IMPRENSA HOJE

Veja as manchetes e editoriais dos principais jornais (17/04/2023)

MANCHETES DA CAPA

O Globo

Governo quer usar estatal do pré-sal para baratear gás
Ministros focam seus redutos em viagens oficiais
Projeto de regulação do lobby chega ao Senado e téra ajustes
Guerra foi decisão ‘de dois países’, critica Lula
ICMBio que rever concessão de parques
Polícia do Rio apreende 207 fuzis em apenas 3 meses
Como ensinar o cérebro a ‘gostar’ da segunda-feira
Nova reedição de Drumomnd traz 25 poemas inéditos
Air France vai a julgamento por queda do voo Rio-Paris

O Estado de S. Paulo

Adicional a ser pago a juízes federais pode custar até R$ 1 bi
Com queda da inflação, BCs indicam fim do ciclo de juro alto
Ministério diz que AstraZeneca continua a ser aplicada no País
Marina Silva é derrotada em convenção da Rede
Miséria, tensão e solidariedade no centro de São Paulo
Cinema nacional busca novos caminhos para chegar às salas
Creche atacada em SC faz reforma para ampliar segurança e revitalizar unidade
Mergulhada em contrates, Índia será o país mais populoso do mundo
México – Homens armados invadem resort e matam sete pessoas
Confronto de forças que disputam o poder no Sudão deixa 61 mortos

Folha de S. Paulo

STF decide se golpistas do 8/1 vão virar réus
Lula volta a dizer que Ucrânia também é culpada pela guerra
Bolsonaro diz a aliados que vai disputar Senado
Energia solar por assinatura economiza até 20% na conta
Nova regra pode dobrar preço de importação
No ensino médio de SP, faltam biologia, história e química
Beatriz Matos – Indígenas em isolamento correm risco sem a Funai
Prefeitura tenta revitalizar o Centro de SP

Valor Econômico

Sem ativos da Petrobras, setor de petróleo deve passar por fusões
Companhias vão captar no exterior
Gestoras de bancos grandes voltam a crescer
Classe média e ricos são os que mais gastam em site do exterior
Declarações de Lula aumentam atenção para visita de russo
Novo ‘board’ causa mal-estar na Embraer
São Paulo cobra ITCMD sobre ‘trust’
Investidor espera ações

EDITORIAIS

O Globo

Ocidente não deve aceitar arbítrios da China contra uigures até fora do país

Depois de relatório devastador da ONU, jornal denuncia espionagem de exilados da minoria étnica

Em agosto do ano passado, em seu último dia no posto de Comissária dos Direitos Humanos das Nações Unidas, Michelle Bachelet, ex-presidente chilena, divulgou relatório devastador, com acusações gravíssimas de crimes contra a humanidade atribuídos à China na repressão à minoria étnica uigur, muçulmanos que habitam o Noroeste do país, sobretudo a província de Xinjiang.

O relatório confirmou denúncias feitas há anos por organizações de direitos humanos sobre pressão psicológica, tortura, violência sexual e internação em “campos de reeducação”, similares aos criados na União Soviética para doutrinar quem fosse considerado ameaça ao comunismo. Embora tivesse chamado a atenção mundial para os arbítrios chineses contra os uigures, o documento teve pouca consequência, já que a China é membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, com poder de veto sobre qualquer resolução.

No início da semana, uma nova denúncia pôs em evidência o drama dos uigures. De acordo com relatos publicados pelo jornal britânico Financial Times (FT), os serviços de inteligência chineses exercem pressão até sobre uigures que já saíram da China. É o caso de Yasin Üztürk, que vive desde 2016 em Istambul, Turquia, onde ganha a vida com uma barbearia. De acordo com o FT, ele evitava protestos políticos e nada falava sobre os abusos em Xinjiang.

Apesar do cuidado, surpreendeu um dos clientes tirando fotos suas escondido. No celular, encontrou imagens da barbearia e mensagens de um espião chinês pedindo mais informações sobre o barbeiro e ordenando que “terminasse o trabalho”, um termo dúbio, ameaçador. “Todo mundo suspeita do outro”, diz Üztürk. Natice, mulher dele, acredita que as conversas na barbearia interessam aos espiões.

A experiência de Üztürk é compartilhada por centenas de milhares de uigures que saíram da China em busca de paz e segurança, revela uma pesquisa da Universidade de Sheffield com 120 uigures residentes na Turquia e no Reino Unido. A repressão é ampla. Os residentes no exterior não apenas são pressionados a nada falar sobre abusos em Xinjiang, mas também convocados de várias formas a ser informantes. Se recusam, diz a pesquisa, a família sofre ameaças na China. Se colaboram, facilita-se o contato com os parentes em Xinjiang. A reportagem do FT informa que 80% dos 50 mil uigures na Turquia já foram ameaçados para ficar calados ou entrar para a rede de informantes.

As acusações contra a China revelam a faceta mais nefasta da potência em ascensão e maior parceiro comercial do Brasil, sob o regime autoritário de Xi Jinping. Não há dúvida de que o Ocidente terá de aprender a conviver com esta China. Mas não pode transigir na denúncia e no combate a atos hediondos como a perseguição aos uigures.

O Estado de S. Paulo

Razão e sensibilidade

O pânico não é bom conselheiro. O combate à violência nas escolas, que tanta angústia tem causado, requer sensibilidade, inteligência e, sobretudo, responsabilidade

Brasil afora, incontáveis mães e pais estão em pânico após os episódios de violência extrema em escolas de São Paulo e Santa Catarina. A disseminação de boatos sobre a ameaça de novos ataques, graças à ganância e à irresponsabilidade criminosa de empresas de tecnologia como o Twitter, entre outras, só faz aumentar o desespero de todos os que têm filhos em idade escolar.

O medo e a sensação de impotência desses pais, sentimentos que levaram muitos deles a suspender a ida de seus filhos às escolas, são absolutamente legítimos diante de circunstâncias tão dramáticas. Afinal, não há quem não se apavore apenas por pensar na perspectiva de ter um filho assassinado enquanto brinca com os amigos no pátio da escola ou assiste às aulas em uma manhã qualquer.

O que é inaceitável é a exploração desses sentimentos por quem, ainda que não tenha a intenção, sucumba à lógica do terrorismo, propondo soluções simples – e erradas – para um problema que é sabidamente complexo.

É muito tentadora, por seu forte apelo às emoções parentais, a ideia de subir muros, instalar detectores de metal ou distribuir seguranças armados pelos pátios escolares. Mas essas são medidas que, quando muito, só oferecem um conforto momentâneo para corações aflitos. A sociedade precisa ser engajada em um debate honesto sobre soluções duradouras para o problema, sem reducionismos.

Na contramão da abordagem simplista, o presidente Lula da Silva mobilizou seu governo na direção que este jornal considera ser a correta para o enfrentamento da violência nas escolas. Lula determinou que o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, organize uma reunião no próximo dia 18 envolvendo ministros, os presidentes da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal, todos os governadores e representantes dos prefeitos. O objetivo do encontro é realizar o que o presidente chamou de “reflexão nacional” sobre os ataques nas escolas e estudar como cada ente pode contribuir para evitar novos ataques e acalmar a população.

A união entre as cúpulas dos Poderes e os entes federativos demonstra o acerto da dimensão dada pelo governo ao problema da violência nas escolas. Também é correto o diagnóstico de que as saídas dependem de uma abordagem responsável e multidisciplinar da questão. Ao Estadão, Rui Costa enfatizou que “não se trata só de uma questão policial, de segurança, mas de algo muito mais complexo”. No Estado de São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas e o prefeito da capital, Ricardo Nunes, demonstraram ter a mesma compreensão de que a solução do problema da violência nas escolas passa pela promoção de uma “cultura de paz” e de ações preventivas, como o reforço do atendimento psicossocial à comunidade escolar, entre outras medidas.

A violência nas escolas, de fato, não é algo que se resolva distribuindo agentes armados intra ou extramuros. Ao contrário: mais armas podem provocar mais mortes. Fortificar instituições de ensino deturpa o papel do ambiente escolar na formação dos pequenos cidadãos. Ademais, as ameaças, na esmagadora maioria dos casos, estão dentro das próprias escolas e não raro escapam do radar de pais, professores e psicólogos.

Crianças e adolescentes escondiam seus medos, raivas, angústias e decepções em diários de papel, ao abrigo de olhos curiosos. Há muito, isso ficou para trás. Hoje, raros são os jovens que não expõem suas intimidades nas redes sociais. Portanto, é possível monitorá-los e avaliar comportamentos que fujam do padrão. Nesse sentido, chamar as empresas de tecnologia à responsabilidade é chave para a solução do problema. De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, as redes sociais serão cobradas por “proatividade” na identificação e remoção de conteúdos que estimulem a violência. Longe de ser a única, trata-se de medida de suma importância para evitar novos massacres nas escolas, pois a exposição é uma das forças motrizes dos extremistas homicidas.

O pânico nunca é um bom conselheiro. O bom combate à violência nas escolas requer sensibilidade, inteligência e, principalmente, responsabilidade.

Folha de S. Paulo

Melhor, com riscos

Economia global resiste, mas juros são ameaça; Brasil tem perspectiva modesta

A mais recente revisão do cenário mundial feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) sugere resiliência do crescimento econômico e queda gradual da inflação, mas com riscos importantes para o restante deste ano e para 2024.

Em relação à projeção de outubro do ano passado, a expectativa para o avanço do Produto Interno Bruto global subiu de 2,7% para 2,8%. Embora se observe uma desaceleração em relação ao ritmo do ano passado, de 3,4%, a análise indica permanência da demanda nas maiores economias.

Nas três principais regiões, a situação é melhor que a esperada há alguns meses. Nos Estados Unidos ainda se vê sustentação em razão da poupança acumulada pelas famílias durante a pandemia; na Europa não ocorreu uma crise de energia em razão do inverno ameno; na China observa-se uma retomada importante depois do relaxamento das restrições sanitárias.

O gigante asiático deve crescer 5,2% neste ano, depois de amargar apenas 3% em 2022. O impacto positivo chinês se estende para o conjunto dos países emergentes, que também devem ter bom desempenho, com alta de 3,9% em 2023.

A instituição projeta em seu cenário-base uma continuidade dessa trajetória de retomada no ano que vem, quando a economia mundial aceleraria para 3%. Tal resultado seria muito positivo, mas há alertas importantes.

Os principais riscos para uma recaída recessiva derivam da lenta queda da inflação e dos impactos defasados do aperto monetário, sobretudo nos EUA, onde os juros subiram de zero para 5% ao ano em pouco mais de 12 meses —o que já provoca estresse financeiro, evidenciado pelos problemas em bancos regionais mais frágeis.

A inflação mundial deve cair de 8,77% em 2022 para 7% agora e 4,9% em 2024, patamar ainda desconfortável diante das metas dos principais bancos centrais. A força do emprego e dos salários pressiona os preços dos serviços.

Por isso, as taxas de juros devem permanecer altas nos principais centros financeiros, com consequências difíceis de prever. Depois de uma década de juros muito baixos (2008-2019), não se sabe como a contração monetária ainda em curso impactará a saúde de bancos e das empresas.

O ambiente ainda é perigoso, portanto. Para o Brasil, o cenário do FMI é de crescimento baixo neste ano, de apenas 0,9%, mas haveria uma melhora em 2024, para 1,5%.

Construir tal caminho, e idealmente superar o prognóstico, dependerá de boa condução local da política econômica. Eliminar quaisquer dúvidas sobre o equilíbrio fiscal e conduzir reformas, sobretudo a tributária, são os objetivos essenciais neste momento.

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