IMPRENSA HOJE

Veja as manchetes e editoriais dos principais jornais (05/04/2023)

MANCHETES DA CAPA

O Globo

Trump é acusado de fraudar registros por benefício eleitoral
Bolsonaro depõe hoje à PF sobre joias sauditas
MEC suspende calendário do Novo Ensino Médio
Entrevista/Bernard Appy – Reforma tributária pode ter cashback na educação
Ofensiva do MST em abril cria impasse no governo
‘Vamos descentralizar e diversificar as verbas’, diz Margareth Menezes
Prefeitura reafirma aval a obras da tirolesa do Pão de Açúcar
Frota cada vez mais velha
Na Austrália, ‘big techs’ pagam US$ 200 milhões a mídias pelo uso de conteúdo

O Estado de S. Paulo

Alvo de 34 acusações criminais, Trump redobra aposta em papel de vítima
Secretários de Educação criticam atraso na reforma do ensino médio
Cai trava para criar cursos de Medicina e Justiça tem 225 pedidos na fila
Rogério Ceron – ‘Arcabouço fiscal não é licença para gastar’
PT resiste a Boulos; PSB quer Alckmin no apoio a Tabata como candidata
Bolsonaro devolve terceiro kit de joias antes de depor à PF
Manipulação pode levar Felipe Massa cobrar título na Justiça
Dono da Louis Vuitton lidera lista dos mais ricos do mundo
Finlândia entra para a Otan, em revés estratégico para a Rússia

Folha de S. Paulo

Trump se torna 1º ex-presidente dos EUA réu em caso criminal
Suspensão de mudanças no Enem afeta até 2,9 milhões
Gilmar Mendes barra presunção de ‘boa fé’ no ouro
58% veem alguma responsabilidade de Bolsonaro no 8/1
Regra fiscal chegará ao Congresso após Páscoa, afirma Padilha
Arranjo de Lula dribla Supremo ao simular emendas
Governo estuda devolver a mais pobres impostos da cesta básica
Papéis ligam mortes de crianças indígenas a drogas de garimpo
Prédios avançam na rota de pouso de Congonhas
Médica da Marinha, Maria Cecília Conceição é 1ª mulher negra promovida a almirante

Valor Econômico

Emprego formal impulsiona contratações no agronegócio
Governo quer IVA dual em 2025 e 2027
As incertezas e os desafios nos 100 dias na economia
Varejista pediu a banco para ocultar dados
Ações cíveis têm custo maior para Petrobras
Natura agora se volta aos ‘novos problemas’

EDITORIAIS

O Globo

Popularidade de Lula reflete início de governo errático

Presidente apresenta avaliação negativa no mesmo patamar de Bolsonaro no início de sua gestão

Perto de completar cem dias, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é considerado por 29% dos brasileiros ruim ou péssimo. É um percentual comparável ao apresentado por Jair Bolsonaro no início de 2019. Desde a redemocratização, Lula e Bolsonaro são os presidentes com a pior avaliação na largada de um mandato inicial, mostram os dados do Datafolha. Metade dos entrevistados diz que o governo fez menos do que poderia desde a posse.

Após repetidas tentativas de criar um bode expiatório com ataques à política de juros do Banco Central, não causa a menor surpresa que o pior desempenho de Lula esteja justamente na economia. As dificuldades estão se provando maiores do que as previstas antes da posse, e o comportamento de Lula é parte do problema. Nos primeiros três meses, ele não desceu do palanque, com apostas reiteradas na polarização.

Até o anúncio do marco fiscal na semana passada, de concreto o Planalto só havia repaginado programas lançados pelo PT em administrações anteriores. É pouco para quem diz querer fazer o melhor governo e teve bastante tempo para se preparar. E, obviamente, é insuficiente diante dos imensos desafios do país.

Há tempo para mudar de rumo, e os brasileiros anseiam por uma virada. Metade dos entrevistados acha que Lula cumprirá parte das promessas de campanha e 28% acreditam que entregará a maioria. Contudo, para que isso aconteça, é urgente a formação de um bloco sólido no Congresso. No sistema político brasileiro, presidentes são eleitos sem maioria no Parlamento. A criação de coalizões é o ponto de partida necessário.

Surpreendentemente para quem já governou o país, Lula tem sido lento nisso. É preciso reconhecer que as lideranças do Congresso ganharam poder no governo Bolsonaro, e a tarefa ficou mais complicada. A volúpia de parlamentares por cargos e benesses em troca de apoio não parece ter fim. Seguindo o velho expediente de criar dificuldades para vender facilidades, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), interditou a pauta parlamentar ao criar uma disputa regimental com o do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Mas nada disso é inesperado.

Nem o próprio governo está minimamente coeso. Relatos de disputas internas entre ministros e figuras de relevo no PT são corriqueiras desde 1º de janeiro. Ao contrário de Dilma Rousseff, que agia como se soubesse de tudo, Lula parece gostar de ver seus auxiliares se digladiarem para assumir o papel de árbitro. Na teoria, essa postura permite uma decisão com mais chance de dar certo, por abrir espaço ao contraditório. Na prática, transmite a impressão de falta de rumo e dá margem a ataques fratricidas e improdutivos.

Lidos com a devida dose de serenidade e humildade, os resultados da pesquisa Datafolha poderão servir para corrigir os erros dos cem primeiros dias. Lula tem diante de si uma agenda vigorosa, com reformas fiscal e tributária, além de programas robustos em áreas como saúde, educação ou meio ambiente. Apresentar índices de reprovação comparáveis aos de Bolsonaro, que se esmerou desde o início em dividir os brasileiros, deveria fornecer combustível suficiente para uma profunda reflexão dentro do Palácio do Planalto.

O Estado de S. Paulo

Crédito mais difícil e mais caro

Juros pioram cenário de crédito e ampliam pressão sobre BC. Controlar a inflação, porém, é maior contribuição que o banco pode dar para o crescimento econômico sustentável do País

O volume de empréstimos concedidos por instituições financeiras para empresas caiu 8,6% em fevereiro na comparação com janeiro, para R$ 166 bilhões. De acordo com dados divulgados pelo Banco Central (BC), também houve recuo nas concessões para pessoas físicas, quadro que confirma maior rigidez por parte dos bancos na avaliação e na aprovação das propostas.

Há uma conjunção de fatores a explicar esse comportamento. A fraude bilionária na Americanas, empresa que tinha excelente nota de crédito entre as agências classificadoras de risco, elevou a cautela das instituições financeiras. No exterior, a crise bancária nos Estados Unidos e na Europa ampliou as incertezas em relação à desaceleração da economia mundial, mas isso não foi suficiente para convencer os países a reverem suas políticas monetárias. No Brasil, por sua vez, o Banco Central manteve a Selic em 13,75%.

Para o mercado de crédito, o resultado dessa combinação não poderia ser diferente. Os financiamentos não apenas secaram, como estão muito mais caros – e não há sinais de que isso mudará tão cedo. Para algumas empresas, a situação é ainda mais desafiadora. Quem sobreviveu aos efeitos da pandemia tem tido dificuldades para rolar dívidas contraídas no auge do surto de covid-19, quando os juros estavam em um patamar muito mais baixo.

Longe de ser uma situação que envolve um setor em específico, trata-se de um problema que afeta empresas de forma geral. Como mostrou o Estadão, a Gol trocou títulos que venciam em 2024 e 2026, com taxas entre 3,75% e 8%, por papéis com vencimento em 2028 e juros de 18%. Quem não consegue rolar as dívidas tem apelado a recuperações judiciais ou extrajudiciais. Ao todo, 195 companhias pediram proteção da Justiça para renegociar suas dívidas, um aumento de 60% em relação aos dois primeiros meses de 2022 – e a previsão é que essa tendência se mantenha ao longo do ano todo.

Entre as pessoas físicas, a conjuntura tampouco tem sido mais favorável. Segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 65,45 milhões de consumidores estavam com o nome sujo na praça em fevereiro – ou quatro em cada dez adultos. Outros indicadores, como a produção industrial, as vendas do comércio, a confiança do consumidor e o comportamento do mercado de trabalho, reforçam a percepção sobre a desaceleração da economia, condição necessária para conter a inflação, que ainda permanece muito alta no setor de serviços.

Nesse contexto, o presidente Lula da Silva reforçou os ataques ao presidente do BC, Roberto Campos Neto. Ele não está solitário nessas críticas. Segundo pesquisa Datafolha realizada no fim de março, 71% dos brasileiros acham que a taxa de juros está mais alta do que deveria, e 80% dos consultados consideram que Lula age bem ao pressionar o BC a reduzi-la. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ter a impressão de que o Banco Central tem subestimado a gravidade da situação do mercado de crédito e no mercado de capitais, bem como suas consequências na economia real.

Embora tenha reconhecido que o cenário se tornou mais adverso desde o episódio da Americanas, o Banco Central tem feito um esforço por uma comunicação clara a respeito dos riscos que leva em conta na tomada de suas decisões. Além de ter descartado uma crise generalizada de crédito no curto prazo, a instituição reiterou seu compromisso com as metas de inflação, o que é incompatível, ao menos neste momento, com uma eventual redução da taxa básica de juros.

Em meio a tantas incertezas, é função do BC monitorar e avaliar esses riscos com muito cuidado. Mas, a despeito das pressões, a instituição não pode esquecer que a manutenção do poder de compra da moeda é sua principal missão e, também, a maior contribuição que tem a dar para conduzir o País a um crescimento econômico estável e duradouro. Somente isso pode proporcionar um ambiente com condições de crédito mais baratas e sustentáveis, não apenas para as empresas, como também para a própria população.

Folha de S. Paulo

Alerta na educação

Suspensão do Enem reformulado para o novo ensino médio carece de justificativa

O compromisso do Estado brasileiro com a educação de crianças e adolescentes requer que as políticas aprovadas pelo Congresso Nacional sejam implementadas pelo Executivo com previsibilidade.

Quando se colocam gerações inteiras de jovens numa nova trilha curricular, instando as 27 unidades federativas a adaptarem as suas redes de escolas e professores, supõe-se que as regras não serão alteradas no meio do caminho.

Não é o que, se depender do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vai ocorrer com a reforma aprovada em 2017 do ensino médio, etapa que tipicamente atende alunos de 15 a 17 anos. Entre outras intervenções ainda não oficializadas, o Planalto quer suspender a realização, em 2024, do Exame Nacional do Ensino Médio reformulado para amoldar-se ao novo programa.

Inauguraram o currículo quase 3 milhões de adolescentes que em 2022 se matricularam no primeiro ano do ensino médio, 85% deles nas redes públicas estaduais. Prestes a concluir metade da jornada sob a nova orientação, são agora avisados de que o Enem na conclusão do ciclo de três anos não se adaptará ao que, afinal, estão estudando.

Não está clara a razão para esse choque nas expectativas de escolas, alunos e professores. O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), diz que congelar a implantação do novo ensino médio dará tempo para que um grupo de trabalho finalize a avaliação do programa e proponha alterações.

Faz pouco sentido anunciar o cancelamento da prova adaptada antes de a comissão chegar às conclusões. A explicação plausível é a de que prevaleceu na decisão o afago ao esquerdismo inconsequente e ao corporativismo sindical.

Ajustes na reforma tal como vem sendo praticada são sem dúvida necessários. Abriu-se além do que redes escolares conseguem oferecer com qualidade o leque de opções aos alunos, que agora podem escolher 40% da carga letiva de acordo com suas preferências pessoais.

Mas esse parece ser um problema mais de organização e preparo de alguns Estados do que um defeito na concepção da reforma a exigir impugnação federal. Facultar que jovens na transição para a vida adulta definam uma parte do currículo, num cardápio que inclui trilhas profissionalizantes, reflete as melhores práticas internacionais.

Corrobora essa impressão o fato de todos os secretários estaduais de Educação publicarem nota conjunta contrária à suspensão do Enem reformado. Espera-se que o governo federal reveja sua posição ou no mínimo a justifique melhor.

O Brasil já deveria ter superado o mau hábito de arriscar a formação de milhões de estudantes, tratando-os como cobaias, com base em ideologias de botequim.

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