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Estupros, a cultura que nasce dentro de casa

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NAS ENTRELINHAS

A ideia de que mulher que se dá ao respeito não é estuprada é falsa, machista e misógina, porém, sedimentada

Um dos aspectos mais perversos e desumanos da polarização política e ideológica que desagrega o tecido social brasileiro é a cultura da violência, que está se tornando hegemônica na sociedade, a partir de alguns conceitos que se apropriam do senso comum, porém, fogem completamente ao bom senso. Nunca houve tanta gente armada no Brasil nem um sentimento tão amplo a favor de que isso ocorra, mas os indicadores de violência mostram que a outra face da justiça pelas próprias mãos, da suposta autodefesa e do prendo e arrebento é o aumento da violência doméstica, principalmente contra crianças, que é fruto de uma situação de opressão no âmbito familiar.

Nesta quinta-feira, o país ficou chocado com a notícia de que a cada 6 minutos ocorre um estupro no Brasil. As meninas (88%), principalmente negras (52%), com menos de 13 anos (62%), são a maioria das vítimas. Somente em 2023, foram 83,9 mil casos registrados, um aumento de 6,5% em relação a 2022. O 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado ontem também mostra que 76% das vítimas são vulneráveis (menores de 14 anos) e que, nesses casos, 64% dos agressores são familiares e 22%, conhecidos da família. Ou seja, o local mais perigoso para essas crianças não era a escola nem mesmo a rua, mas a própria casa (65%).

Existe uma “cultura do estupro”, uma mentalidade e um contexto social que retroalimentam essas estatísticas. Ao lado de rica cultura popular, que passa pela música, o grafite, a paixão pelo futebol, também vicejam comportamentos sociais e culturais negativos. Por serem seculares, o machismo e a misoginia, por exemplo, são tolerados e até estimulados, de forma direta ou indireta, de uma geração para a outra, ou seja, estão “naturalizados”. O termo “cultura do estupro” foi cunhado pelo movimento feminista da década de 1970 exatamente para apontar comportamentos que relativizam ou silenciam sobre a violência sexual.

O conceito permanece atual, haja vista a frequência com que as denúncias de abusos sexuais surgem na mídia, muitas vezes feitas por mulheres famosas, que levaram até décadas para tomar coragem e denunciar os agressores poderosos. Não à toa as crianças são as mais vulneráveis: a “cultura do estupro” nasce dentro de casa, a partir de uma barreira de intimidação, silêncio e medo, na qual mulheres e crianças foram aprisionadas.

No Brasil, a faixa mais vulnerável é de 10 a 13 anos (32%), seguido de 5 a 9 anos (18%) e de 0 a 4 anos (11%). É chocante saber que a faixa dos bebês registre de 68,7 casos por 100 mil habitantes, o dobro da média nacional de estupros, de 41,4 casos/100 mil habitantes. Em casos de estupros de maiores de 14 anos, a tendência do local das agressões é a mesma: 52% ocorrem em residências. Os agressores também são próximos às vítimas: em 31% dos casos são familiares e em 28%, parceiros íntimos. Entre 2011 e 2023, o número de estupros cresceu 91,5% — eram 43,4 mil casos e, agora, o valor é quase o dobro, 83,4 mil. Desde 2021, o número apresenta tendência constante de crescimento, após ter queda durante a pandemia da covid-19.

Culpa da vítima

A notificação de violência doméstica também aumentou: foram 258.941 vítimas, crescimento de 9,8% em relação ao ano anterior. O número de mulheres ameaçadas subiu 16,5%: foram 778.921 que denunciaram essa situação à polícia. Além disso, o aumento dos registros de violência psicológica cresceu para 33,8%, totalizando 38.507 mulheres. Já o crime de stalking (perseguição) também subiu, com 77.083 mulheres alvos, um aumento de 34,5%.

O caldo de cultura é a tendência a culpar as vítimas de estupro, que se fundamenta em princípios de moral e bons costumes. Desse modo, os que culpam a mulher por ser vitimada, alegam que o estupro não ocorreria caso ela tivesse comportamento diferente, usasse outras roupas, só frequentasse ambientes familiares, entre outras coisas. A ideia de que mulher que se dá ao respeito não é estuprada é falsa, machista e misógina, porém, está muito sedimentada. A tese da criminalização do aborto em caso de estupro trafega por aí; a punição proposta seria prender a vítima e obrigá-la ter o estuprador como pai de seu filho.

Quando nasce, um bebê já é cercado de expectativas: espera-se de um menino que seja agressivo; se for menina, que seja delicada. Cada gênero tem um roteiro já preconcebido. Não apenas no seu âmbito familiar, mas também no entorno: os parentes e os amigos, a vizinhança, a sociedade. Desde cedo, está definido o que eles deveriam ser, antes mesmo que possam descobrir o que querem, o que lhes afeta e como lidam com suas próprias emoções. Meninos são criados para serem corajosos e se arriscarem, enquanto as meninas buscam a beleza e a perfeição. Precisam provar a força da sua própria sexualidade, mesmo que isso venha fazer deles um estuprador.

O estupro é o único crime em que se presume que a vítima esteja mentindo. Se uma pessoa assaltada na rua pode registrar a ocorrência sem dificuldade, quando a mulher registra uma denúncia de estupro, ela é a suspeita. É que silenciar e/ou responsabilizar a vítima são características da cultura do estupro. Quando o sigilo se perde, a credibilidade da vítima é posta em xeque, por policiais, advogados, médicos e até juízes. (Correio Braziliense – 19/07/2024)

IMPRENSA HOJE

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Veja as manchetes dos principais jornais hoje (19/07/2024)

MANCHETES DA CAPA

O Globo

Governo trava R$ 15 bi para se aproximar da meta fiscal
Arthur Lira – ‘Lula não deve ter poder de veto na eleição da Câmara’
Presidente impõe sigilo de 100 anos sobre dados patrimoniais de ministro
Bolsonaro reitera apoio a Ramagem em ato no Rio: ‘Somos perseguidos’
Demanda por ações da Sabesp fica acima das expectativas
Golpes virtuais aumentam; homicídios caem
Em tom emotivo, Trump lembra atentado, critica Biden e fala em ‘união’
Com pressão ‘insuportável’, Biden cogita desistir
Maduro prevê ‘banho de sangue’ se perder as eleições

O Estado de S. Paulo

Governo congelará R$ 15 bi, insuficiente para cumprir meta
Sabesp é privatizada por R$ 14,8 bi, maior oferta de seneamento
Cai número de homicídios; cresce o de estupros e golpes comPix
PT será o maior beneficiado se PEC da Anista for aprovada
Na primeira fala após levar um tiro de fuzil na orelha, Trump pede união
Maduro prevê ‘banho de sangue’ e ‘guerra civil’ caso perca a eleição’

Folha de S. Paulo

Governo federal anuncia congelamento de R$ 15 bi
Mortes violentas seguem em queda no Brasil, mas sobem em seis estados
Arquivo de Silveira é colocado sob sigilo de cem anos
Após pedido de Bolsonaro, Flávio recebeu chefe do Fisco
CIA faz 613 relatórios em monitoramento de Lula
Record demite repórter que vazou fala do presidente
Parque Bixiga vira área de utilidade pública, mas deve surgir só em 2027
Canto racista abre crise no time e no governo argentinos
Campanha de Trump prioriza migração, inflação e petróleo

Valor Econômico

Haddad anuncia congelamento de R$ 15 bi no Orçamento deste ano
Mercado tem dia agitado com fiscal
Oferta da Sabesp tem procura recorde
Doença em ave no RS suspende exportações
Doadores democratas apostam em desistência de Biden
Expansão do Porto de Santos gera disputa

Volta a valer regra que impede participação em eleição se um dos partidos da Federação estiver com contas pendentes

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Voltou a valer a regra que exige que todos os partidos de uma Federação estejam com contas regulares no município para que possam disputar as eleições!

O ministro André Mendonça, relator da ADI 7620, do PV, do PCdoB, do PT, PSDB, CIDADANIA, PSOL e REDE, havida concedido “a medida cautelar, ad referendum do plenário, para suspender, com efeitos ex nunc, a eficácia do § 1º-A do art. 2º da Resolução TSE nº 23.609/2019, incluído pela Resolução TSE nº 23.675/2021”.

No entanto, ele voltou atrás na liminar que impedia que o partido com contas julgadas não prestadas no âmbito do município atingisse o outro partido da mesma Federação

Desse modo fica mantida a regra que diz que, por exemplo, se em um município o Cidadania estiver com suas contas regularizadas na Justiça Eleitoral e o PSDB não estiver (ou vice-versa), por estarem federados, os dois partidos ficam impedidos de participar das eleições.

Haddad vira o vilão dos impostos

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NAS ENTRELINHAS

Lula faturou politicamente na opinião pública ao se posicionar contra a taxação da carne e da blusinha, mas expôs seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aos “memes” na internet

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vem sendo vítima de uma onda de “memes” na internet, pelo WhatsApp e nas redes sociais, nos quais a oposição procura demonizá-lo como vilão dos impostos. Num deles, o petista é “trolado”, para usar uma gíria da internet, ao ser comparado ao famoso diretor e ator paulista de filmes de terror José Mojica Marins, o Zé do Caixão, falecido em 2020. A onda de ataques mistura humor corrosivo e fake news, para se aproveitar de alguns debates sobre a regulamentação da reforma tributária e outros impostos no Congresso, que deixam o ministro numa saia justa, pois está sendo apelidado de “Taxad”.

Dois temas nos quais o presidente Luiz Inácio Lula da Silva divergiu de seu ministro da Fazenda favoreceram os memes contra Haddad: a inclusão ou não da proteína animal, principalmente a carne vermelha, na cesta básica (a equipe econômica era contra) e a taxação do imposto da blusinha, o debate sobre a compra de produtos de consumo importados com valor abaixo de US$ 50 — o que equivaleria a R$ 274 reais no câmbio de ontem —, que foi taxada com apoio da Fazenda.

Lula faturou politicamente na opinião pública ao se posicionar contra a taxação da carne e da blusinha, mas expôs Haddad aos “memes” na internet. O termo do grego clássico significa imitação. É bastante conhecido e utilizado no “mundo da internet”, referindo-se ao fenômeno de “viralização” de uma informação — ou seja, qualquer vídeo, imagem, frase, ideia, música e etc., que se espalhe entre vários usuários rapidamente e alcance muita popularidade. Do ponto de vista de conteúdo, não é um fenômeno novo na política, porém, a rapidez e a forma como hoje se propagam as fake News e “memes” nas redes sociais não têm precedentes.

O caso mais famoso de fake news na política brasileira ocorreu numa escala muito menor, mas decisiva eleitoralmente, durante as eleições presidenciais de 1946. O brigadeiro Eduardo Gomes, representante de uma forte coligação encabeçada pela UDN, era o favorito na disputa com o general Eurico Dutra, da frente liderada pelo PSD. Um dos sobreviventes da Revolta dos 18 do Forte, em 1922 — marco inicial do tenentismo, quando foi ferido gravemente —, era um herói vivo do movimento.

Eduardo Gomes participou da Revolta Paulista de 1924 e foi preso quando se dirigia para integrar a Coluna Prestes. Solto em 1926, foi novamente preso em 1929. Voltou à liberdade em maio de 1930, a tempo de participar das ações que viriam a derrubar Washington Luís, após o fracasso eleitoral da Aliança Liberal, a Revolução de 1930. Com a subida ao poder de Getúlio Vargas, criou o Correio Aéreo Militar, que viria a se tornar o Correio Aéreo Nacional. Em 1935, comandou o 1º Regimento de Aviação contra o levante conhecido como Intentona Comunista. Em 1937, com a decretação do Estado Novo, exonerou-se do comando e passou a fazer oposição a Vargas. Mais tarde viria a criar a Aeronáutica, força da qual foi ministro três vezes.

Marmiteiros

Na campanha eleitoral, franco favorito, num comício em São Paulo, principal base da UDN, Gomes teria dito que dispensava o apoio da “malta de desocupados”, referindo-se, supostamente, aos sindicalistas do PTB, engajados na campanha de Eurico Gaspar Dutra. O líder trabalhista Hugo Borghi, aviador e empresário agroindustrial do algodão, descobriu que “malta” era sinônimo não só de “bando, súcia”, como também de grupos de operários que carregavam marmitas. A partir disso, disseminou o boato de que Gomes, já visto como elitista, desprezava o “voto dos marmiteiros”.

Imediatamente, os trabalhadores foram exaltados no jingle de campanha de Dutra: “Marmiteiro, marmiteiro, todo mundo grita/ E lá na minha casa só tem papa de marmita/ Vamos entrar no cordão do marmiteiro/ e quem não tiver pandeiro na marmita vai tocar”. O candidato da UDN ainda tentou se explicar, porém, uma semana antes da votação, foi abatido por um manifesto de Vargas em favor de Dutra.

O Brasil superou a marca de 156 milhões de pessoas com 10 anos ou mais conectadas à internet (computador ou celular), equivalente a 84% da população do país, segundo a pesquisa anual TIC Domicílios 2023, realizada em parceria do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) com o Comitê Gestor da Internet do Brasil (CGI.Br).

Houve um aumento de usuários conectados em 2023, em relação aos 80% registrados no ano anterior. O número de pessoas conectadas, porém, pode ser ainda maior, de 164 milhões. Em 2023, a alta foi impulsionada pelo público feminino, cujo porcentual saiu de 81% do ano passado para 86% em 2023. E, também, pelas classes C e D/E: esses estratos da população saíram de 87% para 91% e 60% para 67%, respectivamente. É aí que os memes bombam mais.

Embora esteja sendo discutida e votada agora, a reforma tributária deve entrar em vigor só a partir de 2026 e, gradualmente, até 2033. Entretanto, a taxação de compras internacionais de até US$ 50 virou lei no fim de junho. O vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento e da Indústria, ontem, saiu em defesa de Haddad.

“Se pegarmos a carga tributária de 2022 para 2023, ela não aumentou. Pode até dar uma conferida, acho até que caiu”, afirmou.

Segundo números do Tesouro Nacional, a carga tributária somou 32,44% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. Isso representa uma queda de 0,64 ponto percentual do PIB em relação ao valor registrado em 2022 (de 33,07% do PIB). Ou seja, não é verdade que Haddad aumentou a carga tributária. (Correio Braziliense – 18/07/2024)

Convocação de convenção eleitoral em Amargosa

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Confira abaixo convocação para a convenção eleitoral no município de Amargosa, na Bahia.

IMPRENSA HOJE

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Veja as manchetes dos principais jornais hoje (18/07/2024)

MANCHETES DA CAPA

O Globo

Estados querem aliar regime especial a desconto nos juros da dívida com União
BC aperta fiscalização de instituições de pagamento
Gonet se equilibra entre pressões antes de decidir sobre Bolonaro e ministro de Lula
Meta suspende recursos de IA no Brasil após governo exigir transparência em uso de dados
Mergulhadores do tráfico desafiam polícia
Copacabana tem alta de furtos e desordem
No Sena, mergulho como prova de confiança
Veto médico pode levar à desistência, reconhece Biden
Venezuela: opositora critica pressão de seu chefe de segurança

O Estado de S. Paulo

Câmara cede a lobby e beneficia Zona Franca em reforma tributária
Appy defende taxação de previdência privada como herança
Com penduricalho, procurador em SP pode ganhar em um mês até R$ 115 mil
Petrobras avança em tratativa para recomprar refinaria
Escritora que perdeu o braço defende esterilização de pitbulls
Com covid, Biden admite desistir de reeleição se receber ordem médica
Em Paris, prefeita entra em rio para mostrar que está limpo

Folha de S. Paulo

Petróleo ganha impulso sob Lula, mesmo sem planos
Entrevita do presidente na TV é antecipada ao mercado
Petista comete gafe ao condenar violência doméstica
CNJ afasta magistrado por fala sobre mulheres
Boulos cria regra para justificar voto no caso Janones
Nunes renova contratos do lixo apesar de dúvidas
Cetesb apura morte de toneladas de peixes em Piracicaba, no interior de São Paulo
Corpo de idoso é encontrado amarrado nos Jardins, em SP
Campanha de Trump arrecada R$ 2,2 bilhões em três meses

Valor Econômico

Setor varejista negocia R$ 56 bi em dívidas
Lira estabelece prioridades e quer definir sua sucessão em agosto
Cresce pressão pela desistência de Biden

Eleições 2024: Roraima debate estratégias e dá posse a novo presidente da Federação

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Um grande encontro com lideranças políticas de Roraima do Cidadania e do PSDB para debater estratégias para as eleições municipais de 2024 também foi marcado, nesta quarta-feira (17), pela posse do deputado estadual Marcelo Cabral como presidente regional da Federação dos partidos no biênio 2024-2026. O evento, que aconteceu no Eco Hotel, em Boa Vista, contou com a presença do presidente nacional do Cidadania, Comte Bittencourt.

Marcelo Cabral, que é vice-presidente da Assembleia Legislativa de Roraima, avaliou que a visita de Bittencourt fortalece a sigla e a federação a nível estadual. “Teremos encontros com todos os nossos pré-candidatos a vereadores e prefeitos em Roraima para debater e discutir políticas importantes para o Estado”, afirmou ele, que já havia sido nomeado para o cargo pelo presidente nacional do PSDB.

Também participou do evento a pré-candidata à prefeitura de Normandia, Neila Araújo, uma das mulheres do Cidadania que vão concorrer a um cargo majoritário neste ano.

A presidente estadual do Cidadania, ex-deputada estadual Lenir Andrade, ressaltou a importância do trabalho que a direção nacional vem realizando, com a realização de cursos de formação para os pré-candidatos e visitas aos estados, e afirmou que são grandes as chances do partido eleger Neila Araújo para a prefeitura de Normandia, além de vários vereadores em cidades importantes do estado.

Durante a passagem por Boa Vista, o presidente nacional do Cidadania também se encontrou com o governador do estado, Antonio Denarium, com vice-governador, Edilson Damião, e com a presidente estadual do PSDB, Anabel Mota.

Eleições 2024: No Paraná, curso reúne mais de 300 pré-candidatos

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Mais de 300 pessoas participaram, na última segunda-feira (15) do tradicional curso de formação política para pré-candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador do Cidadania no Paraná. O curso, que é feito em parceria com a Escola de Formação Política Dr. Luiz Felipe Haj Mussi, foi virtual, gratuito e de caráter obrigatório para quem deseja ser candidato pelo partido. 

Neste ano, a formação teve palestras do presidente nacional do Cidadania, Comte Bittencourt, da presidente nacional da Juventude, Geovana Machado, do presidente estadual do Cidadania, Rubens Bueno, do advogado eleitoral  Ivo de Lima, do publicitário Kal Gelbecke e da coordenadora do M23 Paraná, Simone Giroto.

O presidente nacional do Cidadania, Comte Bittencourt, fez a abertura do curso e falou também sobre a conjuntura. “Nós vamos enfrentar uma eleição diferente. Primeiro devido a questão geopolítica nacional e a segundo fator é devido ser uma eleição federada. Porém, tenho certeza absoluta que o Paraná será um farol para o nosso Cidadania e estou muito animado que o resultado do partido em outubro será positivo para todos nós”, afirmou.

Segundo o pré-candidato a prefeito em Araucária, Genildo Carvalho, “este curso é para nós uma grande oportunidade de ficarmos atualizados sobre legislação, organização e marketing eleitoral. Esta preparação ajuda e muito no planejamento para as eleições de outubro. Tradição do partido que qualifica e forma nossos líderes para que assim tenhamos nomes preparados para apresentar para a população na próxima eleição”, destacou.

Para finalizar, a coordenadora do M23 Paraná, Simone Giroto, ressaltou a importância do curso. “Novamente nosso partido faz história. Esse curso de formação política, tradicional desde a época do PPS, é uma das maiores ferramentas que um pré-candidato pode ter e tenho certeza que nossos filiados sabem que são privilegiados. Sem dúvidas, a participação nesta formação tornará nossos pré-candidatos ainda mais preparados para o pleito de outubro”, finalizou.

Gravações de Ramagem exumam as “rachadinhas”

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NAS ENTRELINHAS

Arquivada pela Justiça do Rio, MP pode reabrir a investigação sobre o envolvimento do clã Bolsonaro no escândalo da Assembléia Legislativa fluminense

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, ao derrubar o sigilo do inquérito sobre a chamada Abin paralela — que investiga atuação do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), delegado federal, quando à frente dos serviços de inteligência no governo passado —, aperta o cerco contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que é um dos arrolados.

Nas gravações de uma reunião entre ambos, da qual participaram o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e duas advogadas, fica evidente a intenção de abafar o escândalo das “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), no qual estava envolvido o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), deputado estadual à época do escândalo. Heleno chega a chamar a atenção de que a conversa não poderia ter vazamentos.

Segundo a Polícia Federal (PF), o objetivo da reunião — gravada por Ramagem, supostamente com conhecimento de Bolsonaro — seria anular as provas do escândalo das “rachadinhas”, com o argumento de que o caso era uma “árvore envenenada” por ser uma operação ilegal na Receita Federal — tese de defesa das advogadas do senador. Foi o que acabou acontecendo: em 2022, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) aceitou o pedido do Ministério Público (MP-RJ) e rejeitou a denúncia de peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro contra o parlamentar.

Desde 2020, o filho mais velho do ex-presidente era acusado de recolher parte do salário de funcionários públicos em benefício próprio, no seu antigo gabinete na Alerj, onde foi deputado estadual de 2003 a 2019. O policial militar aposentado Fabrício Queiroz, então chefe de gabinete de Flávio, foi apontado como operador do esquema. Após ser preso, reconheceu a existência da prática. Mais 15 ex-assessores foram denunciados.

Em 2018, um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) já havia apontado uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta do ex-assessor Fabrício Queiroz, entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, com depósitos e saques em dinheiro vivo, em datas próximas do pagamento de servidores da Alerj. As quebras dos sigilos fiscais de Queiroz e de Márcia Aguiar, sua mulher, mostraram, ainda, que a então primeira-dama Michelle Bolsonaro recebera depósitos de ambos, que totalizavam R$ 89 mil, entre 2011 e 2016.

À época, Bolsonaro disse que o valor era a devolução de um empréstimo de R$ 40 mil concedido por ele a Queiroz. Os dados bancários não comprovam o recebimento desse empréstimo. Bolsonaro já era presidente e Flávio exercia o mandato senador, com direito a foro privilegiado no STF, quando, após recursos, houve o entendimento do TJ-RJ de que, por ter emendado os mandatos de deputado estadual e de senador, Flávio manteria o foro privilegiado no tribunal estadual.

Reabertura de caso

O caso saiu das mãos do juiz da 27ª Vara Criminal do Rio de Janeiro para a jurisdição do Órgão Especial do TJ-RJ, composto por 25 desembargadores, antes de ser arquivado. À época, Flávio classificou a investigação como ilegal. No começo do seu governo, a popularidade de Bolsonaro havia caído e sua base no Congresso era muito frágil. O escândalo das “rachadinhas” gerou muita tensão, porque a oposição tentava articular um pedido de impeachment. Paranoico, Bolsonaro avaliava que seu vice, o general Hamilton Mourão, hoje senador gaúcho pelo Republicanos, desejava seu lugar.

A gravação obtida pela PF mostra que a reunião durou 1h08, em 25 de agosto de 2020. No encontro, Ramagem propôs abrir procedimentos administrativos contra os auditores-fiscais que investigaram Flávio para anular as provas, e Bolsonaro concordou. A estratégia foi bem-sucedida. O arquivamento do inquérito das “rachadinhas” não impede o Ministério Público de reabrir o caso, o que pode ser o desdobramento do inquérito da Abin paralela. As novas provas seriam independentes daquelas que foram declaradas ilícitas.

Ramagem disse à imprensa que gravou a reunião porque havia a desconfiança de que surgiria uma proposta “não-republicana” do então governador Wilson Witzel, que também era visto como conspirador por Bolsonaro. A proposta não se confirmou. Entretanto, o ex-presidente afirma que o ex-governador fluminense teria prometido ajuda para blindar Flávio na investigação das “rachadinhas” em troca de uma vaga no Supremo.

Bolsonaro diz na gravação: “O ano passado (2019), no meio do ano, encontrei com o (Wilson) Witzel, não tive notícia [inaudível] bem pequenininho o problema. Ele falou, resolve o caso do Flávio. ‘Me dá uma vaga no Supremo. (…) Sede de poder’”. Acrescentou: “Então, você sabe o que vale você ter um ministro irmão teu no Supremo”. Após a revelação de Bolsonaro, as advogadas se surpreendem e o ex-presidente explica que a vaga seria para o desembargador Flávio Itabaiana, responsável por julgar a suspeita de rachadinha. (Correio Braziliense – 17/07/2024)

IMPRENSA HOJE

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Veja as manchetes dos principais jornais hoje (17/07/2024)

MANCHETES DA CAPA

O Globo

Reforma precisa sair do Congresso sem exceder alíquota de 26,5%, defende Appy
Haddad admite bloqueio de verbas do Orçamento
Disputa pela sucessão na Câmara afunila enquanto Lira buscar criar consenso
Fazenda estipula regras para legalizar ‘Jogo do Tigrinho’
Gargalos dificultam doações às universidades
Cresce esterilização voluntária entre os mais jovens
Uma ‘fera’ de 233 milhões de anos

O Estado de S. Paulo

Lula relativiza compromisso do governo com meta fiscal
Receita abriu apuração sobre investigação de ‘rachadinha’ de Flávio
AGU pede que um acordo com empresa dos irmãos Batista seja suspenso
MPF propõe multa de R$ 1,7 bi ao WhatsApp por vazamento
Brasil concentra quase 60% dos bancos digitais da América Lativna
Aeroporto de Porto Alegre voltará a ter voos em outubro
Filme que narra estupro não consegue distribuição nos EUA
Musk promete US$ 45 milhões à campanha de Trump por mês

Folha de S. Paulo

Emenda vetada pelo STF chega a 30% das cidades
Lula diz precisar ser convencido sobre cortes de gastos em 2024
MPF pede R$ 1,7 bi do WhatsApp por violar lei de dados
Silveira adia prazo para acordo com empresa dos Batista
Justiça aceita pedido de pai de menina e nega aborto legal
Demanda por ações da venda da Sabesp chega a R$ 200 bi
Governo paulista contraria Nunes e afirma que esposa de prefeito fez BO
Datena mantém dúvidas sobre sua candidatura
Tarcísio muda Nova Raposo sem eliminar polêmicas
IA do Google reduz em 10% o tempo de espera de motoristas em semáforos do Rio

Valor Econômico

Fazenda desenha proposta para transformar BC e CVM em super-reguladores
Lula volta a pôr meta em dúvida, e Haddad reafirma corte de gasto
Republicanos criticam economia, mas faltam projetos em convenção
Eneva prepara oferta de ações e compra térmicas
SP aperta cerco a fraudes no ITCMD