Freire elogia abertura de MBL, Vem Pra Rua, Livres e Acredito e adesão de PT, PDT, PSB, PSol, PCdoB, PV, Solidariedade e Rede aos protestos do dia 12 de setembro

Com Cidadania, partidos decidem participar de todas as manifestações pelo impeachment de Bolsonaro, sem vetos

O presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, afirmou nesta quinta-feira (9) que as manifestações de 12 de setembro, com a adesão de pelo menos 9 partidos aos protestos convocados inicialmente pelos movimentos MBL, Vem Pra Rua, Livres e Acredito, serão o início da caminhada pela abertura de processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro.

A decisão foi tomada na noite de ontem em reunião virtual com lideranças de Cidadania, representado por Freire, PT, PDT, PSB, PSol, PCdoB, PV, Solidariedade e Rede. “Decidimos apoiar toda e qualquer manifestação pelo impeachment, a começar por essa de domingo, independente de quem a convoque”, disse, em entrevista ao Valor, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi.

“É o que o Brasil espera de suas oposições: unidas e nas ruas não apenas no 12 de setembro, mas em todas as manifestações convocadas contra esse desgoverno incompetente, criminoso e corrupto. O impeachment é a palavra de ordem que nos une. E pra isso estamos deixando momentaneamente de lado nossas diferenças. Elogio a abertura de MBL, Livres, Vem Pra Rua e Acredito nesse sentido”, defendeu Freire.

O presidente do Cidadania disse que seguirá conversando em busca da adesão de partidos de centro e centro-direita aos protestos. Ele avaliou como uma sinalização positiva que o PSDB tenha decidido ir para a oposição e tenha aberto internamente a discussão sobre o apoio ao afastamento de Bolsonaro.

“Além de PSDB, DEM, MDB e PSD, cujo presidente Gilberto Kassab também vê cenário preocupante para a democracia. Pela história e pelos valores desses partidos, o lugar deles é na rua, com todas as forças políticas, para preservar direitos e garantias fundamentais, pressionando Arthur Lira a ouvir mais de 75% dos brasileiros e abrir o processo de impeachment. Essa é a nossa tarefa primordial. A eleição de 2022, a gente vê depois. Temos primeiro de garantir sua realização”, argumentou.

Freire observou que a sociedade está chegando ao limite. “Alguns movimentos organizados na sociedade e nas redes, como Derrubando Muros, do qual participo, também pretendem aderir às manifestações. O sentimento de basta está crescendo. Seria muito importante que outros grupos também se associem a isso”, apontou.

Conforme o Valor, a articulação dos 9 partidos que já aderiram aos protestos do próximo domingo também trabalha pela realização de novas manifestações pelo impeachment em 3 ou 10 de outubro; e em 15 de novembro, dia da Proclamação da República. O jornal registra que a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse que o partido está incentivando todos os atos de rua pelo impeachment.

“Enquanto construímos esta grande manifestação de unidade pela democracia, pelo Brasil e pelos direitos do povo, incentivamos todos os atos que forem realizados em defesa do impeachment. O país está cobrando a responsabilidade do presidente da Câmara pela abertura dos processos”, disse no Twitter.

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