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Inflação oficial fica em 0,57% em abril, a maior para o mês em três anos

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O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do País, ficou em 0,57% no mês de abril, abaixo dos 0,75% registrado em março. Mas a taxa, no entanto, é maior do que a registrada no mesmo período de 2018, de 0,22%, e considerada a maior para o mês desde 2016. 

O IPCA acumula taxas de 2,09% no ano e de 4,94% em 12 meses. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a inflação no mês passado foi puxada pelos gastos com saúde e cuidados pessoais (1,51%), transportes (0,94%) e alimentação (0,63%).

As maiores altas de preço do setor saúde e cuidados pessoas vieram dos remédios (2,25%), perfumes (6,56%) e planos de saúde (0,8%). Entre os transportes, as principais contribuições vieram das passagens aéreas (5,32%) e das tarifas de ônibus urbanos (0,74%). Já os alimentos, as altas foram registradas em alimentação fora de casa (0,64%) e de produtos como tomate (28,64%), frango inteiro (3,32%), cebola (8,62%) e carnes (0,46%).

INPC

O IBGE também divulgou, nesta sexta-feira (10), o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que mede a inflação para famílias com até cinco salários mínimos. Segundo o instituto, o índice ficou em 0,6% em abril. A taxa foi inferior aos 0,77% registrados em março, porém superior aos 0,21% registrados no mesmo período do ano passado.

O índice acumula taxas de 2,29% no ano e de 5,07% em 12 meses,  números superiores aos registrados no ano passado, de 2,09% e 4,94%, respectivamente. Os produtos alimentícios registraram alta de 0,64% em abril e os não alimentícios tiveram inflação de 0,58% no períodos. (Com informações das agências de notícias)

Cidadania Mulher 23 critica deputado estadual de SC por comentários misóginos

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O Cidadania Mulher 23 publicou, nesta sexta-feira (10), nota de repúdio às declarações do deputado estadual de Santa Catarina, Jessé Lopes, do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, por comentários misóginos ao afirmar que “saia e decote” chamam atenção de estupradores. O documento lembra ainda que as mulheres tem o direito de realizar as suas escolhas que precisam ser respeitadas.

“Estamos num momento ímpar de disposição para o enfrentamento e não permitiremos retrocessos, mesmo que venham com posições obtusas ultraconservadoras”, afirma a nota.

NOTA DE REPÚDIO 

Nós, mulheres do Cidadania, ficamos horrorizadas e repudiamos veementemente as declarações do deputado estadual Jessé Lopes (PSL-SC). Ao dizer que saia e decote chamam atenção de estupradores,   o parlamentar ignora completamente as estatísticas da violência sexual. 

Temos urgentemente de acabar com o mito do estuprador maníaco escondido atrás de um matagal esperando a vítima perfeita. De acordo com o Atlas da Violência de 2016, 70% dos casos de estupro registrados o abusador era alguém próximo a vítima e em casos de pedofilia cerca de 53% foram cometidos por pais, padrastos ou conhecidos da família. Por acaso crianças e adolescentes deverão usar burcas para  evitar o abuso dentro de suas próprias casas? 

Estamos lutando para colocar na cabeça do brasileiro que mulheres e meninas têm suas escolhas e têm que ser respeitadas. Parte da luta diária dos movimentos feministas aos quais nos juntamos. 

Estamos num momento ímpar de disposição para o enfrentamento e não permitiremos retrocessos, mesmo que venham com posições obtusas ultraconservadoras.

Secretaria Nacional de Mulheres do Cidadania 
Brasília, 10 de maio de 2019”

Carmen Zanotto manifesta preocupação com aumento do suicídio de crianças e adolescentes

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Em audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara, nesta quinta-feira (09), a deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania-SC) defendeu o aprofundamento do debate em torno do suicídio e da automutilação de crianças em adolescentes no País, em especial dos estados do Sul e Sudeste.

O debate foi sobre formas de prevenção do suicídio e automutilação de crianças e adolescentes.

Em sua fala, a parlamentar citou dados da Diretoria  de Vigilância Epidemiológica (Dive) de Santa Catarina  mostrando que, entre 2010 e 2015, 140 meninos e 404 meninas, com idades entre 10 e 14 anos, tentaram suicídio no estado. Destes, 23 morreram.

“Esses dados não são atuais, mas acendem a luz vermelha a respeito dessa questão, que merece a atenção de todos nós. Estamos muito preocupados com a gravidade desta situação”,  alertou, ao defender a consolidação de políticas públicas com ações preventivas e de apoio psicossocial inclusive na escola.

Estudos do Ministério da Saúde reforçam o alerta feito pela parlamentar. De acordo com a pesquisa, no período de 2011 a 2016, as tentativas de suicídio aumentaram mais de  200%. A maioria na faixa etária de 10 a 39 anos e na região Sudeste e Sul do país. As maiores taxas de óbitos por suicídio foram registradas no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Durante o debate, nasceu a ideia de se criar uma frente parlamentar para tratar do tema no Congresso Nacional.

Na avaliação da deputada catarinense, a lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro que prevê que escolas passem a notificar caos de automutilação a conselhos tutelares é importante para que se tenham números mais precisos a respeito do deste dilema que não é apenas brasileiro.

Carmen Zanotto é autora de requerimento da audiência pública que provocou a discussão na Câmara  sobre a influência dos jogos virtuais em suicídios e automutilações de jovens.

OMS

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o suicídio é a terceira causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. É também a sétima causa de morte de crianças entre 10 e 14 anos de idade.

César Felício: No limite, lá “nos finalmentes”

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O mais ilustre admirador de Olavo de Carvalho gosta do fio da navalha. Ao assinar o decreto que permite o rearmamento da sociedade, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que foi “no limite da lei”. “Não inventamos nada e nem passamos por cima da lei. O que a lei abriu de oportunidade para nós, fomos lá no limite. Lá nos finalmentes”.

Em ocasião muito anterior, Bolsonaro afirmou que, no que depender dele, oferecerá aos trabalhadores regras que “beiram a informalidade”. É um presidente na fronteira, no limiar da irresponsabilidade. Mas que não cruza a linha divisória.

Ao longo dos seus 28 anos como deputado, que lhes deixaram o cheiro impregnado no paletó, como disse na cerimônia de anteontem, Bolsonaro se acostumou a nunca compor. Também nunca rompeu: a quebra da institucionalidade foi um arroubo da juventude, quando chegou a ser acusado, em matéria da revista “Veja” de 1987, de ter desenhado croquis para a instalação de bombas na adutora do Guandu. Ao ser absolvido pelo Superior Tribunal Militar, no ano seguinte, já estava virtualmente fora do Exército, em campanha bem sucedida para vereador.

Olavo de Carvalho não foi importante para Bolsonaro ganhar a eleição, ao contrário do que o presidente diz. O aiatolá da Virgínia e seus jagunços digitais são importantes agora, para Bolsonaro testar seus limites frente aos que podem tutelá-lo ou àqueles que tem a atribuição constitucional de controlar o Executivo.

Retratar Olavo de Carvalho como o Rasputin dos tempos atuais talvez não seja a melhor analogia. Rasputin era um charlatão que seduziu a família do czar, era visto como um enviado de Deus, e a partir daí passou a exercer influência na corte. A comparação será válida caso o olavismo se volte, com o mesmo ‘placet’ régio que desfruta hoje, contra determinados personagens a quem não interessa ao presidente desestabilizar, ao menos por enquanto, como Paulo Guedes e Sergio Moro. Há método no modo bolsonarista de agir, e não desnorteio.

O presidente sabe que conduz um governo de minoria parlamentar e usa as redes sociais como quem coloca um revólver sobre a mesa. Não há sinais de que pretenda dispará-lo contra o Legislativo, porque sabe que o outro lado também está armado. A maneira como a elite política aniquilou Dilma Rousseff ainda é uma lembrança viva na mente de todos em Brasília.

Bolsonaro pode colocar o verniz ideológico que desejar em suas atitudes, tentar transformar as escolas e universidades em quartéis ou fiscalizar publicidade do Banco do Brasil durante o resto de seu governo, mas jamais conseguirá suprimir o fato de que comanda uma máquina pública falida, limitada na capacidade de induzir crescimento ou de conter as consequências sociais do ajuste que lhe é imposto fazer.

Para pagar as contas, lacração no Twitter não é suficiente. Ele precisa do Congresso para não naufragar. Como há disposição entre os parlamentares em aprovar alguma reforma da Previdência, há jogo, desde que Bolsonaro aprenda a ceder.

A quinta-feira terminou com os bolsonaristas na Câmara obstruindo a votação da medida provisória da reforma administrativa, naquele que seria o grande teste da base no Congresso. A aliança tática contra Moro entre o Centrão e a oposição na Comissão Especial que analisou o tema sugere a abertura de uma vertente perturbadora para o Executivo. Tudo isto em um dia que começou com um café da manhã de parlamentares com o coração do governo: o próprio presidente e Santos Cruz, Paulo Guedes e Onyx Lorenzoni.

A semana irá virar com a corda esticada, o que aumenta o cacife de Rodrigo Maia como negociador. A julgar pelo retrospecto de Bolsonaro, o mais provável é que o presidente redobre a aposta na crispação. Haverá mais dança sobre o vulcão.

Quanto à guerra entre Olavo, seus seguidores e os generais, há um componente inequívoco de luta por espaço dentro do governo. Não à toa, coincide com o desenrolar da crise a demissão da militante Letícia Catelani de uma diretoria da Apex, por obra do novo comando da agência, nas mãos de um militar.

Era uma queda previsível, desde que o contra-almirante Sergio Segovia foi nomeado para a presidência do órgão, no dia 2 de maio, quinta-feira, em ato tornado público no dia seguinte, em edição extra do “Diário Oficial da União”.

Naquele dia, Letícia escreveu em redes sociais que estava sendo alvo de “diversos ataques”. O tiroteio de Olavo contra Santos Cruz, tido como o mentor da mudança, começou no sábado. Letícia perdeu o cargo na segunda-feira, dia 6, data em que o ex-comandante militar do Exército, general Eduardo Villas Bôas, saiu em defesa do ministro da Secretaria de Governo.

Enquanto foi diretora de Negócios da Apex, a empresária entrou em atrito com dois presidentes da agência, ambos defenestrados: Alecxandro Carreiro e Mario Vilalva.

Audácia

Sérgio Cabral Filho está condenado oito vezes na primeira instância, com penas que somam 197 anos. Acumula 29 denúncias por corrupção e lavagem de dinheiro. Nos últimos meses, em depoimentos ao juiz Marcelo Bretas, começou a confessar ter sido protagonista de esquemas de propina no Rio de Janeiro desde meados dos anos 90, quando se tornou presidente da Assembleia Legislativa. Buscou comprometer seus antecessores no governo do Rio de Janeiro, os seus sucessores, o cardeal, o prefeito da capital, seu antecessor e um vasto et cetera. Provoca um certo espanto portanto a publicação de um artigo seu no jornal “O Dia”, em que se aventura a recomendar ao presidente Jair Bolsonaro a privatização da Petrobras.

“Em busca do tempo perdido, presidente, venda a Petrobras. Os bilhões de barris do Pré-Sal só serão usufruídos pelo povo brasileiro se forem explorados, no máximo, nos próximos dez anos. Há profissionais maravilhosos na Petrobras, de gabarito internacional. Todos serão absorvidos pelas empresas privadas”. Ao apenado nunca lhe faltou audácia. (Valor Econômico – 10/05/2019)

César Felício é editor de Política. Escreve às sextas-feiras – E-mail: cesar.felicio@valor.com.br

Elena Landau: É a lama, é a lama

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Esta semana o relatório do senador Tasso Jereissati para a MP 868 foi aprovado na Comissão Especial. É um assunto urgente. No Brasil, quase 35 milhões de pessoas não têm acesso à água tratada e quase metade da população não tem serviço de coleta de esgoto. Espero que esse quadro vergonhoso sensibilize os nossos parlamentares, porque a votação nas duas Casas tem de ocorrer até dia 3 de junho para que a medida provisória não caduque.

É espantoso como um projeto de lei de tamanha importância possa enfrentar dificuldades para sua aprovação. A resistência maior vem dos ditos “partidos progressistas”. A ampliação do acesso ao saneamento básico é uma questão de justiça social. Vivendo no esgoto não há igualdade de oportunidades possível. Hoje ainda convivemos com dois Brasis: no Sudeste, o índice de abastecimento de água é 91,2% e o de coleta de esgoto 78%; no Norte é 55,4% e 10,5%. Numa ponta, o Amapá tem a pior estatística do País, com investimento per capita de R$ 30, na outra, São Paulo com dez vezes mais.

A MP desenha um novo marco regulatório. É um passo gigante para a superação do fosso entre cidadãos brasileiros. Traz soluções para os problemas que afastam as empresas privadas. Elas atuam em apenas 6% do setor, mas respondem por 20% do investimento total. Ou seja, proporcionalmente, aplicam bem mais que o setor público. A consequência são indicadores de qualidade, em média, melhores do que as estatais.

Os que se opõe ao projeto são, em sua maioria, simplesmente contra a possibilidade de privatização. Ignoram que a insegurança regulatória afeta investimentos tanto públicos quanto privados, que juntos não somam a metade dos gastos necessários para a universalização. Esquecem também da absoluta falta de recursos públicos que não tem solução a curto prazo, mesmo com a aprovação da reforma da Previdência. Deixam em segundo plano a péssima qualidade de vida de milhões de brasileiros para defender velhos interesses corporativos.

A privatização é crucial para reverter essa tragédia nacional. A meta para universalização prevista para 2033 não será alcançada. O investimento anual é menos da metade do necessário. Não é por acaso que, segundo a OMS, estamos em 123.º lugar no ranking do saneamento.

O projeto traz mais segurança jurídica ao setor. Ataca dois pontos relevantes: a multiplicidade de regras e os entraves decorrentes da titularidade municipal. Hoje, cada município pode estipular as próprias condições para a operação, ainda que não tenham competências para fiscalização. O relatório aprovado contorna esses problemas propondo a harmonização das regras e ampliação da atuação da Agência Nacional de Águas (ANA), que deverá definir normas de referência nacional, ajudando a simplificar todo o sistema regulatório. Ao criar o conceito de prestação regionalizada, permite a reunião de diferentes municípios numa única operação, sem eliminar a possibilidade de prestação de interesse local. E ainda garante que os municípios com menor atratividade façam parte dos blocos mais disputados.

Outros fatores importantes para a atração de investidores são a solução de conflitos por mediação e o reembolso de investimentos não amortizados. Em 2016, 18 Estados procuraram o BNDES para apoio na venda de suas empresas de saneamento. Pouco se avançou até o momento por conta de um marco regulatório confuso. A nova lei é necessária para destravar essas operações de venda.

Em meados dos anos 90, vários governadores venderam ativos, na grande maioria, empresas distribuidoras de energia, porque necessitavam de recursos para novos investimentos. Com exceção de poucas distribuidoras que permaneceram estatais, os indicadores de qualidade melhoraram significativamente no setor elétrico. Lucraram os contribuintes e usuários desse serviço que, a exemplo da telefonia, é hoje universal.

Duas décadas depois, o quadro se repete: restrição fiscal e ativos estatais que necessitam de vultosos investimentos. Novamente, a privatização das empresas estaduais é parte da solução. O mesmo choque de qualidade pode acontecer com saneamento. Não dá para deixar essa oportunidade passar quando em pleno 2019 quase metade dos brasileiros vive na lama. (O Estado de S. Paulo – 10/05/2019)

Rubens Bueno defende que governo cancele bloqueio de verbas de universidades

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O deputado federal Rubens Bueno (Cidadania-PR) defendeu nesta sexta-feira (10) que o governo federal recue de sua decisão e cancele o bloqueio de 30% das verbas de custeio e investimentos das universidades e institutos federais do País. O parlamentar alerta que se a medida do Ministério da Educação (MEC) não for revertida acabará provocando a paralisação de atividades em diversas instituições de ensino.

“Somente na Universidade Federal do Paraná o corte chega a 48 milhões de reais. Isso vai afetar diretamente os trabalhos acadêmicos, os projetos de pesquisa e atingir 33 mil estudantes. O corte nas verbas de custeio pode inviabilizar o funcionamento de uma instituição que já registrou mais de 500 patentes tecnológicas. O mesmo ocorrerá Brasil afora se essa medida do MEC, que congelou mais de 2 bilhões de reais das universidades, não for revista”, alerta o parlamentar.

Para Rubens Bueno, promover cortes drásticos nos recursos da Educação é um retrocesso para um país que na realidade precisa é de mais investimentos na área para impulsionar seu desenvolvimento.

“É uma medida que vai na contramão do que acontece no restante do mundo. A Alemanha, por exemplo, acaba de anunciar o investimento de 160 bilhões de euros no ensino superior e na pesquisa científica entre 2021 e 2030. São 2 bilhões de euros a mais por ano, na comparação com 2019. Enquanto isso, o Brasil corta investimentos”, compara o deputado.

O parlamentar também considera equivocado o corte de R$ 819 milhões na verba não obrigatória da Coordenação de Pessoal de Nível Superior (Capes), responsável pela concessão de bolsas de mestrado e doutorado.

“A Educação é fundamental para o aumento de competitividade de qualquer país. Cortar recursos dessa área trava o nosso desenvolvimento. O governo precisa avaliar melhor os reflexos da medida que anunciou e desistir desse bloqueio”, cobrou Rubens Bueno.

Professor da UnB diz que a base curricular das escolas brasileiras está em xeque

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O Brasil tem um quadro bastante preciso de como se desenvolveu a educação básica brasileira nas últimas duas décadas, de acordo com artigo de Joaquim José Soares Neto, publicado na sexta edição da revista Política Democrática online (veja aqui), produzida e editada pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), vinculada ao Cidadania, novo nome do PPS (Partido Popular Socialista).

“O panorama é preocupante. O fato que mais impacta é o aprendizado dos alunos, que revela profundas assimetrias”, avalia no artigo o professor titular da UnB (Universidade de Brasília)

A partir da década de 1990, de acordo com o autor, com a implantação do Sistema de Avaliação da Educação Básica, tornou-se possível acompanhar o desenvolvimento do aprendizado dos estudantes em língua portuguesa e em matemática ao final da primeira etapa do ensino fundamental (atualmente o 5º ano), ao final do 9º ano e ao final do terceiro ano do ensino médio.

“Por outro lado, o Censo da Educação Básica vem também coletando informações acuradas referentes aos alunos, turmas, professores e escolas. Assim, atualmente, temos quadro bastante preciso de como se desenvolveu a educação básica brasileira nas últimas duas décadas”, afirma ele.

No entanto, segundo Soares Neto, alunos de níveis socioeconômicos maiores tendem a demonstrar graus de aprendizagens superiores, alunos de áreas urbanas tendem a ter melhor desempenho do que os das áreas rurais e alunos das regiões norte e nordeste tendem a ter desempenhos menores do que os das outras regiões do País.

“A grande questão nacional em relação à educação é: como adotar políticas públicas que impulsionem a superação de tal realidade?”, questiona.

Qualquer resposta, conforme ressalta o autor, deve levar em consideração que sua implementação depende de um arranjo institucional que envolve a união, estados e municípios, e deve mobilizar contingente de aproximadamente 50 milhões de alunos, 200 mil escolas e 2 milhões e duzentos mil professores.

“A discussão a esse respeito intensificou-se durante o período da elaboração da última Constituição e tem avançado na medida em que o sistema de avaliação produz resultados com base nas evidências”, afirma.

Já na década de 1980, segundo ele, estava claro que o currículo de cada escola ou de rede de escolas jogaria papel importante. No entanto, também estava na mesa o fato de que, em uma República Federativa de dimensões continentais e com grande complexidade cultural, não cabia a elaboração de um currículo único para todo o País.

“A questão foi resolvida por meio do Artigo 210 da Constituição Federal e, na sequência, pelo Artigo 9º da Lei de Diretrizes e Bases, de 1996. Estes dois artigos explicitam a necessidade de uma base comum de aprendizados essenciais, que se deveriam constituir como direito educacional de cada aluno brasileiro”. (Assessoria FAP/Cleomar Almeida)

O que significa dizer que o Cidadania é “reformista”?

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Você já deve ter ouvido falar que o #Cidadania23 é um partido de tradição “reformista”, que apoia a Reforma da Previdência (entre outras reformas estruturais do Estado), mas que as suas bancadas na Câmara e no Senado defendem emendas ao projeto do Executivo que garantam mais justiça social nas aposentadorias dos brasileiros, sobretudo dos mais pobres.

Mas o que significa isso, afinal? O que é ser “reformista”?

E o que leva um partido que se diz diferente a apoiar a Reforma da Previdência, um tema tão polêmico e de repercussão popular tão negativa, logo vocês que se declaram independentes no Congresso e inclusive vem atuando de maneira bastante crítica ao governo do presidente Jair Bolsonaro? Não é contraditório?

A Reforma é necessária para buscar o equilíbrio fiscal mas também para fazer justiça social. Não se trata de apoiar este ou aquele governo, nem de jogar para a plateia, como fazem alguns partidos de oposição, mas de ajudar a preservar a igualdade de todos os cidadãos no momento da aposentadoria. Garantir aos mais vulneráveis um benefício essencial para quando eles não puderem mais trabalhar.

O que não devemos é cair na armadilha desse discurso simplista do governo. Eles argumentam: a Reforma da Previdência vai gerar uma economia de R$ 1 trilhão. Bingo! Por isso é necessária sua aprovação a qualquer custo para acabar com a crise brasileira. Mas, atenção, não é bem assim! Além de ser uma conta questionável e, ainda que fosse verdadeira, não ter um resultado imediato, a Reforma da Previdência não é simplesmente uma questão matemática. É social. É humanitária.

O governo quer economizar R$ 1 trilhão? OK! Mas esse dinheiro vai sair do bolso de quem? Da população brasileira que já vive com dificuldade? Do sacrifício do trabalhador e do aposentado, enquanto algumas categorias (como os próprios políticos e a elite do funcionalismo público) mantém seus privilégios injustificáveis? Não é essa conta que o #Cidadania23 vai fazer.

Economizar R$ 1 trilhão para o governo estancar a crise, mas para isso sacrificar ainda mais o cidadão que ganha um salário mínimo? Assim não dá, senhores tecnocratas! Não basta olhar para os números e projeções da economia, precisamos pensar em melhorar efetivamente a qualidade de vida dos brasileiros.

Alguns temas da Reforma são importantes: fixar a idade mínima, definir o tempo mínimo de contribuição, ampliar a faixa de contribuintes. Mas é essencial separar o que é Previdência e o que é Assistência Social, garantir o benefício continuado, a aposentadoria rural e retirar privilégios de categorias como a dos próprios políticos, que mexem no bolso alheio mas não querem perder suas vantagens e mordomias.

O que o #Cidadania23 propõe na Reforma?

Da mesma maneira que o governo encaminhou alíquotas diferentes de acordo com a renda, a proposta de emenda do #Cidadania23 é termos também o tempo de contribuição diferenciado.

Num país com tantas desigualdades, não é possível esperar que alguém que ganhe ou se aposente com um salário mínimo tenha a mesma sobrevida de quem receberá dez salários mínimos na sua aposentadoria. São expectativas de vida diferentes e consequentemente também o tempo de recebimento do benefício será diferente.

Daí a proposta de contribuição diferenciada por faixas salarias; quem ganha menos contribui proporcionalmente com menos e pode se aposentar mais rápido, enquanto aqueles que ganham mais, trabalharão relativamente um pouco mais, pois tem mais condições para continuar exercendo uma profissão.

O que a emenda propõe objetivamente? A proposta atual do governo é que o trabalhador, a partir de 20 anos de contribuição, tenha direito a 60% da aposentadoria – e a cada ano vá subindo 2% até alcançar a idade mínima ou o tempo de contribuição.

O que o #Cidadania23 defende: que a partir dos 20 anos, esse índice suba anualmente 5% para as menores faixas salariais, diminuindo substancialmente o tempo mínimo de contribuição para quem ganha menos. Ou que esse percentual comece a contar a partir de 15 anos de contribuição, como já é a exigência atual.

Hoje, na Previdência em vigor, como lembra o secretário-geral do partido, Davi Zaia, “53% dos brasileiros já se aposentam por idade, ou seja, são pessoas de baixa renda que não conseguem comprovar mais de 15 anos de contribuição. Mais de 70% se aposentam com um salário mínimo”. É uma realidade que precisa ser levada em consideração.

Trabalhadores com menor renda tem inclusive mais dificuldade de comprovar o tempo de contribuição ou o período trabalhado. Portanto, essa progressividade da alíquota e do tempo de contribuição são também medidas para buscar de forma concreta alguma justiça social.

Transição igual parta todos

Outra proposta objetiva é igualar o período de transição para todos: unificar um “pedágio” de 30% sem distinção, quebrando o privilégio de categorias (hoje essa vantagem caberia aos políticos, por exemplo, o que é um escândalo!) e padronizando as regras para todos os brasileiros.

Responsabilidade dos estados e municípios

Por fim, mais uma questão primordial é repassar aos estados e municípios a obrigação de reformar as suas próprias previdências, para que sejam respeitadas as peculiaridades locais no trato com o funcionalismo público e para que todos os entes da federação tenham idêntica responsabilidade fiscal (seja melhorando a arrecadação, seja enxugando gastos, sem repassar ao governo federal suas contas deficitárias como resultado de uma gestão irresponsável).

Ajuste fiscal com justiça social

É justificável, portanto, defender a Reforma num país que é tão desigual. Podemos fazer justiça social também através da Previdência, compreendendo particularidades como a das mulheres e até destacando algumas classes como a dos professores ou dos policiais militares (que serão resolvidas pontualmente nos Estados), mas sem comprometer tanto as finanças do País.

Em resumo, o #Cidadania23 é reformista porque entende a necessidade de termos um Brasil moderno, viável, fortalecido, responsável, equilibrado financeiramente. Sem cair na questão puramente matemática e pragmática do governo, de que vale qualquer sacrifício da população para tirar as contas do vermelho, nem no discurso fácil e demagógico da oposição, do “quanto pior, melhor”, para ter algum proveito eleitoral imediato.

Como você já percebeu, está longe de ser uma tarefa simples. Mas é assim que se constrói a verdadeira Cidadania. (Blog Cidadania 23)

Cidadania Mulheres 23 promove “Rodas de Conversa” para estimular participação feminina na política

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O Cidadania Mulheres 23 realizará neste sábado (11) e nos dias 18 e 25 deste mês o evento “Rodas de Conversa” nas cidades de Guarapari (ES), São Paulo e Rio de Janeiro respectivamente. Segundo a dirigente, Tereza Vitale, que participará dos três encontros, o objetivo é apresentar o trabalho desenvolvido pelas mulheres do partido e estimular a participação feminina em espaço de poder.

“O objetivo dos encontros é levarmos as políticas e as documentações que dão substância e força para a Secretaria de Mulheres do Cidadania nessas cidades. É uma ressignificação da Coordenação Nacional de Mulheres do PPS. Estamos indo para estimular e mostrar que nós, mulheres, estamos falando sério [sobre a política]”, disse.

Tereza Vitale afirmou que é preciso mobilizar as mulheres em todo o País e ocupar, cada vez mais, espaços no Parlamento e na vida partidária.

“Temos que trabalhar essa questão das mulheres com o pé no chão e o coração circulando para podermos ter mais mulheres nos espaços de poder, seja partidário ou nos Parlamentos. Precisamos de mais mulheres no poder. Não é mais possível essa mesmice de termos apenas 14% de representação no Congresso Nacional”, defendeu.

Os encontros

O primeiro encontro ocorrerá em Guarapari na Câmara de Vereadores e contará com a presença de Tereza Vitale e Elissa Felipe. Já no dia 18 de maio, o encontro ocorrerá na sede do Cidadania na capital paulista e contará com a participação de Raquel Dias, Elissa Felipe e Tereza Vitale. Encerrando o ciclo de debates, no dia 25 de maio, Juliet Matos e Tereza Vitale estarão presentes na última rodada do encontro na cidade do Rio de Janeiro, também na sede do partido.

Especial do Dia das Mães e a importância do aleitamento materno no #ProgramaDiferente

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Neste especial do Dia das Mães, o #ProgramaDiferente (veja abaixo) fala da importância da amamentação, dos benefícios do leite materno para a saúde do bebê e faz até campanha de doação para os bancos de leite, que muita gente nem sabe que existe, entre outros assuntos fofos e cheios de emoção, não deixando de lado a boa informação. Feliz Dia das Mães!

https://www.youtube.com/watch?v=97fg2B12tts