximos à costa do Rio Grande do Norte, mas não os interceptou. Entretanto, o contratorpedeiro Babitonga apresou os pesqueiros Plomarch, em 14 de junho, e Lonk Ael, em 10 de julho; e a corveta Ipiranga, os pesqueiros Folgor e Françoise Christine, em agosto, no litoral cearense.

Atendendo pedido do Quai d´Orsay (chancelaria francesa), os barcos foram liberados, porém, a França decidiu manter a pesca sem autorização e mandou o contratorpedeiro “Tartu” escoltar seus lagosteiros. Aviões da FAB e o contratorpedeiro Paraná fizeram contato com o navio francês. A crise quase resultou num confronto entre as duas armadas; a brasileira, muito sucateada. O presidente francês, Charles de Gaulle, ameaçou deslocar o grupo-tarefa do navio-aeródromo Clemenceau, que estava na Costa Oeste da África, para o litoral do Nordeste brasileiro: um cruzador, cinco fragatas, dois contratorpedeiros, um aviso e um navio-tanque.

Filé mignon

Em 5 de fevereiro de 1963, os barcos franceses e suas respectivas cargas foram liberados e uma autorização para captura da lagosta foi emitida para os pesqueiros no dia 8. Porém, por força da opinião pública e de pressões políticas (principalmente vindas do Nordeste), o presidente Goulart voltou atrás, o que despertou a ira de Gaulle. Foi contido pelos Estados Unidos.

Um comentário em francês do embaixador em Paris, Carlos Alves de Souza Filho, durante entrevista a um repórter brasileiro, atribuído a De Gaulle, provocou mais acirramento de ânimos na opinião pública brasileira: “Edgar, le Brésil n’ont è pas un pays sérieux” (O Brasil não é um país sério). A França argumentava que a lagosta se deslocava dando saltos e deveria ser considerada como peixe. O almirante Paulo de Castro Moreira da Silva, oceanógrafo da Marinha do Brasil, ironizou: “Por analogia, se lagosta é peixe, porque se desloca dando saltos, então, o canguru é uma ave”. A declaração agitou nosso patriotismo. Em 1970, por causa do petróleo, o governo militar ampliaria o mar territorial brasileiro para 200 milhas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva precisa tomar cuidado para não embarcar numa espécie de “guerra do filé mignon”, por causa das declarações do presidente mundial do grupo Carrefour, Alexandre Bombard. O executivo anunciou que não compraria carne do Mercosul, por não atender ao seu padrão de qualidade. Tudo para endossar a onda de protestos dos agricultores franceses contra o acordo entre a União Europeia e o Mercosul.

Em resposta, os frigoríficos brasileiros anunciaram que não venderão carne para o Carrefour, aqui no Brasil. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, anunciou que o governo apoia a retaliação. Bombard tentou recuar e disse que a decisão somente se aplicaria ao território francês. Comprou uma briga comercial de cachorro grande. Para Lula, essa é uma oportunidade de se aproximar do agronegócio. Entretanto, tudo que os agricultores franceses querem é provocar uma crise política que obrigue a União Europeia a ser solidária com a França contra o Mercosul. Essa não é a nossa. (Correio Braziliense – 26/11/2024 – https://blogs.correiobraziliense.com.br/azedo/arrogancia-do-carrefour-lembra-a-guerra-da-lagosta/)

IMPRENSA HOJE

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Veja as manchetes dos principais jornais hoje (26/11/2024)

MANCHETES DA CAPA

O Globo

Boicote ao Carrefour cresce, e Brasil exige retratação da varejista
Áudios reforçam resistência do Alto Comando ao golpe
Desembargador Ricardo de Castro assumirá TJ-RJ
Justiça livra Trump de ação criminal após eleição de 2020
Israel e Hezbollah estão próximos de um cessar-fogo no Líbano

O Estado de S. Paulo

General tentou convencer chefe do Exército escolhido por Lula a dar o golpe
Em áudios, Fernandes evoca ‘clamor popular’
Após pressão, Carrefour prepara carta de retratação ao Brasil
Opositor traz o Brasil atas originais de urnas da eleição presidencial
MEC planeja adotar o ensino semipresencial, com aulas em vídeo
Supremo forma maioria para permitir simbolos religiosos
Caso de interferência de Trump nas eleições é suspenso por juíza
Gabinete de Israel decide sobre cessar-fogo com Hezbollah

Folha de S. Paulo

Ministro da Agricultura apoia boicote de frigoríficos brasileiros à rede Carrefour
Brasil vê eleito no Uruguai como aliado em oposição a Milei
Pobreza reduz em seis anos vida dos negros no país
Vítimas de acidente em Alagoas relatam falha em freio
Sob seca extrema, várzea do Amazonas registra mortandade inédito de peixes
Procurador disiste de casos criminais contra Trump
Republicano se arrisca com gabinete formado por fiéis

Valor Econômico

Empresas registram crescimento de 84,5% no lucro líquido do 3º tri
Após forte pressão, CEO global do Carrefour planeja pedir desculpas
Expectativa de cessar-fogo no Líbano derruba petróleo
‘Melhores do Agro’ premia 21 empresas
Haddad: reunião sobre cortes foi ‘definitiva’
Indicação de Scott Bessent para o Tesouro dos EUA anima mercado