Eliziane defende maior participação das mulheres no orçamento e nos espaços decisórios dos partidos

Paula Belmonte pede respeito e aceitação e prega união em pautas convergentes

A senadora e líder da bancada feminina no Senado, Eliziane Gama (Cidadania-MA), participou neste sábado (7) do Primeiro Congresso Nacional das Mulheres do Cidadania. Ela falou sobre os desafios que as mulheres ainda precisam enfrentar, como o combate à violência, a busca pela isonomia salarial, pela igualdade no mercado de trabalho e o fortalecimento da representação política.

“Precisamos avançar, buscar mecanismos necessários pra que possamos de fato ampliar a nossa participação. Precisamos agir de forma tática, estratégica. Ter prioridade no orçamento. O orçamento para a violência contra a mulher, por exemplo, caiu nos últimos três anos de R$ 160 milhões para R$ 45 milhões. Como combater a violência contra a mulher se eu não tenho dinheiro para a reestruturação dessa rede?”, indagou a senadora.

Para Eliziane Gama, outra frente a ser trabalhada é a ampliação das mulheres nos espaços decisórios dos partidos. “As mulheres não podem estar no lugar partidário para arrumar a mesa. É fundamental que ela esteja no comando partidário, na tesouraria, na presidência partidária. Hoje, temos apenas um dos 32 partidos com uma mulher presidindo, o que mostra como é difícil ainda furar o bloqueio da liderança”, apontou.

A parlamentar defendeu ainda a paridade entre homens e mulheres na política. “Somos mais de 50% da população brasileira. Precisamos ser pelo menos 50% na representação política. Porque é através da política que a gente resolve os problemas do Brasil. E na política tem que estar os bons”, ressaltou.

Também presente no evento, a deputada federal do Cidadania e presidente do partido no Distrito Federal, Paula Belmonte, disse que é preciso fortalecer o grupo de mulheres para que a construção de uma maioria feminina possa ser uma realidade possível.

“Sabemos que a peleja é grande para que a gente possa cada vez mais capacitar as nossas mulheres e elas possam estar em lugares de liderança. Precisamos ter esse olhar voltado para a aceitação, para o respeito, principalmente dentro dos partidos, e nos unir nas pautas de convergência”, defendeu.

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