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A profissão do brasileiro é mesmo a esperança

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NAS ENTRELINHAS

Na pesquisa sobre governo Lula, 40% dos entrevistados acreditam que a situação econômica do país vai melhorar, ante 28% que preveem piora

O musical “Brasileiro, profissão: esperança” foi uma lufada de ar fresco no ambiente carregado dos anos de chumbo do regime militar. Desde então, o espetáculo criado por Paulo Pontes, talentoso e jovem dramaturgo, foi encenado várias vezes, em versões com Maria Bethânia e Ítalo Rossi (1971), Clara Nunes e Paulo Gracindo (1973) e Bibi Ferreira, viúva de Paulo Pontes, e Gracindo Jr (1998). A mais recente foi a de Claudia Netto e Claudio Botelho, no Teatro Clara Nunes, em 2021, ao comemorar os 50 anos do espetáculo.

O texto de Paulo Pontes e as canções de Dolores Duran e Antônio Maria resgataram um Brasil que parecia definitivamente perdido nos anos 1970, incerto e inseguro, mas cheio de esperança ao mesmo tempo. O espetáculo revelou um aspecto, digamos, antropológico da vida do brasileiro, cuja recidiva ocorre com frequência: acreditar que a vida pode melhorar, em qualquer contexto.

Inspirado nas crônicas de Antônio Maria e canções de Dolores Duran, sua parceira, Paulo Pontes nos legou uma obra-prima da dramaturgia brasileira. Seus protagonistas morreram muito jovens: Dolores; aos 29 anos, em 1959; Maria, aos 43 anos, em 1964; Paulo Pontes, aos 36 anos, em 1976. Entretanto, o espetáculo marcou as gerações seguintes, como a de Chico Buarque, que ontem completou 80 anos, parceiro de Pontes em “Gota d’água” (1975), com música de Dori Caymmi, e autor da “Ópera do Malandro” (1978), dedicada ao amigo dramaturgo.

Quem quiser garimpar pode encontrar a gravação ao vivo da versão interpretada por Clara Nunes e Paulo Gracindo, em LP (1974) e/ou em CD (1997), com o repertório completo: “Ternura antiga” (Dolores Duran , Ribamar), “Ninguém me Ama” (Antônio Maria), “Valsa de uma cidade” (Antônio Maria, Ismael Netto), “Menino grande” (Antônio Maria), “Estrada do sol” (Tom Jobim, Dolores Duran), “A noite do meu bem” (Dolores Duran), “Manhã de carnaval” (Luiz Bonfá, Antônio Maria), “Frevo nº 2 do Recife”, “Saudade” (Antônio Maria), “Castigo” (Dolores Duran), “Fim de caso” (Dolores Duran), “Por causa de você” (Tom Jobim, Dolores Duran), “Pela rua” (Dolores Duran, Ribamar), “Canção da volta” (Antônio Maria, Ismael Netto), “Suas mãos” (Pernambuco Ayres da Costa Pessoa (Antônio Maria), “Solidão” (Dolores Duran), “Se eu morresse amanhã” (Antônio Maria), “Noite de paz” (Dolores Duran).

Era biscoito fino num momento político muito tenebroso da vida nacional. O governo do general Garrastazu Médici, cuja violenta repressão à oposição foi obscurecida pela conquista da Copa do México, em 1970, e pelo chamado “milagre econômico”, que levou a classe média à sensação de que estava no paraíso, até a conta chegar. No imaginário reacionário de ex-presidente Jair Bolsonaro, esse teria sido o melhor momento da história do Brasil.

A melancolia de Dolores Duran, porém, em “Noite de paz”, antecipou aquele momento dramático, quando pede ao Senhor uma noite comum em que possa descansar, sem esperança e sem sonho nenhum: “Por uma só noite assim posso trocar / O que eu tiver de mais puro e mais sincero / Uma só noite de paz pra não lembrar/ Que eu não devia esperar e ainda espero.”

De onde vem

Era uma situação muito, mas muito pior, do que a que vivemos no governo Bolsonaro, marcado pela pandemia. Mais ainda diante das ameaças de retrocesso em relação aos direitos sociais e políticas públicas, protagonizadas por um Congresso conservador, que parece ter perdido a noção de que representa toda a sociedade, inclusive as minorias, e não um ideário “iliberal”, no qual a maioria se impõe pela força.

A posição ambígua do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação ao equilíbrio fiscal ajuda a tecer o arco de oposição ao governo, que inclui parcela expressiva da classe média e a maioria do empresariado. Essa realidade aparece na pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira, pelo jornal “Folha de S. Paulo”, embora a aprovação de Lula siga estável quando comparada à rodada anterior, feita em março, oscilando de 35% para 36%, enquanto a reprovação caiu de 33% para 31% e avaliação de regular foi de 30% para 31%. A avaliação é mais negativa entre os que recebem mais de dois salários-mínimos, entre os evangélicos e nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte do país.

E a tal esperança do brasileiro? Na pesquisa, 40% dos entrevistados acreditam que a situação econômica do país vai melhorar, ante 28% que preveem piora, que estão tecnicamente empatados com aqueles que dizem que a situação ficará como está. Os que não sabem são 5%. Vem das mulheres, com saldo positivo dez pontos, enquanto entre os homens é de um. Dos mais pobres, que ganham até dois salários-mínimos: 18 pontos de diferença para ruim e péssimo (entre os ricos é menos 18 pontos).

Entre as donas de casa, essa diferença positiva é de 19 pontos, o dobro da média das mulheres; entre os aposentados, 23 pontos. Lula tem 48% de ótimo e bom no Nordeste e virou a avaliação no Sul do país, onde agora tem 36% de aprovação, contra 33% de ruim e péssimo e 30 de regular, em razão da forte atuação em socorro aos gaúchos. Os mais jovens (47%), os menos escolarizados (50%) e os católicos (45%) são os mais otimistas. (Correio Braziliense – 20/06/2024)

Encontro G7 na Puglia: um marco histórico de cooperação internacional

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Renata Bueno

No último final de semana, a região da Puglia, no sul da Itália, foi palco da 50ª cimeira do G7. Realizada no município de Fasano, próximo a um complexo de cidades e edifícios de luxo que apresenta uma arquitetura tradicional local, o cenário era de tirar o fôlego, com paisagens verdes pontuadas por oliveiras centenárias, proporcionando um ambiente inspirador para as discussões.

Presidida pela Primeira-Ministra italiana, Giorgia Meloni, a cimeira contou com a participação de grandes líderes do mundo: Canadá, França, Alemanha, Japão, Reino Unido, Estados Unidos e Itália, além de representantes da Comissão Europeia, do Conselho Europeu e também, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como observador e representante do Brasil participando de pautas como economia, sustentabilidade e desigualdade.

Os encontros foram divididos em três dias de intensas discussões sobre temas cruciais da política internacional. No primeiro dia, as discussões focaram em África e no clima, com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyj liderando algumas das manifestações. As conversas abordaram a necessidade urgente de ações coordenadas para enfrentar as mudanças climáticas e promover o desenvolvimento sustentável no continente africano.

No segundo dia, a atenção se voltou para a inteligência artificial e a energia. Os líderes discutiram como a IA pode ser utilizada de maneira ética e responsável para impulsionar a inovação e a produtividade global. Além disso, debateram sobre a transição para fontes de energia limpa e as estratégias para garantir a segurança energética global.

O último dia foi dedicado às questões geopolíticas mais delicadas, como a situação na Ucrânia e a crise no Oriente Médio. Os líderes discutiram a criação de um fundo de 50 milhões de dólares, proveniente de ativos russos congelados, para ajudar Kiev. Também foi debatida a proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo em Gaza, uma medida que visa aliviar a tensão na região.

A presença do Papa Francisco foi um dos pontos altos da cimeira. Ele participou das discussões, destacando a importância de uma abordagem humanitária e ética nas políticas internacionais. Sua presença trouxe uma perspectiva moral e espiritual às deliberações, reforçando a necessidade de ações que promovam a paz e a justiça social.

Conclusões e Acordos
A cimeira resultou em importantes avanços, incluindo a finalização de acordos para a utilização de ativos russos congelados e a promoção de um comércio mais justo e sustentável. Os líderes também concordaram em intensificar os esforços para combater as mudanças climáticas e apoiar a transição para energias limpas.

Embora tenha havido polêmicas, como a exclusão da questão do aborto das discussões finais devido à presença do Papa, a cimeira foi considerada um sucesso por promover um diálogo aberto e construtivo sobre os desafios globais.

Renata Bueno é uma parlamentar ítalo-brasileira nascida em 1979 em Brasília, DF, Brasil. Conhecida por seu envolvimento na política e na defesa dos direitos dos descendentes de italianos no Brasil. Renata Bueno foi eleita deputada federal em 2010, sendo a primeira mulher eleita pelo Partido Socialista Italiano (PSI) fora da Itália. Sua atuação política tem sido focada em temas relacionados à cidadania italiana, imigração, e fortalecimento dos laços entre Brasil e Itália. Ela é presidente da Associação pela Cidadania Italiana no Brasil e tem trabalhado para facilitar o processo de reconhecimento da cidadania italiana para descendentes de italianos no país. Além de parlamentar, Renata é advogada e empresária, com o Instituto Cidadania Italiana e Mozzarellart.


Jardim preside debate sobre a importância da energia nuclear no cenário global

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O deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) presidiu nesta quarta-feira (19) debate sobre a crescente importância da energia nuclear no cenário global realizado pela Comissão Especial para Estudo, Avaliação e Acompanhamento das Iniciativas e Medidas Adotadas para a Transição Energética e pela Comissão de Minas e Energia (CME).

O evento contou com a participação de Raul Lycurgo, diretor-presidente da Eletronuclear, Ernest J. Moniz, CEO da Energy Futures Initiative e ex-Secretário de Energia dos Estados Unidos, Celso Cunha, presidente da ABDA, Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares, e Isabelle Boemeke, influenciadora digital na área de Energia Nuclear.

“Fizemos um debate profundo, muito interessante, sobre a questão da energia nuclear, uma energia limpa, uma energia que pode ser alternativa para vastas regiões do país, uma alternativa que pode se compor muito com as renováveis, que tem uma característica de oscilar, de intermitência, e a energia nuclear é uma energia firme. Empreendedores, cientistas tiveram aqui um momento importante. Nessa transição energética, a energia nuclear tem vez e vai ter um papel muito importante. Vou trabalhar para isso e o Brasil manter o seu protagonismo na energia que enxerga adiante, a energia do futuro”, concluiu Arnaldo Jardim.

IMPRENSA HOJE

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Veja as manchetes dos principais jornais hoje (20/06/2024)

MANCHETES DA CAPA

O Globo

Por unanimidade, Copom interrompe queda dos juros
Desgastado, governo age para abrir diálogo com evangélicos
CCJ do Senado dá aval à legalização dos jogos de azar
Justiça suspende vídeos por apologia da violência no You Tube
No Amazonas, Innovare debate meio ambiente
Calor mata 900 em Meca
Putin e Kim assinam acordo de defesa mútua

O Estado de S. Paulo

Em decisão unânime, Copom mantém taxa de juro em 10,50%
Pacheco freia plano de Lira para acelerar PEC da Anistia a partidos
Reforma no ensino médio voltará com alteração à Câmara
Hidrogênio verde passa no Senado com incentivo de R$ 18,3 bi
Projeto que legaliza os jogos de azar no País avança no Senado
Nova presidente da Petrobras promete alinhamento
Pantanal tem junho com maior destruição por fogo
23,9% da área da cidade de SP não poderia receber construções
Kim e Putin firmam pacto que obriga defesa mútua

Folha de S. Paulo

Copom mantém juros em 10,5% em decisão unânime
Dólar sobe e chega a R$ 5,48 antes de decisão sobre a Selic
Petróleo vai pagar a transição de energia, diz Magda
Moraes recua após censura a reportagens sobre Lira
Senado aprova mudanças no novo ensino médio
Projeto que libera cassino e bicho passa em CCJ
Menina estuprada de SP tem de ir à Bahia para fazer aborto
Grupo de mulheres cristãs pede arquivamento de projeto de lei
Conduzindo Mr. Kim por Pyongyang

Valor Econômico

Em decisão unânime, BC mantém Selic em 10,5%, mesmo após críticas de Lula
Câmbio vive dia de tensão com pré-Copom
Minoritários da Americanas acionam a SEC
Magda: ‘gestão alinhada com visão de Lula’
Reforma limita receita via corte de renúncia
Ônibus com bateria de nióbio está a caminho

Cidadania: Campo Mourão vence pela segunda vez Prêmio Band Cidades Excelentes

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Prefeitura do Cidadania venceu pela primeira vez em 2022

A Prefeitura de Campo Mourão foi contemplada com o Prêmio Band Cidades Excelentes 2024, entregue nesta terça-feira (18), em Curitiba. O prêmio foi recebido pelo prefeito Tauillo Tezelli. O município ficou entre os três do Estado (até 100 mil habitantes) que mais evoluíram na gestão nos últimos quatro anos e também conquistou o prêmio no eixo temático “Saúde e Bem Estar”.

A premiação leva em conta o Índice de Gestão Municipal Aquila (IGMA), bem como os dados enviados pelas próprias prefeituras por meio do site oficial. A plataforma é estruturada com base em Inteligência Artificial que, a partir de algoritmos, consolida os resultados em uma única nota final. A cidade que recebe mais de 80 pontos é considerada excelente.

É a segunda vez que o município conquista o prêmio. A primeira foi em 2022. O IGMA avaliou 72 indicadores distribuídos pelos seis pilares do chamado ciclo virtuoso de desenvolvimento humano: Governança, Eficiência Fiscal e Transparência; Educação; Infraestrutura e Mobilidade Urbana; Sustentabilidade; Desenvolvimento Socioeconômico e Ordem Pública; e Saúde e Bem-Estar.

Na etapa estadual, os municípios são separados em três categorias de acordo com o tamanho da população: menor ou igual a 30 mil habitantes, entre 30 mil e 100 mil, e acima de 100 mil habitantes. A iniciativa conta com auditoria externa da empresa BDO Brazil.

“Grande parte desse prêmio devemos muito ao governador Ratinho Junior pelo apoio aos municípios. Cumprimento nossa equipe de servidores que no dia a dia não mede esforços para atender bem a população. E o grande desafio é cuidar bem das pessoas”, disse o prefeito Tauillo, ao agradecer e enaltecer a Rede Bandeirantes e Instituto Aquila pela iniciativa.

Do site da prefeitura municipal de Campo Mourão.

Cidadania Regional do Distrito Federal publica convocação para Congresso Extraordiário

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Resolução Orgânica n° 03/2024

Convocação do Congresso Extraordinário – Cidadania DF

Considerando a determinação da Resolução Orgânica nº 017/2023, datada de 18 de dezembro de 2023, da Comissão Executiva Nacional do Cidadania;

Considerando a decisão de reunião conjunta da Comissão Provisória do DF com os presidentes dos Zonais do Partido, realizada em 28 de fevereiro de 2024.

O Presidente e o Secretário da Comissão Provisória do Distrito Federal RESOLVEM, ad referendum da Comissão Provisória do Cidadania DF:

Art. 1º – Convocar o Congresso Extraordinário do Cidadania DF para o dia 29 de junho de 2024, a realizar-se no auditório da FAP, no Setor de Diversões Sul.

Art. 2º – Estabelecer que o referido Congresso Extraordinário terá seu início às 10:00 e seu término às 16:00, ou assim que a Pauta estiver concluída;

Art. 3º – Esta Resolução entra em vigor a partir de sua assinatura;

Art. 4º – Encaminhe-se para publicação no site do Cidadania23.

Brasília,  31 de maio de 2024.

Marcelo Aguiar

Presidente

Caetano Ernesto Araújo

Secretário Geral

Prefeituras do Cidadania no Rio de Janeiro vencem Prêmio Band Cidades Excelentes

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Os municípios de Iguaba Grande e Macaé, governados pelo Cidadania23, foram premiados com o 1º lugar no Prêmio Band Cidades Excelentes! Iguaba Grande se destacou entre os municípios com até 30 mil habitantes, recebendo o prêmio na categoria Governança, Eficiência Fiscal e Transparência.

O prefeito Vantoil Martins recebeu o prêmio em nome de todos os cidadãos iguabenses, reafirmando o compromisso com uma gestão pública de qualidade e com transparência. Este reconhecimento vem após a vitória em 2022 e ser finalista em 2023, reforçando a dedicação contínua ao bem-estar da população.

“Hoje tivemos a certeza de que todos os esforços e dificuldades enfrentadas valeram a pena, pois conseguimos superar as adversidades e levar nossa cidade ao cenário de reconhecimento nacional. Todos nós estamos muito felizes por mais essa conquista”, ressaltou Vantoil.

Veja o vídeo da premiação:

Macaé

Macaé brilhou entre os municípios com mais de 100 mil habitantes, também conquistando o 1º lugar na mesma categoria. A cerimônia de premiação, realizada na sede da Fecomércio, no Rio de Janeiro, contou com a presença do prefeito Welberth Rezende e do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda, Rodrigo Vianna. Ao disputar com Niterói e Araruama, Macaé apresentou os melhores índices de gestão, destacando-se pela transparência e responsabilidade na condução da cidade.

“Este é mais um resultado positivo que representa os esforços de todo o governo em trabalhar diariamente para melhorar a qualidade de vida da nossa população. Com transparência e responsabilidade, conduzimos a cidade a uma nova realidade de desenvolvimento, de mais investimentos e também de mais empregos”, destacou o prefeito Welberth Rezende.

Macaé também foi finalista na categoria Infraestrutura de Mobilidade Urbana e disputou a premiação final que indica as três cidades com mais de 100 mil habitantes com melhor índice geral nos seis pilares que fazem parte do prêmio.

Campos Neto virou o bode na sala de Lula

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NAS ENTRELINHAS

O presidente do BC não quer dar continuidade à redução da taxa de juros porque há incertezas no mercado internacional e a economia brasileira está muito aquecida

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva transformou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, no “bode na sala” das contas públicas. Em entrevista à rádio CBN, afirmou que o comportamento do banco é a única coisa “desajustada” na economia do país. E comparou Campos Neto ao ex-juiz e hoje senador Sergio Moro (União-PR), que o condenou na Lava-Jato, segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), indevidamente. Lula disse que Campos Neto tem “lado político” e não demonstra “autonomia”.

O ataque de Lula acirra o conflito entre os integrantes do Comitê de Política Monetária (Copom), que vai decidir a nova Selic em reunião iniciada nesta terça-feira, com a suposta intenção de interromper a redução continuada da taxa de juros, hoje em 10,5%. A expectativa do mercado é de que a taxa realmente seja mantida, em que pese a insurgência de Lula. A redução dos juros foi iniciada de forma gradativa em agosto de 2023.

“Nós só temos uma coisa desajustada no Brasil neste instante, é o comportamento do Banco Central, essa é uma coisa desajustada. Um presidente do BC que não demonstra nenhuma capacidade de autonomia, que tem lado político e que, na minha opinião, trabalha muito mais para prejudicar o país do que ajudar, porque não tem explicação a taxa de juros do jeito que está”, disse Lula. Na última reunião do BC, a intenção de interromper a redução dos juros foi aprovada por 5 a 4, com o voto de desempate de Campos Neto.

Nas últimas semanas, Lula vem sendo muito criticado por não realizar cortes de despesas do governo e pelas tentativas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de aumentar a arrecadação com extinção de isenções fiscais e aumento de impostos. As críticas dos agentes econômicos encontraram eco no Congresso, cuja maioria impôs várias derrotas ao presidente Lula. O maior contencioso ainda são as desonerações da folha de pagamento de 17 setores e dos pequenos municípios, cujo veto foi derrubado, mas o governo conseguiu manter, por meio de decisão do STF.

As derrotas no Congresso coincidiram com a aproximação entre o presidente Campos Neto e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (PR), que está sendo incensado pelo empresariado paulista para se candidatar à Presidência contra Lula, em 2026. O presidente do Banco Central demonstrou certa simpatia pela ideia, ao admitir a possibilidade de ser ministro da Fazenda de um eventual governo de Tarcísio, o que o colocou em franca oposição ao governo, alinhado com as forças de oposição liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que o indicou para o cargo.

Inflação

Foi por essa razão que Lula abriu o verbo contra Campos Neto: “O que é importante saber é a quem esse rapaz é submetido. Como que ele vai para uma festa de São Paulo quase que assumindo um cargo no governo de São Paulo. Cadê a autonomia dele? Então, eu trato com muita seriedade, muita seriedade, vou escolher um presidente do BC que seja uma pessoa que tenha compromisso com o desenvolvimento deste país, controle da inflação, mas que também tenha na cabeça que a gente não tem que pensar só no controle da inflação, nós temos que pensar em uma meta de crescimento, porque é o crescimento econômico, da massa salarial que vai permitir a gente controlar a inflação”.

Roberto Campos Neto foi homenageado com uma festa pelo governo de São Paulo cujo objetivo era mesmo projetá-lo politicamente. Comentando o evento, Lula disse que Tarcísio considera maravilhosa a taxa de juros de 10,5% e, no embalo, comparou o presidente do BC a Moro, que deixou o cargo de juiz federal de Curitiba para ser ministro da Justiça do presidente Jair Bolsonaro: “O presidente do BC está disposto a fazer o mesmo papel que o Moro fez? Um paladino da Justiça, com rabo preso a compromissos políticos? Então o presidente do BC precisa ser uma figura séria, responsável e ele tem que ser imune aos nervosismos momentâneos do mercado”, disparou.

Lula aproveitou a oportunidade para mandar recado para os líderes empresariais que criticam o governo, principalmente os do agronegócio. Disse que está passando a limpo o orçamento do governo: “A gente discutindo corte de R$ 10 bilhões, R$ 15 bilhões aqui e, de repente, você descobre que tem R$ 546 bilhões de benefício fiscal para os ricos neste país, como é que é possível? Você pega, por exemplo, a Confederação da Agricultura, que tem uma isenção de quase R$ 60 bilhões, pega setor de combustível que tem isenção de quase R$ 32 bilhões, ou seja, você vai tentar jogar isso em cima de quem? Do aposentado? Do pescador? Da dona de casa? Da empregada doméstica? Então quero discutir com seriedade”.

Lula está inconformado com o fato de que a inflação acumulada deste ano está em 2,27 %, bem abaixo da meta, embora a inflação dos últimos 12 meses seja de 3,93%. Campos Neto não quer dar continuidade à redução da taxa de juros, a pretexto de que existem incertezas no mercado internacional por causa da política de juros do FED, o banco central norte-americano, e porque a economia brasileira está muito aquecida, com a redução do desemprego e o aumento da renda. (Correio Braziliense – 19/06/2024)

IMPRENSA HOJE

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Veja as manchetes dos principais jornais hoje (19/06/2024)

MANCHETES DA CAPA

O Globo

Lula retoma ataque a Campos Neto na véspera de decisão do BC sobre juros
Datafolha: 36% aprovam governo, e 31% desprovam
Paes aparece na liderança em pesquisa para prefeito
Com recuo de Lira e critica de Pacheco, PL Antiaborto perde força
Meninas de 10 a 14 anos são as maiores vítimas de violência sexual
Caso Marielle: STF aceita denúncia contra os Brazão e Rivaldo
Dois morrem por bala perdida na Linha Amarela a caminho do trabalho
Câmara do Rio aprova lei que destrava reforma de São Januário
Biden anuncia medidas a favor de imigrantes ilegais

O Estado de S. Paulo

Na véspera da definição da Selic, Lula ataca presidente do BC
Câmara recua e vai formar comsisão para discutir aborto em agosto
Exame mundial revela que a 54% dos alunos de 15 anos falta até criatividade
Metade dos homicídios ocorre em 3% das cidades do Brasil
STF torna réus irmãos Brazão e delegado por morte de Marielle
Governo eleva a até 50% descontos em leniências de empreiteiras
Putin e Kim, em uma parceria de párias

Folha de S. Paulo

Lula tem aprovação de 36%; 31% o reprovam,diz Datafolha
Presidente mira Tarcísio e diz que Campos Neto ‘tem lado’
Lira anuncia comissão para discutir PL do aborto
Denúncias contra mulheres vêm de serviços médicos
Abuso sexual domina violência contra meninas
Gestão petista cede por acordo sobre multas da Lava Jato
Delagado e irmãos Brazão viram réus em caso Marielle
Metade dos estudantes tem baixo nível criativo
Rio Paraguai em baixa dificulta deslocamento para combate ao fogo no Pantanal
Tailândia é 1º país do Sudeste Asiático a aprovar união gay

Valor Econômico

Na véspera da definição dos juros pelo Copom, Lula critica Campos Neto e aumenta incertezas
Pagamento de dividendos cresce 24% e chega a R$ 122 bi
País ganha 1º Grand Prix em Cannes em 2024
Nvidia é a mais valiosa empresa do mundo
Biden vai facilitar regularização de imigrantes

Cidadania repudia homofobia contra David Antunes, pré-candidato a prefeito de Curitiba

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O Cidadania23 expressa sua solidariedade ao nosso pré-candidato a prefeito de Curitiba, David Antunes, que recentemente foi vítima de um ato de homofobia. Este episódio lamentável reforça a necessidade de continuarmos nossa luta por uma sociedade mais justa, inclusiva e livre de qualquer tipo de violência e discriminação.

(A Juventude23 também divulgou nota. Leia acima)

Desde sua fundação, o Cidadania tem se posicionado firmemente contra às violências, advogando pela criminalização de atos que perpetuam o ódio e a intolerância contra a comunidade LGBTQIAP+. Entendemos que o respeito à diversidade e a promoção da igualdade são pilares fundamentais para o desenvolvimento de uma sociedade verdadeiramente democrática e humanitária.

É essencial que todos os cidadãos possam viver e expressar suas identidades sem medo de represálias ou agressões. A violência contra qualquer indivíduo por sua orientação sexual ou identidade de gênero é inaceitável e deve ser enfrentada com rigor e determinação.

Reafirmamos nosso compromisso de trabalhar incansavelmente para construir um Brasil onde a diversidade seja celebrada e onde cada pessoa possa viver plenamente, com dignidade e segurança. Continuaremos a defender políticas públicas que promovam a igualdade de direitos e a proteção de todas as minorias.

Nosso pré-candidato tem todo o nosso apoio e respaldo nesta luta. Não iremos recuar diante do ódio e da intolerância. Seguiremos firmes na construção de uma sociedade onde todos possam coexistir em harmonia, livres de qualquer forma de violência.

Solidarizamo-nos com o David e com todas as pessoas que sofrem com a discriminação e a violência.

Juntos, somos mais fortes na construção de um presente e futuro melhor.

Brasília, 18 de junho de 2024

Executiva Nacional do Cidadania