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Guerra nas estrelas — Musk escala crise com Moraes

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NAS ENTRELINHAS

A suspensão de atividades de empresas que não cumprem as regras está prevista no Marco Civil da Internet, caso da X. Houve episodio semelhante com a Telegram

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou o bloqueio de contas da empresa Starlink, do empresário Elon Musk, para quitar multas do X (antigo Twitter) por descumprir ordens judiciais. Oficialmente, a empresa questiona a constitucionalidade da medida, tomada para punir a plataforma X.

A Starlink é uma companhia de exploração espacial que atua no desenvolvimento de constelações de satélites pela SpaceX, também de Musk. O objetivo dela é levar conexão de internet para áreas remotas do planeta onde o acesso é baixo ou zero.

“Hoje, a Starlink está conectando mais de um quarto de milhão de clientes no Brasil — da Amazônia ao Rio de Janeiro —, incluindo pequenas empresas, escolas e socorristas, entre outros”, afirmou a empresa, no final da tarde de ontem, e garantiu que fará o possível para não interromper suas atividades no Brasil.

A decisão de Moraes levou Musk a escalar a crise entre o magnata e a Justiça brasileira. E é considerada inconstitucional pela oposição ao governo Lula e por adversários do ministro.

O magnata sul-africano acusou Moraes de tirania, na própria rede social. Em uma das postagens, compartilhou uma imagem semelhante a Moraes atrás das grades de uma cela. Em outra, o ministro segurando dois sabres de luz vermelha, com a seguinte legenda: “Grok, gere uma imagem como se o Lord Voldemort e o Lord Sith tivessem um filho e ele se tornasse juiz no Brasil. É estranho.”

Grok é um modelo de inteligência artificial generativa. Na madrugada de ontem, Musk já havia atacado Moraes: “Esse ‘juiz’ tem, repetidamente, quebrado as leis que ele jurou defender”. Moraes havia ordenado que o empresário indicasse o novo representante do X no Brasil, sob pena de suspensão da rede social.

Musk foi intimado por meio de uma publicação no perfil oficial do STF na própria plataforma, na quarta-feira à noite. O Supremo ainda marcou a conta oficial de Musk.

Na queda de braço com Musk, Moraes determinou “a indicação, em 24 horas, do nome e qualificação do novo representante legal da X Brasil em território nacional”. E ameaçou suspender as atividades da plataforma caso a decisão não seja cumprida.

O escritório do X no Brasil foi fechado por Musk em 17 de agosto, sob o argumento de que a plataforma estava sofrendo censura, em razão de Moraes exigir o bloqueio de perfis de investigados por difundir fake news e atentar contra a democracia.

“A decisão de fechar o escritório do X no Brasil foi difícil, mas, se tivéssemos concordado com a censura secreta (ilegal) de Alexandre de Moraes e as exigências de entrega de informação privada, não haveria forma de explicarmos as nossas ações sem nos envergonharmos”, escreveu Musk.

O empresário é investigado em inquérito que apura supostos delitos de obstrução à Justiça, organização criminosa e incitação ao crime. Consta, também, no inquérito que apura a atuação de milícias digitais.

Marco Civil

No início de agosto, foi divulgado um compilado de trocas de e-mails de funcionários do X a respeito de decisões judiciais brasileiras que envolveram a rede social entre 2020 e 2022. Revelados pelo jornalista americano Michael Shellenberguer, ficaram conhecidos como Twitter Files Brazil.

Por causa da investigação, Musk chamou Moraes de “ditador brutal” e disse que o ministro tem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “na coleira”. Em meados de agosto, Moraes pressionou para que o X cumprisse o bloqueio de algumas contas, conforme determinado pela Justiça, entre elas as de sete bolsonaristas, um deles o senador Marcos do Val (Podemos-ES).

Em resposta, o setor de Global Government Affairs do X publicou documentos atribuídos a Moraes. “Esse ofício exige a censura de contas populares no Brasil, incluindo um pastor, um atual parlamentar e a esposa de um ex-parlamentar. Acreditamos que o povo brasileiro merece saber o que está sendo solicitado a nós”, escreveu a conta do X em 13 de agosto.

No dia 17, a plataforma afirmou que Moraes teria ameaçado uma representante do X no Brasil com prisão caso as decisões judiciais não fossem cumpridas. Os documentos estão sob sigilo de Justiça.

A empresa saiu do Brasil em 17 de agosto e o STF só se comunica com a plataforma pela própria rede X. O Código Civil regulamenta o funcionamento de empresas e companhias nacionais ou internacionais, detalha como deve ser o funcionamento no Brasil. A suspensão de atividades de empresas que não cumprem as regras está prevista também no Marco Civil da Internet.

Já houve episódio semelhante com o Telegram, que ficou sem representante no país. Moraes, à ocasião, deu o mesmo prazo de 24 horas para indicação de representação local. A plataforma indicou quatro pessoas.

A propósito, no sábado, o cofundador do Telegram Pavel Durov foi preso na França, sob a alegação de que a falta de moderação no aplicativo contribui para a prática de crimes, como lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e compartilhamento de imagens de exploração sexual de crianças. Foi detido no aeroporto Le Bourget, em Paris, ao desembarcar de um voo com origem em Baku, capital do Azerbaijão. (Correio Braziliense – 30/08/2024)

IMPRENSA HOJE

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Veja as manchetes dos principais jornais hoje (30/08/2024)

MANCHETES DA CAPA

O Globo

Prazo se esgota, e rede X diz que não cumprirá ordem de Moraes
Projeto do governo Lula dá drible no arcabouço para turbinar auxílio-gás
Temas de costumes dobram de espaço no Congresso, mostra inédito levantamento com uso de IA
Nunes tenta evitar ‘abandono’ por bolsonaristas
Governo federal e estadual divergem sobre retomada do RS
Aquecimento global agrava a seca no sertão nordestino
Suicídio de jovens e adolescentes é o que mais cresce no país
Gaza tem 1º caso de pólio em 25 anos, e Israel pausará ataques para vacinação

O Estado de S. Paulo

Governo quer ampliar Auxílio Gás com drible no Orçamento
Após dólar chegar a R$ 5,62, BC anuncia intervenção no câmbio
X não cumpre ordem; Moraes bloqueia contas da Starlink, deMusk
Mudança climática deve reduzir produção de cana e etanol no Brasil
PCC usa máquinas de cartão para lavar dinheiro do tráfico, aponta investigação
Em indireta a Lula, Maduro diz que não se intrometeu em eleição no Brasil
Em entrevista, Kamala acena com nomeação de republicano

Folha de S. Paulo

BC anuncia intervenção no câmbio com leilão de dólares
X de Musk diz esperar bloqueio por Moraes
No país, racismo tira R$ 14 bi de trabalhador negro
Empresas terão incentivo para entrar em leilões
Verba fora do Orçamento vai inflar Auxílio Gás
Incêndios crescem em terras indígenas com mais garimpo
Brasil tem 212,6 mi de habitantes, aponta IBGE
Gabrielzinho conquista o 1º ouro do Brasil nas paralimpíadas de Paris
Tufão deixa três mortos e dezenas de feridos no Japão

Valor Econômico

Despesas com segurança de Estados e DF crescem 14% acima da inflação no 1º semestre
Dólar alcança R$ 5,62 e BC anuncia leilão de US$ 1,5 bi
Musk não cumpre ordem, X pode sair do ar e Starlink tem conta bloqueada
Azul negocia transformar parte da dívida em ações
Cimed vai investir R$ 2 bi em expansão
Marçal combina Collor e Bolsonaro, diz Felipe Nunes

Senador Marcos Pontes declara apoio à candidatura de Alex Manente

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O candidato a prefeito de São Bernardo, deputado federal Alex Manente (Cidadania), recebeu, na tarde de quinta-feira (29), o apoio do senador Marcos Pontes (PL), que esteve no município e conversou com moradores e apoiadores, durante encontro no comitê de Alex, na região central de São Bernardo. Estavam na atividade o candidato a vice-prefeito Paulo Eduardo (PL), e os vereadores Lucas Ferreira (PL), Eliezer Mendes (PL), Julinho Fuzari (Cidadania), Pery Cartola (Cidadania) e Alex Mognon (Progressistas).

Em seu discurso, Marcos Pontes afirmou que acredita na vitória de Alex em São Bernardo e que sabe da importância de eleger um nome com experiência. “Temos que pensar que tipo de País que nós queremos. A gente precisa ter o direito de se expressar. Isso é democracia. E, para isso, a gente precisa de gestores como o Alex Manente, para tomar conta de nossa cidade.”

O senador elencou as razões que, na avaliação dele, podem garantir a vitória de Alex Manente na eleição municipal de São Bernardo. “Ele tem capacidade de gestão, apoio político e atitude de fazer o que precisa ser feito. Tudo isso o Alex e o Paulo têm.”

Paulo Eduardo celebrou a visita de Marcos Pontes a São Bernardo. “É muito bom ver tanta gente reunida em uma quinta-feira e com o mesmo propósito. E ter a chance de ver esse homem que é o único brasileiro que teve a oportunidade de embarcar para o espaço. É uma honra estar ao lado desse dois gigantes, que são o senador Marcos Pontes e o Alex Manente.”

Prêmio: Deputada Any Ortiz é destaque na categoria Apoio à Indústria

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Em premiação realizada na noite de quinta-feira, 29, a deputada federal Any Ortiz (Cidadania-RS) foi uma das agraciadas na categoria especial Apoio à Indústria do Prêmio Congresso em Foco 2024, que escolheu os melhores parlamentares do ano.

Um júri especializado selecionou os parlamentares destaques que têm o apoio da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), do Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS) e do Ibrachina.

Considerada a premiação mais relevante no cenário político brasileiro, o Prêmio Congresso em Foco é realizado desde 2006 com o objetivo de promover boas práticas e destacar os melhores do parlamento brasileiro.

Convocação: Executiva se reúne dia 9 de setembro para debater rumos das eleições de 2024

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A Executiva Nacional do Cidadania se reúne no dia 9 de setembro para debater a conjuntura política e o andamento da eleição municipal em curso. O partido lançou quase cinco mil candidatos no país. O encontro se dará de maneira online. Confira abaixo a íntegra da convocação:

CONVOCAÇÃO DA EXECUTIVA NACIONAL

Ofício 064/2024 – Cidadania/DN

Brasília, 29 de agosto de 2024

Prezados(as) companheiros(as),

Por meio deste, estamos convocando os membros da Comissão Executiva Nacional para uma reunião extraordinária, de acordo com o estabelecido no artigo 20, §5º, do nosso estatuto, online, no dia 09 de setembro de 2024, às 18:30 horas (horário de Brasília), para tratar dos seguintes pontos de pauta:

Análise de conjuntura – eleição 2024;

Assuntos Gerais

A reunião será realizada por meio de link que será enviado aos membros da Executiva Nacional.

Sem mais para o momento e certos de contarmos com sua imprescindível presença, subscrevemo-nos,

Regis Cavalcante
Secretário Geral

Comte Bittencourt
Presidente

 

Com Breno Salomão, Cidadania pode completar 20 anos na administração de Lagoa Santa

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Na região metropolitana de Belo Horizonte, o município de Lagoa Santa é um exemplo de como a administração do Cidadania serve de espelho para diversas cidades do país. Rogério Avelar, atual prefeito, completa agora seu quarto mandato como prefeito da cidade que conta com 66.744 habitantes. Nesse pleito, o Cidadania volta a concorrer a prefeitura com Breno Salomão, atual vice-prefeito.

Para prestigiar esse grande trabalho e apoiar a campanha, o presidente nacional do Cidadania, Comte Bittencourt, em companhia do presidente do partido em Minas, João Vitor Xavier, esteve na cidade na última semana. A expectativa é de mais uma vitória do Cidadania nesse pleito.

“Estamos confiantes na vitória de Breno, que conta com o reconhecimento da população pelo grande trabalho que o Cidadania vem realizando em Lagoa Santa há quase duas décadas”, destacou Comte Bittencourt.

Breno Salomão segue firme na campanha e sempre levantando as bandeiras do partido. “Queremos uma Lagoa Santa que segue no rumo certo, com uma gestão responsável, honesta e comprometida com o progresso. Nosso olhar está sempre voltado para o futuro, mantendo vivos os valores que construíram essa cidade: ética, transparência e uma dedicação inabalável ao bem-estar da população. Não podemos permitir que Lagoa Santa retroceda ao passado, à estagnação e ao descaso”, defende.

Câmara não perdoará mandante da morte de Marielle

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NAS ENTRELINHAS

O Conselho de Ética abriu processo contra Chiquinho Brazão em abril, após o parlamentar ter sido preso pela PF por envolvimento na morte da vereadora carioca

A votação no Conselho de Ética da Câmara foi acachapante: aprovou por 15 votos a um a recomendação de cassação do mandato do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), réu acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol). Jack Rocha (PT-ES), relatora do caso, recomendou a perda do mandato de Brazão por condutas incompatíveis com o decoro parlamentar. Segundo a deputada, há provas “robustas” de que ele cometeu “irregularidades graves no desempenho do mandato” e que é “verossímil” a conclusão da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República (PGR) de que Brazão é um dos mandantes da execução de Marielle.

A defesa do deputado ainda poderá recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, onde a correlação de forças é majoritariamente conservadora, mas dificilmente, lá também, o parlamentar será poupado. Não é a tradição da CCJ perdoar colegas homicidas. O deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ) foi o único voto contrário à cassação. O deputado Paulo Magalhães (PSD-BA) se absteve. A cassação dependerá do apoio de 257 dos 513 deputados, no mínimo.

Gutemberg Reis tem suas razões para votar contra a cassação: além de aliado político de Brazão, é citado no inquérito de investiga a morte do advogado Rodrigo Marinho Crespo e investigado por envolvimento na fraude nos cartões de vacinação de Bolsonaro. Brazão nega qualquer envolvimento no atentado que matou a vereadora e o motorista Anderson Gomes em 2018. Afirma até que Marielle era sua amiga, no período em que ambos foram vereadores na capital fluminense.

O Conselho de Ética abriu processo contra Chiquinho Brazão em abril, após o parlamentar ter sido preso pela PF por suposto envolvimento no crime. Chiquinho e o irmão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro Domingos Brazão, segundo a PF, foram os mandantes da execução de Marielle. Presos desde março, os dois são réus no Supremo Tribunal Federal (STF) por homicídio qualificado e tentativa de homicídio.

Segundo a PGR, conforme denúncia ao STF, a morte de Marielle foi encomendada pelos irmãos como resposta à atuação do PSol e da vereadora contra um esquema de loteamentos de terra em áreas de milícia na Zona Oeste do Rio. A defesa de Chiquinho Brazão tem cinco dias para recorrer à Comissão de Constituição e Justiça, que é o terreno mais favorável para o parlamentar evitar a cassação. A CCJ avalia apenas se a Comissão de Ética observou os ritos regimentais e a Constituição, ou seja, o devido processo legal.

Sem depoimentos

O advogado Cleber Lopes, que representa Brazão, alega que a defesa foi prejudicada ao longo do processo no Conselho de Ética devido à falta de depoimentos de testemunhas e que não houve quebra de decoro, porque os fatos ocorreram antes de o parlamentar assumir seu mandato na Câmara. Marielle foi assassinada em 2018, somente em 2019 Brazão se tornou deputado federal. Um dos elos da milícia da Zona Oeste do Rio, Brazão foi expulso do União Brasil e já teve a prisão mantida pelos colegas da Câmara.

O Conselho de Ética já aprovou 23 recomendações de perda de mandato, apenas oito foram aceitas pelo plenário da Câmara. Outras 10 acabaram rejeitadas. Entretanto, Brazão está na mesma situação de outros políticos acusados de homicídio, cujos mandatos foram cassados pela Câmara. Com o agravante de ser contra uma parlamentar, como aconteceu com o ex-deputado federal Talvane Albuquerque, por ordenar uma chacina que vitimou quatro pessoas para matar a deputada federal Ceci Cunha (PSDB) e ficar com a vaga dela, após ter perdido a eleição em 1998.‘

O crime ocorreu em Maceió e ficou conhecido como chacina da Gruta. Talvane foi julgado e condenado em 2012, em júri popular, a 103 anos e quatro meses de prisão. Em maio de 2021, a Sexta Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) reduziu a pena dele para 92 anos, nove meses e 27 dias. Talvane exerceu o cargo de deputado federal entre 1995 e 1997, na condição de suplente empossado. Na eleição de 1998, se candidatou novamente, mas ficou apenas como primeiro suplente. Com a morte de Ceci, ele acabou sendo empossado em 1999, mas foi cassado pelos pares.

Outro caso famoso é o de Hildebrando Pascoal, que foi condenado a mais de 80 anos de prisão por homicídios, tráfico de drogas e crimes eleitorais e financeiros. Ele foi deputado estadual no Acre entre 1995 e 1999. Em 1998, chegou a ser eleito deputado federal, mas ficou menos de um ano no cargo, em função das denúncias apuradas pela CPI do Narcotráfico. Em setembro de 1999, ele teve o mandato cassado por quebra de decoro parlamentar. Ficou famoso por mandar esquartejar com motosserra e ocultar o corpo das vítimas.

O mais recente, porém, é o vaso da pastora e ex-deputada federal Flordelis dos Santos, condenada a 50 anos e 28 dias de prisão, pelo assassinato do ex-marido, o pastor Anderson do Carmo. O crime ocorreu em junho de 2019, na casa da família, em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. (Correio Braziliense – 29/08/2024)

IMPRENSA HOJE

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Veja as manchetes dos principais jornais hoje (29/08/2024)

MANCHETES DA CAPA

O Globo

Sob pressão da inflação, governo indica Galípolo à chefia do BC
Conselho de Ética dá aval à cassação de Chiquinho Brazão
Brasil tem déficit de 623 mil vagas em creches
País abre 188 mil postos de trabalho
Pesquisa mostra tríplice empate em São Paulo
No Rio, Paes amplia ainda mais a liderança
Entrevistas com os candidatos de Porto Alegre
Executivos propõem pacto pelo clima
Alistamento agora também ao alcance delas
Um golpe de pelúcia

O Estado de S. Paulo

Galípolo é indicado por Lula para comandar o Banco Central
Corte de R$ 25,9 bi em gastos vai focar pente-fino em benefícios sociais
Campanha na TV inicia com empate triplo na liderança de intenções de voto
Prefeitos de 118 cidades decretam emergência por queimada em agosto
Empresários querem ‘pacto econômico com a natureza’
Moraes manda notificar Musk e ameaça suspender a rede X no Páis
Mulheres poderão se alistar nas Forças Armadas a partir de 2025
Inscrições nazistas levam Direito da USP a notificar MP

Folha de S. Paulo

Lula indica Galípolo para presidir BC
Palmeirense, escolhido fez meio-campo entre PT e empresários em 2022
Inflação implícita aumentou muito e causa desconforto, diz Campos Neto
Em tuíte, Moraes intima Musk sobre representante do X
Marçal usa réu homônimo ao atacar Boulos sobre drogas
Magda afirma que medida por oferta de gás é ‘delicada’
Abertura das paralimpíadas pede ‘revolução da inclusão’
Hotéis do PCC são referência para a cracolândia
Folha é proibida de entrevistar chefe da Transwolff
Um mês após pleito, Maduro eleva repressão a jornalistas

Valor Econômico

Indicado para a presidência do BC, Galípolo tem o desafio de controlar pressão inflacionária
Boulos, Marçal e Nunes em empate técnico
Venezuelanos vão às ruas um mês após eleição
Revisão de gastos foca INSS e BPC
Empresários propõem pacto para preservar o meio ambiente
Esporte e inclusão
Fintechs suspeitas de crimes financeiros
Saneamento de Sergipe atrai 4 grupos

Marçal desponta no mundo de sombras

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NAS ENTRELINHAS

Ninguém tem a garantia de que a propaganda oficial de rádio e tevê seja suficiente para neutralizar a propaganda enganosa do outsider nas redes sociais

Platão, o filósofo grego autor de A República, quando pensou em demonstrar a cegueira dos homens diante de um mundo de aparências, atribuiu a Sócrates, personagem central do livro, a história conhecida por Mito da Caverna, ao qual já nos referimos em outras colunas, porque tem a ver com momentos recorrentes da nossa política, como agora, no processo eleitoral de São Paulo.

Na fábula de Platão, homens estão presos por argolas no fundo de uma caverna escura. Sempre viveram ali, sem poder olhar para trás, onde um fogo arde, a certa distância, e irradia uma luz que se projeta nas paredes. Veem apenas formas humanas, bruxuleantes. Pensam que é a realidade. Mas veem apenas suas próprias sombras. É o único mundo que conhecem, o mundo sensível, o mundo das aparências.

Reflexos da luz verdadeira (suas ideias) projetam as sombras, que são tomadas por verdadeiras. A realidade somente aparece para quem sai da caverna. Por analogia, uma parcela do eleitorado paulistano parece aprisionada em uma caverna. Levantamento do instituto Veritá Pesquisa, divulgado pela revista Veja ontem, mostra que o empresário e coach Pablo Marçal (PRTB) assumiu a liderança da disputa pela Prefeitura de São Paulo. A 40 dias da votação do primeiro turno, ele aparece com 36,3% das intenções de voto, seguido pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSol), com 25,4%, e pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), com 16,7%.

Depois, aparecem o apresentador José Luiz Datena (PSDB), com 7,4% do eleitorado; a deputada federal Tabata Amaral (PSB), com 6,9%; e a economista Marina Helena (Novo), com 4,2%. Dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, os três nomes encontram-se em empate técnico na quarta posição. Marçal teria aberto 11 pontos em relação a Boulos e 20 pontos em relação a Nunes.

A pesquisa é desqualificada pelos adversários de Marçal, que atribuem falta de credibilidade ao instituto responsável pelo levantamento, porém, outras pesquisas virão. Hoje mesmo, a Quaest divulgará um novo levantamento sobre a disputa em São Paulo. No seu último levantamento, ainda no fim de julho, o coach somava apenas 12% das intenções de voto, atrás de Nunes (20%), Boulos (19%) e Datena (19%). A se considerar as duas pesquisas, quanto mais apanha, mais o candidato outsider avança na corrida rumo à Prefeitura de São Paulo.

O resultado da pesquisa Veritá, de tão surpreendente, é quase inverossímil. É um avanço muito além do último DataFolha, divulgado em 22 de agosto, no qual Marçal marcou 21%, no mesmo patamar do deputado Guilherme Boulos (PSol), que oscilou de 22% para 23%, e de Nunes, que caiu de 23% para 19%. Em sendo verdadeira a vantagem de Marçal, Tabata Amaral acertou quando o escolheu como principal adversário, em vez de Boulos e Nunes.

Perfis proibidos

Na fábula de Platão, Tabata seria como o ex-prisioneiro que conseguiu sair da caverna e resolver contar o que viu fora dela aos demais prisioneiros, porém ninguém acreditou e todos passaram a tratá-lo como louco. As denúncias duríssimas de Tabata contra Marçal nas redes sociais até agora não surtiram efeito no eleitorado. Em vez de motivar a saída, mais pessoas foram atraídas para a caverna do coach nas redes sociais, como aqueles 60 seguidores que subiram o Pico dos Marins, em Piquete, no interior de São Paulo, sob péssimas condições climáticas, e se perderam no local, a 2.400 metros de altitude, sendo resgatado por equipes de socorro.

A esperança de todos os demais candidatos é de que a propaganda eleitoral de rádio e televisão ilumine a caverna, mas essa é uma aposta feita algumas vezes, mas que fracassou. Com o advento das redes sociais, ninguém tem a garantia de que a propaganda oficial de rádio e tevê seja suficiente para neutralizar a propaganda do outsider nas redes. Marçal quase não tem tempo na propaganda oficial.

Por isso, bani-lo das redes passou a ser tão importante, principalmente por causa da sua virulência e das mentiras. A Justiça Eleitoral de São Paulo já suspendeu os perfis de Marçal no Instagram, no X, no TikTok, no Discord e no YouTube. A medida também atinge o site oficial do influencer, que acusa a Justiça Eleitoral de violar a liberdade de expressão e de perseguir sua candidatura. O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo deve julgar o recurso e, qualquer que seja a decisão, o caso deve bater no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Para burlar a decisão judicial, Marçal teria usado perfis alternativos, o que pode complicar ainda mais a sua situação. O caso é emblemático para o TSE, que recebeu, nos últimos 10 dias, mais de 14 mil informes de propaganda eleitoral irregular, média de uma denúncia por minuto. Pelo calendário eleitoral, a propaganda eleitoral começou em 16 de agosto. São Paulo (2.838), Minas Gerais (1.571), Pernambuco (1.567) e Rio Grande do Sul (1.244) são os estados com mais denúncias, sendo 7.325 contra candidatos a vereador. (Correio Braziliense – 28/08/2024)

IMPRENSA HOJE

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Veja as manchetes dos principais jornais hoje (28/08/2024)

MANCHETES DA CAPA

O Globo

Era só pagar que os inquéritos sumiam, afirma Lessa ao STF
Novo CEO da Vele – Mariana e concessões desafiam Pimenta, bem recebido pelo mercado
Mesmo no poder, PT sobre nas disputas nas capitais
Hino com linguaguem neutra municia criticas a Boulos
Exército abre inquérito contra coronéis que pressionaram comando por golpe em 2022
Após atrito com Rede D’Or, Amil vai abrir nova emergência pediátrica
Sinais do clima – Água
Gelo – Queda brusca no termômetro
Fogo – Risco de quebrar recorde
Contra lixo na rua, coleta no Rio será dentro dos prédios
Obituário/Juan Manuel Izquierdo – Desfecho triste de novo drama em campo

O Estado de S. Paulo

Exército abre inquérito contra coronéis de carta pró-golpe
Ações da Vale sobem após sucessão, mas novo CEO terá desafios
STF dá 15 dias para governo agir contra fogo no Pantanal e na Amazônia
Morre, aos 27 anos, zagueiro uruguaio que desmaiou em jogo no Morumbis
Ditadura de Maduro prende e tortura 120 menores após as eleições
Resgatado após 10 meses em um quarto a 23 m de profundidade

Folha de S. Paulo

Governo quer propor taxação de bigs techs ainda neste ano
Moraes proíbe entrevista da Folha com Filipe Martins
Ministro soma mais uma apuração em que é o próprio afetado
Pior seca em 4 décadas atinge 16 estados e DF
Fumaça cobriu área rural de SP em 90 minutos
Mar deve subir 16 cm no Rio até 2050, estima ONU
Novo presidente propõe enxugar estrutura da Vale
Maduro faz trocas no seu gabinete em meio a pressão

Valor Econômico

Julgamentos do STF sobre base de cálculo de tributos podem custar R$ 118,9 bilhões à União
Despesas são grande desafio do PLOA de 2025
Escolhido CEO, Pimenta marca nova etapa na Vale
Governos federal e de SP discutem incêndios; 6 suspeitos foram presos
IPCA-15 tem alta de 0,19%, com alívio em serviços