As crianças e os jovens, quando comemoram o aniversário, têm os olhos voltados para o futuro. A famosa afirmação do “faça um desejo” ao soprar as velas do bolo simboliza bem esse momento de alegria e de reflexão sobre os próximos passos na vida. Já nós, adultos, costumamos fazer um balanço do que já fizemos e o que ainda sonhamos realizar.
Na semana passada, celebramos o aniversário de 60 anos da Universidade de Brasília. Aos olhos de um adulto, que olha para o passado e faz projeções para o futuro, não faltam motivos para exaltar a trajetória dessa instituição, que nasceu quase junto com Brasília, com apenas dois anos de diferença.
Somente na última década, a UnB formou mais de 45 mil profissionais. É uma das principais universidades do Brasil e da América Latina. Possui 10 áreas do conhecimento entre as melhores do mundo no ranking internacional QS World University Rankings by Subject. A UnB é referência em pesquisa, com mais de 3,5 mil projetos em andamento. Somente durante a pandemia da covid-19, por exemplo, foram mais de 200 iniciativas de pesquisa, extensão e inovação lançadas para o combate ao coronavírus.
Com o entusiasmo e a energia de uma criança, a UnB está em constante processo de evolução, colocando sempre a pesquisa a serviço da comunidade. A expansão da universidade já chegou ao Gama, Ceilândia e Planaltina, bem como a oferta de cursos de graduação a distância não só para Brasília, mas para todo o Brasil. O compromisso social e o apoio à comunidade é outra marca que a UnB construiu nesses 60 anos, com ações que vão do atendimento hospitalar e o apoio psicológico à formação para idosos e o suporte à produção sustentável e orgânica de alimentos.
A missão da UnB, em suas próprias palavras, é ser uma universidade inovadora e inclusiva, comprometida com as finalidades essenciais de ensino, pesquisa e extensão, integradas para a formação de cidadãos éticos e qualificados para o exercício profissional e empenhados na busca de soluções democráticas para questões nacionais e internacionais, por meio de atuação de excelência.
Posso dizer, sem medo de me equivocar, que a reitora Marcia Abrahão tem conseguido, com louvor, que a UnB cumpra a missão. E, por ser uma defensora de ações e políticas públicas para as crianças e jovens, não posso deixar de elogiar o trabalho que a UnB também tem feito em prol da primeira infância, período que vai até os seis anos de idade.
Recentemente, tive a honra de visitar as obras do Centro de Pesquisa em Primeira Infância e de uma creche que estão sendo construídos no Câmpus Darcy Ribeiro. Como a própria reitora afirmou, a creche é um antigo sonho da comunidade que finalmente se materializou e, a partir do próximo ano, já estará em funcionamento. Destinei emendas parlamentares para custear a construção do Centro de Primeira Infância e da creche, pois acredito na universidade, em especial a UnB, como elemento transformador da sociedade.
O Centro de Pesquisa em Primeira Infância será multidisciplinar, e poderá acolher alunos da graduação e da pós-graduação em áreas diversas como saúde e educação. As melhores práticas serão colocadas em ação na creche, que acolherá crianças de zero a três anos, filhos de estudantes e servidores da universidade, além da comunidade da Asa Norte.
São projetos que obedecem à arquitetura modernista da universidade, utilizando cobogós e outros elementos que marcam o câmpus. O espaço de pesquisa terá uma área de total de 1.370 metros quadrados e será construído ao lado do Instituto de Ciências Sociais. Já a creche será sediada ao lado da Associação dos Servidores da Fundação UnB (FUB) e terá instalações que totalizam 1.060 metros quadrados. Ambas as edificações ficam próximas dos alojamentos estudantis da Colina.
Neste mês de celebrações dos aniversários de Brasília e da UnB, me alegro em saber que, nos seus 63 anos de existência, veremos a nova creche repleta de crianças, atendidas com o que há de melhor na pesquisa e tratadas com segurança, carinho e amor. (Correio Braziliense – 26/04/2022)
Paula Belmonte é deputada federal do Cidadania-DF